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História A Família dos Uchihas - Regresso a Konoha


Escrita por: ArikaKohaku

Capítulo 2 - Regresso a Konoha


– Hei, raposa! Acorda! – Sasuke estava encostado nas almofadas confortavelmente, em cima da larga cama do casal Uchiha, os senhores do País do Som.

E brincava com a pele do rosto de Naruto roçando as pontas dos dedos, sentindo as três marcadas fincadas na bochecha bronzeada, que dormia ao seu lado de boca meio aberta e com um fio de baba.

– Maou shinobi deixa-me dormir mais um pouco. – Resmungou contra a almofada.

– Não. Eu tenho fome. Porque não me vais buscar comida? …

O louro levantou-se repentinamente ficando de joelhos sobre a cama.

– Porque é que me estás a acordar? Onde está Nasasu? É ele que nos costuma acordar!

– Oh! Que entusiasmo! – Amuou Sasuke. – Pensei que ias ficar contente por ser eu a acordar-te.

Naruto corou com a sua idiotice, sorriu e beijou o marido.

– É claro que estou contente. Já que nos últimos seis anos fomos acordados por um rapazinho…

A porta do quarto foi aberta de rompão e Karin entrou.

– Desculpem pela interrupção, mas Nasasu desapareceu. – Avisou alarmada e ofegante.

– Como? – Gritaram os pais ao mesmo tempo.

– Atacou um dos guardas da barreira e passou por ela. Ele falou em sharingan!

Naruto saltou da cama para fora, abrindo o armário, começou a vestir-se o mais rápido que podia, só parando para passar uma mão pela cicatriz que se alinhava com a cinta das calças. A única cicatriz que a Kyuubi nunca conseguira curar.

– Tenho um palpite para onde ele poderá ter ido. – Disse. A sua aparência mudara. Já não era um adolescente era um homem, física e mentalmente. Estava mais robusto e poderoso. Treinava todos os dias e criara uma dúzia de admiráveis novos jutsus. Tudo o tornava mais parecido com o pai.

– Para onde Naruto? – Perguntou Sasuke juntando-se ao companheiro e vestindo-se.

– Para Konoha!

– Mas isso fica a meio dia daqui se formos a correr sem parar.

– Por isso, espero que o encontremos em tempo necessário antes.

– Entretanto, acho que está na hora de desactivar a barreira, já não serve de nada, ele já possui o sharingan. Nós sabíamos que ele ia ser poderoso, mas ele tem 6 anos! Por Amor aos Deuses!

– O meu irmão aos 8 anos já o tinha completo. Karin! Manda desactivar a barreira e arranja um grupo de jounnis qualificado e inicia as buscas fora da nossa fronteira. A que horas é que ele atravessou a barreira?

– Segundo o guarda atacado, ontem à 1 da madrugada.

– O quê? E porque é que só fomos informados agora?

– Bem, ninguém achou possível que Nasasu fizesse uma coisa dessas. Só tem 6 anos. Organizamos buscas no interior do país. Que não deram em nada. Então tornou-se evidente que o guarda dizia a verdade.

- Mesmo assim, nós devíamos ter sido informados logo no início das operações. Vai fazer aquilo que te mandei! – Karin estremeceu e fugiu do quarto para ir cumprir as ordens. Sasuke sentou-se de novo na cama nauseado, furioso, pesado e sem forças.

Naruto aproximou-se do marido notando-lhe a palidez. Sentando-se ao seu lado, fê-lo encostar-se a si e afagou-lhe os cabelos.

– Aquele miúdo! Como é que não percebi! E se o apanham? Existem tantos perigos.

– Sasuke, ele é um puto forte, nada lhe vai acontecer. Tens de te acalmar. Não te podes enervar.

oOo

Em Konoha os tempos eram de paz, depois de Naruto ter eliminado as maiores ameaças e inimigos da aldeia e do País do Fogo. No entanto havia sombras que cresciam noutros países que tentavam destabilizar a paz conseguida à custa de muitas mortes e muita dor. E Shizune corria desalmadamente pelos corredores e pelas escadas para chegar ao gabinete da Hokage para lhe dar a nova noticia.

– Tsunade-sama! A barreira do País do Som desapareceu. – Gritou ao entrar no gabinete.

