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História A filha de Alvo Dumbledore - Uma guerra velada


Escrita por: MarryBlack

Notas do Autor


Bom dia queridos!

Desculpem a demora em postar, hoje o dia tá corrido rs

Boa leitura.*

Capítulo 23 - Uma guerra velada


POV Jennifer

Os dois idiotas me seguiram como dois cãezinhos obedientes. Meu corpo inteiro fervia ainda enojado por ter permitido que aqueles dois comensais passassem suas mãos em mim. Luxuria e desejo não estavam nem perto de mim enquanto eu me insinuava a eles, fazendo-me perguntar se eu conseguiria ir para cama com eles, se fosse preciso.

Eu não precisava pensar muito. Eu sabia que faria, se assim fosse preciso. O professor Snape ainda estava fraco depois de quase ter morrido ao tentar remover a marca negra em seu braço; não dava para arriscar expô-lo a um combate contra dois comensais. Mesmo não existindo mais a marca negra, a qual teria denunciado sua estada aqui, Severo Snape era um homem agora famoso em ambos os lados. Para alguns, um grande herói; para outros, um grande traidor. Não... Eles o matariam se tivesse ciência que o professor Snape estava aqui.

Meus pensamentos foram rapidamente deixados de lado quando chegamos até o estacionamento vazio, rapidamente meus olhos percorreram os arredores, confirmando minhas suspeitas de que não existiam mais seguidores de Voldemort por perto. Burros! Aparecem sozinhos por aqui, uma cidade que se sabia existir bruxos, embora jamais fosse possível distingui-los.

Aproximadamente no meio do estacionamente, me virei, ficando de frente para eles, alguns metros de distância. Meu olhar percorreu atento seus movimentos e a porta dos fundos do bar, eu não podia ser imprudente, tinha que ser precisa e eficiente. Eu sabia que a Mah sabia minha opinião e eu tinha certeza que ela asseguraria que o professor Snape não se envolvesse nesse duelo, principalmente por eu estar com a varinha dele.

Semi-cerrei meus olhos ao sentir sutilmente a presença de meus amigos.. Eles estavam atrás da porta. Era hora de agir. Abri um sorriso presunçoso, o qual foi erroniamente interpretado pelos comensais. Eles fizeram mensão de se aproximar, mas fiz sinal para que parassem,

–Vocês são muito tolos por terem vindo até aqui sozinhos. – Um riso fraco e sádico escapou de meus lábios. Meu corpo inteiro clamava por justiça à todas as pessoas que eu nem mesmo conhecia, mas eu sabia que aqueles dois haviam torturado e matado. – O mundo está muito perigoso para pessoas como vocês. – Minhas mãos pararam em minha cintura.

– Do que diabos você está falando, garota? – Tive vontade de rir ao perceber que eles nem mesmo perceberam que estavam falando com uma bruxa. Meus dedos formigaram de vontade de lhes mostrar o quão assustado eles deveriam estar. Mas eu não podia revelar-lhes meus poderes a menos que eu pretendesse matá-los, mas eu não era uma assasina. Ainda não. Eu fui criada para ser uma arma de guerra e por consequencia, eu deveria ser uma assassina, mas eu ainda não havia tido a necessidade de chegar a tanto. Por mais que fosse mais fácil simplesmente matar meus rivais... Eu não queria ser uma assassina.

Afstando essa linha de pensamentos da minha mente e voltei a me concentrar nos dois idiotas a minha frente. Sorri presunçosa e nada lhes respondi, vi Pedro e Paulo saindo pela porta dos fundos do bar, em silêncio, e agi.

Saquei minha varinha, a qual estava presa na parte interna superior da minha coxa esquerda, coberta de maneira imperceptivel pela saia; e lhes apontei a varinha, no mesmo instante em que Pedro e Paulo apontavam a varinha para os comensais.

O show iria começar.

POV Snape

Corri até os fundos do bar, seguindo os amigos de Jennifer de perto. Quando estavamos perto de sair do prédio, os dois garotos sairam enquanto Tanner me prensou na parede, atacando-me, sua varinha foi apontada perigosamente perto do meu pescoço.

–O que diabos está fazendo? – Grunhi nervoso, minha respiração estava acelerada bem como meus nervos. Meu olhar intercalava entre a varinha apontada para meu pescoço e o olhar agressivo de Tanner.

–Sinto muito professor, mas o senhor não irá participar desta batalha. – Afirmou a garota de maneira prepotente.

–Ora sua...! – Fiz menção de afastá-la, contudo Tanner apenas pressionou com mais força a varinha em meu pescoço.

–Nem mais um passo professor. O senhor não irá lá! - Sua voz era agressiva, porém baixa, provavelmente não queria chamar nossa atenção para os comensais do outro lado da porta. Meu corpo inteiro estava em alerta, desde que o Lorde das Trevas fora derrotado nunca mais me senti em uma situação de perigo. Não até agora.

