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História A Filha do Presidente - Capítulo 23


Escrita por: Lutteo

Notas do Autor


Todos os créditos a diva da Monick <3

Capítulo 23 - Capítulo 23


Eram quase três da tarde e Luna andava pelo jardim da casa na companhia da amiga.

– Que horas ele vai vir. – pergunta Nina empolgada.

– Ele virá para jantar e você está mais que convidada. – responde. – Mas se acalme, não é só você que está sentindo falta do Xabi.

– Ai Luna, primeiro você me pressiona a ter uma amizade com ele e depois me julga, não faz sentido amiga. – a garota riu. – Mudando de assunto, quando vai voltar no médico?

– Amanhã, e eu estou ansiosa. Ele disse que dependendo da situação, eu enfrento de novo uma cirurgia e posso evoluir bastante. Mas claro se tudo ocorrer com sucesso. – concluiu.

– Ah, isso é ótimo. E quem vai te levar?

– Acho que o Matteo, não sei exatamente. – Luna sorriu ao dizer o nome do rapaz.

– Ah sim, o Matteo. – comenta com certa malicia. – E falando no Matteo, cadê a Flor?

– Foi para Londres, não se lembra?

– É mesmo. E Matteo aceitou numa boa?

– Claro que não, senão, não seria o Matteo.

– Simón sumiu. Geralmente ele te seguia por aí. – usou o mesmo tom de malicia ao empurrar levemente à amiga.

– Foi embora, se demitiu, e fico feliz por isso.

– Nossa, o que aconteceu? – questiona com curiosidade. – Me conta tudo e agora. – estava interessada nas próximas palavras da castanha. Luna contou à amiga o que aconteceu na noite anterior, a moça ficou um pouco surpresa com a atitude do ex-segurança da filha do presidente. – Ele disse isso? Nossa, ele parecia ser bem legal e interessante.

– Mas não é. – afirma.

– Está bem, acalme-se. – riu. – Vai, fala a verdade. Por que o defendeu? – referiu-se a Matteo.

– Defendi pelo simples fato de... – pausou por breves segundos. – Pois... – não soube decidir entre dizer a verdade ou mentir para a moça ao seu lado.

– Gosta dele, não é?

– Não, que dizer, sim. Digo, ele é um ótimo profissional e não... – bufou e fechou os olhos com força. – Ele é um amigo para mim, Nina. O defendi, porque ele não merecia ser culpado por algo que não fez. – falou. “Não me beijou, antes daquela noite” acrescenta em pensamentos.

– Hum, sei. – não engoliu a história da amiga. As duas conversaram a tarde toda e Nina ficou para jantar como combinado.

[...]

Horas mais tarde, as duas já estavam prontas para descer ao salão e jantar, ou pelo menos Luna estava.

– Anda logo Nina. Você morreu aí dentro? – a castanha estava de frente ao espelho e penteava seus cabelos sem ver seu reflexo.

– Já vou, se acalme mulher. – retruca a outra, que usava o banheiro do quarto da amiga.

Mal se passaram alguns segundos, uma batida na porta fez que a castanha parasse o que fazia. Em seguida ouviu a porta sendo aberta.

– Já vai descer, senhorita? O senhor Xabi já está lá embaixo. – avisou Matteo.

– Ah sim. – se levantou, aproximando-se um pouco de quem achava ser Matteo. – Já estamos descendo e...

– Xabi chegou? Ótimo. – exclamou Nina a interrompendo, saindo do cômodo com pressa. Chegou até a esbarrar em uma mesinha que havia no quarto da amiga, por conta da ansiedade.

– A Nina é doida. Saiu feito louca, não é? – comentou Luna sorrindo. – E então, vamos?

– Antes de irmos, posso falar com você? – pergunta ao rapaz.

– Claro. – responde. Ele encostou a porta. Se aproximou da castanha pegando suas mãos, essa simples atitude do moreno deixou a garota nervosa, embora não demonstrasse. – O que quer conversar?