A velha Hokage levantou-se e papeis voaram por todo o lado.

– O que se passou? – Perguntou, receando já uma nova ameaça.

– Ao que parece desapareceu o filho do Rei Ninja.

– Rei Ninja? Mas que raio, quem é esse tipo?

– Ainda não sabemos. Apesar da barreira ter sido desactivada ainda existem muitos guardas nas fronteiras. Sabemos que um grupo de ninjas saiu, logo após o desactivar da barreira.

– São ofensivos?

– Não. Procuram apenas o filho do Rei Ninja que conseguiu passar a barreira. Traziam um pedido do Rei Ninja. Ninjas nossos estão a acompanhar o grupo não vá dar-se o caso de ser mentira.

– Bem, se for só isso. Eles que procurem à vontade. Shizune manda uma mensagem a esse tal rei e pede-lhe uma audiência da minha parte. Quero pedir-lhe autorização para procurar Naruto nos seus domínios.

– Ainda acha que ele pode estar vivo?

– Claro. Nunca deixei de acreditar. Além disso ele tem de vir assumir o seu cargo como o 6º Hokage.

Noutro ponto da aldeia um pequeno rapazinho de cabelos azuis-escuros, vestia uma camisola laranja de mangas curtas e uma alta e larga gola alta, com uns calções pretos e umas sandálias ninjas azuis. As costas da camisola tinha estampado um símbolo parecido com uma folha pintada de vermelho e branco e que à muito tinha desaparecido da aldeia e nas mangas uma bola vermelha circuncidada a preto. Na cara três riscos vincados em cada bochecha.

– Hei! Pequeno! Que fazes aqui sozinho? – Uma bonita rapariga loura sorria-lhe, ligeiramente flectida para que ele lhe pudesse ver a cara, estava de guarda às portas da aldeia.

O rapazinho tinha uma aparência estranhamente familiar, e devolveu-lhe um olhar azul clarinho com frieza. Ino sem saber muito bem porquê, lembrou-se dos olhares que recebia de Sasuke, quando ainda eram novos, e ela andava constantemente atrás dele.

– Como te chamas?

– U… – Parou. Ele conhecia a estória dos pais e dizer o seu apelido podia trazer-lhe problemas. – Nasasu.

– Olá Nasasu. Onde estão os teus pais?

– Não sei. Perdi-me.

– Então vem comigo. – Esticou-lhe uma mão que o rapaz facilmente aceitou e deu-lhe um chupa. Ino sorriu com a inocência do pequeno, em como ele confiava nas pessoas. O que ela não sabia é que ele sabia quem ela era.

– Senhora podia dar-me uma camisola? A minha sujou-se.

– Claro Nasasu. Tu precisas de um bom banho. Chouji! – Gritou para um ninja gordo que se encontrava sentado na barraquinha da entrada. – Vou levar este rapazinho para um abrigo e reportar o seu achado. Tens de ficar aqui um tempo sozinho…

oOo

– Naruto. Olha dois pássaros de Konoha! - Notou Sasuke.

Dois pássaros brancos de penas compridas estavam empoleirados parados no parapeito da janela. Estenderam ambos os braços e os pássaros voaram até aos seus destinatários e receberam as suas mensagens.

– Esta mensagem não é propriamente para mim. Destina-se ao Rei Ninja. A 5ª pede uma audiência comigo. Não diz qual o motivo, mas posso apostar que sei o que quer.

– Então deves recebe-la. Ela tem de ver como está bonito o nosso país. – Respondeu Naruto preparando-se para ouvir a mensagem que o pássaro lhe trazia. Fez o sinal necessário com os dedos e ouviu a mensagem, no fim, estava mais branco que as paredes do quarto. – Desde quando é que Nasasu sabe falar com os pássaros?

– Desde a semana passada. Ele pediu-me para o ensinar. – Informou Sasuke. – Não me digas que…

– Sim, é uma mensagem dele. Diz que está em Konoha. Já conheceu a Ino, o Chouji e a Hinata, a coordenadora do centro de refúgio. Diz que lhe deram banho e roupas novas, mas como é um rapaz esperto não disse qual era o seu nome dele. Pede para não irmos atrás dele.