Um rosnado raivoso saia de minha garganta, meus olhos estavam estreitos, minha mente trabalhava em uma velocidade acelerada tentando encontrar uma solução. Minhas mãos formigavam reprimindo-se a vontade de estrangular aquela garota atrevida. A batalha corria solta lá fora, eu podia ouvir os feitiços sendo gritados e conseguia sentir a magia no ar. Poderes grandiosos nos rodeavam.

Meu olhar se fixou no fundo dos olhos de Tanner. Não havia ameaça ali. Mesmo com sua postura de ataque e sua expressão severa, seus olhos entregavam seu blefe. Senti meu corpo vibrar em glória. Tanner era tão estúpida quanto Kimmel.

Rapidamente minha mente começou a relembrar de Jennifer alegando mais cedo que qualquer tipo de magia com o meu corpo poderia matar-me. Tanner sabia disso. E eu também. Se ela me atacasse estaria me matando e isso não era uma opção, mesmo sem compreender o porquê, eu sabia que ela não desejava isso. Nem ela nem qualquer um dos quatro.

Sorri maliciosamente. – Você não vai me atacar. – Afirmei confiante. Minhas mãos seguraram com força os punhos de Maria, imobilizando-a. Ela apertou com mais força a varinha no meu pescoço. – Você sabe que qualquer feitiço que lançar em mim vai me matar. – Sua expressão ficou raivosa, mas seus olhos tremiam assustados. Ela fora pega na mentira e sabia disso. – Nunca ameace um comensal se não tem a intenção de atacá-lo de verdade. – Ensinei-a com rigidez. Eu não pretendia matá-la por aquele falso ataque, talvez eu apenas lhe desse uma boa surra, mas ela precisava saber que com um verdadeiro comensal, ele não hesitaria em matá-la.

Fiz menção de me afastar quando ela me prensou novamente na parede. – Você tem razão, professor, eu não pretendo atacá-lo com magia. – Um sorriso travesso e sombrio surgiu em seus lábios, novamente o instinto de preservação apitou dentro de mim. – Mas não pense que não irei detê-lo, não importa o que eu tenha que fazer... – Assim que suas palavras deixaram sua boca, senti seu joelho esquerdo deliberadamente pressionar minha virilha. Encarei-a desacreditado. Ela não poderia estar falando sério, que tipo de defesa era aquela?

Tanner riu divertida. – O senhor pode achar estranho, professor, mas lhe asseguro que é um método muito comum entre as trouxas para deter... – Ela me encarou maliciosamente dos pés a cabeça. – Valentões.

Foi inevitável engolir em seco. Eu nunca havia experimentado uma agressão tão... Primitiva, mas algo me dizia que aquilo poderia doer tanto quanto uma Cruciatus. Aquele mínimo sinal de insegurança não passou desapercebido por Tanner. – Eu o aconselharia a não se mexer, professor, eu posso ser cruel, acredite. – Seu joelho pressionou um pouco mais minha virilha. Mais que o temor de ser agredido em uma região to intima, eu estava incomodado com idéia de uma menina tão jovem, Merlin ela poderia ser minha filha, estar pressionando minha virilha.

Todos os anos de agressão a jovens como Maria me atingiram como um feitiço no estomago e eu me senti novamente um imundo comensal o qual deveria ter sido morto ou recebido o beijo do dementador. Remover a Marca Negra não havia removido a culpa de todas as trouxas que violei e as que permiti que violassem.

–Jennifer tem muito apresso pelo senhor, professor. – Sussurrou Maria em meu ouvido, causando-me um arrepio. Quando foi que seu rosto ficara tão próximo ao meu? – Se o senhor fosse até lá, nas condições em que se encontra e sem uma varinha, provavelmente alguém sairia machucado, pois Jenny tentaria a todo custo protegê-lo e os meninos tentariam proteger Jen.

Ainda atordoado, nada respondi. Maria tinha um bom ponto. Sem minha varinha eu nada conseguiria fazer. Mas... Eles eram apenas crianças contra dois comensais da morte?

Potter tem a mesma idade deles e derrotou o Lorde das Trevas. Minha mente gritou.

–Veja professor. – Com um rápido aceno com a varinha em direção a porta, Maria abriu minimamente a porta, o suficiente apenas para nos fazer enxergar o combate lá fora, mas ainda sim mantendo nossa localização oculta. – Jen e os meninos estão se saindo muito bem, não há necessidade de intervirmos.

Meus olhos fitaram desacreditados a batalha que se seguia. Mas era real. Em uma postura de duelo perfeita, os três estavam confrontando os dois comensais em igualdade, feitiços voavam por todos os lados e os três tinham uma facilidade anormal em desviar dos ataques.

Forcei meus olhos tentando enxergar melhor, esquecendo completamente da posição em quem me encontrava com Tanner. Surpreso, constatei que os três pareciam se divertir em uma dança sistemática enquanto desviavam dos feitiços. Algo estava errado naquela visão... Parecia faltar algo. Mas... O que era?

