História A Filha das Trevas - Natal com a minha família quase perfeita

7: Natal com a minha família quase perfeita

Olha eu juro que amo a Luce, mas odeio o jeito que ela me acorda. Já perguntei do por que dela me acordar assim e a resposta foi: “Me diga, se eu te acordasse de outra forma você acordaria?” eu fiquei quieta, a resposta era certamente, não. Mas ela não tinha que saber. Senti ela subindo em mim e quando começou a fazer cócegas me sentei a cama rapidamente e estressada

- Já chega, acordei, ta vendo! – eu disse em nossa língua particular fazendo a mesma parar e me lançar, pelo que parece, um olhar de vitoria em cima de mim, suspirei e me levantei da cama, eu mal cheguei no banheiro e já comecei a tirar minha roupa, chegando lá liguei o chuveiro no quente e prendi meu cabelo antes  de deixar a água quente bater contra as minhas costas relaxando e acordando todos os músculos do meu corpo, demorei bastante no banho, sai e coloquei uma roupa de frio já que nevara a noite, coloquei uma bota sem salto e desci as escadas, dessa vez não esbarrei com meu deus grego loiro,entrei na sala de jantar e me surpreendi, coloquei a mão na cintura e encarei a mesa vazia – Cade esse povo? – eu pensei em voz alta

-Bom dia Katherine! – disse Scorpius vindo de trás de mim, ele me abraçou por trás e me deu um beijo na bochecha

- Cade todo mundo dessa casa? – refiz minha pergunta

-Amor da minha vida – Scorpius me soltou e ficou de frente comigo, colocou as mãos sobre minha bochecha e apertou – chuchu da minha marmita – me controlei para não rir da maneira com que ele falou – que dia é hoje?

- Dia 24, véspera de natal – respondi o obvio

- E que horas você pensa que são? – ele disse ainda segurando minhas bochechas

- Sei lá, umas 8? – perguntei

- K. são 10 horas da manhã – ele disse e estralei os olhos

- NÃO ACREDITO! – Gritei  e afastei as mão dele – POR QUE NINGUEM SE DEU O TRABALHO DE ME ACORDAR?! – Perguntei irritada

- Mor, a única que consegue te acordar quando está fora de Hogwarts é a sua cobra, e ninguém aqui é Ofidiglota- Scorpius me respondeu num tom completamente diferente do meu, mas carregou a frase de ironia

- Não comece – eu disse me afastando dele – Odeio quando vocês começam

- Não veja com essa Kath – Scorpius disse – Não me diga que é possível te acordar sem sair machucado, por que eu sei que não é, você só deixa a Luce te acordar porque ela tem presas

- Eu já mandei você não começar – eu disse cruzando meus braços em forma de proteção, olhei de relance para Scorpius que revirou os olhos

-Hoje é véspera de natal, não é dia da gente brigar – ele se aproximou de mim e me abraçou, não movi um músculo

- Exatamente por isso que temos que brigar – eu disse para ele que riu pelo nariz

- Tradições de família, brigamos a semana inteira, mas no natal, esquecemos todas as nossas diferenças – ele disse sorrindo

- A questão seu idiota, é que ainda não á natal – Scorpius sorriu e beijou minha testa e ,e soltou, eu o olhei com vitoria e sai andando pela porta a procura de algo para fazer

∞

- Filha eu já disse não tem nada para você fazer, vai falar com o Scorpius ou sei lá, mas pare de procurar o que fazer – minha mãe disse enquanto terminava de colocar os pratos do almoço em cima da mesa, na minha família, tínhamos uma tradição, na véspera do natal acordávamos cedo e preparávamos um belo almoço, depois enfeitávamos a arvore; já que esse é o único momento que a família fica reunida, e começa os preparativos para a ceia. Acontece que quando eu estou na véspera de algo importante, eu não consigo fazer nada direito, resultado, o suco fica salgado e o peru doce, então nada de cozinha e a arvore só vai ser arrumada a tarde me dando nada para fazer, suspirei irritada e sai de perto da minha mãe

Fui para o meu quarto e peguei um livro para ler, logo Luce apareceu e ficou lá comigo, quando minha mãe apareceu para me chamar para almoçar eu estava quase terminando o meu livro, o que me deu uma pontada de raiva... mas desci para almoçar, Scorpius e eu ainda estávamos mantendo uma distancia para não brigarmos, odeio isso! A conversa durante o almoço foi longa mas eu nem escutei, quando terminei o almoço pedi licença e sai da mesa e fiquei olhando a neve pela janela, até que senti uma mão na minha cintura e um beijo no meu pescoço, sorri

