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História A final do campeonato - 1


Escrita por: netfeellix

Notas do Autor


... hmmm...

Capítulo 1 - 1


Fanfic / Fanfiction A final do campeonato - 1

Nossa história começa em dois lugares diferentes, com duas pessoas que se odeiam sem nem mesmo se conhecer pessoalmente. Tudo por causa das escolas rivais e por acharem que se todo mundo se odeia, eles necessariamente teriam que se odiar também. Mas como todas as mamães já dizem. "Não é porque todo mundo faz, que você tem que fazer também".

Yugyeom era o garoto prodígio da East High School, com seus 1.82 de altura era o jogador que todos os capitães de vôlei queriam. Fazia mais ou menos uns dois anos que ele havia sido transferido para aquela escola, sempre achou que não de adaptaria na escola nova. Até que em um dia comum de educação física, a bola do time masculino saiu da quadra e estava indo em direção a Yugyeom todos gritaram para ele ter cuidado mas tudo que ele fez foi dar a melhor cortada que todos ali já tinham visto, naquele momento o capitão do time, Jackson, implorou quase de joelhos para que ele entrasse no time, e foi assim que Yugy passou de um ninguém para o melhor jogador de vôlei dos últimos tempos.

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Naquele mesmo momento do outro lado da cidade Jinyoung estava suado e com os cabelos lisos presos no rosto atrapalhando sua visão, as inúmeras bolas vinham em sua direção e ele jogava todas para o outro lado da rede, sem perder nenhuma. Jinyoung não era como Yugyeom, na verdade ele começou a treinar desde que tinha idade o suficiente para saber diferenciar uma bola de vôlei de bolas de ping pong e bolas de tênis de mesa. Após o suado treino ele ficou sentado na arquibancada esperando que o capitão do time da West High School viesse lhe dar a resposta. Não demorou muito para que Jaebum, capitão do time viesse em sua direção e desse as boas vindas ao clube. Jin não era, em tamanho, igual a Yugy, era dotado de 1.75 de altura, que não era pouco e fazia dele o melhor pivô que a West já viu.
Mesmo sem saber os dois estavam travando uma batalha naquele exato momento em lugares diferentes e os seus capitães sabiam disso.

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- West High, semana que vem começa o campeonato interescolar nossos primeiros rivais são da North School espero vencer já que todo mundo sabe que o time deles está fraco esse ano.
Todos fizeram o grito de guerra da escola e seguiram para o treino.

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Do outro lado da cidade Yugyeom não estava nem aí para enfrentar a South School, na visão dele ele era tão bom e insubstituível que não precisava treinar como os outros. Ledo engano.
- Yugy, não vai treinar?
- Hoje eu não estou afim.
- Mas o nosso jogo é na semana que vem. South esse ano está mais preparada.
- Acredito que não. Em todo caso amanhã treinarei.
Bambam que era o pivô da escola de Yugy não se conformava com a prepotência do outro que insistia que ele era o melhor do mundo mesmo sem ver os adversários. Mesmo assim deu as costas e seguiu para seu treino.
- Onde está Yugyeom?
Jackson não tinha uma cara boa, odiava quando o outro não ia aos treinos, essa era sua obrigação, ir aos treinos e jogar bem.
- Disse que não viria e que a South não parecia tão forte quanto dizem.
- Pois bem. Vamos começar.

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Os jogos foram passando, a escala estava cada vez mais apertada, East e West High estavam destruindo seus adversários. Quando as notícias chegaram as escolas adversárias tanto Jin quanto Yugy deram um salto em suas cadeiras. A cara de ambos os capitães era horrível.
Em um passado bem distante eles já haviam jogado uns contra os outros e tudo que aconteceu foram brigas e brigas na quadra, West diz até hoje que o juiz apitou só para o outro time, e que várias invasões de quadra do outro time passaram ilesas, do outro lado  East dizia que era tudo conversa e que eles perderam porque não tinham uma defesa boa. Depois daquilo as escolas passaram a se odiar, e esse ódio passou de geração em geração. Eles ficaram anos sem jogar entre eles e agora lá estava dizendo que ambas as escolas disputaram a final do interescolar.

- Era tudo que eu precisava mesmo. Jogar contra esses idiotas. Será que dessa vez eles vão comprar o jogo também?
- Jaebum, se acalme não precisa disso. Esse ano nós estamos mais fortes e todos tem treinando muito bem.
- Pelo visto eles também, se não eles não estariam na final conosco.

