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História A filha de Kakashi-Hatake's Family (Naruto) - A verdade


Escrita por: breehferreira

Notas do Autor


Olha quem voltou, eu mesma!
Primeiramente, sei que demorei, mas tive problemas pessoais bem sérios e isso acabou causando grande desânimo e bloqueio de criatividade, até pensei em desistir. Mas lembrei o quanto amo essa fanfic, o quanto amo escrever ela e o quanto amo quem a acompanha, e eu prometo que vou continuar com ela e com certeza a concluirei da melhor maneira possível.
Segundamente, eu já pensei sim em um final, e sei muito bem como vai ser. Maaass, vai demorar para vir, ainda tem muitas coisas a serem desenvolvidas e concluídas, com certeza ainda não estou nem na metade, oque significa que essa será uma longfic
Terceiro, como eu já devo ter falado, eu faço faculdade EAD e isso toma muito do meu tempo, tem sido bem difícil conseguir tempo para escrever e postar, então provavelmente os intervalos entre os capítulos serão maiores.
Quarto, as quebras de tempo serão bem frequentes de agora em diante, e provavelmente os capítulos serão menores, chegando no máximo a 2000 palavras.
Quinto, sinto muito por estar postando tão tarde, mas é o único horário disponível no momento, provavelmente a partir de agora será assim, espero que entendam e não tenha problema


Enfim, sem mais, espero que gostem, enjooy

Capítulo 13 - A verdade


HIROMI:

 Encontrar Orochimaru levou mais tempo do que eu planejei, foram quase quatro meses até finalmente “encontrar” onde ele estava, Yamato-sensei o acompanhava de perto e enviava relatórios ao Hokage desde praticamente o fim da guerra. Mas isso não impedia que Orochimaru se mudasse constantemente. 

Foram quatro meses cansativos e agoniantes, já que não aconteceu nada de interessante. Quatro entediantes meses de cansativas e monótonas caminhadas e paradas para descanso completamente chatas. Ao chegar no lugar certo, respirei fundo antes de decidir ir até lá falar primeiro com Yamato-sensei e depois encarar Orochimaru após tantos anos.

-Hiromi-chan! Kakashi-senpai me avisou que viria. Como está? Você demorou um pouco mais que o previsto não? -Yamato-sensei se encontrava poucos metros longe da entrada do esconderijo, e havia mais alguns ninjas o ajudando.

-Yamato-sensei, estou bem obrigada. Orochimaru se muda como cobras, você sabe bem como é. -Ele concordou.- Já faz muito tempo que não nos vemos, como vai?

-O mesmo de sempre. -Ele suspirou, ficar de olho em Orochimaru com certeza não era nada fácil. Eu havia conhecido Yamato, quando ainda era bem pequena, ele sabia do meu passado e me ensinou a descobrir e dominar o Mokuton. -Orochimaru é muito melhor que gostaríamos que fosse Hiro, ele provavelmente sabe que você está aqui. E se não saiu, espera que vá até ele.

-Eu imaginei. -Respirei fundo, estava criando coragem.

-Sei que se tornou uma kunoichi incrível Hiro, mas estaremos observando você bem de perto para sua própria segurança. Interveremos se acharmos necessário. Ele é bem astuto.

-Entendo. Obrigada. -Me direcionei até a entrada e olhei Yamato-sensei uma última vez, o mesmo apenas fez sinal positivo com a cabeça me encorajando a prosseguir, e assim o fiz.

Não havia ninguém na entrada, e nem nos longos corredores exatamente iguais a todos que eu me lembrava, escuro e úmido. Levou alguns minutos de caminhada até eu encontrar uma única porta cuja a luz estava acesa, pude sentir chakra vindo de lá, com certeza era Orochimaru, e eu me sentia assustada demais para simplesmente entrar lá, por isso respirei fundo várias vezes antes de fazê-lo.  O cômodo estava iluminado por varias luzes de parede e havia inúmeros aparelhos que eu deduzi serem médicos, Orochimaru estava de costas para mim, mexendo em algo, mas sabia que eu estava lá.

-Ora, você era a última pessoa que esperava ver hoje, Hiro-chan. -Ele disse ironicamente e a voz dele soou da mesma maneira que eu me lembrava. Ele se virou para mim, e absolutamente nada havia mudado naquele rosto tão familiar e ao mesmo tempo tão estranho para mim. -Não se acanhe e nem tenha medo, estou muito feliz em vê-la. -Eu engoli em seco e dei um passo atrás quando o mesmo andou um pouco até minha direção. -Você cresceu, está diferente, parece mais forte. Como tem passado todos esses anos Hiro-chan? Filha do Rokudaime, irmã de consideração de Uzumaki Naruto. Devo cuidar com o que lhe falo? -O tom dele soava estranho, e ele tinha um pequeno sorriso no rosto. -Você está com medo? Se for isso, não precisa, os tempos mudaram, não sou mais o mesmo. -Eu não estava com medo, não dele, estava com medo da verdade.

-Você... -Engoli toda a hesitação que se formava em forma de nó na minha garganta. -Você sabe porque estou aqui?

