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História A Filha Perdida - Culpada.


Escrita por: Alasca__Young

Notas do Autor


Logo logo estarei respondendo os comentários do capítulo passado, desde já agradeço por todos eles!
Boa leitura, moresss🌺

Capítulo 29 - Culpada.


Fanfic / Fanfiction A Filha Perdida - Culpada.

Point of view Eadlyn 

- Você está grávida? Eadlyn! Você está grávida!? - perguntou se aproximando com cuidado.

Ele estava quase enlouquecendo. Eikko apertou a minha mão, nem eu nem ele conseguimos falar nada.

O que Kile estava fazendo ali? Eu não havia visto ele em lugar nenhum durante o casamento, ele parecia ter acabado de chegar pois o cabelo ainda estava molhado e o terno parecia um pouco bagunçado, a cara dele. Senti vontade de arruma-lo, ajeitar a gravata e passar a mão em seu cabelo loiro e sedoso. 

- Você está gravida e tem chances de ser meu? - Eu podia jurar que ele estava quase sorrindo.

- Não - menti - Não é seu. 

- Eu ouvi o que ele disse. Não minta pra mim!

- Kile você sempre usa camisinha! - gritei mesmo sem saber se naquela noite ele tinha usado ou se tinha esquecido assim como em outros dias em que eu tomei a pílula. 

- Mentira. Tem chances de ser meu. Eu ouvi e sei que tem. 

- O táxi chegou - Disse Eikko baixinho.

- Vamos embora.

- Não! - Kile segurou minha mão.

Uma sensação terrivelmente desconfortável e Boa. 

- Eadlyn? - ele suplicou, olhando nos meus olhos e por um momento eu vacilei ao olhar em seus olhos. Ele estava me implorando por respostas que eu não iria dar.

Minha mão esquerda estava com Eikko, a direita com Kile. Eu estava entre os dois, carregando uma criança que poderia ser de qualquer um deles. Me senti horrível por não saber à quem ela pertecia. Mas eu já tinha feito a minha escolha, escolhi quem me escolheu e então soltei a mão de Kile.

- Não é seu - falei firme sem olhar pra ele.

- Eu não acredito - ele disse.

- O problema é todo seu então. 

Dei as costas e segui até o táxi. Entrei primeiro que Eikko e percebi o momento em que antes de entrar, Eikko parou e eles ficaram se olhando por um longo momento. 

Chegamos na suite do hotel em completo silêncio. Tirei a minha roupa e fui tomar um banho. Eu não consegui dizer e nem pensar em nada. 

Sai do banho, vesti a camisola azul e sequei um pouco do cabelo. Voltei pro quarto e Eikko estava sentado na cama, cabeça baixa e apoiada nas mãos. Ele estava sem a parte de cima, mostrando seus músculos.

Me aproximei dele e ele olhou pra mim.

- Ei - coloquei a mão no queixo dele.

- Deu errado né? 

Ele me puxou para o colo dele e nos abraçamos.

- Deu. Ele não é idiota. Vai vim atrás de mim, vai querer ficar me paparicando e vai querer saber se é dele e querendo ou não eu vou ter que fazer um dna. Sabe, Eikko, eu adoro a sua família. Sua mãe, seu pai, você... sempre me sinto bem com vocês. Com certeza se for seu, nós - disse por mim e pelo bebe - vamos ter muita sorte. Agora a do Kile, vou sofrer por resto da vida. Aquela família ridícula dele vai me acusar de tanta coisa e eu nunca vou ficar em paz. Sem contar que Nathalie está grávida também. Eu só quero poder ficar longe deles, de preferência pra sempre.

- Não vamos pensar nas coisas ruins agora. A gente vai dar um jeito em tudo, não vai? Nem que a gente tenha que apelar, você vai fazer do jeito que você quiser e ninguém vai atrapalhar os seus planos. Estou aqui, totalmente jogados aos seus pés, pronto pra fazer o que você quiser desde que isso te faça feliz.

Sorri pra ele.

- Obrigada, Eikko. 

Ele deu um sorriso simples pra mim, também estava preocupado. E eu entendi o lado dele. Eikko sabe que eu fui apaixonada pelo Kile e agora que ele finalmente conseguiu ficar comigo, Kile voltou e vai estar perto de mim agora que sabe a verdade. Ele tem medo de me perder e eu também tenho medo de me perder. 

Mesmo nova na área, já entendi o quão complicadas são essas coisas do coração. 

Ele encarou minha boca por longos segundos e então eu dei um sorriso pra ele. Eikko me beijou do seu jeito gentil e gostoso e conseguiu me tranquilizar enquanto fiquei em seus braços, sendo acariciada e amada por ele, me sentindo uma verdadeira mulher. 

