História A Família de Noé. Memorias de um passado esquecido. - Capítulo 1: Preocupações.

Em uma grande sala de jantar estavam reunidas oito pessoas esperando alguma notícia sobre seu irmão Noah mais velho, Mana D. Campbell. Essas pessoas reunidas na sala, eram os irmãos Noahs mais novos de Mana, os verdadeiros apóstolos de Deus, os descendentes de Noé. Atualmente os apóstolos que estavam sentado eram:

> Tyki Mikk, o terceiro apóstolo, representando: O Prazer de Noé.

> Sheril Kamelot, o quarto apóstolo, representando: O Desejo de Noé.

> Wisely Kamelot, o quinto apóstolo, representando: A Sabedoria de Noé.

> Skinn Bolic, o oitavo apóstolo, representando: A Ira de Noé.

> Road Kamelot, a nona apóstola, representando: Os Sonhos de Noé.

> Jasdevi (Jasdero e Devit), o decimo e decimo primeiro apóstolos, representando: Os Laços de Noé.

> Lulu Bell, a decima segunda apóstola, representando: A Luxuria de Noé.

Todos estavam sentados em ordem com o número de cada apóstolo entalhado nos acentos rústicos, em que repousavam. Eles estavam reunidos, pois foram convocados por seu irmão Noah mais novo. O irmão carnal do atual Adão nesse mundo. O decimo quarto apóstolo, Nea D. Campbell, também conhecido e titulado como: A Melancolia de Noé.

Ele havia informando-os que tinha recebido notícias sobre o irmão mais velho, naquela manhã. Quando o restante dos Noahs o ouvira, todos foram atrás dele. E agora, eles estavam na sentados em um silencio constrangedor na mansão Campbell.

Todos estavam ansiosos e preocupados com Mana, já havia semanas que eles não tinham notícias de Mana, SEMANAS... literalmente nada. Nem um sinal de vida, apesar de ainda sentirem o seu Noé interior, o que para muitos era um grande alivio, mas ainda assim, preocupante.

Eles estavam cerca de quase uma hora nessa sala esperando Nea e as notícias que ele portava. Alguns deles mostrando sinais de impaciência a tal fato. Eles estavam tão agitados e ansiosos por essa notícia que alguns deles – Tyki e Road estavam quase sem paciência, sem contar com Skinn que fervia por não o ter a muito tempo. –, tentaram encontra-lo, mas eram barrados pelos serventes Akumas – que sempre falavam que ele iria ir, e pedia-os encarecidamente que esperassem mais. –, fazendo alguns deles serem destruídos pelas mãos de Skinn.

Sem qualquer aviso prévio, as portas do recinto se abrem e Nea sai delas, entrando no cômodo. Com diversas empregadas Akumas que o seguindo logo atrás, carregando diversas bandejas com a mais variada comida, que iam dês de comidas típicas até iguarias das regiões mais ao sul do planeta. Como Brasil, Colômbia, Argentina, entre outros.

Nea foi recebido com um olhar confuso por quase todos os membros da família – Skinn parecia gosta da comida e se interessou pela sobremesa que via na bandeja. –, mas foi logo perdoado, já que ele havia murmurado algo sobre: a hora do jantar.

Com tudo isso, a família comia quase tranquilamente, em um silencio que faria o inferno começar gelar; todos olhando para o mais novo do Clã. O que para ele era assustador, pois ele ainda se perguntava como todos eles iria reagir a notícia. Maldito pedaço de papel super faturado!

~o0o~

Passando algum tempo depois de comerem, Nea se preparava para jogar a bomba. Ele estava apreensivo com a carta que recebera a poucas horas atrás. Fazia algumas semanas que ele não tinha nenhuma informação sobre o paradeiro de Mana. Embora o seu Noé interior o tranquilizasse quando ele pensava na segurança daquele palhaço... Aquele idiota! Mais uma vez preocupando todos assim!

Suspirando pesadamente, ele começava o seu discurso que havia ensaiado por quase a manhã toda. Esperando, naquele momento, que não falhasse na primeira frase.

“Irmãos, venho agradecer a todos...”, Nea começou, mas foi prontamente interrompido por Lulu Bell.

“Por favor, Nea, pare de enrolar e conte-nos de uma vez.”, sibilou a irmã Noah mais nova, calmamente, quase estoica como de costume, porém com um certo aborrecimento no final. Ganhando olhares de aprovação por alguns dos membros para o azar do Noah da Melancolia, que murmurará baixinho.

Tryde estaria orgulhoso dela, agora!

Passando bons minutos em silencio na sala, Nea suava frio com todos os olhares que recebia, anseio e aflição pararam por seu rosto enquanto via a seriedade nos membros, cada um deles. Inferno, até mesmo nos gêmeos?!