-Veio fazer uma visita ao seu antigo companheiro, não é? Sentiu saudades? -O tom era de puro deboche e ironia. 

-Não estou aqui para brincadeirinhas Orochimaru. Estou aqui para obter respostas.

-Apenas Orochimaru? Onde está o ‘sama’? -Ele sorriu ainda mais ao ver minha cara de poucos amigos. -Direta, gosto disso. Eu vou responder o que quiser, apenas porque a considero quase como uma filha.

-Pare de gracinhas Orochimaru! -Filha? Ele acabou com minha paciência usando aquela palavra, a última coisa que Orochimaru me via como, era filha. -Você sabia onde eu estava?

-Em Konoha?

-Quando eu desapareci! Não estou nem um pouco afim de perder meu tempo Orochimaru, diga a verdade e sem gracinhas ou joguinhos.

-Pois bem. -Ele levantou os braços em forma de rendição e em seguida voltou a mexer no que estava mexendo quando entrei naquele lugar. -Nos primeiros dias não, mas foi fácil achar alguns rastros que levavam até você.

-E porque não me tirou de lá?

-Não valia a pena para mim na época. Claro que eu não sabia das suas habilidades, se eu soubesse, com certeza teria te ajudado.

-Você é um nojento, eu te odeio. -Ele me encarou por uns segundos e sorriu voltando a mexer nas ampolas que eu havia acabado de notar o que eram.

-Você disse que queria a verdade, é  oque estou te dando como recompensa por ter lhe deixado.

-Como se isso fosse compensar por tudo oque eu passei! -Esbravejei alto e ele não me olhou. -Você era tudo oque eu tinha na época! Eu tinha só 3 anos Orochimaru! Sabe por tudo o que eu passei e o quanto eu implorei pra que viesse me salvar?! -Eu acabei gritando e ele voltou sua atenção para mim e permaneceu me encarando por longos segundos.

-Eles abusaram de você? -A dedução dele foi perfeita e a dor do passado me invadiu, e eu me obriguei a desviar o olhar. -Ora Hiro, eu não sabia que sofreria. Se eu soubesse, com certeza teria te ajudado. Eu posso ter feito muitas coisas, e coabitado com muitas outras, mas pedofilia e estupro...

-CALA A BOCA! -Eu gritei o interrompendo. -Não foi pra isso que eu vim até aqui! Não quero suas desculpas e muito menos que sinta pena de mim! Eu dei um jeito em tudo, e não foi graças a você!

-Foi você quem começou. De qualquer forma, se não é pra me mostrar o quanto me odeia, o que quer?

-Meu passado. Quero saber a verdade do meu passado. Você conheceu minha mãe? -A palavra mãe saiu com um enorme peso e Orochimaru pareceu pensar. -Sem mentiras ou meias verdades Orochimaru!

-Conheci. -A afirmação dele me fez ficar atônita durante um tempo que eu não sei qual foi. -O que quer saber dela? -A pergunta de Orochimaru me fez despertar.

-Tudo, quero saber tudo. Desde como a conheceu, e oque ela fez antes de chegar até você, e o que aconteceu com ela. -Fui bem firme em minhas palavras, não estava com paciência pra mentiras depois de tanto tempo esperando aquele momento.

-Você tem certeza? A história pode não lhe agra...

-A verdade!

-Não reclame depois. -Ele sorriu e voltou a mexer nas ampolas. -Sua mãe era órfã de guerra, como muitas outras adolescentes, e para a infelicidade dela, não tinha nem o que comer. Ela precisou se prostituir para se manter viva, foi onde conheceu seu pai, 10 anos mais velhoo que ela. -Aquelas palavras me fizeram ficar em estado de choque e foi como se minha respiração e batimentos cardíacos tivessem parado. -Ele a usou inúmeras vezes, e disse que estava apaixonado, aquela era a chance da sua mãe, então ela largou a vida de prostituta e acabou indo com seu pai. Aquele foi o primeiro maior erro dela, já que seu pai á agredia...

-ESTÁ MENTINDO! ISSO É MENTIRA! EU QUERO A VERDADE! PARE DE MENTIR! -Eu berrei com todas as forças dos meus pulmões indo pra cima dele enquanto o empurrava, o fazendo derrubar todas as ampolas. Aquilo com certeza não era verdade ele estava me manipulando para ficar mal.