Minhas pernas estavam doidas pra sair por aí se movendo mas minhas pálpebras estavam doidas pra se fechar. Eu não comi nada no avião, estava quase vomitando lá dentro e Celeste, Violet, Dan e Eikko estavam tentando me fazer comer alguma coisa. Me senti culpada por ficar de frescura e não comer o que eles me ofereciam para o meu bem, mas eu não tive culpa, não queria vomitar naquele sofá maravilhoso.

- Ah, tudo bem - disse Celeste desistindo e olhou sorrindo pra mim - Esse rapazinho aqui também não me deixava comer nada! 

- Desculpa, mas eu realmente não consigo. Minha cabeça doi e meu estômago está embrulhado.

- Tudo bem - Falou Dan - Mas você podia ir pro seu quarto, descansar, mais tarde você tem uma consulta. Marcamos pra você. 

- Sério? E eu... 

- Eu vou com você - Disse Eikko comendo a sopa que tinham feito pra mim. 

- Ta. É. Hm... Ai gente eu sei que ja disse isso um milhão de vezes mas muito obrigada por tudo que estão fazendo por mim! 

- Vou te mostrar seu quarto - Disse Eikko.

Me levantei e peguei a mão dele, que foi me guiando escada a cima. Ah, que escada enorme. Eu tinha vontade e rolar naquele chão tão limpinho e cheiroso. 

Eikko abriu a porta branca e me deu passagem para um lindo quarto, parecia uma suíte de princesa. Era lilás, tinha uma cama enorme no meio, cortinas que pareciam ter sido feitas a mão, poltronas, televisão, carpete bege e macio, uma porta que dava para o banheiro e uma de vidro bem grande que dava para o closet, estantes e prateleiras com livros e enfeites. 

Era tudo delicado e lindo. Eu não estava acreditando naquilo. 

- Fiquei sabendo que a sua cor preferida é lilás, por isso...

Eu amei - sussurrei - Eikko não precisavam ter feito isso! Ah meu Deus, isso... Eikko eu estou sem palavras.

- A mãe do meu filho merece tudo do bom e do melhor - e ele me pegou pela cintura e me beijou, fazendo eu rir. 

- Você não existe... - coloquei a mão no peito dele e olhei em seus olhos verdes - Mãe do seu filho - repeti. 

- Sim - ele sorriu me dando um celinho - Coloquei o buquê de ontem em um vaso e coloquei no criado mudo do lado da sua cama.

- Obrigada, Eik. 

- Você está feliz? - perguntou colocando umas mechas do meu cabelo para trás da orelha. Aquele olhar de preocupação dele é tudo que alguém precisa. 

- Não podia estar mais feliz. E você?

- Se você estiver, eu também estou.

Kriss não tem retornado minhas ligações, nem mandado mensagem e graças a Deus nunca mais apareceu. Eu ia contar pra ela que estou grávida e que me mudei de casa mas parece que não vou precisar fazer isso. Ao menos eu tentei. 

Chegamos na clínica e Eikko fez o minha ficha e então mandaram a gente pra uma outra sala de espera porque aquela estava lotada e assim nós fizemos.

Eikko foi na frente e de repente parou. Ele olhou pra trás com o senho franzido e eu não entendi até que olhei para dentro da sala e vi Nathalie.

Ela estava alisando a sua barriga que ja parecia grande e ao seu lado, Kile estava com os olhos fechados e o braço cruzado. Provavelmente cansado do dia anterior. 

Minha respiração falhou um pouco quando percebi que os únicos lugares vagos eram do lado dele. A sala não estava cheia, todos estavam sentados e muito confortáveis, parecia uma sala privilegiada. 

Nathalie viu a gente e sua expressão mudou de tranquila para desesperada, sem entender o que eu estava fazendo la com Eik, mas logo ela deduziu tudo...

Eikko voltou a andar e então fomos até as cadeiras vagas. Me sentei perto da porta, a duas cadeiras de distância dele e Eikko a uma. 

Senti minha mão tremer e só me acalmei quando Eikko segurou ela. Não olhei pra ele, eu estava tensa demais. 

Minutos se passavam e pareciam horas. Estava quase tendo um ataque naquela cadeira.

- Eadlyn Helena Ambers - disse a enfermeira. 

Merda. Ela tinha dito meu nome todo e Kile o ouviria a metros de distância, eu tinha certeza. 

Me levantei apressada e fui atrás da enfermeira que me guiou até uma salinha. Ela me passou as informações necessárias e confirmou o que eu já sabia, eu realmente estava grávida e estava constatado no meu exame que fiz semana passada e ainda não tinha pegado.  

