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História A filha de Alvo Dumbledore - A Cura


Escrita por: MarryBlack

Notas do Autor


Boa tarde queridos!

Vamos para mais um capítulo da nossa saga Jenny e Sev.

Espero que gostem do capítulo.! Particularmente é um dos meus favoritos pois vai começar a definir a trama final.

Boa leitura a todos!*

Capítulo 58 - A Cura


POV Snape

Dumbledore estava morrendo, isso era um fato, eu sabia disso, ele sabia disso, mas Jennifer não parecia aceitar a ideia por mais que tivéssemos conversado além de toda a pesquisa que ela própria fez não foi o suficiente para fazê-la entender.

Desde que o baile aconteceu ela pouco deixou a enfermaria; por mais que eu quisesse arrastá-la de lá e fazê-la aceitar a razão eu não estive mais a sós com Jennifer para fazer isso e agora assumindo o cargo de vice-diretor interino quando Minerva assumiu o cargo de diretora interina, minha rotina só ficará mais corrida.

Draco e Harry estiveram sempre que possível visitando-a na enfermaria e tentando fazê-la sair, mas Jennifer se recusou a deixar o lado do leito do diretor.

Os alunos deixariam a escola no dia seguinte e Jennifer não mostrava sinais de que faria qualquer coisa além de continuar na enfermaria, nenhum aluno ficava na escola durante a troca de ano, mesmo os professores eram poucos os que ali continuavam, eu normalmente até no castelo, mas tanto Draco quanto Harry estavam ansioso e já haviam me perguntado se poderiam ir diretamente para minha casa.

Eu não estava disposto a deixar Jennifer e ela não estava disposta a deixar Dumbledore, eu não via uma opção muito viável para todos nós.

Fui tirado de meus devaneios quando o rosto de Minerva apareceu em minha lareira. – Severo.

Franzi as sobrancelhas e me aproximei. – O que houve, Minerva?

-Maria Tanner, aquela amiga da senhorita Kimmel, está aqui querendo falar com você. – Sua voz soava estranha. – Ela diz que acha que encontrou uma cura para a necrose de Alvo.

-O que?

-Venha até o escritório de Alvo, por favor. – Antes que eu pudesse processar ou exigir maiores informações seu rosto sumiu e a conexão se perdeu.

Sem perder mais tempo deixei todos meus afazeres para trás e rumei para o escritório do diretor. Minha mente trabalhando com afinco tentando pensar que ideia maluca aquela mulher louca poderia ter tido para salvar o diretor.

Eu não queria me permitir ter esperanças, entretanto bastava a imagem devastada de Jennifer na enfermaria velando o leito de morte de Dumbledore para me ver disposto a tentar qualquer tipo de idiotice que Maria Tanner pudesse propor.

Assim que entrei na diretoria encontrei Minerva com uma expressão nada satisfeita e Maria completamente indiferente a irritação da diretora interina, sua aparência era desgranhada, como se não tivesse tomado um tempo para se arrumar a dias.

-O que está havendo? – Indaguei cruzando meus braços sem muita paciência para qualquer enrolação.

-A senhorita Tanner foi inflexível a me explicar sua ideia antes de sua chegada, Severo.

Maria não se deixou abalar. – Sem ofensas, professora; mas acredito que data a complexidade de nossa teoria apenas um mestre de poções poderia validar esta ideia.

-Agora me encontro aqui, senhorita Tanner, sugiro que comece a falar e não desperdice mais nosso tempo.

Maria não pareceu impressionada, nem mesmo afetada com minhas palavras afiadas, apenas retirou alguns papeis de uma pasta e começou a espalhá-los pela mesa. – Ao que os meninos e eu observamos sobre os estudos que Jenny nos mandou, a necrose de Dumbledore corrói em sua totalidade todo o tecido e se espalha para todo o corpo, isso estaria correto?

-Sim. – Assenti passando meus olhos atentos por todo o estudo avançado escrito nas folhas apresentadas.

-E a necrose não tem cura e vai matá-lo porque não há como reconstruir ou criar tecidos, certo? – Maria estava ansiosa, quase sem conseguir se controlar.

Assenti sem conseguir compreender sua linha de raciocínio. – Isso é óbvio.

Uma sugestão de sorriso surgiu no rosto da garota. Ela passou as mãos pelos cabelos, nervosa, ansiosa. – E se houvesse?

Franzi minhas sobrancelhas, confuso.

-O que? – Minerva indagou antes que eu pudesse me pronunciar.

