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História A filha de Alvo Dumbledore - Um jogo a ser jogado a dois - Parte I


Escrita por: MarryBlack

Notas do Autor


Boa tarde queridos!

Vamos a mais um capítulo fresquinho, Jennifer esta determinada a fazer Severo se arrepender de estar tentando prende-la rs

O capítulo está dividido em duas partes ok!

Boa leitura a todos!*

Capítulo 41 - Um jogo a ser jogado a dois - Parte I


POV Jennifer

 

Eu estava em frente a Marlow, um aluno do ultimo ano da lufa-lufa, ouvindo-o falar animado sobre a última aula de Trato de Criaturas Mágicas, era um rapaz bonito, cabelos e olhos claros, porte físico moderado, embora tivesse uma cicatriz na bochecha direita, uma pequena lembrança da guerra, mas nada que diminuísse sua beleza.

Eu prestava atenção em Marlow, tinha uma conversa interessante, era dinâmico e espontâneo, seu sorriso era bonito. Seu corpo me desejava. Ele flertava comigo discretamente. Seus olhos as vezes escapavam para meu decote e suas mãos faziam leves carinhos em meus braços quando a situação permitia.

Era uma boa pessoa.

Mah havia me dito para recuperar Severo, para conquista-lo, deixa-lo louco ao ver o que havia perdido, seguir em frente e pagar para ver, caso não desse certo eu poderia encontrar um outro alguém, alguém agradável e carinhoso.

Alguém como Marlow talvez.

Reprimi a vontade de suspirar com meu pensamento e apenas ri levemente de algum comentário que ele havia feito o qual acarretou uma risada dele, indicando-me que também deveria rir.

Desejei estar apaixonada por Marlow ao invés de Severo. Gostaria de não me sentir mal em ter concordado com aquele “plano” estúpido. Quis apenas esquecer de vez Severo e voltar a ser a Jennifer de antes, disposta a experimentar todas as novas oportunidades que a vida pudesse oferecer.

Mas eu não era mais a mesma... Não depois de Severo. Não importava o que acontecesse, eu jamais conseguiria olhar para outro homem sem pensar nele.

Ele me rejeitou, ele sempre vai amar Lilian.

Eu não podia continuar me iludindo, eu sabia que Mah estava certa ao afirmar que não havia competição, mas o que eu seria? Uma substituta para Lilian Potter? Ele saberia me amar se quisesse? Ou sempre estaria comigo pensando nela?

Por mais que meu coração pertencesse a ele, eu jamais conseguiria viver sabendo que era constantemente assombrada por um fantasma que era dona do coração do homem que eu amava.

Eu não jamais conseguiria viver assim.

Eu precisava seguir em frente.

Aproximei mais meu corpo de Marlow, olhando-o sedutoramente, minha mão acariciando seu braço levemente, ganhando em resposta um olhar surpreso e depois cheio de malícia. Eu seguiria em frente, custasse o que custasse.

Quando abri a boca para falar uma voz profunda e terrivelmente conhecida por mim me interrompeu, fazendo-me arrepiar; Marlow e eu nos viramos rapidamente encontrando o olhar de Severo nos encarando furioso:

-O que significa isso senhor Harrison? – Sua voz era cheia de raiva. – Isso é uma escola, um local de respeito e não a casa de vocês para ficarem se atracando por ai! – Seus olhos desviavam entre Marlow e eu com tanta rapidez que quase me deixava tonta.

-Professor Snape, nós não... – Marlow tentou argumentar, gemi internamente. Grande erro tentar acalmar a fera, Marlow.

-Trinta pontos a menos para a Lufa-Lufa, senhor Harrison! – Grunhiu Severo raivoso, cortando-o. Meu queixo caiu em descreença, ele estava descontando pontos do menino só por conversar comigo?

Ele está com ciúmes. Minha mente gritou fazendo algo dentro de mim se aquecer. Esqueci toda a linha de pensamento quando vi Marlow tentar argumentar novamente.

Cale a boca de uma vez, garoto burro! Não vê que só está irritando-o mais?

-Mas senhor!!! – Marlow suplicou, desesperado por perder pontos para sua casa.

-Detenção senhor Harrison! – Determinou Severo, asperado. Antes que Marlow piorasse ainda mais sua situação segurei-lhe pelo braço, ato que vi não passar desapercebido por Severo. – Suma da minha frente senhor Harrison! – Grunhiu ele. – Antes que eu decida te deixar de detenção a semana inteira!

Marlow encarou Severo temeroso e depois me olhou, indeciso se deveria acatar a ordem e me deixar ali, mas um sorriso e um “Melhor você ir.” Foram o suficiente para que ele atendesse as ordens, deixando Severo e eu sozinhos no corredor.

