História A estrela do Olimpo - Más notícias do Oráculo

Corria pelos campos de morango deixando um rastro de poeira. Meu arco caia sobre meu ombro e minha espada pulava dentro da bainha. Brincava com ninfas e náiades. Estava me dando bem com Annabeth, depois de quase quatro meses juntas. Eu, Clarisse e Annabeth andávamos juntas o tempo todo. Estávamos a cavalgar quando paramos em uma cachoeira dentro do bosque. Bebemos água e planejamos como iríamos passar a noite no chalé de uma de nós.

- Meu chalé dessa vez. – Disse Annabeth. – Juniper vai levar algumas coisas para comermos. – Juniper era uma das ninfas do bosque. Se tornou nossa amiga em um dos jogos de equipe durante o inverno.

- Ok, mas dessa vez eu penso nos jogos. – Clarisse sorriu maleficamente. Eu e Annabeth nos entreolhamos. – Calma, não será nada mortal. – Começamos a rir. Enquanto arrumávamos as celas dos cavalos, uma tontura tomou conta de mim. Uma voz milenar invadiu minha cabeça: “SUBA. UMA PROFECIA A AGUARDA”. O Oráculo. Me despedi das garotas e cavalguei até avistar Luke me esperando ao pé de um carvalho. Ele estava bem. Uma cor vívida na face, cabelos arrumados, um porte mais atlético, bem-humorado e determinado a esquecer do passado. Sua cicatriz era o que menos o marcava agora.

- Helena, - Luke segurou as rédeas delicadamente e esperou que eu descesse. –Acho melhor ir até o Oráculo. A névoa verde está saindo da janela.

- Não sei se quero receber uma nova profecia. – Em quase quatro meses no acampamento, está seria a quarta profecia. Luke riu e entrou no bosque. Ele não era mais um dos monitores do acampamento; agora eu era a única. Quíron queria que ele se recuperasse até que nenhum mal restasse nele. Pedi ao cavalo que fosse ao estábulo – sim, graças à Poseidon eu falo com cavalos.

A Casa Grande estava vazia. Subi as escadas e abri a porta do sótão.

“Entre minha cara guerreira.”

Dei um passo à frente e deixei a névoa sulforosa me envolver.

- Estou pronta. – Imaginei que se o Oráculo estivesse em um corpo vivo, ele suspiraria e se ajeitaria na cadeira.

“Sua sombra chegará

A líder você será

O amor que achas verdadeiro

Será posto de lado por aquele

Que proibido e derradeiro

Tirará o caminho do certo

Para o despertar maldito.”

Desci as escadas pensativa. Minha sombra? Talvez o filho – que não deveria existir – dos três grandes estaria a caminho do acampamento. Líder? Seria o exemplo dele ou dela? A única coisa de que tinha certeza, era de que nada iria me fazer desistir de lutar por ele. Nada poderia deixar o “amor não verdadeiro” sumir. Eu continuaria a amar Phoenix.