– Que lata! Eles vão ver o símbolo Uchiha nas costas dele. – Alarmou Sasuke. – De que lhe serve não dizer o nome? Aquele miúdo vai meter-nos em problemas. Por acaso, não lhes disseste de quem era o teu filho, pois não?

– Não! Claro que não.

– Menos-mal! – Suspirou o moreno. – Eles vão tentar saber do meu paradeiro através dele, mas como é uma criança não lhe farão mal.

– Eu vou a Konoha buscá-lo. – Sentia-se agora mais aliviado por saber que Nasasu estava em Konoha. E reparou que os mesmos pensamentos e sentimentos estavam na cara do marido.

– Eu vou contigo.

– Não. É melhor não. Vou sozinho. Tu tens fazer a tal audiência com a Tsunade e com os outros líderes, que com certeza, vão querer saber se somos ou não uma ameaça. – Viu Sasuke fazer uma careta com a cara. Não era o tipo de pessoa que tinha dom para a diplomacia, e muito menos gostava de aparecer frente dos outros líderes com a forma que actualmente tinha. - É normal que estejam receosos. A história deste país não é a melhor e estivemos isolados durante 7 anos. Se os convidares a vir ao Pais do Som, verão que não tem nada a recear de nós.

Sasuke puxou-o para si e enlaçou os seus braços na cintura de Naruto.

– És um grande líder! – Beijou-o apaixonadamente. – Porque não ficas tu aqui e eu vou buscar Nasasu?

– Porque, provavelmente, eras morto mal metesses um dos teus pezinhos lindos no país do fogo… e estás…

– Ah! E tu não eras?

Um pássaro entrou pela janela e foi aterrar em cima da cabeça loura. Naruto fez o sinal e ouviu a mensagem que se dirigia a Naruto e Sasuke e tinha dois anos.

“ Não sei onde estão, mas espero que ouçam está mensagem e regressem prontamente. Os dois Anciões envolvidos no massacre Uchiha foram condenados e presos. Devo informar, também, que Haruna Sakura se encontra presa pela prática de um jutso proibido, que recaiu sobre Uzumaki Naruto. Reconstituo, por isso, pelas verdades encontradas, os títulos de ninjas de Konoha aos dois fugitivos: Uzumaki Naruto e Uchiha Sasuke. E ordeno o seu mais rápido regresso à Aldeia Oculta da Folha a fim de reentrarem na comunidade e também receberem as desculpas formais e os méritos das suas pessoas.

Por não mais assunto termino,

Tsunade, 5ª Hokage de Konoha”

– A Sakura-chan? Ela fez o jutso que me fez engravidar? Porquê? – Questionou-se Naruto.

– Finalmente esses malditos tiveram o que mereciam.

– Pois e agora o que fazemos? Ela ordenou-nos que regressássemos.

– Isso foi há dois anos.

– Bem, manteremos as coisas como estão planeadas. Tu ficas aqui e eu vou a Konoha. Irás lá ter depois de falares com os líderes. Mas irás com calma!

– O teu coração sempre esteve em Konoha, não é verdade?

oOo

– Este rapaz é a prova viva de que o Uchiha Sasuke está vivo. Vê estas roupas? – Shizune estendeu sobre larga secretária da Hokage a camisola laranja com o símbolo inequivocamente Uchiha.

– Ora Nasasu, gostas de laranja?

– Gosto! Fica-me bem! – Tinha sido apanhado, e estava na presença da velha Tsunade. Não contara com aquilo, mas também já percebera que ela, e as outras, nada sabiam do paradeiro dos pais.

– 5ª recebemos uma mensagem. – Anku entrou gritando. – Naruto vem para cá, chega esta tarde. – Tsunade deixou cair as suas coisas.

– Ele estava mesmo fechado no país do som. – Gritou, aos cantos dos olhos, cresciam-lhe lágrimas e foi ficando vermelha. – Será que trás o filho consigo? Ou será uma menina?

Nasasu fez uma careta, mas ninguém viu. Vinha buscá-lo. Estava ferrado. O pai ia chegar-lhe o pêlo ao peito

– Acha que ele teve o bebé?

– Ele fugiu por causa disso.

oOo

Horas mais tarde, Tsunade andava às voltas pelo seu gabinete, impaciente.