- Achei que estávamos de mal – eu disse e escutei o riso rouco e delicioso de Scorpius

- Se eu beijo sua testa não estou de mal – ele disse e eu ri pelo nariz

- Parecemos duas crianças – eu disse apertando a mão dele – que ficaram longes por muito tempo, ai elas brigam mas não conseguem  ficar longe uma da outra

- Somos crianças em corpos adolescente – sorri e me virei encarando seu lindos olhos

- Vamos para o meu quarto quero que você leia para mim – ele assentiu e seguimos pela escada, entramos no meu quarto e Scorpius se sentou no meio da cama e eu no meio das pernas dele, ele me abraçou e pegou o livro da minha cabeceira e começou a ler para mim, ficamos ali lendo por um tempo até que me cansei e sai do colo dele e me sentei de frente para ele e fiquei encarando a minha mão

- Que foi? – perguntou ele

-Nada, só to com tédio – olhei de relance para ele e voltei a encarar minha mão

- Fala – ele disse me encarando

- Falar o que? – perguntei sem entender

- O que ta acontecendo, odeio quando faz isso – olhei para ele e revirei os olhos

-Eu to muito bem obrigada – Eu disse cruzando meus braços fazendo o mesmo me encarar sem acreditar

- Não me faça tomar medidas drásticas – ele disse franzindo o cenho

- Que medidas? – perguntei, meu erro

- Você sabe muito bem – ele sorriu maroto e veio na minha direção com as mão levantadas, quando entendi o recado neguei com a cabeça

- Não Scorpius nem pense nisso você sabe o quanto eu odeio isso – ele me ignorou e começou a fazer cosquinhas na minha barriga, no começo eu ri mas logo a dor veio e fiz força para afastar ele de perto de mim – SCORPIUS! –gritei mas ele continuou – SEU IDOTA PARA – novamente ele me ignorou – QUE PORRA SCORPIUS DÁ PARA VOCÊ PARAR COM ISSO AGORA?! – gritei e ele parou

- Você ta brava comigo – ele perguntou fitando minha expressão de raiva – só por que eu fiz cosquinhas em você? – ele me perguntou incrédulo eu fiquei quieta – quer saber Katherine vá se ferrar, você não passa de uma criança mimada – ele se levantou e bateu a porta com força, fiquei em silencio até que Luce subiu na cama, nem lembrava que ela estava aqui, ela me fitou por um tempo

- Que foi em cobra idiota? – eu disse olhando diretamente nos olhos dela – você nem gosta dele, não ta nem ai se eu to brigada com ele ou não – silencio mortal – Luce não faz isso, não concorde com ele – novamente, silencio – ta e se ele tiver razão, e se eu não passar de uma criança mimada que não gosta de cócegas o que eu vou fazer? – ela continuou me encarando – eu não vou pedir desculpas para ele – aquela cobra esta estreitando os olhos para mim? – ta bom sua chata, você ganhou – me levantei da cama e sai do quarto a procura de Scorpius

Olhei por toda a casa e nada, perdi um bom tempo o procurando até que me encontrei de frente com o quarto de Scorpius, por mais que pareça muito estranho, eu nunca entrei no quarto dele, ele sempre teve essa coisa de respeitar demais a privacidade e tal, e isso eu nunca tirei dele,então no quarto dele eu nunca entrara. Fiquei olhando por um tempo até que tomei coragem e bati de leve, sem resposta. Respirei fundo,puxei todo o ar possível e em um lapso de adrenalina eu abri a porta, esperei um “sai daqui” que não veio, entrei e fechei a porta, nada de Scorpius, mas já que eu estava aqui... O quarto de Scorpius era todo em preto e azul bem escuro com alguns detalhes brancos, o quarto era incrivelmente bem arrumado, como eu já esperava, tinha até alguns livros, o que era estanho, Scorpius nunca lia se não fosse para mim...  Fui ate a cama dele e me sentei lá, fiquei tentada a abrir a cômoda e fusar, mas era errado... se bem que... não vou me matar fazendo isso! Abri a gaveta, um caderno, uma caneta, um monte de fotos... pera ai... fotos? Peguei as mesmas a primeira era uma de Astoria e Draco, depois uma deles com Scorpius, uma minha fazendo caretas bizarras, uma de nos dois sorrindo e depois mostrando a língua, uma foto da minha mãe com Scorpius, uma com Scorpius e Will e uma... sorri, essa eu já imaginava! Escutei a porta do banheiro de Scorpius se abrindo, guardei as fotos e me levantei da cama em um pulo, olhei para a porta e quando ela se abriu, por Merlin...