-Acho que tem como reconstruirmos ou criarmos tecidos. – Reafirmou ela empolgada.

Bufei irritado. – Não seja ridícula. Você não acha que se houvesse uma maneira de regenerar as células eu já teria tentado isso? – Minha voz foi ficando cada vez mais exaltada. – Não me faça perder meu tempo senhorita Tanner.

Virei-me para sair, mas a garota entrou na minha frente, bloqueando minha passagem. – Espere, por favor, espere. - Encarei-a de braços cruzados, irritado. - Eu sei que parece loucura, mas por favor me escute, professor.

-Severo, não seria melhor pelo menos escutar o que a senhorita Tanner tem a dizer?

-Bem? – Pedi impaciente.

Maria pareceu aliviada e abriu sua pasta novamente. – Os trouxas tem estudos bem avançados sobre regeneração de tecidos e células. – Ela me entregou alguns papeis. – O senhor já ouviu falar sobre os estudos com células tronco?

Franzi meu rosto e analisei os documentos apresentados. Eram pesquisas com células embrionárias.

-Os trouxas tem muitos estudos referente as células contidas no cordão umbilical; - A hesitação da menina era quase desesperada. – Segundo os estudos deles as células tronco embrionárias estão aptas a crescer em tecidos derivados das três camadas germinativas: ectoderma, endoderma e mesoderma. Em outras palavras, elas podem se desenvolver em cada um dos mais de 200 tipos de células do corpo adulto, desde que sejam especificadas para o fazer e são capazes de se propagar indefinidamente.

Folhei com mais afinco todo o material apresentado por Maria ouvindo com atenção toda a sua explicação.

-Acreditamos que se fizermos uma alteração na poção de cura inserindo células tronco embrionárias devidamente compatíveis com o diretor é possível reverter a necrose e salvá-lo. -Ela fez uma pausa. - Ele provavelmente perderá completamente os movimentos da mão necrosada, mas ainda sim será possível salvar a vida dele.

Eu me sentia atordoado, mais do que isso, eu me sentia perdido com tantas informações de uma teoria tão maluca que poderia dar certo.

-Severo? – Minerva chamou ansiosa também. A ideia real de salvar o diretor a afetava tanto quanto parecia me afetar.

-Um momento. – Pedi enquanto continuava a estudar os papeis apresentados.

-Os trouxas já estão utilizando células tronco embrionárias para salvar vidas, se conseguirmos manter Dumbledore vivo até que um descendente nasça, acredito que conseguiremos salvar a vida dele também.

-O diretor nem mesmo encontra-se consciente, ele não tem condições de ter outro herdeiro agora. – Minerva pontuou.

Parei minha leitura e encarei Tanner aguardando sua resposta. A menina pareceu insegura e desanimada pela primeira vez, sua postura corporal mudou, tornando-se quase defensiva.

-O que é Tanner? – Exigi irritado.

-Eu... Eu não pensei em um filho... – Sua voz mal passava de um sussurro.

Levei um momento para compreender sua sugestão, sentindo a raiva e a incredibilidade tomarem cada fibra do meu ser.

-Não!

Tanner se encolheu ainda mais. – Mas professor...

-Eu disse não, senhorita Tanner! – Grunhi áspero. Eu não podia nem mesmo acreditar que aquela garota estúpida estava fazendo aquele tipo de sugestão.

-Um neto? – Minerva verbalizou, confusa. – Você está sugerindo que a senhorita Kimmel tenha uma criança para fazer essa poção maluca?

Tanner deu de ombros. – Como a senhora mesma disse, o diretor não tem condições de ter outro filho no momento, seria a única opção.

-Absolutamente não! – Repeti cada vez mais irritado e indignado com a sugestão. Como ela ousa se quer cogitar... Jennifer era apenas uma jovem mulher! Tinha um futuro brilhante pela frente, Dumbledore já havia arruinado sua vida o suficiente e a garota ainda tinha a audácia de sugerir que Jennifer comprometesse todo o seu futuro, toda a sua vida para cuidar de uma criança? Para salvar a vida do homem que quase acabou com a dela inúmeras vezes através daqueles poderes malditos?

Isso era completamente insano.

Felizmente, Minerva parecia concordar comigo. – Uma criança é um compromisso para a vida inteira, senhorita Tanner. Muda a vida de uma pessoa completamente. Não é apenas uma brincadeira ou um jogo. – Sua postura era firme e incisiva. – Sem considerar que jovens mães solteiras são muito mal vistas na comunidade bruxa.