Suspirei quando perdi Marlow de vista, Severo me deixaria louca.

Comecei a andar rumo aos meus aposentos, disposta a não deixar Severo ver o quanto ele mexia comigo se quisesse, quando sua mão segurou meu braço, impedindo-me de prosseguir.

-O que pensa que estava fazendo? – Indagou Severo ao me virar para encará-lo. Seu olhar era intenso, com um brilho tão escuro quanto a noite sem luar. Sua voz era uma mistura de raiva e ansiedade, talvez? Eu não sabia dizer ao certo.

Por um momento aquele olhar quase arrancou-me o folego, era tão ludibriante e hipnotisador que eu só podia desejar continuar a encará-lo pelo resto de minha vida que eu tinha certeza que jamais me cansaria de fazê-lo, mas logo recuperei a consciência e desvencilhei meu braço de seu aperto.

-O que você pensa que estava fazendo? – Grunhi raivosa. – Marlow não fez nada de errado! Você estava pronto para estuporar o menino!

-Ele estava quase agarrando você! – Rebateu ele alterado.

-E daí? – Respondi desafiadoramente; meu olhar enfrentando o dele pela primeira vez naquela tarde. Ele podia mexer com o meu interior, poderia me levar a loucura, mas eu não deixaria mais ele saber disso. – Até a ultima vez que chequei eu era livre, solteira e desempedida!

Aquela frase pareceu abalar Severo, ele parou, a raiva cedendo, seu rosto se conterceu em dor, parecia ter sido atacado fisicamente. Bom. Me aproximei mais dele, ficando a centímetros de seu rosto.

-Foi você quem não me quis e me disse para procurar alguém da minha idade, então... – Aproximei mais ainda meu rosto de seu rosto, nossas respirações se misturando, nossos olhares presos um no outro. – Observe como posso ser obediente quando quero. – Sorri maliciosamente ao notar o quão perturbardo seu rosto ficou. Me afastei e comecei a me afastar, mas Severo novamente segurou meu braço.

-Você acaba de sair da enfermaria, esta em covalecencia! – Seu tom era neutro e desenteressado como de costume. Ele estava recuperado do choque. – Não esta em condições nem mesmo de fazer magia, senhorita Kimmel, muito menos para ficar se atracando com todos os alunos desta escola! – Suas palavras finais foram repletas de veneno.

Ele estava ferido e queria que eu me ferisse também.

Suas palavras cureis me machucaram mais do que eu gostaria de admitir, mas não deixaria-o saber. Severo Snape nunca mais me veria fraca e vulneravel. Era uma promessa.

-Agradeço sua preocupação, professor. – Me desvencilhei de seu braço, encarando-o com dureza. – Mas estou perfeitamente bem para decidir se estou em condições ou não de me atracar com quem eu bem entender. – Ergi meu queixo, deixando claro que não me deixaria intimidar. – E se você continuar tirando pontos e punindo todos os caras por quem eu me interessar, já te adianto que vou pegar todos os alunos da Sonserina, - Sorri maliciosa. – Meninos e meninas. Tenha um bom dia, professor!

Virei-me para sair, satisfeita comigo mesmo, Severo precisava compreender que eu não ficaria mais chorando pelos cantos esperando ele se decidir, se ele iria me enlouquecer eu faria igual; quando comecei a andar, o ouvir gritar:

-Detenção, senhorita Kimmel! Esteja em minha sala hoje as vinte horas!

Revirei os olhos, Severo conseguia ser insuportavelmente desagradavel quando queria, nem me dei ao trabalho de responder, conhecendo-o até o inicio da noite ele mudaria de ideia. Continuei meu caminho até sem olhar para trás, rebolando enquanto andava ciente que ele me acompanhava com o olhar.

Pouco depois encontrei Mah sentada em uma das escadas lendo um livro qualquer, ao me ver ela quis saber como havia sido com Marlow, mas desanimou ao ouvir sobre a interrupção de Severo e se divertiu ao ouvir sobre a crise de ciúmes dele.

As aulas da tarde foram tranquilas, embora não pudesse fazer magia eu apenas me dignei a observar os demais alunos, recebendo alguns sorrisos maliciosos de alguns alunos e até alguns olhares curiosas de algumas alunas. Quando comentei a Mah sobre isso recebi apenas um sorriso malicioso em resposta.

-Maria Tanner o que você fez? – Grunhi baixo tentando não atrair a atenção da professora, mas Mah apenas riu baixo e deu de ombros.