Jinyoung sorriu amarelo e pegou suas coisas para ir embora.
Se alguém lá em cima disser que destino não existe, eu mesma esfrego essa história na cara dela. Quando Jinyoung estava dobrando a esquina foi quase atropelado pelo que ele mesmo apelidou de "cabeça de fósforo gigante", ganhou quem disse que era Yugyeom.
- Você não olha por onde anda?
Yugyeom quando queria era um poço de arrogância.
- Escuta aqui, você quem veio trombando em mim seu idiota.
Jinyoung olhou-o de cima a baixo e logo parou olhando para sua camiseta.
- O que está olhando nanico? - Se tinha uma coisa que Jin odiava era ser chamado de nanico.
- Agora eu sei porque é tão idiota. Você é da East. Tinha que ser um lobo imbecil mesmo.
- Olha como fala da minha escola e do meu mascote, sua ovelha pelada da West.
Jinyoung grunhiu, ficou todo vermelho, parecia que ia pular no pescoço do outro, mas tudo que fez foi passar a mão pelos cabelos e respirar fundo. Olhou para Yugy e disse friamente:
- Eu vou acabar com você naquela final.
Yugy sorriu com desdém e lhe respondeu a altura:
- Não se eu acabar com você antes idiota.
Ambos seguiram seu caminho e tem quem diga que um rastro de fogo ficou marcado bem ali onde ambos estavam.
Claro que nem em um milhão de anos eles admitiriam, mas Jin achou Yugy muito bonito, mesmo prepotente e Yugy achou que Jin era um esquentadinho bem fofo. Mas por via das dúvidas, agora eles se odiavam.

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Ainda faltavam semanas para as escolas de enfrentarem, o que não queria dizer que eles não estivessem colocando a outra escola abaixo, não foi nem duas vezes que o portão principal da West estava forrado de fotos do lobo da East dizendo que ia acabar com eles. Claro que eles não deixavam barato e iam até a outras escola pagar na mesma moeda.
Jinyoung estava exausto, o treino daquele dia havia exigido tanto de si que tudo que ele queria era sua cama e um banho quente, não nessa ordem. Mas tudo que ele pode fazer assim que pisou em casa foi dar um berro de horror e desespero. Yugyeom estava em pé no meio de sua sala. O grito chamou atenção de todos incluindo Yugy que no mesmo momento murchou o sorrio que tinha ao falar com a mãe de Jin.
- O que esse fósforo gigante está fazendo aqui?
Jinyoung nunca era mal educado, a menos que o irritassem a ponto de perder sua etiqueta.
- Pra Jinyoung isso lá é jeito de falar com nosso novo vizinho.
- Vi... Vizinho?
- Sim, ele se mudou ontem e hoje passou aqui para conhecer os vizinhos. Ele estava me contando que também joga vôlei, igual a você filho. Vocês podem ser amigos.
Jinyoung fechou a cara e tomou o rumo da escada.
- Eu nunca serei amigo dele.
Ele bateu a porta do quarto se trancando e jogando-se na cama, era só o que faltava, yugyeom se mudar para a casa da frente e ainda por cima ir direto na casa dele. Jin achava que isso na verdade era um plano para tirar a concentração dele do jogo do mês seguinte.
Fato era que Jinyoung não se dava muito bem com o pai, o mesmo achava que se o menino não seguisse os passos como jogador de vôlei esse não merecia nem ser reconhecido como filho, tudo por causa de um acidente que tirou de si o sonho de ser jogador profissional. Demorou até que Jin finalmente atendesse aos pedidos do pai para evitar brigas em casa. Naquela manhã em especial o senhor Park não estava para amizades e uma dorzinha no punho de Jinyoung fez com que ele explodisse.
- O que acha que está fazendo, se machucando antes de um grande jogo?
- Mas pai, foi só uma torção isso não vai me tirar do time.
- Se você não jogar essa final, se não for escolhido por um olheiro para uma faculdade boa. Eu te expulso de casa.
O pai dele saiu batendo a porta, estava atrasado para mais uma das muitas reuniões que fazia para falar de seu filho. Jin se negava a chorar na frente do pai, isso não queria dizer que as palavras dele não machucavam. Na verdade Jin sempre treinou mais que os outros para ver seu pai orgulhoso de si, quantas vezes ele não jogou com dor nos braços mas fazia parecer que era pouca coisa só para ter a aprovação do pai. Jinyoung era um bom filho, infelizmente o senhor Park não via isso.
Jinyoung chorou e dessa vez tudo resolveu cair na cabeça dele. Os soluços dele eram audíveis do corredor e não demorou muito para que alguém abrisse a porta. A surpresa de Jinyoung foi que dessa vez não era a mãe dele defendendo o pai, era Yugyeom.
- Sai daqui.
- O que aconteceu?
- Não te interessa. Você não tem casa não? Sai daqui.
Yugy se sentou ao lado dele.
- Não até me dizer o que está acontecendo.
- Eu já disse que não importa para você. Por que não vai treinar, eu não vou te dar descanso no jogo.
- Eu não treino muito. Sou mais um talento nato.
- Talento nato?
- Sim. Eu entrei para o time depois de me defender, muito bem, de uma bola que vinha em minha direção.
Os olhos de Jinyoung passaram de triste para raivoso. Naquele momento ele se achou um lixo, ele treinava dias e noites, no sol ou na chuva para dar orgulho ao pai e Yugyeom apenas se defendeu e já estava no jogo?
- É por causa de pessoas como você que o meu pai me odeia.
Ele se levantou sem falar mais nada e voltou para seu quarto, pelo menos lá ele podia chorar em paz.
Para Jinyoung ele ficou horas no quarto chorando, quando resolveu descer, ainda com os olhos inchados, Yugyeom continuava em sua casa, sua mãe mostrava para ele todos os troféus do filho, e mesmo que aquilo parecesse legal, Jinyoung sentia uma dor imensa todas as vezes que olhava para eles. Ele revirou os olhos e seguiu para cozinha. Pegou qualquer coisa para comer e voltou para o quarto.
No dia seguinte Jinyoung se levantou cedo e foi treinar, assim que colocou o pé para fora de casa avistou Yugyeom vindo em sua direção. Ele quis correr mas Yugy foi mais rápido.
- Bom dia vizinho.
- Para quem me odeia, você não para de me seguir.
- É, eu gosto de ficar na cola dos meus adversários.
Outra revirada de olhos e Jin se foi. No caminho começou a pensar que aquele cabeça de fósforo não era assim uma pessoa tão detestável,  quer dizer a primeira impressão dele tinha sido horrível, ele o chamou de ovelha pelada, mas mesmo assim Yugy foi o único que se importou com ele por causa do pai.

