História A "Filha" do Meu Amigo - Kim Taehyung - Chapter Twenty-Nine, 29x1

Jeon fez o que Hoseok ordenou e me levou para casa, durante o caminho ele me perguntou como havíamos nos conhecido e porque eu havia me casado tão jovem, eu expliquei boa parte da história para ele, esta que o deixou incrédulo com tudo. Acabamos de chegar em minha casa, eu joguei minha bolsa no sofá e tirei meus sapatos, ficando apenas com minhas meias.

— Está dizendo que você gosta de outro homem, então?

— Sim.

— O chefe sabe que você gosta de outro?

— Provavelmente. – Me sentei no sofá.

— Você transou com ele?

— Com o Hoseok? – Sentou ao meu lado.

— Sim. Deve ter sido esquisito, não?

— Bem, no começo realmente foi, mas aos poucos consegui tratá-lo como qualquer outro cara que transei.

— Como foi? – Perguntou curioso.

— Isso é algo íntimo demais, não acha?

— Você fode bem, S/n?

— Que pergunta é essa? – Soltei uma risada desacreditada com aquilo.

— É apenas uma curiosidade. Francamente, eu quero mesmo beijar você.

— O que? – Franzi o cenho. – Se Hoseok souber disso, você está ferrado.

— Ele não precisa saber, princesa. Uma vez Yoongi me disse sobre a menina que estava sendo pago para cuidar, entendo quando disse que era difícil se controlar perto de você.

— Se controlar?

— Esqueça. – O celular dele começo a tocar e não demorou para atender. – Sim, está aqui. Certo… Sim, está bem. Ok. – Jeon me olhou por um instante. – Ela não irá querer. – O rapaz ficou calado por um momento e logo soltou uma risada. – Ela é casada, sem chances. 

— Vocês estão falando de mim? – Ele fez um sinal para que eu ficasse em silêncio. – Jungkook.

— Fica quietinha, hm? – Disse baixo e assim eu fiz. – Ela nunca transaria com você Yoongi. Hoseok te mataria. Vale a pena tentar. Cadê o Namjoon? – Ficou em silêncio mais uma vez. – Não brinca… Se Hoseok está fazendo isso com ele, imagina quando souber o que você quer fazer com a mulher dele. Irei perguntar, não se preocupa. Tchau. – Jungkook desligou a chamada.

— Por que estavam falando de mim?

— Farei uma pergunta e você precisa ser sincera. Transaria comigo e com Yoongi?

— Não vou responder isso. – Me levantei pronta para ir na cozinha.

— Responda, princesa. – Ele me abraçou por trás. – Faria um menáge conosco?

— Transar não é algo em que quero pensar agora, Jeon.

— Apenas responda. – Senti sua mão deslizar e parar em minha cintura, onde ele apertou em seguida.

— Jungkook, estamos dentro da minha casa, se Hoseok descobrir isso…

— Ele não precisa saber disso. – Me virei para ele.

O moreno afastou meu cabelo para o lado e foi deixando selares em meu pescoço, mordi o lábio inferior sutilmente e arfei com seus beijos úmidos em meu pescoço. Isso era errado, totalmente errado, embora eu soubesse disso, não conseguia afastá-lo e apenas permitir os seus toques.

— Sim, ou não? – O empurrei para cima do sofá e fiquei em seu colo. Juntei nossos lábios em um beijo desesperado e cheio de tesão. – Vou interpretar isso como um ‘sim’.

Eu desci os selares para o pescoço de Jungkook, onde passei minha língua e ouvi uma risada baixa saindo de seus lábios, minhas nádegas estavam sendo apertadas com possessividade.

— Se continuarmos ficarei com o pau duro.

— Você quem começou com isso. – O respondi.

— O seu marido pode chegar e me ver comendo você, não será legal para nenhum de nós dois, mesmo que eu queira muito foder você nesse sofá.

— Saiba que beijo não se resume em transa, Jeon. – O olhei, vendo-o com um sorriso nos lábios.

— Apenas beijo alguém quando quero trepar, princesa.

— Hoje será diferente, não irá trepar comigo.

— Será em outro dia, então? Nós podemos foder no seu carro quando estivermos na faculdade, Hoseok não irá notar nada.