Scorpius estava apenas com uma toalha enrolada na cintura, ele me olhou assustado e colocou a mão na cintura, ele era bem musculoso, tinha uma barriga bem definida par um garoto de 15 anos, mas mesmo assim... O cabelo loiro estava molhado e grudado na testa, ele estava lindo, hey, eu estou babando? Afastei meus pensamentos com a voz dele

- Katherine o que está fazendo aqui? – abri a boca para responder mas não saiu, ele colocou a mão na testa – olha me espere lá fora, vou colocar uma roupa e já falo com você – assenti e sai do quarto e fiquei ali esperando

∞

Fiquei apoiada na proteção de frente com a porta do quarto de Scorpius e a imagem dele só de toalha ficou gravada em minha mente e não estava afim de sair – quem diria que meu melhor amigo se tornaria um gato – pensei, hey, eu estou falando do Scorpius, eu deveria pensar nele desse jeito? Quer dizer, ah sei lá...

A porta do quarto se abriu, ele havia vestido uma calça preta confortável e uma blusa de lã que o deixava muito charmoso, ele estava muito bonito, ele colocou as mãos no bolso da calça meio nervoso e sorriu de canto, ele deu um passo a frente e fechou a porta, cruzou os braços em forma de proteção e marra e olhou no fundo dos meus olhos por alguns segundos antes de desviar dos mesmos

- Então por que veio falar comigo – a voz dele saiu rouca e levemente rude

- Vim pedir desculpas – abaixei minha cabeça – eu fui uma idiota, quer dizer, eu nunca deveria ter ficado irritada só por que você fez cócegas em mim, eu nem sei por que eu tenho tanto ódio por isso – grande erro

- Pois é, mas eu sei – ele soltou as mãos – você sempre se controla em tudo, se filtra um milhão de vezes antes de fazer ou falar algo, mas todo o ato que te faz ficar sem controle você se recusa a gostar, e eu odeio isso em você – eu olhei de relance para ele e abaixei novamente os olhos, derramando uma única lagrima, senti o olhar de Scorpius passando sobre mim, mas não olhei

- Desculpa – murmurei baixinho

- Eu sou um idiota – eu o olhei e ele se aproximou de mim e me abraçou, o abraço dele me deu uma sensação enorme de segurança – eu sei que você tem sempre essa reação e continuo a fazer, eu sou um otário, por que apenas otários fazem quem ama sofrer, eu que te devo desculpas, eu que tinha que ir ate o seu quarto me desculpar, eu conheço você desde que me entendo por gente, eu deveria saber que não devo agir daquela forma contigo pequena, você consegue perdoar o seu loiro idiota – eu sorri ainda abraçada dele e depois o afastei para poder olhar nos olhos dele

- Loiro, eu te vi só de toalha acha mesmo que eu consigo ficar brava com você depois disso? – ele riu pelo nariz e me abraçou novamente

- Okay pequena, eu sou gostoso de mais para alguém ficar bravo comigo – ele disse convencido e eu apenas ri – mas vamos montar a arvore o que acha?

- Apoiado – eu sorri e descemos as escadas e fomos para a sala, Draco e Will colocavam a arvore no lugar, enquanto Astoria e minha mãe ficavam dando as coordenadas para eles, não consegui segurar um riso, aquelas duas são incrivelmente indecisas, eu apontei para a caixa com enfeites e Scorpius me acompanhou até lá

