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História A Filha do Meu Padrasto - Jenlisa (G!P) - Capítulo 21


Escrita por: iCloe

Capítulo 21 - Capítulo 21


Jennie

Nesses últimos dias, consegui me estressar muito, pois havia descoberto como tinha perdido o meu gato que havia ganhado de aniversário seis meses atrás. O bichano não tinha mais voltado para casa e só depois de dois dias descobri que não estava mais vivo. Fiquei tão triste que não conseguia nem comer direito. Depois de três semanas, descobri que tudo foi pela falta de responsabilidade da minha vizinha, que havia deixado seu cachorro solto na rua e meu gato acabou sendo morto por ele. Eu fiquei irada e ainda consegui sentir ódio do cachorro, o que nunca pensei sentir, já que eu adorava animais.

Além de me estressar com a vizinha, estava me estressando com mais outras coisas.

Há dois meses, Jisoo, Rosé e eu fomos em diversas lojas para experimentar vestidos e, foi bem difícil decidir. O casamento da minha mãe é em dois dias e só temos falado disso nessa última semana. Às vezes não consigo acreditar que já faz quase dois anos que minha mãe namora Siwoo. Os dois noivaram há sete meses e para a minha surpresa, a cerimônia não demora acontecer. Siwoo queria que fosse na praia, mas minha mãe queria em um sítio enorme e bom, acabaram decidindo que seria no sítio.

Estava com Kai e as meninas na loja, para pegar nossos vestidos. O atendimento lá era excelente, o problema é que, a recepcionista não parava de olhar para o Kai e aquela mula não se importava, pelo contrário, flertava com ela, bem na minha frente e de mãos dadas comigo. Jisoo tinha um olhar de reprovação, ela percebeu, assim como Rosé. A garota, depois de tanto tempo assistindo aquele show, me puxou pela mão, indo até um dos provadores comigo e fechou a cabine. Estava, aparentemente, indignada. Com razão, eu também estava.

— Vem cá, qual é o problema desse cara?? — Cruzou os braços. — Jennie, por que você fica calada??

— Eu não posso fazer nada

— E por que não?? — Perguntou, indignada.

Eu não havia contado nem para Jisoo, minha melhor amiga, que o meu namorado era um tremendo idiota comigo. Acho que muito mais que idiota. Eu suspirei profundamente, voltando a olhar em seus olhos. Pensei muito antes de mostrar o que ele havia feito em meu braço ontem à noite, fiquei com medo da sua reação, Jisoo poderia fazer um escândalo no meio da loja e poderíamos ser todos expulsos por isso. Kai e eu brigávamos como qualquer outro casal, mas ultimamente, nossas brigas têm passado dos limites. Começando por seu tom de voz que tem aumentado mais, e ontem, fui segurada fortemente pelo braço, o que o deixou roxo. Kai me impediu de ir embora da sua casa e me obrigou a ficar, algo que nunca tinha acontecido antes. Sua voz estava tão alta, que seu pai chegou a ir até a porta do seu quarto perguntar se estava tudo bem. Kai disse que sim, mas não estava, não estava nada bem.

— Podemos conversar em casa? — Bufou, assentindo em seguida.

Saímos da cabine, vendo Kai sentado em um dos estofados brancos e Rosé na recepção. Ela olhava para a recepcionista com a cara mais assustadora possível, a garota estava aparentemente assustada. Mas com aquela cara de Rosé, eu acho que era impossível não ficar com medo.

— Apenas colocando as pessoas no seu devido lugar... Essa é a minha garota. — Jisoo dizia, enquanto nos aproximávamos.

A garota evitava o máximo possível me olhar nos olhos, mas eu a encarava a todo momento. Não sabia se sentia mais raiva dela ou de Kai. A última coisa que a vi fazer foi se despedir com um sorriso, enquanto recebíamos os vestidos. Jisoo estava vermelha de raiva e acho que se não tivesse se controlado tanto, já teria quebrado a cara de Kai. Ela e Rosé estavam no banco de trás do carro e eu percebi o quanto Rosé se esforçava para acalmar Jisoo. E ele, bom, sempre fingindo que nada estava acontecendo.