No curto espaço de tempo, vendo todos da família assim. Nea não pode parar de olhar para o passado, onde se lembrara dos tempos em que todos estariam mais normais... Road estaria sorrindo, quase zombeta, provocando seu pai com Tyki. Este, por outro lado, estaria fumando seu cigarro, enquanto dava os ombros, ignorando o irmão mais velho e a sobrinha adotiva. Jasdero e Devit estariam brincando de jogar comida entre si. Lulu Bell pediria para a sua criada Akuma – a qual Nea esquecera o nome. –, linchasse suas unhas, impecavelmente. Skinn estaria comendo algum doce, com sua típica careta raivosa. Sheril com seu olhar assassino, fuzilava Tyki, ciumento por Road. Assim fazendo, seu outro filho adotivo, Wisely, se aborrecer e acabar lendo um livro, tentando ignorava sua família adotiva, envergonhado por ela. E finalmente, o Mana estaria amenizando o lugar com alguma piada estupida...

Bufando em reclamação, Nea afastou as lembranças, essa era uma situação séria! Ele tinha que ser sério! Ele sabia que todos estavam apreensivos, ele também estava! Mas com toda essa comoção familiar, ele tinha total certeza que as coisas estariam fora do lugar no minuto em que dissesse a verdade. Mas não havia nada que ele pudesse fazer, infelizmente.

Agora, vendo todos que pareciam mira-lo como se ele tivesse algum envolvimento nisso, pois na maioria das escapadas de Mana fora em decorrência em sua falha em vigia-lo – ele ainda tinha pesadelos com os olhares da família quando o Mana anunciou que iria viajar como um artista de rua e o pior foi que ele avisou já saindo de casa. –, mas apesar de tudo. Nea tinha total convicção de que todos os presentes sabiam como era o temperamento de Mana. Um temperamento completamente alheio a tudo, inclusive, para a própria segurança.

Nea tinha certeza que teria uma forte enxaqueca até o final dessa reunião familiar.

Vendo a inquietude no rosto de seu irmão Noah mais novo, Wisely decidira espiar os pensamentos dele, quando o checara. Seus cinco olhos ficaram perplexos, mas antes que pudesse pará-lo. Nea decide confessar.

“Mana está se retirando por algum tempo, como o Conde do Milênio.”, disse Nea de uma vez, com a voz pesada e quase sussurrante no final. Mas sabendo que todos o ouviriam.

No minuto seguinte em que todos ouviram tais palavras, muitos dos membros gritarão de surpresa, alguns mais calmos apenas olharam incrédulos sobre a afirmação, pedindo para Nea repeti-la. Infelizmente, ele nunca respondeu de volta.

Discursões acalorados, gritaria desenfreada e confusão, foram ouvidos, vindos da Mansão Campbell.

“Mana, o que infernos você está fazendo!”, pensou Nea, observando o estrago a sua frente.

~o0o~

“Acho que alguém está falando de mim.”, pensara Mana, enquanto bloqueava o nariz, após espirrar. Ele estava agora abrindo a porta de seu apartamento, enquanto era recebido por uma empregada Akuma.

Depois de deixarem a casa da senhora Thomas, Mana decidiu pegar um trem para Londres, capital do atual país em que estava. Pois, a cidade tinha uma alta quantidade de Akumas, além claro da baixa probabilidade da Ordem os achar, é como dizem: Fique próximo dos seus amigos e ainda mais próximos dos inimigos... Hanran... bem de baixo dos narizes deles!

Retirando dos seus pensamentos, mas com um sorriso brincalhão, Mana olha para a sua empregada Akuma, dizendo-a para retornar ao seu posto humano. A Akuma logo o reverencia, assentindo, e segue para a sua missão como humana, como foi ordenada a fazer.

Suspirando, o Conde do Milênio entrar no apartamento que era basicamente um condomínio de luxo. Grande – nada muito exagerado, na opinião dele. –, e espaçoso, com cinco quartos em que três deles foram transformados em um escritório, uma sala de instrumentos e uma minibiblioteca. E no lado de fora do apartamento, ele desfrutava de uma varanda – com proteção, é claro. –, grande o bastante para caber vários brinquedos, parecendo quase um mini parquinho para bebês. Além das coisas mais básicas como banheiro, cozinha e sala de estar.

Embora essa maioria sejam feita para Allen, elas foram basicamente compradas, baseado principalmente, nos seus próprios gostos!

Parando de olhar para a sua residência, com uma expressão satisfeita, Mana decide ir até o quarto de Allen para ver como ele estava. Enquanto seguia para o quarto, ele designava algumas Akumas, as dispensando de seus serviços por hoje. Elas assentiam costumeiramente, e saiam da casa sem qualquer resistência, novamente.

Como ele adorava suas criações! ~

Chegando no quarto do seu filho, Mana olhara para o pequeno dormindo tranquilamente em seu berço. Ele dormia assim sempre que tomava leite um pouco excessivamente..., ele seria um grande comilão quando crescesse!

Ao decorre das semanas, o D. Campbell mais velho descobrira mais e mais sobre o seu pequeno príncipe. À princípio, nos primeiros dias em que ele passara com Allen, o Valete descobrira que seu filho tinha um apetite bastante extenso. Na verdade, dizer que ele era somente ‘‘extenso’’ seria um grande eufemismo, visto o quanto de mamadeiras por dia ele obrigava suas babás Akumas a dar-lhe. Semelhante com Skinn e sua paixão por doces ou Road pelos mesmos.