– Naruto nunca mais chega. É quase de noite. Ele disse que chegava à tarde. – Irritou-se. No entanto falava baixinho.

– O que fazemos com o pequeno? – Perguntou Shizune, que tinha ao colo Nasasu adormecido, afinal era ainda uma criança e andara a noite toda. Era a cara chapada de Sasuke, mas os olhos azuis confundiam qualquer um.

– Não te habitues demasiado à sua presença aqui. Em breve o pai deve estar aqui à sua procura.

– Pa… Papá! – O pequeno começou a remexer-se no colo confortável em que se encontrava. Um misterioso chakra saia-lhe do corpo. Acordou. Os seus olhos estavam mudados, o sharingan activo e um chakra vermelho envolvia-o.

– Não! Não pode ser! Esse chakra… – Foi mandada pelos ares, antes de ter tempo para terminar a frase, e foi de encontro com a parede e caiu, o choque só não foi maior porque por Nasasu ser ainda uma criança. Shizune abriu os olhos e sentiu a dor do choque nas costas.

– Nasasu… – Chamou Tsunade. Os olhos do menino tornaram a ser azuis e o rapaz começou a chorar.

– Papá! Oban-chan. Quero o meu papá!

“Oban-chan?”, notou Tsunade a maneira como Nasasu se tinha dirigido a ela.

– O que se passou Nasasu?! – Tsunade tentou aproximar-se, mas o chakra continuava a ser libertado e queimava quem se aproximava.

– PAPÁ!

oOo

– Naruto? És tu?

– Sou. – Sorriu. Ino e Chouji estavam à sua frente.

Aquele homem de olhos azuis-claros e brilhantes com cabelos louros, alto e com uma bela estatura. Nada tinha a ver com o rapazinho traquina que tinham conhecido. Estava um verdadeiro “Gato”, um “deus grego” na terra, um homem feito.

– Bem-vindo de volta. – Desejou-lhe Chouji. – Ficamos chocados quando soubemos o que a Sakura te fez.

– Pois. Eu nem sequer sabia que tinha sido ela a lançar-mo. – Disse coçando a cabeça.

– Naruto… tu…

– Sim?

– Tiveste o bebé?

– Sim, tive! – Respondeu sem rodeios.

– Então e onde está?

Quando ia a responder a terra tremeu e um estrondo foi visto e ouvido vindo da torre da Hokage. Os três não esperaram mais e partiram por cima dos telhados.

– Oh! Não! – Chakra vermelho saia pelas janelas do gabinete da Hokage. – Tsunade-sama! – Gritou Ino.

Tsunade encontrava-se no telhado da torre e preparava-se para lançar um jutsu da terra num menino já agarrado por braços de terra, que soltava um chakra vermelho, que lhe começava a queimar as roupas.

– A velha Tsunade, NÃO! – Gritou Naruto, mas a Hokage não o ouvia.

– PAPÁ! – Nasasu ouvira-o e já o tinha visto.

– Nasasu! – A terra começou a tremer com a preparação do jutsu. Teve que agir depressa. – Olhos da Raposa. Poder do Sharingan! (1) – Os olhos que Itachi lhe dera foram accionados, mas ainda estava longe para poder controlar o filho.

– Naruto, não… – Berrou Ino ao ver Naruto saltar do telhado e correr a grande velocidade em direcção à torre da Hokage, que subiu apenas em fracções de segundo. Accionado o seu chakra da raposa para não se queimar com o chakra do filho, cortou os braços de terra que enrolavam e prendiam Nasasu, com umas kunais explosivas. Agarrou no filho e retomou ao chão. O jutso de Tsunade foi quebrado.

– Controlo Sharingan!

Nasasu agarrou-se às roupas do pai para sentir a espessura forte do mesmo, ao mesmo tempo que sentia o seu chakra a voltar à normalidade, mas não conseguia parar de chorar. Estava assustado e quase matara uma pessoa. Se o pai não tivesse aparecido ele poderia ter feito muito mal sem querer.

Alertados pelo som outros ninjas começaram a chegar, mas apenas viam um menino assustado agarrado a um homem louro, que mais parecia a reencarnação do 4º Hokage do que Naruto, embora soubessem que era este último devido às suas marcas características na cara. O louro embalava o pequeno que aos poucos se acalmava.