A primeira coisa que Jisoo fez quando chegamos, foi me pegar pelo braço e ir até o meu quarto. Eu já sabia o que ela queria. Queria uma explicação. Ela me fez sentar na cama e ficou na minha frente, parada e de braços cruzados.

— Por que você não pode fazer nada? O que está acontecendo? — Apoiei meus cotovelos nos joelhos e passei minhas mãos no rosto, ela bufou. — Jennie... — Estiquei meu braço.

— Tá vendo essas marcas? — Jisoo arregalou seus olhos.

— E-ele te bateu?

— Não, não! Ele apenas apertou o meu braço

— "Apenas"? "Apenas", Jennie?! Ele não devia encostar um dedo em você! — Bufou. — Eu vou atrás dele agora!

— Não! — Segurei seu braço. — Não vai, por favor.

— Tem noção do que tá me pedindo, não é? — Soltei seu braço. — Jennie, se esse cara encostar um dedo em você outra vez, eu mando a Rosie atrás dele! Ou arranco os cabelos daquele imbecil por conta própria! — Suspirei. — Eu já vou indo, preciso ir até a casa da Rosé

Jisoo virou as costas sem esperar por uma resposta, eu a segui até o último degrau da escada. Ela estava tão irritada que pegou brutalmente a mão de Rosé e bateu seu ombro contra o braço de Kai ao passar. Ele me olhou sem entender e subiu as escadas para ir ao meu quarto, eu o segui. A primeira coisa que fez quando entrou, foi tirar o vestido do plástico.

— Hey! Não, Kai! Vai amassar! — Tentei tirar de suas mãos, porém, ele não deixava. Ele analisava o vestido por inteiro.

— Isso não tá muito curto, não?

— É claro que não! E mesmo se estivesse... — Dei um pequeno pulo para pegá-lo de sua mão. — Qual é o problema?

— Como assim "qual é o problema", Jennie? Você não vai usar isso!

— É claro que eu vou. Eu paguei, eu vou usar. — Coloquei de volta no plástico. — E você não é meu dono.

— Mas sou seu namorado!

— E se continuar desse jeito, vai acabar não sendo mais... — Murmurei, pendurando o cabide atrás da porta.

— O quê?! O que foi que você disse?? — Ele caminhou até mim e segurou meu braço, o mesmo que havia segurado ontem. Eu soltei um leve grunhido de dor. Por um momento senti medo da sua aproximação, mas eu tinha que mostrar que não sentia medo algum.

— O que deu em você, Kai?! Já tem um ano que namoramos e você nunca foi assim! Olha o que você fez comigo! — Mostrei o hematoma.

— Eu só estou nervoso, apenas isso, me desculpa. — Estava óbvio, dava para ver em seus olhos e sua fala que não era bem isso, mas apenas uma desculpa esfarrapada da sua parte.

— E a garota da loja?! Você acha que eu sou imbecil?? PORRA! BEM NA MINHA FRENTE?!

— Você tá viajando! — Eu ri de escárnio, batendo palmas. — Já chega! CALA A BOCA!

Kai me empurrou contra a porta, mas não me senti intimidada, pelo menos tentei. Eu tentava manter o queixo erguido, não queria demonstrar medo, mesmo que talvez ele pudesse perder a cabeça e algo acontecesse.

Fui puxada para frente sem delicadeza alguma, ele abriu a porta, saindo e a batendo com força. Eu nem havia percebido ter trancado a respiração e quando ele saiu, soltei todo o ar. Tive medo de que algo pudesse acontecer naquele momento.

Queria poder contar tudo isso a minha mãe, mas eu não podia dizer naquele momento, ela casaria em dois dias e eu queria fazer de tudo para não estragar esse momento. Eu juro que não estava aguentando mais. 



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