Então eu soube. Eram apenas feitiços. Não havia nenhum auxilio de um dos quatro elementos naquela batalha. Jennifer Kimmel não estava usando seus poderes, mas sim, apenas suas habilidades de duelo como qualquer outro bruxo. Mas por quê? Qual era a vantagem em ter esse dom se não iria utilizá-lo?

Senti o corpo de Maria se enrijecendo, eu sabia que algo que ela havia visto havia perturbado-a, mas eu não enxergava mais diante de mim a batalha, minha mente já estava longe. Longe demais.

Seria tamanha repulsa por Dumbledore? Não fazia sentido na minha cabeça. Mesmo que Jennifer repudiasse ao pai, com razão, por toda a dor e todo o sofrimento que viveu, ainda não fazia sentido ela se abster de usar seus poderes em momentos de necessidade. Seria falta de controle sobre seus poderes? Não... Não podia ser. No dia em que a conheci, Jennifer manuseou com perfeição os quatro elementos; brincava com eles como se fossem bolas de brinquedo. Então, por quê?

Meus pensamentos foram interrompidos quando sei o corpo de Maria se afastar rapidamente de meu corpo. Encarei aturdido, buscando respostas, e tudo que ela me disse foi “Acabou.” Rapidamente, a menina se dirigiu para o estacionamento, assim que consegui me recuperar do choque, eu a segui.

Era inacreditável, mas os dois comensais estavam caídos no chão, desacordados, como poderiam três adolescentes que cresceram no meio trouxa, combaterem e abaterem dois comensais da morte?

Percorri meus olhos pelos meninos para constatar com surpresa que ambos estavam em perfeito estado. Como era possível? Meus olhos seguiram adiante, procurando a filha do diretor, encontrei-a sentada no chão e sua amiga em frente a ela. No mesmo instante percebi que Jennifer havia se machucado.

Um frio desespero percorreu pelo meu corpo, corri ao seu encontro como uma rapidez que nunca soube ter. – O que houve? – Perguntei me abaixando ao lado das duas. Meu olhar logo encontrou um corte um pouco profundo na lateral da cintura da filha do diretor.

–Eu calculei mal um movimento... – Disse-me Jennifer, sua voz era contida, embora todos esses anos de comensal e professor me ensinaram a captar sofrimentos ocultos na voz, como agora acontecia.

Maria, com a varinha, fazia o corte parar de sangrar ao murmurar encantamentos. – Vamos cuidar disso em casa. – Prometeu ela. Rapidamente guardou a varinha em meio as vestes e ajudou Jennifer a levantar. Levantei-me também. Percebendo mais uma vez que Jennifer se encontrava apenas de sutiã, retirei minha veste e entreguei-lhe ordenando silenciosamente que o coloca-se, já havia tido exposição e vulgaridade demais para um dia só.

De alguma maneira estranha, incomodava-me ver a filha do velho expondo seu corpo, fosse pelo motivo que fosse.

Eu estava perdendo a sanidade.

Meu olhar voltou-se para os comensais, minha mente se perguntava o que aqueles quatro pretendiam fazer com os comensais. Afinal, não dava para deixá-los ali. Qual não foi minha surpresa ao vê-los amarrados, provavelmente os meninos fizeram aquilo enquanto minha atenção estava voltada para o machucado de Jennifer.

A frieza, a estratégia e a precisão daqueles quatro para combates e guerras; arrepiava-me.

–Vamos conjurar o patrono e sair daqui de uma vez. – Pediu Paulo. Os quatro retiraram suas varinhas e apontaram para um mesmo ponto conjurando simultaneamente o feitiço do patrono. Para minha surpresa, os quatro juntos formaram um único patrono. Um tigre.

–Comensais. – Foi tudo que Paulo disse. – Avise aos aurores. – O tigre partiu rapidamente. Os quatro guardaram suas varinhas.

–Não há mais nada o que fazer aqui. – Pedro declarou. – Vamos embora daqui. – Assentindo em silêncio, os três seguiram Pedro rumo ao estacionamento de clientes.

–Você consegue andar? – Perguntou Maria a Jennifer, ao receber um aceno positivo com a cabeça em resposta, todos seguiram seu caminho. – Vamos professor.

Eu estava abismado. Percebi tardiamente que minha boca estava levemente aberta. O que fora tudo aquilo? Minha mente girava buscando respostas e eu me via tentado a colocar aqueles quatro inconseqüentes na parede e exigir todas, mas eu sabia que não era o momento. Jennifer estava ferida e os aurores logo estariam ali. Era claro que nenhum dos quatro queria encontrar com qualquer outro bruxo.

Eu conseguiria minhas respostas mais tarde, eu sabia que sim. Segui-os pensativo não sem antes lançar um ultimo olhar aos comensais, tentando talvez acreditar que tudo que aconteceu na ultima hora, fora real.


Notas Finais


Então gostaram??

Beijos.*


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