– Pai, eu não queria… eu não queria fazer mal… não queria… não queria…

– Naruto! – Uma voz feminina fez-se ouvir, forte e firme, no meio da multidão. Os ninjas e as pessoas comuns abriam passagem para deixar passar a Hokage. – Saíam daqui para fora! – Berrou para a multidão que depressa se dispersou.

– O que pensa que estava a fazer? – Rugiu Naruto, levantando-se do chão, onde estivera ajoelhado, com o filho ao seu colo, agarrado ao pescoço. Encarou Tsunade, que levou um choque ao perceber a dureza com que era recebida, por um homem que ela sabia ser Naruto.

– Estava a tentar proteger a minha aldeia.

– Magoando uma criança?

– Se fosse necessário para que ele não magoasse ninguém. Não é que o fosse matar, mas estava descontrolado e estava a magoar-se a si mesmo.

– Como é que ele ficou assim?

– Ele estava a dormir e de repente acordou aos berros e em pânico… mas que interessa isso? Naruto voltaste. Entrega a criança a Anku, para que ela possa levá-lo e tratar dele. E quanto a ti, tens de me contar onde estiveste nos últimos anos. – Anku aproximou-se, atrás dela via-se sair dois medininjas com Shizune numa maca.

– Shizune-san está bem?

– Sim, ficara bem. Era ela que o tinha ao colo.

– Gomenosai, Tsunade-sama! – Ouviu-se uma voz de menino baixa. Nasasu levantou a cabeça e olhou a velha Tsunade, ainda chorava embora silenciosamente.

– Vem Nasasu! – Chamou Anku de braços estendidos para o receber. – Temos de ver se estás bem.

Nasasu olhou para Naruto esperando que este contestasse, mas apenas recebeu um aceno de que devia ir com Anku.

– Eu irei ter contigo depois. – Disse ao menino.

– Prometes?

– Que pergunta! Prometo. – Jurou Naruto. – E depois temos que falar seriamente. Agora vai com Anku e comporta-te. – O rapaz baixou a cabeça e Naruto afagou-lhe os cabelos despenteando-os.

Anku afastou-se com Nasasu ao colo e Naruto tornou a encarar Tsunade.

– Tens um jeito enorme para crianças. Sempre tiveste, não é?

– Acho que posso dizer que sim. – Sorriu, lembrando-se de Konohamaru.

– Suspeitamos que esse miúdo possa ser filho de Sasuke. Não podemos ter a certeza, mas as suas roupas tinham o símbolo Uchiha. E depois é muito parecido com Sasuke…

– É, não é? – Era uma pergunta retórica. – E é tão idiota quanto o pai. Tinha saudades de Konoha. Tive este tempo todo no Pais do Som. Pedirei que me enviem o antídoto contra o Inferno da Raposa, depois Shizune ficará bem.

– Inferno da Raposa?

– Foi aquilo que saiu do Nasasu.

– Raposa? Do que estás a falar? Como pode Nasasu ter…

– Nasasu é meu filho. Ainda não sei o porquê, mas a certas alturas aquele chakra estranho sai-lhe do corpo.

Talvez algo da raposa lhe tenha passado para o corpo, enquanto estava dentro de mim. – Naruto falava serenamente, de costas voltadas para Tsunade, no sentido em que vira Anku desaparecer com o filho ao colo, através das ruas.

– Teu filho…

– A princípio activamos uma barreira para que pudesse terminar a minha gestação, o que aconteceu sem problemas. Mas acabamos por ir prolongando a desactivação. Quando fez três anos teve o seu primeiro ataque, um homem entrou no seu quarto e tentou rapta-lo. Acabou morto. Mas Nasasu ficou com muitas mazelas. Das físicas rapidamente recuperou mas das mentais… - suspirou. – Desde então foi decidido em conselho que manteríamos a barreira activa até ele atingir uma idade em que controlasse o seu chakra. Tínhamos que o manter a salvo, e manter as outras nações longe e a salvo dele.

«Nasasu desde há uns tempos para cá que tem vindo a alimentar o desejo de sair do país. E a noite passada conseguiu essa proeza. Fugiu durante a noite e atacou um dos guardas da barreira. Ficamos a saber que tinha a completado o sharingan. Com apenas 6 anos. Não há problema algum com os substantivos

– Teu filho e de Sasuke. – Concluiu a Hokage, descobrindo que não estava assim tão surpreendida.