— Não sonhe tão alto assim. – Eu sai de cima dele. – Irei tomar um banho. 

Eu peguei minha bolsa e subi as escadas, enquanto Jeon falava que em algum momento não resistiria e transaria com ele, o que apenas me fez rir. Adentrei meu quarto e sentei em minha cama, enquanto pensava no que havia acontecido mais cedo, Namjoon me deixou com tanto nojo dele que meu estômago se revira sempre que lembro daquele momento.

Eu decidir tomar um banho e assim eu fiz, eu durante o tempo inteiro fiquei pensando e logo que terminei de me limpar, escovei meus dentes, me retirei do banheiro e os sons de notificações chamaram minha atenção, fazendo-me pegar o aparelho e verificá-lo. Era Taehyung.

Vincent: Gracinha.

Vincent: Podemos conversar?

Eu: Claro, o que houve?

Vincent: Eu preciso contar uma coisa para você.

Eu: O que?

V: Hoje pela manhã eu recebi um e-mail.

Vincent: Uma proposta para fechar contrato com uma empresa.

Eu: Jura?

Eu: Isso é ótimo, vida!

Vincent: Na verdade, não é tanto.

Eu: Por que diz isso? 

Vincent: Eu vou ter que sair do país por um tempo.

…

Eu fiquei em choque por um instante, Taehyung precisaria ir para longe e ficaríamos muito mais tempo sem nos vermos. Me senti triste, mesmo que fosse algo bom para ele e sua empresa.

Eu: Está falando sério?

Vincent: Sim, meu bem.

Vincent: Eu não posso perder essa oportunidade, meu pai sempre quis fechar contrato com essa empresa.

Eu: Você irá para onde?

Vincent: Manhattan

Eu: Quando?

Vincent: O vôo será hoje à noite.

…

Sua ida está bem mais perto do que eu esperava. 

Vincent: Está chateada, não?

Eu: Isso será bom para você e sua empresa, admito, mas ficaremos longe um do outro ainda mais.

Vincent: Eu estou triste com isso também, não queria deixá-la aqui, principalmente com o Hoseok.

Eu: Sabe qual tempo exato ficará fora do país?

Vincent: Não tenho certeza, preciso fazer alguns projetos com o CEO dessa outra empresa, pode demorar meses até que eu volte.

Eu: Compreendo.

Vincent: Creio que não vamos conseguir nos ver hoje de eu ir.

Eu: Tem razão. 

Vincent: Eu prometo voltar o mais rápido possível. 

Eu: Você promete?

Vincent: Sim, eu prometo. Quando eu voltar vamos ficar juntos, tudo bem? 

Eu: Acreditarei vendo, Vincent.

Vincent: Engraçadinha. 

— S/n. – Jungkook disse batendo na porta levemente.

— Sim?

— O chefe chegou e está chamado você.

— Estou indo. Diga que estou terminando de me trocar.

— Certo.

Eu: Vida, eu preciso ir agora.

Vincent: Hoseok?

Eu: Sim.

Vincent: Eu te amo muito e quero que fique bem, qualquer coisa me ligue ou mande mensagem.

Eu: Eu te amo, boa viagem.

Vincent: Obrigado, meu bem.

Após me despedir de  Taehyung, apaguei as mensagens e fui me vestir, estava amargurada pela notícia que recebi de Kim, ficaremos sem nos vermos por bastante tempo e isso me deixa triste. Eu me retirei do quarto e desci as escadas, logo vendo os três homens conversando.

— Me chamou? – Eles olharam.

— Venha aqui. – Eu me aproximei dele e me sentei ao seu lado.

Eu estava quieta e Hoseok parece ter percebido isto, contudo, eu disse que estava tudo bem e logo ele voltou a falar com os rapazes, sobre como deveriam cuidar de mim de agora em diante. Confesso que gostaria de ver Taehyung uma última vez antes dele viajar à trabalho, não sabemos quanto tempo ele poderá demorar e isso deixa tudo ainda mais frustrante.

— Querida... – O olhei.

— Hm?

— Você parece tão distraída, o que há?

— É que… – Fui interrompida por minha lágrimas. 

— Vocês podem nos dar licença?

— Sem problemas. – Yoongi o respondeu.

— Nos falamos em outro momento, até mais.