Observamos o conteúdo e organizamos para facilitar na hora de colocar os enfeites, depois que terminamos tivemos que esperar ainda mais tempo por que  segundo aquelas duas, a arvore ainda não estava no lugar correto, então depois de convencer as duas que estava perfeito começamos a decorar a arvore, depois de um tempo e muitas gargalhadas finalmente terminamos a arvore, nos afastamos da mesma e a apreciamos, ficamos observando até que Draco colocar uma musica, era lenta e gostosa de se ouvir, Scorpius ficou de frente comigo e me estendeu a mão, eu sorri e a dei, ele a segurou fortemente e começamos a bailar, eu mantinha uma ao junta da dele e a outra em seu pescoço, a mão de Scor que eu não segurava se mantinha em minha cintura, Scorpius dança muito bem, ali dançando com ele eu sentia que estava flutuando com os pés no chão e era divino, Scor me rodopiou e quando voltei dei de encontro com seu peito, sorri e encarei profundamente seus olhos acidentados magníficos e me perdi neles, me lembro de dizer a Rose que Scorpius era extremamente lindo, mas eu disse da boca para fora, a verdade é que eu nunca tinha reparado na beleza de Scorpius até hoje, ele é lindo, e me traz uma enorme segurança.

Quando a dança acabou Scor me deu um beijo na testa e me abraçou por trás e me virou para olhar para nossos pais que batiam palmas

- Vocês foram incríveis – Astoria disse sorrindo, os outros concordaram, conversamos um pouco mas logo o dever deles chamou

- Astoria vamos preparar a ceia – a mesma assentiu e as duas foram pra a cozinha acompanhadas pelos maridos

- O quer fazer agora? – perguntou Scorpius

- Continuar o que paramos mas dessa vez sem briga – ele sorriu e assentiu

Lemos ali na sala mesmo, ficamos ali até a hora de se arrumar para a ceia, eu subi tomei um banho e vesti uma roupa confortável mas elegante, passei um lápis preto nos olhos e fiz uma maquiagem levemente escura, desci e encontrei Scor parado na escada, ele estava com roupas confortáveis mas elegantes e estava lindo, andei até ele e o abracei de lado e seguimos para a sala de jantar, a mesa estava cheia de comida, sorri sem mostrar os dentes, Astoria e Draco vieram até nos e nos cumprimentaram depois foi a vez dos meus pais. Depois dos cumprimentos nos sentamos a mesa e conversamos um pouco antes de começar a comer, a comida estava deliciosa, e a conversa agradável, quando chego a hora da sobremesa, Scorpius passou glacê no meu nariz, eu o lancei um olhar de quem ia aprontar e passei glacê em sua bochecha e a lambi, recebendo vários “Que nojo Katherine!” dos presentes a mesa, mas fazer o que esse meu loiro é tão fofo que tem que lamber mesmo

 Terminamos de comer e ajudamos a retirar a mesa, depois que terminei subi para o meu quarto e retirei a maquiagem e coloquei meu pijama de frio totalmente confortável e comportado dei boa noite para Luce e segui para a porta do quarto de Scor, dei duas batidas e logo a porta foi aberta, Scorpius me olhou confuso e eu sorri

- Baby, depois que eu conheci seu quarto, não pretendo sair tão cedo dele – ele riu e me deu caminho, eu entrei e pulei na cama dele, ele revirou os olhos e se deitou ao meu lado, eu segurei a gola de sua camiseta em proteção e não soltei, conversamos um pouco até que pegamos no sono

∞

Acordei agarrada com a camiseta de Scor, sorri com a visão dele dormindo, o observei por um tempo até que seus olhos claros se abriram piscaram duas vezes e se focaram em mim, ele sorriu de canto e eu sorri junto

- Feliz Natal Malfoy – eu respondi sorrindo

- Feliz Natal Campbell – sorri e me levantei da cama, lhe mandei um beijo antes de sair do quarto entrei no meu e fui ao banheiro, tomei um banho morno e escovei os dentes, olhei no relógio, eram 10:30 acho que eu dormi demais... me vesti confortavelmente e desci as escadas, Scor também já tinha descido e na mesa só faltava eu, fui de pessoa em pessoa dando feliz natal, menos me Scor e me sentei ao lado dele, tomamos café conversando animadamente

- Sabe, quando eram crianças vocês gostavam mais do natal – Draco comentou

- Por que estávamos loucos pelos presentes – comentei fazendo Draco sorrir

- Não pequena, vocês gostavam do natal por que acreditavam nele – Draco respondeu sorrindo

- Mas nos nunca acreditamos em papai Noel – Scorpius disse ao pai – nos já temos o Draco Noel, não queríamos um velho gordo com roupa vermelha descendo pela nossa chaminé – rimos  Draco sorriu

