História A fada guardiã do herdeiro perdido (hiatus) - A névoa do nosso fogo ardente.

- Kaiymi. – ele me chamou, olhei para ele. – o que você quis dizer exatamente quando disse que eu, o Tae e o Nam têm uma concentração de energia em nós? – ele virou o rosto e nossos olhares se encontraram.

- Que um entre vocês três é o herdeiro, mas a sua energia está desequilibrada e para tentar reprimir pelo menos uma parte dela esta mandando certa quantidade para os outros dois. E isso é muito ruim, eu preciso procura algo que faça a energia de vocês ficar reprimida, assim não irá afetar nenhum dos outros quatros. – levantei e sentei na cama, acariciei o rosto dele devagar e o vi fecha seus olhos, como se fosse um pedido silencioso para eu continuar, e arrastei minha mão ao seu alvo pescoço e passei minhas unhas o arranhando de leve, seus pelos no pescoço se arrepiaram e Suga abriu seus olhos e me fitou.

Sorri e comecei a acariciar sua nuca e seus cabelos, ele sorriu e disse:

- Assim eu fico na vontade de fazer com você também. – não falei nada, ele segurou minha mão e se sentou na minha frente, deixou minha mão na sua nuca e pegou a outra a colocando no seu pescoço, comecei a subir meus dedos para o seu cabelo e fazendo um cafuné, ele sorriu de lado, e aproximou-se devagar, nossos rostos estavam muito próximos, ele beijou minha bochecha, meu queixo e foi descendo seus beijos pelo meu pescoço.

- Suga. – falei arrastado e suspirando alto, senti um arrepio em todo o meu copo. –Hum. – ele murmurou e mordeu meu pescoço em meio aos beijos, mordi meus lábios e puxei seus cabelos, ele ergueu seu rosto e me olhou sorrindo. – Por que esta sorrindo? – perguntei.

- Por saber que só eu beijo você. – juntou nossos lábios em um demorado selinho. Afastou-se e ficou me olhando. – Você é muito linda.

- Sei disso. – falei sorrindo – Que convencida. Vem vamos dormir antes que me dê vontade de fazer outra coisa contigo. – o olhei incrédula do que tinha ouvido, ele gargalhou da minha expressão e me deu um abraço e disse:

- Calma é brincadeira, eu não vou fazer nada, mas ainda quero dormir. – me fitou com seus olhinhos pidões e eu não resistir.

- Esta bem eu só irei me trocar e venho dormir. – ele sorriu vitorioso, me levantei e andei até o closet, entrei e tomei um susto com o que vi, os bichinhos estavam todos na porta espiando, eles estavam encostados na porta. – O que vocês pensam que estão fazendo?

- E que queríamos saber o que você iria fazer para ter mandando nós para aquela maleta velha, então espiamos e vimos que vocês estavam se acasalando. Desculpe não era intenção nossa ver algo assim. – falou a joaninha, senti o meu rosto queimando, como assim “se acasalando”.

- Ah – gritei frustrada e disse envergonhada. – não estávamos nos aca-acasalando, não estávamos fazendo nada. - a porta abriu e Suga estava parado do outro lado me olhando assustado. – Suga.

- O que foi? Por que gritou? – ele perguntou.

- Acho que foi por que a Inne falou que vimos vocês se acasalando, depois que ela disse isso a guardiã ficou vermelha e gritou. – respondeu o hamster, Suga ficou vermelho com o que ouviu e olhou para a ruiva que estava encolhida junto à porta muito envergonhada. O hamster virou para os outros anciões e disse baixinho. – ele ficou vermelho também, acho que eles estão doentes.

- Kaiymi pegar logo o seu pijama e vamos dormir. – afirmei e andei até as minhas roupas e peguei uma calça preta junto com uma camiseta da mesma cor e voltei para perto da porta. – e quanto a vocês bichinhos irão voltar para a maleta para dormi e nada de ficar espiando novamente.

Eles voltaram para a maleta e se transformaram em pedras, sair e depois veio o Suga. Senti-me envergonhada e nem conseguia olhar para ele, corri para o banheiro, entrei e tranquei a porta, e me escorrei nela suspirei alto olhei ao redor do banheiro e decidi me trocar logo, tirei o vestido que estava usando e coloquei a calça e a camiseta, criei um pouco de coragem e destranquei a porta a abrindo devagar e olhei para fora do banheiro, não vi Suga pelo quarto, sair fechando a porta e deixei meu vestido dobrado no criado mudo, olhei ao redor e vi a porta da varanda aberta, andei até ela e quando sair vi que ele estava encostado na sacada observando a cidade, me aproximei em passos lentos.

- Por que está aqui fora sozinho? – estremeci de frio com o vento gelado contra o meu corpo. – Está frio, vamos entrar. – ele me olhou e estendeu um braço e me aproximei mais, ele me puxou para um abraço me colocando na sua frente, o seu corpo quente me aqueceu, a cidade esta muito linda, cheia de luzes coloridas.

- E lindo, não é? – ele perguntou perto da minha orelha baixinho, me fazendo arrepiar e falei baixo. - Sim, é muito bonito. – disse sorrindo enquanto olhava a cidade. Ele me virou para frente e o olhei, na mesma hora pensei em como “ele é lindo”, uma pequena frase que o definia, seus cabelos verdes voavam contra o seu rosto e seu sorriso mostrava como algo simples podia me fazer se apaixonar por ele, sorri e o abracei, na mesma hora senti seus braços enlaçarem minha cintura em um forte aperto.