Assenti em concordância. Tanner estava completamente louca. Essa nunca seria uma opção.

-Sei perfeitamente disso, professora. Jamais forçaria Jennifer a fazer algo assim e nem mesmo teria feito tal sugestão se houvesse uma alternativa, mas acho que devemos ao menos dar a ela o direito de escolha. É o pai dela e a vida dela afinal de contas.

-A senhorita Kimmel nem mesmo saberá desta sua sugestão maluca, senhorita Tanner. – Grunhi ameaçador. – Esta conversa termina aqui.

Maria não pareceu impressionada com minha ameaça, tão pouco intimida, não me importei; virei-me pronto para deixar o escritório. A raiva e a indignação tomando cada fibra do meu ser. Depois de tudo que Dumbledore já havia causado a Jennifer, depois de todo o mal, toda a dor... Não era nem mesmo uma opção.

-Severo. – A voz de Minerva me alcançou perto da porta. – Acredito que a senhorita Tanner tenha razão.

Virei-me para encará-la com incredibilidade. Ela não poderia estar seriamente sugerindo...?

-É uma decisão para Jennifer tomar.

-Você não pode estar falando sério, Minerva!

Sua postura endireitou. – Tão sério quanto a situação exige, Severo. Se você não está disposto a colaborar encontrarei outro mestre de poções para fazer isso e conversarei pessoalmente com Jennifer.

Meu corpo inteiro fervia em raiva cega, eu queria gritar todos os infernos para Minerva sobre o quão errado e injusto era aquilo, sobre tudo que Dumbledore fizera com Jennifer, todas as atrocidades que ela viveu por causa deste homem e agora queriam que ela definisse um futuro brilhante pela frente para salvar a vida deste mesmo homem?

-Isso não está certo, Minerva. – Grunhi frustrado por não poder falar o que gostaria. – Inferno! Você sabe que você isso está completamente errado!

-Você tem razão, Severo, isso não está certo. – Concordou ela. – E em um mundo perfeito Jennifer jamais deveria tomar essa decisão, mas como a senhorita Tanner pontuou, é o pai dela, o corpo dela e a vida dela. Cabe a ela e apenas a ela a decisão de tentar ou não.

Isso estava tão errado.

-Ela vai se sentir no dever de fazer, Minerva.

-Vamos assegurar a ela que nenhum tipo de pressão ou julgamento será feito e que qualquer que seja a decisão dela, vamos aceitar e apoiá-la.

Merlin, por que as coisas continuavam a acontecer para Jennifer? Por que ela não poderia ter uma vida normal? Onde estava aquele Deus que ela tanto fala e ama? Por que Ele não estava cuidando dela?

-Professor. – Maria me chamou se aproximando. – Eu mais do que qualquer um gostaria que fosse diferente e acredite em mim eu nem mesmo teria trazido essa opção se não visse como Jennifer está sofrendo e desesperada para encontrar uma cura para o diretor. Ela merece decidir se quer ou não fazer isso.

Senti a frustração me envolver, Merlin como poderia tudo isso ser tão injusto? Ela já não havia se sacrificado o suficiente?

-Vou falar com ela.

-Obrigada professor. – Maria estava tomada pelo alívio e a expressão de Minerva me mostrava o mesmo.

Assenti e me virei para sair. – Você quer que eu fale com ela, Severo? – Minerva perguntou.

Encarei-a novamente. – Eu preciso compreender melhor estes estudos e como poderíamos incluí-lo em um antídoto seguro e certeiro, acredito que seja melhor que eu faça isso e já discuta com ela todos os riscos e possibilidades de dar ou não certo.

-Não vá assustá-la, Severo.

-Não foi você quem disse que vamos assegurar que a senhorita Kimmel não terá nenhum tipo de pressão ou julgamento, Minerva? – Olhei-a por cima do ombro uma última vez e deixei o escritório.

Eu sentia meu corpo inteiro borbulhar em fúria, como as coisas pareciam sempre voltar para definir e machucar Jennifer? Ela já não havia passado pelo suficiente?

Quase desisti de ir à enfermaria e voltei aos meus aposentos. Eu sabia, conhecendo-a, que no momento que ela ouvisse a ela simplesmente aceitaria, sem medir as consequências ou quanto isso comprometeria sua vida dali por diante.

E como isso nos deixaria? Estávamos envolvidos agora, em um relacionamento. Ela esperaria que eu fosse o pai desta criança? Eu não era o tipo de homem que se torna pai, eu não era alguém que formaria uma família.