- Jinyoung, você quer se concentrar, é a quarta bola que perde.
- Desculpa Jaebum, eu vou prestar mais atenção.
O punho dele doía como o inferno e ele começava a contestar se iria ou não poder jogar.
Yugyeom como sempre não havia ido treinar outra vez, ao invés disso ficou na porta da escola do outro esperando que esse saísse. Se alguém de sua escola passasse ali agora ele estaria bem encrencado, mas ao contrário disso ele não estava nem aí e só queria ver Jinyoung outra vez. Mesmo que esse parecesse o odiar, coisa que também não era verdade, mas ele não sabia.
O final do treino chegou e Jinyoung foi o último a sair, mesmo que ele negue até que gostou de ver que o outro estava ali o esperando.
- O que você está fazendo aqui? Já está chata essa perseguição.
- Só estava passando.
- Mentiroso.
- Vamos para casa?
- Não, eu vou sozinho para casa.
- Ok, mas não pode impedir que eu ande do seu lado até lá.
Jinyoung revirou  os olhos pela quinta vez no dia.
- Posso de fazer uma pergunta hipotética?
- Lá vem. O que você quer?
- Se eu te chamasse para sair, você aceitaria?
- Não.
- Mas você nem pensou.
- Eu estou treinando como um louco, eu nem tenho tempo para sair, ainda mais com você.
- Não fala assim que eu fico triste.
Yugy fez uma cara de choro e Jinyoung sorriu, foi a primeira vez que ele sorriu e Yugy achou tão lindo que queria fazê-lo sorrir toda hora.
- Mas e depois que terminar? Numa pausa, só uma saidinha não faz mal para ninguém.
- Diga sobre você mesmo. Eu não quero sair com você e a propósito cheguei. Tchau Yugyeom.
- Me chamou pelo nome. Acho que é a primeira vez.
- Vai embora.
Jinyoung entrou indo direto para seu quarto, sua mãe não estava em casa e ele não estava afim de brigar com o pai de novo por isso se concentrou em fazer outras coisas da escola.