Não sei por quanto tempo ficamos ali abraçados, mas sei que foi algo bom, eu gostava de senti o seu corpo junto ao meu quando ele me abraçava, desfizemos o abraço e entramos, fechando a porta e as cortinas.

Ele sentou na ponta da cama e me chamou para si, me sentei ao seu lado e o olhei, não era preciso que falássemos nada, só aproveitar cada segundo, ele tirou o casaco moletom que usava e ficou só com uma camiseta branca e subiu na cama se deitando, o acompanhei e me deitei de frente a ele, nossos corpos estavam próximos, mas não era o suficiente.

Suga tirou uma mecha do meu cabelo que estava no meu rosto e a colocou atrás da minha orelha, desceu a sua mão pela lateral do meu corpo e a repousou na minha cintura, me puxando contra o seu corpo, eu conseguia senti sua pele quente abaixo daquela misera peça de roupa, deixei minha cabeça apoiada no seu peito e podia ouvi seu coração batendo, rápido igual ao meu, fiquei brincando com seu cabelo macio e a acaricia-lo, sua perna se enroscou na minha e eu estava praticamente o usando como colchão, sorri sentindo o meu rosto esquentar com toda a proximidade, olhei para o seu rosto e fitei sua boca vermelhinha, confesso que não resistir, me inclinei e o beijei suavemente.

Um simples selinho, não me contendo abri meus lábios contra os seus e aprofundei o beijo lentamente, ele me acompanhou, senti a sua língua pedindo passagem, cedi e a senti junto a minha, suas mãos apertaram minha cintura e suspirei em meio ao beijo, mordi seu lábio superior e arranhei seu pescoço alvo.

O senti arquear seu corpo contra o meu. E a energia mágica que jazia no seu corpo começou se alastrando a nossa volta, calor, era o que eu sentia, o meu corpo estava quente, minha boca contra a dele em um beijo que aos poucos ficava lascivo e feroz, estávamos nós entregando ao desejo carnal que sentíamos, e aos poucos eu me entregava mais e mais a ele, senti uma mordida no meu lábio inferior e puxei seus cabelos fortemente o fazendo gemer fraco contra minha boca, depois ele atacou meu pescoço, beijando e mordendo levemente, o puxei mais para mim e rolamos na cama, ele ficou por cima do meu corpo, com seus joelhos de cada lado das minhas pernas, um braço ele usou para apoia seu peso na cama e o outro na minha cintura alternando pra o quadril, desci uma mão pelo seu corpo até a barra da sua camisa e alisei o pé da sua barriga o fazendo estremecer na minha mão, sorri e o puxei para mais um beijo, satisfeita com a sua reação.

Minha mão explorava um lugar intocado por mim até o momento, o seu abdome levemente definido e o arranhava de leve enquanto encaminhava minhas mãos para suas costas largas, perfeitas em minha opinião. Nossas energias se misturavam igualmente nossas línguas e lábios, a nossa aura estava se expandindo aos poucos e tomando conta do quarto, o deixando cada vez mais quente.

Minha pele estava queimando contra a dele, e foi quando me lembrei do fogo, da vez em que ele foi sequestrado e, eu queimei toda a caverna dos nances, me lembrei dos meninos que foram comigo, e me lembrei de que se continuamos assim algo ruim poderia acontecer, senti um aperto na minha cintura e quase me pedi, rolei e fiquei por cima dele ainda o beijando e sentei no seu colo, me afastei um pouco e colei nossas testas com os olhos fechados, respirei fundo e senti a sua respiração pesada contra meu rosto.

- Uau. – ele falou baixinho e ouvi uma baixa risada, abri meus olhos e o vi abrindo os seus também, seus lábios estavam muito vermelhos, era provável que os meus também.

O quarto continuava quente, olhei ao redor e percebi que no quarto estava uma espécie de névoa colorida em azul e violeta, me sentei direito em cima dele que se inclinou para frente se sentando comigo no seu colo e ficamos olhando admirados para a névoa colorida.

- Isso por acaso é a nossa energia misturada? – perguntou. – Sim, a energia do herdeiro que estava no seu corpo junto a minha, isso é claro se você não for o herdeiro, por que ser for ela é sua. – respondi simplesmente ele segurou meu queixo e virou meu rosto com suavidade para si, seus olhos estavam profundos e inquietos, disse baixo:

- Essa névoa pode machucar os meninos? – neguei, ele soltou o ar que estava segurando sem eu percebe e me abraçou colocando seu rosto contra meu pescoço. – Que bom. Desculpe-me eu me deixei leva e fui longe demais, me desculpe mais foi irresistível.

- Ei. – afaguei seus cabelos e o apertei contra meu pequeno corpo em um abraço apertado e carinhoso. – Não peça desculpa, foi eu que lhe beijei primeiro lembra? Fui eu que comecei com tudo, me desculpe.

Ficamos abraçados por um bom tempo, aos poucos a névoa de energia voltava para o nosso corpo, deitamos abraçados um ao outro e não nos desgrudamos por nada, mesmo que depois isso não seja o certo eu sentia que ele era algo que eu sempre ansiei ter na minha vida humana e não tive a chance de encontrar, mas agora que eu encontrei não o deixarei ir, eu não podia o deixar e também não conseguia.

Dormimos tranquilos nessa noite, sem nada que nos impedisse sonhar com uma vida sem todas as preocupações que tínhamos: o herdeiro, o equilíbrio dos elementos, a banda, as fãs, nada disso, só nós dois felizes em algum lugar longe disso tudo.