Ela me deixaria para ter o filho de outro? Mas e nós? Ela me amava. Ela insistia em dizer isso. Inferno! Ela insistiu em provar isso constantemente. Lutou tão desesperadamente para que ficarmos juntos e agora...

Eu sabia que estávamos fadados ao fim, ela diria sim a esta criança e eu nunca poderia ser o pai dela.

Cedo demais eu achei a enfermaria encontrando Jennifer no mesmo lugar de sempre, em uma cadeira ao lado da cama do diretor. Seu rosto estava abatido e tinha olheiras profundas contornando seus olhos, mas mesmo com o aspecto cansado ela ainda estava linda.

Demorou alguns minutos quando Jennifer finalmente tomou conhecimento de minha presença.

-Boa tarde professor. – Ela abriu um sorriso suave, mas verdadeiro.

-Precisamos conversar, senhorita Kimmel. – Declarei me aproximando. – Em particular. - Jennifer franziu o cenho, confusa. – Sua amiga, a senhorita Tanner, acredita que encontrou uma maneira de curar a necrose do diretor.

Jennifer estava em pé e alerta em um pulo. – Sério? Como?

Ponderei sua postura. – Conforme lhe falei, seria melhor discutirmos isso em particular.

Jennifer abriu a boca para questionar, contudo, ao ver minha expressão se calou e assentiu. – Certo.

Seguimos silenciosamente para a meus aposentos, embora os meninos estivesse quase que integralmente lá agora, eu sabia que nenhum deles estava lá agora, ambos estavam terminando de arrumar suas malas e se despedir dos seus amigos.

Assim que adentramos o local acendi a lareira e me servi de um copo de whisky antes de oferecer uma taça do vinho que ela tanto gostava.

-Você realmente começou a manter uma garrafa de merlot especialmente para mim? – Indagou ela surpresa com um sorriso radiante no rosto.

Dei de ombros e gesticulei para que nos sentássemos no sofá. – Sei o quanto você aprecia esse vinho.

-Você é maravilhoso, Severo. – Agradeceu ela sorvendo um gole de sua bebida.

Nos sentamos por um momento em silêncio, aos poucos ela se aproximou aconchegando sua cabeça em meu peito, seu olhar fixo no fogo a nossa frente. Senti-me aquecido pelo amor que ela me devotava, mesmo nas pequenas cosias. Envolvi seu corpo em meu braço protegendo-a.

Jennifer estava ansiosa para saber a cura encontrada para a necrose do diretor, seu corpo inteiro vibrava em ansiedade, mas ela nunca perguntou. Ciente ou não de que eu estava com dificuldades em iniciar a conversa, ela nunca me pressionou.

-Você já ouviu falar sobre os estudos dos trouxas sobre células tronco?

Jennifer virou para me encarar a compreensão inundando seu olhar no mesmo instante. – É claro! Você acha que se adicionarmos as células embrionárias manipuladas a poção de cura podemos reverter o quadro?

Não pude deixar de sorrir, Jennifer era um prodígio sem sobre de dúvidas assim como seus três amigos no Brasil. Era realmente impressionante a rapidez de seu raciocínio e a extensão de seu conhecimento.

Assenti. – Essa é a teoria de Maria.

Ela estava em pé, andando de um lado para o outro, animada. – É genial! Como eu pude não pensar nisso antes?

-Jennifer...

-Os estudos com células tronco tem sido visionários no mundo trouxa, já salvaram milhares de pessoas.

-Jennifer...

-Se condicionarmos as células de maneira correta você acha que poderíamos desenvolver a poção que não só reverta o quadro fatal mas também o permita ter uma vida saudável?

-Jennifer...

-Tudo que é necessário é retirar as células de um... – A medida que seu raciocínio ia se formando sua voz ia morrendo. Ela havia entendido.

-Você perceber o que essa situação implica, não é? – Indaguei.

-Eu preciso ter um filho, para que possamos tirar as células embrionárias do cordão umbilical. – Ela se sentou novamente, suas mãos segurando sua cabeça com pesar.

Coloquei a mão em suas costas e as afaguei. Eu sentia pena por ela. – Você não precisa fazer isso nem tomar essa decisão hoje, Jennifer. Ninguém espera que você faça nada.

Ela me encarou com lágrimas nos olhos fazendo meu peito se apertar ainda mais. - Ele vai morrer se eu tiver esse filho.

-Ninguém vai te condenar por isso. – Garanti em um tom suave. – Ainda mais depois de tudo que ele já te fez.