– Luna, quer mesmo ir em frente com isso? – disse olhando fixamente para aqueles olhos que o hipnotizavam.

– Quero, claro que quero. Já me disse isso quase dez vezes.

– Me compreenda, Luna. Preocupo-me com você. – beijou as mãos da moça.

– Sei disso, mas estou começando a achar que quem realmente não quer arriscar é você. – corou.

Dito isso, Matteo soltou suas mãos, segurando o rosto da castanha com delicadeza. Logo a beijou sem qualquer aviso prévio. No começo, Luna se assustou, mas começou a retribuir aos poucos, meio desajeitada, ela o abraçou pelo pescoço e devagar Matteo foi soltando o rosto da castanha, sem interromper o beijo. Ele a apertou contra o corpo, abraçando-a forte pela cintura. Aquela proximidade era nova para Luna e quando Matteo tentou aprofundar o beijo, a moça hesitou.

– Está tudo bem?

– É que bem, como dizer? – estava envergonhada pela situação, se achava inútil diante do rapaz que tanto gostava. Ele acabou lhe dando um selinho na tentativa de acalmá-la.

– Deixa acontecer, Luna. – sugeriu, sussurrando no ouvido da garota, ela se arrepiou por completa.

No mesmo instante Luna se sentiu confiante, segurou firme a nuca do rapaz e trouxe para si os lábios do moreno. Matteo deixou que ela fizesse o que desejasse, mas viu que não ia longe, então tomou posse da situação. Tentava novamente aprofundar o beijo suave que acontecia, e de novo Luna hesitou, embora não tenha durado muito, acabou cedendo à insistência do Balsano. Aquele pequeno toque das línguas, causava um frio na barriga de Luna, sentiu-se segura nos braços do segurança. Segundos depois o beijo fora encerrado por um longo selinho. Matteo não resistindo dera uma leve mordida no lábio inferior da jovem.

– Ainda acha que não quero arriscar? – indaga próximo ao ouvido dela, isso a fez sorrir.

– Não. – sussurrou boba. – Vamos descer? – disse se afastando um pouco.

– Tem certeza que quer descer? Não prefere esperar mais um pouco? – questionou, seu tom de malicia foi notado por ela.

– Matteo. – o repreendeu.

– Que foi? – riu, e ela corou. Achava-a encantadora com as bochechas rosadas. – Está bem. Venha, eu te levo. – beijou a testa da moça.

[...]

No corredor, a caminho da sala de jantar, os dois permaneceram calados. Assim como aconteceu na parte da manhã, Matteo segurava uma das mãos da garota enquanto estavam com os braços entrelaçados como sempre. Ao chegarem, Luna já podia perceber que todos ali estavam inquietos. Conversavam alto e havia um “vai e vem” de pessoas, a qual ela suspeitava serem os empregados, mas assim que todos ali notam a presença dela, acabam diminuindo a conversa e a olham.

– Todos estão te olhando, acho que devem estar impressionados em como você está bonita. – comentou o segurança em sussurro, e lá estava ela corando de novo perante a tais palavras.

– Luna, por que demorou tanto? – perguntou Rey a assustando.

– É que eu não estava pronta, e enfim demorei. – responde sem graça. Matteo a ajudou a sentar-se, em seguida afastou-se.

– Estava pronta sim, Lu. – acusou Nina. – Era você quem estava me apressando. – ela viu o incomodo de Luna, então tentou consertar a situação. – Mas seu cabelo ficou bem melhor assim, então valeu a pena se atrasar.

Luna sorriu e todos começaram a se servir. Nina conversava tranquilamente com Xabi, entretanto mesmo assim percebia os olhares discretos de Matteo para Luna. O clima de descontração dura o jantar inteiro. Na hora de ir embora, Nina se despediu de Xabi com um beijo na bochecha e um sorriso.

– Amanhã a senhorita irá me contar tudo, ouviu? – ela disse para a amiga, ao despedir-se dela.

– Está bem, preciso mesmo repartir isso com alguém. – respondeu Luna sorrindo. As duas se abraçaram brevemente. Por poucos segundos, Luna ficou sozinha ali, porém sentiu não está mais só.