-Não fiz nada, Jen, relaxe! – Desdenhou ela encerrando o assunto, fazendo-me revirar os olhos. Coisa boa não poderia vir daquela brasileira louca que eu tanto amava.

Como previ, antes do início do jantar já haviam mais alguns alunos tentando conversar comigo e até recebi alguns convites para me sentar com alguns alunos da Corvinal durante o jantar, algo que fui obrigada a recusar.

Durante o jantar, vi que Harry ainda não havia aparecido o dia inteiro, mas contive a vontade de tentar saber o que havia acontecido quando percebi que nem mesmo Gina, a namorada de Harry, estava preocupada com ele, então ele deveria estar bem.

-Ei Jenny, - Maria me arrancou de meus pensamentos, fazendo-me encará-la, ela comia tranquilamente uma sopa de legumes. – Estive pensando, seu pai me disse que você tem uma sala com um piano aqui em Hogwarts, o que acha de tocarmos um pouco antes de nos recolhermos?

A ideia dela me supreendeu desviando completamente minha atenção para ela. Percebi pelo canto do olho que isso atriu a atenção não apenas de Severo como também de Dumbledore. Ponderei por um momento, eu não tinha certeza que já estava com folego o suficiente para cantar e dançar, mas a ideia de Maria realmente me atraiu, seria bom esfriar a cabeça por um tempo.

-Parece uma ótima ideia! – Sorri confirmando. Mah bateu palmas contente por ter concordado e me empurrou um pedaço de torta de abobara para comer.

-Lamento informar, senhorita Tanner. – A voz de Severo atraiu a atenção de todos para ele. – Mas a senhorita Kimmel estará impossibilitada de participar de seu entreterimento vez que terá detenção comigo após o jantar.

Gemi fechando os olhos, senti meus punhos serrarem. Severo conseguia ser insuportavel quando queria. – Está de detenção? – Perguntou Maria surpresa. – Por que não me contou? O que você fez?

Abri os olhos apenas para encontrar diretamente os de Severo, divertido, reprimindo um sorriso vitorioso ao tomar um gole de sua bebida. Idiota! Senti vontade de dizer-lhe algumas verdades, mas me contive quando percebi que tinha Maria e Dumbledore aguardando uma explicação.

-O professor Snape me deixou de detenção quando me encontrou com Marlow. – Expliquei sem conseguir conter a revolta em minha voz. – Eu não te contei porque ele tem a tendencia de sempre cancelar nossas detenções, não achei que realmente aconteceria. – Meus olhos encararam Severo a tempo de vê-lo quase deixar uma careta aparecer em sua face. Bem feito.

-Estava com o senhor Harrison? – Dumbledore perguntou se manifestando pela primeira vez. Sua refeição foi esquecida, seu corpo se inclinou mais próximo de mim buscando resposta. Seus olhos buscaram Marlow na mesa da Lufa-Lufa por cima dos óculos meia-lua.

Quanto mais aquela situação se extendia mais raiva eu sentia de Severo Snape, era um homem cretino, metido e prepotente; não me queria, mas aparentemente faria da minha vida infernal se eu tentasse seguir em frente.

Bom, ele não perdia por esperar.

-Oh, não, estavamos apenas nos conhecendo, - Falei com a minha voz mais doce possível ao encarar o diretor. – O senhor não gosta dele?

Os olhos de Dumbledore brilharam com a ideia de sua opinião significar alguma coisa, um sorriso genuino surgiu em seus lábios. – Ele me parece um bom rapaz. – Declarou aprovando Marlow.

-Que bom, diretor, - Declarei sorrindo para ele. Retirei o guardanapo de meu colo e juntei minhas coisas. – Estou apenas conhecendo-o, mas eu realmente gostaria de conhecê-lo melhor. – Me levantei, ainda tenho os três atentos em minhas ações. – Na verdade, pretendo fazer isso agora mesmo. – Meus olhos encontraram os de Severo uma ultima vez antes de deixar a mesa dos professores em direção a mesa da Lufa-Lufa.

-Jennifer... – Ouvi a voz de Maria me chamar em um alerta. Ignorei completamente e continuei meu caminho. Se Severo Snape faria da minha vida miseravel, ele não fazia ideia de que aquilo era um jogo que poderia ser jogado a dois.

-Marlow! – Chamei sua atenção quando já estava próxima o suficiente. Marlow rapidamente se levantou vindo ao meu encontro.

-Jenny! – Saldou ele feliz, não dei tempo para que ele respondesse apenas envolvi meus braços em seu pescoço e o beijei.

 


Notas Finais


Espero que estejam gostando! Em breve posto a segunda parte!

Beijos a todos!

Marry Black.*


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