-Ele é meu pai, Severo. – As lágrimas começaram a rolar por seu rosto. – É meu pai! Eu não posso deixá-lo morrer!

Suspirei e a trouxe para um abraço, acolhendo-a. Jennifer soluçou contra minha camisa e suas mãos agarram minhas vestes, desesperadas por amparo. – É uma decisão que só cabe a você Jennifer. Mas independente do que decida, vai ficar tudo bem.

-E quanto a nós? – Sua voz saiu abafada pelo choro e pelo rosto coberto. – Eu não posso te pedir que participe disso, não é justo, mas eu... Eu não quero te perder. Eu não quero! – Seu soluço e choro aumentou.

Apoiei sua cabeça em meu queixo e continuei a afagar suas costas e seus cabelos.

-Eu não sou um homem bom, Jennifer, você sabe que não sirvo para ser pai. – Falei com pesar, eu também não queria perde-la, mas que chances nós tínhamos?

Ela se afastou bruscamente, me encarando determinada. – Você já é pai, Severo, não percebe isso? Você já é pai de Draco e Harry!

-Jennifer...

Ela me calou com as mãos. – Não. Eu não quero ouvir desculpas, eu jamais te forçaria a fazer isso Severo e entendo completamente se você não puder continuar comigo se eu decidir ter este filho, mas não diga que você não serve para ser pai, você é um pai incrível e maravilhoso, Severo. Os meninos fariam qualquer coisa por você. Você é o pai deles!

Jennifer estava emocionalmente abalada e com muita coisa na cabeça, não era essa a questão que deveríamos ou não discutir, ela tinha o ponto de vista dela e eu o meu. Magoá-la ou estressá-la agora não ajudaria a ninguém no momento. Não valia a pena a discussão.

Eu jamais poderia ser pai daquela criança, eu não era esse tipo de homem.

-Ouça... – Pedi calmamente. – Se você decidir fazer isso, vamos descobrir ok? Apenas pense se realmente está disposta a isso, ninguém vai te condenar se você não fizer, confie em mim.

-Eu vou ter essa criança.

Meus olhos se fecharam buscando calma. Isso estava tão errado.

-Jennifer...

-Não Severo. – Ela se afastou do meu abraço e me encarou. Seu rosto manchado de lágrimas, com olheiras e um cansaço visível não faziam a determinação diminuir de sua feição. – É meu pai acima de qualquer coisa, se eu não fizer isso, se eu não tiver este filho e tentar salvar a vida dele, eu nunca vou me perdoar. Eu fiz tudo que podia pela minha mãe e ainda sim, não me perdoo completamente por tê-la deixado morrer... Como vou poder viver com a ideia de que deixei meu pai sem nem mesmo tentar?

Suspirei frustrado. Jennifer era uma pessoa tão forte e resiliente que as vezes eu me esquecia quantos traumas ela ainda carregava com ela.

-Jennifer, você sabe que não foi sua culpa...

-Eu sei e eu realmente tenho tentando me perdoar, mas não é algo fácil, Severo. Eu só não quero o mesmo sentimento com o meu pai.

-Você sabe que não posso ser o pai dessa criança.

Jennifer tomou minhas mãos e me olhou com amor e devoção como ninguém nunca olhou.

-Eu me sentiria muito honrada de carregar um filho seu, Severo, agora ou em qualquer tempo. – Meu peito se aqueceu. – Mas eu sei que você tem suas convicções e eu jamais te exigiria isso, Severo. Se um dia tivermos um filho será porque você assim decidiu e não porque eu te pressionei ou qualquer coisa parecida. Apenas, por favor, não me deixe porque eu vou ter essa criança, vamos apenas tentar, por favor.

Jennifer era tão doce e ingênua. Ela não percebia que eu era dela e não conseguiria deixá-la, mesmo que ela tivesse esse filho, mas como eu poderia vê-la dar a luz a uma criança que não era minha? Como eu olharia para ela sabendo que se deitou com outro homem? Eu poderia lidar com isso? Eu não tinha certeza, eu só sabia que agora eu jamais poderia dizer-lhe não.

-Nós vamos tentar. – Prometi recebendo um sorriso iluminado em resposta e ela voltou a se acomodar em meu peito.

-É tudo que eu estou pedindo.


Notas Finais


Uhhhhhhhhhhhhhhhh....

O que acharam? O que acharam? *-*

Estou ansiosa pela opinião de todos!

Beijos e até a próxima!

Marry Black.*


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