– Oi. – disse o rapaz que se posicionou ao lado da castanha.

– Xabi, que surpresa. Nem me cumprimentou direito.

– Não fique brava. Eu só não te cumprimentei antes, porque você estava conversando animada com seu pai, não quis atrapalhar. – explicou.

– Hum, sei. Acho que quem conversava animado aqui era você, com a Nina. – sorriu com malicia.

– Ah Lu, sabe que gosto dela, que mal tem?

– Nenhum, com tanto que a deixe feliz, está valendo.

– Ótimo. Então você vai me ajudar.

– Em que? – questionou curiosa.

– Em chamar a atenção da Nina, oras. – deu de ombros.

– Mas ela...

– Mas ela nada. Vai me ajudar e ponto. Vem cá, vou te contar o que tenho em mente. – disse empolgado.

Xabi saiu da sala de jantar na companhia de Luna, a levando para o corredor. O moreno contou sobre seu plano para a moça, para ele aquilo parecia ser infalível. Luna a todo o momento tentando dizer ao rapaz que Nina gostava dele também, porém Xabi não a dava ouvidos.

– E aí, topa mesmo, não é? – perguntou ansioso, esperava ouvir um belo “sim” vindo dela. Ela suspirou.

– Vou mesmo ter que fingir isso? Ela vai ficar magoada, ela sempre me fala que...

– Vai Lu, por favor. – pediu juntando suas mãos.

– Ai, está bem. – acabou cedendo à insistência do amigo. – Mas se ela sair magoada, você vai ter que se explicar. – avisou.

– Certo. E fica tranquila, não precisamos ir além de um “Lu, você está linda.” – ela balançou a cabeça negativamente, suspirou derrotada.

– Senhorita, seu pai está te procurando. – reconheceu facilmente a voz.

– Vá lá, Lu. Depois nos falamos. – Xabi dá um simples beijo na bochecha da moça. Em seguida, se afastou da castanha.

A moça sorriu por fora e gritou por dentro. Não podia ver, mas sabia que Matteo não estava contente com aquilo. Os dois morenos se olharam desafiantes. Matteo sorriu torto depois de alguns segundos. Xabi viu aquilo como provocação.

– Pensa no que te falei, linda. É importante e sei que vai gostar. – fala já longe da amiga. Dessa vez quem sorriu foi Xabi ao realmente deixar o local. Naquele instante, eles haviam assinado um tratado de guerra silenciosa.

– O que meu pai quer? – perguntou Luna.

– Ele nada, já eu, tudo. – responde.

– Oi? – disse envergonhada.

– Brincadeira. – riu e acariciou sua bochecha.

– Mas fala sério, o que ele quer?

– Ele não quer nada, senhorita. Eu inventei aquilo. – confessa.

– Então, falou aquilo por ciúmes? – questiona colocando suas mãos na cintura.

– Hum. – resmungou. – E se realmente for ciúmes, o que é que tem? – fingiu estar bravo.

– Ah, que fofo da sua parte. – comenta. – Enfim, não acha que deveria tomar mais cuidado? Porque...

– Não há ninguém aqui. Você é a única que ainda não foi para o seu quarto, Luna. – avisou. – Venha, eu te levo como sempre.

[...]

Alguns minutos depois, Yam ajudava a castanha a se arrumar para deitar-se, enquanto o segurança estava tendo uma breve pausa no trabalho.

– Você anda tão diferente. Parece mais animada. – comenta a empregada.

– Não está havendo nada, Yam. – responde, ajeitando a camisola de tecido nobre no corpo.

– Hum, posso mesmo confiar?

– Claro Yam, pode confiar em mim.

– Bem, vou aguardar Matteo no corredor. Tenha uma boa noite. – desejou a loira, deixando o quarto, após ter ouvido um “igualmente” vindo de Luna.

[...]

Demoraram alguns minutos para o segurança aparecer. Yam respirou aliviada ao ver ele se aproximar.