– Sim. Uchiha Nasasu. – Naruto sorriu.

– Papá! – Nasasu apareceu a correr, com Anku no seu encalço. Atirou-se para os braços de Naruto, que instintivamente o agarraram para que não caísse. – Eu não quero entrar no hospital. Tem picas!

Tsunade gargalhou e Naruto riu com ela sabendo muito bem o que aquele tipo de dizeres a fariam recordar.

– Nasasu vai para o chão. – Ordenou, o menino saltou para o chão.

– Ele fugiu mal viu o sinal do hospital. – Desculpou-se Anku.

– É normal. Ele tem medo de hospitais. Trazem-lhe más recordações. Esteve internado num durante seis meses. – Naruto deu a mão ao filho que se agarrara a uma das suas pernas. Parecia agora, com o pai por perto uma verdadeira criança, e não aquele pequeno que olhara Ino como um homem.

– Deixa Anku eu vejo se ele está bem. – Disse Tsunade baixando-se e estendendo uma mão, alguns segundos depois levantou-se. - Ele está bem.

– Papá um pássaro da Aldeia Oculta do Som. – Notou, apontando para um dos cabos eléctricos lá em cima. A diferença destes pássaros para os de Konoha é que estes eram azuis. Naruto assobiou para chamar o pássaro que desceu e poisou no seu ombro, a mensagem foi-lhe passada e no fim o General Superior estava pálido e alarmado.

Olhou para Nasasu que o mirava com os dois olhos muito abertos, azuis como o céu e escurecidos por terem percebido que algo não estava bem. Naruto respirou fundo. Tinha que se conter e ser responsável em vez de sair a correr, acção que poria o filho em alarme.

– O que se passa Naruto? – Questionou a Hokage que percebeu a falta de reacção, ou a palidez da face do ninja, face à mensagem que recebera.

– O País do Som foi invadido. – Informou, sentindo ao mesmo tempo a sua mão ser apertada pelo filho.

– Mas eu recebi uma mensagem do Maou Shinobi a dizer que eles não representavam uma ameaça. O próprio Rei me convidou para ir ao seu país. – Comentou.

– O pai está bem? – Intrometeu-se Nasasu, sendo erguido do chão por Naruto.

– Sim, o pai está bem.

– E o mano? – Nasasu começava a ficar nervoso, pois percebia que Naruto lhe estava a mentir. Percebia que alguma coisa estava errada. – O mano? O pai? Que se passa? Conta-me. – As lágrimas começavam a surgir junto aos cantos dos olhos.

– Anku leva Nasasu a qualquer lado. Ao apartamento do pai ou às estátuas dos grandes. Eu tenho de falar com Naruto. – Pediu Tsunade. Compreendeu que algo se encontrava terrivelmente mal.

– Não Tsunade-sama! Papá, quero saber! – Gritou Nasasu, quando Anku se aproximou para o levar.

– Nasasu vai com Anku. – Ordenou de uma forma ríspida, mas só assim é que a criança obedeceu.

Minutos mais tarde sentado com Tsunade num dos gabinetes da torre Hokage, uma vez que o da Hokage fora queimado pelo Inferno da Raposa, Naruto deixou de aguentar as lágrimas e chorou.

– Não me contaste a história toda. As tuas lágrimas dizem-me que estás ligado ao País do Som.

– Tenho um pedido para lhe fazer. – Secou as lágrimas, envergonhado por ter quebrado daquela maneira, respirou fundo, pensando no que tinha que fazer.

– Diz!

– Peço que tome conta de Nasasu até eu voltar. Deixar-lhe-ei um medicamento que lhe controla o chakra, ele não fará nada de mal enquanto eu estiver longe. Eu tenho de voltar para o País do Som, precisam de mim.

– Que noticias terríveis trazia aquele pássaro? Conta-me Naruto. Deixa-me ajudar.

– O País do Som foi invadido. Não estávamos há espera que fosse assim tão rapidamente, mas estávamos prevenidos para essa eventualidade. Foi por isso, que cheguei mais tarde, pois tive que organizar as facções de defesa. Esperava-mos resolver tudo diplomaticamente, mas parece que não fomos rápidos o suficiente.