-E o que eu ganharia mentindo? Eu sei disso, porque foi sua própria mãe quem me contou. Foi você quem disse que queria a verdade e eu estou a dando. -Eu neguei com a cabeça, não podia ser. -Ele a estuprou inúmeras vezes, até que sua mãe fugiu, e só tinha 15 anos quando veio até mim. Na época, eu estava fazendo várias experiências, foi bem conveniente achar uma cobaia tão jovem e disposta á qualquer coisa por comida. -Ele deu um pequeno sorriso e eu senti meus olhos arderem. -Ela havia perdido as esperanças, e as coisas só pioraram para ela quando descobriu, alguns dias depois de eu ter implantado células do Hashirama, que estava grávida, de um estupro. Era você. Ela a odiou no momento em que acordou com a barriga aparecendo, mesmo fazendo apenas alguns dias que ela havia fugido do seu pai. -Eu sentia a lágrimas molhando meu rosto, mas eu não carregava nenhuma expressão. Tudo a minha volta parecia parado e a única coisa que existia naquele momento era a voz do Orochimaru. -A experiência com ela havia dado errado, já que era você que crescia descontroladamente dentro dela, a deixando fraca, sugando tudo o que ela tinha. Ela quis matá-la, mas eu não permiti, você era uma aberraçãozinha incrível e eu iria estuda-la até o último. -Aquilo era demais para mim.

-Pare. -Minha voz saiu em um sussurro.

-Ela deu á luz em apenas algumas semanas. Uma garotinha forte e saudável, com os mesmos olhos do homem que havia á estuprado, e com os genes de algo que quase á matou. Ela nem a segurou, disse que eu poderia fazer o que quisesse com o “monstro”.

-Pare! 

-Eu a estudei durante meses, mas pra minha infelicidade, você parou de crescer anormalmente assim que saiu de sua mãe, e não havia nada que indicasse que tinha alguma coisa do Hashirama em você. O que me deixa bastante curioso, já que você tem os genes dele, como se tivesse sido gerado por ele, como não percebi isso antes? Com certeza, foi um enorme desperdício para mim, você foi a minha melhor experiência.

-PARE DE FALAR! CALE A BOCA! -Eu gritei ao mesmo passo que dei um soco nele. -VOCÊ ESTÁ MENTINDO! ME DIGA A VERDADE!

-Eu já disse a verdade Hiro, e tentei lhe avisar que não era boa.

-MENTIROSO! -Eu tentei dar mais um soco nele, mas o mesmo segurou meu punho.

-Pense um pouco melhor, porque eu mentiria? 

Ele tinha razão, não tinha nenhuma vantagem para ele mentir para mim, não ganharia nada. E mesmo tentando relutar contra aquilo, acabei aceitando que era verdade, mesmo que não quisesse.

 Ali estava quase todas as verdades que eu queria, e doía como se eu estivesse sendo queimada viva. Tudo o que minha mãe passou, o que meu pai fez para ela, tudo aquilo que Orochimaru disse girava em minha cabeça e eu me senti terrivelmente tonta. Sem entender direito o que estava acontecendo cambaleei para trás e me apoiei em um dos balcões, apenas para tentar diminuir o impacto do chão contra minha bunda. Eu me sentia terrivelmente triste, decepcionada e abalada. Mas o que eu achei que ouviria? Que meu pai não ficou com minha mãe por dificuldades do destino e da vida, mas que a amava? Que Orochimaru se compadeceu de uma bebezinha órfã? Que de alguma forma fui deixada com Orochimaru por que minha mãe não queria que eu morresse de fome? Que minha mãe infelizmente morreu heroicamente alguns dias depois do meu nascimento?

Minha mãe me odiava, e com razão. Eu era fruto de um estupro e ainda por cima, quase á matei para sobreviver enquanto ainda estava em sua barriga. Um “monstro”, era aquilo que eu era? Aquela era a verdadeira eu? Mas, minha mãe. Minha mãe, Orochimaru não disse que ela havia morrido.

-Ela está viva?

-Sua mãe? Eu não sei. Não vejo desde seu nascimento.

-Nome.

-O que?

-O nome dela! Qual era o nome da minha mãe? -Esbravejei.

-Ah, se me lembro bem, Harumi. -Harumi, o nome da minha mãe era parecido com o meu, Orochimaru escolhera meu nome baseado no dela?

-Orochimaru. -Disse enquanto me levantava, me sentia extremamente exausta. Não sabia quanto tempo havia ficado no chão chorando refletindo sobre tudo aquilo, mas com certeza foram horas. -De onde minha mãe era?

-Vila da Grama.

 A resposta de Orochimaru foi o fim das minhas perguntas. Sem dizer mais nada, me retirei daquele cômodo indo em direção a saída daquele lugar. Antes de me afastar de fato de onde estava, tive uma breve conversa com Yamato-sensei, e por fim me despedi.

Eu encontraria minha mãe, nem que levasse décadas e fosse meu último feito na terra. 

Eu definitivamente a encontraria.


Notas Finais


Desculpem qualquer erro.
Yaayy, finalmente a verdade de Hirooo, acredito que o "mistério" q envolve ela e Orochimaru tenha sido concluído. Mas se ficou alguma dúvida ou eu deixei passar algo, POR FAVOR ME DIGAM Q EU EXPLICAREI.
Tadinha da nossa princess, ficou arrasada com a historia dos pais dela...
E aí, será que Harumi está viva? Se sim, será que nossa Hiro encontra ela ou não? Se tiver um recontro, qual você acha que vai ser a reação da Harumi, hein?
Me contem oque estão achando, se estão gostando ou não, por favor, isso me ajuda demais.
Bejinhos e até o próximo capítulo <3


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