Os rapazes saíram de casa e eu abracei Hoseok, sem dizer nada é apenas continuar chorando. Os meus sentimos estão misturados, tanto pela situação com Namjoon, quanto pela notícia de Taehyung.

Um nó em minha garganta se formou e de tanto chorar, eu estava soluçando e eu conseguia ver a preocupação na face de Hoseok, provavelmente acha que era apenas por culpa de Namjoon, quando na verdade além disso, chorava pelo o homem que amava de verdade.

— Amor, se acalme. – Ele disse passando sua mão devagar em meus cabelos.

Eu tenho que continuar minha vida, não posso chorar por Taehyung até que ele volte, sequer sabemos quanto tempo irá demorar e eu não posso criar expectativas que realmente conseguiremos ficar juntos futuramente, estou casada com Hoseok e o trai, tanto com Taehyung, quanto com Jungkook, mesmo que tenha sido apenas um beijo, isso é errado e eu não posso continuar fazendo tais coisas, mesmo que não ame Jung como deveria.

***

19:23 PM

Eu não gostaria de sair do país, entretanto, o meu pai sempe quis fechar contrato com a empresa Bily's, eu não posso recusar isso. Terei que ficar um tempo sem ver S/n e isso me deixa extremamente entristecido, eu não queria ficar longe dela e por muito tempo. Apenas espero que Hoseok não a machuque. Eu estava terminando de arrumar minhas malas com a ajuda de Lalisa.

— Senhor Kim, sentirei sua falta. – Formou um beicinho.

— Irei sentir a sua falta também, Lili.

— Creio que precisarei procupar outro emprego em sua ausência.

— Sobre isso, Lalisa… – Eu caminhei até uma cômoda grande que havia em meu quarto e tirei uma maleta de dentro. – Aqui está todo o seu pagamento adiantado.

— Tudo está nessa maleta? Deve ter muito, não posso aceitar.

— Fique com o dinheiro, isso não é nem a metade do que eu deveria pagar para você. – Ela se aproximou e me abraçou firmemente. – Você sempre me ajudou muito, tenho muito que agradecê-la.

— Obrigada, senhor Kim. O senhor é incrível.

— Não precisa agradecer. – Ela separou o abraço.

— Claro que eu preciso. – Soltei uma risada ao notar seus olhos lacrimejados.

— Ora, não chore, sequer tem muito.

— Tem quando nessa maleta?

— Apenas sessenta mil. – Lalisa arregalou os olhos.

— ‘Apenas’? – Me olhou incrédulo.

— Se precisar posso entregá-la mais vinte mil. 

— O que? Tem dinheiro o suficiente, não acho que precise de mais. Obrigada.

— Temos que terminar de arrumar as coisas, daqui a pouco tenho que ir para o aeroporto.

— Sim, senhor.

[…]

Após terminar de arrumar minhas coisas, meus serviçais ajudaram-me a levar as coisas para o carro. Sentirei falta da minha casa, conversei com Lalisa e toda semana ela virá em minha casa, verificar se está tudo bem e limpar quando for preciso.

— Sentirei falta de vocês, prometo que voltarei o mais rápido possível.

— Por favor, me contrate novamente quando voltar para casa. – Soltei uma risada.

— Irei contactar todos vocês quando estiver voltando, não se preocupem.

— Sempre nos tratou bem, obrigado por isso. – Outro serviçal disse.

— O pagamento de cada um deve ter caído na conta, se tiverem algum problema podem me ligar.

— Não precisava ter nos pagado. – Neguei com a cabeça.

— Eu fiz questão disso. Agradeço por tudo que fizeram.

Após me despedir de algumas pessoas, ligamos os alarmes da minha casa e eu entreguei a chave do lugar para Lalisa, esta que ficaria responsável por minha residência durante minha ausência, confio nela e sei que cuidará de tudo.

— Sentirei sua falta, senhor Kim. – O meu motorista disse.

— Igualmente, sentirei saudades das nossas conversas também. – Ele riu levemente.

Eu sentirei falta daqui, sempre quando eu viajava para fora do país e ficava apenas algumas samanas, queria voltar de novo para casa na primeira oportunidade, contudo, agora vou ter que me acostumar a ficar longe daqui por meses e voltar apenas quando os projetos se encerrarem. Manhattan, aqui vou eu.