– Nós? Que queres dizer?

– Nós. Eu, Sasuke e os outros.

– Sasuke? Tens então estado com ele?

– Já estou com ele há muitos anos. Sasuke é meu marido. Casamo-nos muito tempo antes de eu sair de Konoha há oito anos atrás durante uma das minhas missões. Tínhamos planos que foram por água abaixo quando fiquei grávido e fugi daqui. Iríamos tornarmo-nos líderes das nossas aldeias. Sasuke chegou mais longe tornando-se Rei do País do Som, foi fácil depois de matar Orochimaru. Para mim era mais difícil, mas eu não ia desistir. Mas apareceu Nasasu… Eu tornei-me o General Superior do País do Som, por isso, pedem que regresse o mais rápido possível ao país.

– Compreendo. Queriam trazer a paz a este mundo através dessa vossa união. Mas depois engravidaste e os planos estragaram-se. Quando os Anciões fizeram o ultimato não estava só em jogo o teu desejo de ser Hokage contra o futuro do teu filho, era algo muito maior. Entre a paz entre os países e o teu filho.

– Exacto. Escolhi o meu filho e não essa paz. Percebi, por isso, que não me encontrava talhado para ser um Hokage. Um líder tem que colocar os interesses da vila à frente dos seus e eu não fui capaz de o fazer. Apesar de ter uma posição importante, não o nego, no meu país, digo no País do Som.

– Já vês esse país como sendo teu?

– Sim. Compreendo agora que sim. Tive que regressar a Konoha para compreender isso. Apesar de amar esta aldeia, foi no país do som onde encontrei a minha casa, que conheci a felicidade e que ajudei a reerguer.

– Isso é ser-se um líder. É saber reerguer aquilo que está no chão. Agora, Naruto diz-me o que aconteceu.

– O País da Água invadiu o País do Som. Foi Karin que me mandou a mensagem. Ao que parece Sasuke tinha inimigos nesse país. Inimigos da sua antiga vida como aprendiz de Orochimaru.

– Mas Sasuke é forte acabará com eles rapidamente. – Notou Tsunade. As lágrimas, pouco controladas, tornaram a aparecer nos olhos azuis.

– Ele não pode fazer nada. Não pode defender-se, por isso, foi facilmente raptado. Ele espera o nosso segundo filho, está de 8 meses. Acho que foi esse um dos motivos porque não o mataram logo que puderam. Karin disse que estão em perseguição aos raptores, mas que é difícil avançar sobre o território desconhecido do País da Água. O terreno é quase sempre pantanoso e as pistas para a perseguição são poucas.

– Oh! Deuses!

– Pedem o meu regresso imediato ao país, alguém tem de receber os líderes dos outros países. Tenho de acalmar os ânimos, pois agora pensam que somos uma ameaça. O que faço velha Tsunade? Vou acalmar os ânimos, ou vou salvar o meu marido?

– Vai atrás de Sasuke. Não te preocupes com Nasasu, ele aqui está a salvo. Eu mesma irei até ao País do Som, quando os outros países souberem que Konoha está ao lado da Aldeia Oculta do Som, iram recuar. Se for necessário direi que o País da Água atacou sem motivos aparentes, apenas por vingança.

– Arigatou Tsunade-sama. – Agradeceu Naruto levantando-se e abraçando a velha Hokage, que apesar da aparência jovial, se sentia cansada. – Mandarei ordens para a Aldeia, de maneira a receberem-na da melhor forma possível, e que ficará como regente temporária enquanto Sasuke e eu nos encontramos fora. Vou falar com Nasasu e partirei de seguida…

- Espera! Vou chamar os teus amigos. Estiveram sempre preocupados contigo. Procuraram-te por todo o globo. Dar-lhes-ei a missão de te ajudarem a resgatar Sasuke e mandarei Anku trazer Nasasu para que despeças dele.

Dez minutos depois Naruto era abraçado e beijado por grandes amigos que nunca o tinham esquecido, nem abandonado a esperança de o voltar a reencontrar: Ino, Choji, Hinata, Shikamaru, Shino, Kiba, Sai, Tenten, Neji e Lee. Depois da balbúrdia que se instalou à volta do louro, Anku trouxe Nasasu para se despedir do pai.