O segundo ponto era que aparentemente, Allen odiava fumantes, pois quando ele o levara para passear pela cidade Square Mile. O pequeno fez uma cara de poucos amigos para uma pessoa que passara por eles, fumando... ehhh... Tyki-pon estaria em uma severa crise de abstinência, logo, logo...

O terceiro foi ironicamente, quando o Noah menos esperava. Mana estava tentando fazer Allen dormir – algo que acontecia raramente agora, graças as Akumas que assumiram esse trabalho. –, que se recusava a todo custo a ceder. Então Mana teve a brilhante ideia de cantar a canção de seu irmão, Nea. A canção do decimo quarto Noé, a canção que controlava a Arca; aceita por todos os Noahs, quase unanimemente ser entre todas as sinfonias que seu irmão musico compusera; a mais calma e melancólica delas... Bom, para o Allen, parecia ser completamente o oposto, pois quando o cantava, mesmo que desafinado ou até errando em algumas partes, fazia Allen parar de chorar e adormecer tranquilamente...

Nea certamente iria mima-lo!

Pensando agora, Allen era uma criança muito tranquila para a sua idade, quase nunca chorando ou fazia birra – só em ocasiões especificas. –, ele era exatamente a definição perfeita de serenidade, até mesmo na presença das Akumas. Ele nunca chorava ou ficava intimidado por elas. As vezes era assustador o quão sossegado com as armas demoníacas ele ficava, mesmo que as Akumas saíssem de suas ‘‘cascas humanas’’. Ele ficava tranquilo e tranquilo..., as vezes até mesmo sorria para elas.

Mas isso deve ser por causa de sua descendência, ou o Noé interior o tranquilizando.

Balançando a cabeça, deixando isso de lado, Mana sorria fraternal, enquanto acariciava os cabelos lisos de seu filho. Eram rasos e suaves, com um leve tom desgrenhado, mas ainda bonitos, e a sua cor é idêntico como... a de Sarah. Castanhos tão vividos que quase chegavam aos ruivos... Se ao menos ele pudesse encontrá-la.

Não! Agora não era hora! Ele tinha que seguir adiante, seguir seu caminho, nunca olhando para trás...

Ciciando em desanimado, enquanto se lembrando que já estava tarde, o Conde assim deixa Allen dormir no seu berço em paz. Se dirigindo a porta do cômodo, mas antes de abri-la para deixa-lo, ele desejara em seus pensamentos um...

 – “Bons sonhos.”

~o0o~

Despojado de suas forças, Mana se deitava quase desabando em sua cama. Mas feliz ao ver Allen dormir, ele era tão fofo dormindo enquanto chupava o polegar!

O primeiro apóstolo, então mira seu olhar para o teto do quarto, pensativo. Hoje havia sido um dia cansativo, mas construtivo. Ele havia acabado de checar até a última Akuma na cidade, vendo algumas que já estavam em estágios avançados como os níveis três e somente uma dúzia ainda permaneciam em níveis iniciantes, como os níveis um... Bom, já era alguma coisa ao menos...

Hoje também era o dia em que ele havia enviado uma carta a sua família. Eles com certeza deveriam estar preocupados com seu desaparecimento. Mas isso realmente não o preocupava... ainda. Ele sabia como todos eram superprotetores com ele. Até porque ele era o Conde do Milênio. O único que podia e poderia fazer frente a tal ser, como o maldito Coração. Então, sim, eles tinham que ser protetores com ele, afinal, se ele for destruído e sua alma capturada, a Inocência Mãe os eliminaria...

Enquanto sua mente velejava em seus pensamentos longínquos e sombrios, ele sempre acabava se voltando em um ponto, a de Sarah, ou mais precisamente, em seu desaparecimento total.

Quando Mana se estabilizou na cidade, alguns dias antes, ele mandou diversas Akumas em missões secretas de espionagem, tentando encontrar e/ou contatar Sarah, mas ao fazê-lo. Ele não encontrara nada, nem mesmo uma única pista de sua localização, e isso realmente o assustava. Ele não sabia se ela estava segura, ou ao menos se ela estava protegida da substancia amaldiçoada. E isso foi o que mais o entristeceu, ele não iria se enganar, ele ainda a amava, como sempre e sempre a amou, sua, e somente sua. Ainda tendo uma pequena fração dentro se si que permanecia com esperança que tudo não passasse de um sonho... De um maldito pesadelo!

Mas ele sabia, infelizmente, que tudo aquilo era real.

Resmungando internamente, ele virava de costa, parando de olhar para cima. Ele estava muito desgastado para pensar nisso agora, tendo muitas coisas voando em sua mente. Sua família, a Santa Guerra e agora, tinha que cuidar de Allen..., era por isso que ele decidira continuar em frente, continuar protegendo sua família; continuar protegendo Allen.

Ainda sentindo triste, mas decidido. Mana bufava um pouco, enquanto fechava os olhos para dormir.

Amanhã seria mais um longo dia...

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Continuar...