Me deitei na maca e abri a calça jeans, ela levantou minha blusa e me deu uns papéis para colocar sobre a calcinha.

- Você não vai chamar o pai da criança? - perguntou ligando os aparelhos.

- Ele não veio? 

- Não está do outro lado da porta. O médico já está chegando. 

Senti um calafrio por todo o corpo. Onde estava ele? Por que não tinha vindo? 

A porta da sala abriu e o médico entrou. 

- Boa tarde, senhorita.

- Boa tarde - falei e saiu mais triste do que eu esperava.

Ele já era um pouco velho, mas parecia ser muito gentil. Ele colocou o jaleco e depois as luvas e então começou a mexer nos aparelhos.

A enfermeira passou o gel gelado na minha barriga com cuidado. 

- Sua barriga vai ficar uma gracinha - disse sorrindo e eu sorri de volta para aliviar a tensão. 

Ela entregou uns papéis para o doutor e então foi saindo pela porta. 

Respirei fundo. Não acredito que vou fazer isso sozinha. 

- Desculpe o atraso.

Olhei para a porta e lá estava Kile. Não sabia se ficava com raiva ou se ficava imensamente feliz. Ele sorriu pra mim mostrando as covinhas dele e então se aproximou e segurou a minha mão.

- Atrasado mas perdoado - disse o doutor sorrindo ainda mexendo nos aparelhos.

- Ele teve que sair as pressas, aconteceu alguma coisa com o Joel.

- Quem é Joel? 

Ele me olhou como se eu fosse idiota.

- Amigo dele. Achei que conhecesse. 

- É, não conheço. 

Kile me olhou de um jeito carinhoso, e depois olhou para a minha barriga. 

- Não ia deixar você sozinha aqui de jeito algum - falou e se aproximou, me dando um beijo na testa.

- E a outra? - perguntei sem conseguir controlar meu ciumes.

- Pegou o resultado do exame e foi pra casa. Com raiva mas foi, ela sabe muito bem que eu amo você e que eu jamais deixaria você sozinha em um momento como esses. E também, não temos nada além de amizade e um filho.  

Sorri pra ele. 

Quando o doutor começou a passar aquele instrumento estranho na minha barriga a imagem do bebê apareceu na tela e ouvimos o coraçãozinho acelerado, me senti tão feliz... Não eram gêmeos, menos mal e o bebê parecia ser normal segundo o médico. 

Era tão pequeno e estranho mas pra mim foi a coisa mais linda que já vi.

Não dava pra saber o sexo ainda. 

Olhei algumas vezes para Kile que estava emocionado e com um sorriso lindo no rosto, ajoelhado no chão ao meu lado, com as mãos segunrando a minha. Será que se por um acaso fosse dele, nosso bebê teria aquelas lindas covinhas também? 

Eu estava feliz por ele estar lá comigo, por ter deixado Nathalie e por não ter me abandonado. 

A enfermeira voltou e sorriu quando viu Kile lá. Ela começou a tirar o gel da minha barriga enquanto Kile pegava as fotos da ecografia com o doutor que estava dizendo alguma coisa pra ele. 

- Vai ser um bebê muito lindo ao julgar pelos pais - ela comentou antes de sair novamente. 

Eu estava sentada abotoando minha calça quando Kile apareceu na minha frente sorrindo. 

- Algum problema? 

- Não, tudo certo. Dez semanas, você precisa se cuidar porque ainda é nova e essas coisas assim, vai tomar algumas vitaminas... - ele mostrou as fotos da ecografia enquanto me passava instruções e eu me senti boba por não ouvi-lo e sim ficar prestando atenção no jeito que ele conversava. Era a coisa mais fofa do mundo - Posso ficar com uma? 

- Pode - sorri pra ele pegando as outras.

Olhei para trás, o doutor já tinha saído da sala discretamente e estávamos sozinhos. 

Me levantei e Kile se ajoelhou na minha frente. Me assustei quando ele fez aquilo, olhando nos meus olhos.

Ele abraçou a minha barriga e a beijou e naquele momento senti que toda a certeza que eu tinha dos meus planos já não existia mais. 

Coloquei minha mão na cabeça dele e ele me apertou mais, eu fiz o mesmo. Queria senti-lo pra sempre perto de nós.

Era uma coisa estranha e inexplicável que estava acontecendo comigo naquele momento. Me sentia solta, parecia estar flutuando, dormindo sobre as nuvens, sonhando um sonho do qual nunca pretendia acordar. Me senti completa, feliz, satisfeita e culpada.


Notas Finais


Se tá difícil pra ela escolher, imagina pra gente shippar ahsuajuaa
Beijosss e até mais 🌺🌺🌺🌺


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