– Olá Maroto! – Gritou Ino, ao lembrar-se do momento em que o vira entrar pelas portas de Konoha, com a frieza do Sasuke através dos olhos de Naruto.

O gabinete estava apinhado de pessoas. Todos olharam maravilhados para aquele ser feito de amor. Agora sabiam e compreendiam a dor que atingira Naruto quando Sasuke o resolvera trocar pela sua vingança. Percebiam onde residia aquela vontade de trazer o moreno de volta a Konoha. O que eles não sabiam era que Sasuke devolvia aquele sentimento, com uma intensidade maior.

Nasasu avançou por entre os ninjas, pouco se importando com os olhares que recebia, tal como em tempos Sasuke fazia cada vez que alguém o identificava com o ultimo Uchiha. Chegou ao pé do Naruto de olhos no chão, notoriamente amuado, foi erguido do chão e beijado na testa pelo pai, que o aconchegou no seu colo.

– Trás o pai de volta. – Pediu olhando para o colar de cristal preto que oferecera ao pai nos últimos anos.

– Eu juro que o trago de volta, não foi isso que sempre fiz?

– Papá! – O menino agarrou-se ao pescoço de Naruto, parecia que ia chorar, mas logo a seguir afastou a cara do ombro do pai e no seu rosto alargou-se um sorriso. O sorriso que lembrava em tudo aqueles sorrisos que Naruto fazia presentear aos amigos até nos momentos mais difíceis e que davam força e fé para avançar. Apesar de Nasasu ter sem sombras para dúvidas os traços Uchihas, aquele sorriso era Uzumaki. O pequeno desceu para o chão.

– Todos vocês têm uma missão. Irão ao País da Água ter com um grupo de busca e salvamento liderado por Karin, da Aldeia Oculta do Som, nossa nova aliada. – Ouviu-se um estranho burburinho de mau estar. – Darão o vosso contributo como puderem. E serão liderados por Uchiha… - A sala pareceu perder a respiração. Sasuke estava ali? – Naruto. – As cabeças viraram-se para Naruto, que levantou a mão direita mostrando o dedo anelar com uma aliança para que todos compreendessem. – Ninja e General Superior do País do Som e 6º Hokage da Aldeia Oculta da Folha.

– O quê? – Engasgou-se Naruto.

Os gritos de entusiasmo dos seus companheiros surgiram pouco depois e durante alguns momentos a Hokage deixou a confusão reinar, mas quando falou todos se calaram.

– Isso mesmo Naruto, foste eleito pelos Anciões há dois anos atrás.

– Logo após de os outros patifes terem sido condenados. – Notou.

– Sim, agora desapareçam daqui. Têm um Maou para salvar, mais pormenores falem com o 6º.

oOo

Saltando pelas árvores Naruto recebeu as felicitações mais formais dos amigos, não só por se ter tornado Hokage, mas por se ter casado e ter sido pai, isto depois de ter resumido a sua história e respondido a todas as questões dos amigos.

– O Maou é Sasuke, e está grávido de 8 meses.

–Isso explica por que é que se deixou apanhar facilmente. Ele é forte. Não podia ter sido apanhado tão facilmente, por uns ninjazinhos da água. – Comentou Shikamaru.

– Mas pelos vistos eram mais fortes do que os ninjas do som que o protegiam. Eu nunca devia de ter saído de ao pé dele.

– Estavas preocupado com Nasasu, é normal. - Confortou-o Hinata.

Pelo caminho até ao País da Água Naruto ficou a saber de todas as novidades. Ino e Chouji tinham-se casado pouco depois da sua fuga, e tinham um menino e uma menina. Shikamaru estava noivo de Temari, irmã de Garra do Deserto. Lee andava com o referido Garra, segundo o próprio (Lee) tinha-se oferecido para tratar da paixão de Garra por Naruto e tinham acabado numa relação de paixão inesperada.

– Quando soube o que te tinham feito, veio desvairado desde da Aldeia Oculta da Areia. Foi ele que fez com que a 5ª abrisse um inquérito sobre o que se tinha passado contigo.

– Então tenho que lhe agradecer mais tarde.



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