– Perdão pela demora.

– Tudo bem. Bom trabalho para você. – ela se desencostou da parede começando a se afastar, mas parou subitamente ao lembrar-se das atitudes de Luna. – Espera. – chamou sua atenção antes que abrisse a porta do quarto da filha do presidente. – Sabe porquê a Luna vem agindo assim? Ela anda sei lá, estranha.

– Não sei, a que se refere?

– Tem certeza? – cruzou os braços sobre o peito, encarando o segurança. – Sinto que vocês dois estão tentando me enrolar. – estava desconfiada.

– Ah Yam, por favor. – riu para disfarçar. – Eu? Escondendo algo de você. Para, larga de paranoia, mulher. – brincou.

– Hum, você não me engana. – sorriu, ainda com a pulga atrás da orelha. – Bem, não vou mais tomar seu tempo. Boa sorte aí.

[...]

Ele respirou fundo antes de entrar no quarto.

– Oi, de novo. – disse encostando a porta.

– Oi.

– Yam suspeita de algo entre nós. – comentou ao sentar-se a beira da cama da garota.

– É, eu acho que Nina também suspeita de algo. O que faremos?

– Acho que um pouco foi culpa minha, fiquei te observando no jantar. A sua amiga deve ter notado. – responde a olhando nos olhos. Depois disso se calou, e somente ficou a admirando.

– Por que está quieto? – pergunta.

– Ah, é que perdi-me aqui nos seus olhos.

Ela sorriu corada ao ouvir isso. Ele se aproximou mais da garota, sentando ao seu lado. Luna sentiu a aproximação e seu coração começou a palpitar mais depressa. Matteo tirou uma mexa de cabelo do rosto da jovem, porém isso fora apenas uma desculpa para poder acariciar sua bochecha. Mas seu carinho não se restringiu só até aí. Do rosto de Luna, a mão de Matteo foi para o cabelo dela e a puxou pela nuca suavemente para um beijo, ela hesitou antes mesmo de seus lábios se tocarem.

– Luna, o que está havendo com você? – indaga calmo.

– Matteo, a verdade que me sinto mal com tudo isso. – confessa abaixando a cabeça.

– Luna, não será fácil. Sustentar algo errado é...

– Não me refiro a isso. – o interrompe erguendo a face. – É que, pensa bem. Nunca vou deixar de me assustar com alguma atitude sua, nunca vou poder ver como você é, não vou poder ao menos...

– Sabe que não me importo com isso, Luna. Eu adoro te surpreender, meu anjo. – declarou. – E modéstia parte, sou lindo. – Luna deu um sorriso tímido. – Se tem uma coisa que eu aprendi Luna, é que o exterior, as aparências, não tem valor algum. – acariciou as bochechas da castanha.

– Mas eu queria tanto ver com meus próprios olhos, sabe? Confirmar o que você diz com tanta convicção. – ela devagar levou as mãos ao rosto do rapaz, Matteo as pegou e as beijou delicadamente. – Acho que é bom eu descansar. Amanhã será um dia longo.

– Tem razão. Boa noite, Luna. Minha Luna. – sussurrou próximo ao ouvido dela.

Ruborizou, estavam próximos. Podiam sentir a respiração já pesada um do outro. Matteo se perdeu por alguns instantes naqueles olhos esmeraldinos que o fascinavam, entretanto aqueles lábios vulneráveis da castanha fora sua tentação. O moreno segurou o rosto de Luna, beijando-a com delicadeza. Queria provocar nela aquele susto que a mesma tanto adorava. Não era nada muito profundo ou intenso, mas fora o necessário para fazer ambos se apaixonarem mais um pelo outro.


Notas Finais


Link da fic original: https://fanfiction.com.br/historia/602723/A_Filha_do_Presidente/

Link do perfil da autora no Nyah: https://fanfiction.com.br/u/543490/

Link do perfil da autora no Spirit: https://spiritfanfics.com/perfil/nicolly_coletta

Obrigada a quem leu, comentou, favoritou... Amo demais vocês <3


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