- Vocês acreditavam na magia do natal, nunca vou me esquecer daqueles momentos em que vocês ficavam olhando cada detalhe dos flocos de neve, que ficavam animados em patinar no gelo – Draco se perdeu nas lembranças

-Você sabe que esse é um natal complicado neh? –perguntei a Draco que assentiu – mas fique tranqüilo Draco Noel, ainda temos a magia do natal dentro de nos –sorri de canto e peguei Scor pela mão e o guiei pela sala, em baixo da grande arvore, vários e vários presentes nos esperavam, sorrimos marotos e fomos abri-los, se alguém visse nuca acharia que temos 15 anos

∞

Depois do almoço, fomos patinar no lago ali perto, Scor e eu patinávamos de mãos dadas e ainda arriscávamos umas piruetas o que nos rendeu um tombo de leve que logo foi esquecido pelas risadas, numa hora, estávamos nois dois patinando o mais rápido possível quando em uma curva nos descontrolamos e fomos parar de cara com a neve fofa. Passamos grande parte da tarde assim até que voltamos para casa e tomamos um chocolate quente, Scor não me deu meu presente de manha, ele disse que queria dar a tarde e eu entendi de boa, mas fiquei muito curiosa, depois de tomarmos chocolate quente, subimos para o porão onde tinha uma janela de vidro enorme que dava uma vista de tirar o fôlego, nos sentamos num acolchoado e ficamos observando a vista

- Eu falei que eu ia te dar seu presente quando achasse que seria o momento certo neh? – Scorpius perguntou e eu assenti – eu queria que esse presente fosse especial – Scor tirou do bolso uma caixinha, ele a abriu e lá estava o pingente mais lindo que eu já vi, ele tinha uma cobra no meu do circulo e era perfeito – eu sei o quanto gosta de Cobras e o quanto você sente orgulho de ser Ofidiglota então achei que iria gostar

- Eu amei, é lindo Scor – eu não ousei relar, era lindo demais para isso, Scor tirou da caixinha e se levantou, foi atrás de mim e eu levantei o cabelo, ele colocou o colar e depois sentou na minha frente, soltei meu cabelo e passei a mão sobre o pingente – muito obrigado eu amei de verdade –eu disse olhando no fundo dos olhos dele

-Não precisa agradecer – ele sorriu e eu me peguei encarando os lábios de Scorpius

- Scor – eu comecei – ontem aconteceu uma coisa muito estranha – eu comecei timidamente – eu reparei o quanto você é bonito – eu disse fazendo Scorpius rir

-Serio? – ele perguntou fazendo uma careta – ta mas o que tem de estranho nisso? – perguntou

- Acho que até ontem eu ainda te via como o garoto que sempre esteve junto comigo para tudo, você esta crescendo Scor – ele sorriu

- E você também Kath – ele se aproximou tirando uma mecha de cabelo do meu rosto – a diferença é que eu notei isso primeiro – eu ri e ele sorriu – quer acabar com isso? – perguntou

- Acabar com o que? – perguntei confusa

- O achar, vamos confirmar que não somos mais crianças – eu entendi e mordi o lábio inferior nervosa

- Será? – perguntei – não quero que fique um clima estranho sobre nos

- Kath dormimos na mesma cama por anos e nunca achamos isso estranho, sendo que é, então... – eu o cortei o puxando pelo colarinho e lhe selando nossos lábios, minha lingua pediu passagem e ele cedeu de boa vontade, Scor beija muito bem, e ele me fez sentir protegida, seus lábios tinham gosto familiar, por mais que seja a primeira vez que eles se tocam, mas nossas línguas já conheciam o espaço, o que é definitivamente estranho, acho que todo o nosso corpo se conhece! Arranhei de leve a nuca de Scor e o puxei mais para mim, quando infelizmente o beijo acabou, sorrimos  nos afastamos de leve, Scor estendeu a mão para mim e eu a peguei

- Não somos mais crianças – eu disse sorrindo

- Somos os piores melhores amigos do mundo – dito isso caímos na gargalhada

Depois de um tempo conversando descemos e fomos jantar, jantamos normalmente e depois ficamos sentados na sala conversando, e ali, naquele momento família, eu podia falar com toda a certeza, minha família quase perfeita, sabe comemorar um natal com dignidade