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A cada dia que passava eles se gostavam mais, claro que sabiam que as escolas ainda se odiavam por isso nem pensavam em falar um do outro dentro delas, seria a causa da terceira guerra se alguém soubesse. No último fim de semana antes do jogo Jinyoung estava nervoso, havia levado outro esporro do pai e não sabia mais o que fazer. Jinyoung se amaldiçoa sempre por isso não queria falar com a mãe e ter que ficar ouvindo a mesma defendendo o pai, por isso saiu e ficou sentado no quintal, avistou de longe a silhueta conhecida de Yugyeom e resolveu que iria fazer uma surpresa pro outro, nesses tempos difíceis foi ele quem ficou do lado do outro, mesmo que devessem se odiar.
Jinyoung estava chegando perto, sem fazer o menor barulho para pegá-lo de surpresa mas então quando estava perto o suficiente seu mundo caiu.

- O plano está caminhando?
- Sim.
- Exatamente como o previsto. Parabéns você ganhou a confiança dele, isso é ótimo. Agora só tem que fazer ele contar tudo, para ganharmos o jogo.
- Sobre isso, eu quero te fala...
- Não yugyeom, você foi ai para isso. Fingir que se mudou, ganhar a confiança do Jinyoung e acabar com a West no jogo.

Yugyeom desligou o telefone e quando de virou Jin estava encarando-o com lágrimas nos olhos.
- Então foi isso? Era isso que você queria? Acabar comigo?

... - Eu vou acabar com você.
- Não se eu acabar com você primeiro.
Yugyeom estava num dia péssimo. Era a quarta chamada que levava por não ir treinar. Chegou na escola atrasado e de cara fechada.
- Está atrasado, quem deveria estar de cara fechada era eu.
- Encontrei um idiota da West e acabamos discutindo.
- West? O que aconteceu?
- Ele trombou em mim e quando viu que eu era da East começou a dizer que ia acabar comigo. Me chamou até de lobo idiota.
Jackson sorriu e Yugy sabia que coisa boa não vinha.
- Acho que eu sei o que fazer. Que tal darmos uma lição neles?
- O que pretende?
- Primeiro passo descobrir aonde ele mora. Depois fingimos que você se mudou para perto dele, você ganha a confiança, descobre tudo e acabamos com ele na final.
Yugyeom não pensou nas consequências, de que ali um tempo ele não iria mais querer seguir o plano, muito menos achou que se apaixonaria por Jinyoung.
- Ok.
Por ironia do destino, mais uma vez, uma tia de Yugy era vizinha de Jin e esse pediu para ela se não podia passar uma temporada na casa dela, inocente a tia deixou. No começo ele realmente iria seguir o plano, mas tudo mudou quando ele viu Jin chorando por causa do pai, naquele momento ele soube que não conseguia ir até o fim daquilo, que para Jinyoung era muito mais do que o  vôlei, era a aceitação do pai. Mas quando Jinyoung sorriu para si pela primeira vez ele soube também que não conseguiria, porque estava apaixonado.

- Não é nada disso que você está pensando.
- Você não sabe no que eu estou pensando. - as lágrimas nos olhos dele fazia Yugy se sentir o maior idiota do mundo.
- Me desculpe eu...
- Não fala mais nada. E nunca mais fale comigo de novo.
- Mas Jin...
- Nunca mais.
Jinyoung voltou correndo bateu a porta do quarto e se odiou pelo resto da noite, sabia que não podia confiar em ninguém, sabia que era bom demais para ser verdade. Mesmo que soubesse por que doía tanto? Porque agora ele estava apaixonado.
Os dias que antecedem o jogo são sempre os mais conturbados. No time de ambos houveram lesões e substituições de última hora, todos estavam nervosos.
Na sexta-feira Jinyoung nem mesmo conseguiu dormir, não sabia se era por causa do jogo, porque seu pai estaria no jogo ou se era porque o Yugyeom estaria no jogo.

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Sábado quando Jinyoung acordou, mal conseguia respirar de tanto nervoso. Levantou e seguiu para o banheiro ligado no automático, pois sua cabeça não saia do jogo de jeito nenhum.
De banho tomado ele arrumou sua bolsa. Colocou seu tênis, suas munhequeiras, o uniforme. Assim que o relógio bateu sete e meia ele seguiu para o ginásio da cidade.
Os jogadores chegavam sempre mais cedo. Durante as três horas que antecediam o jogo eles tinham treino e reunião.
Assim que Jinyoung colocou o pé para fora de casa, olhou para o outro lado da rua, sempre de onde surgia Yugyeom. Ele se sentia muito idiota por ter acreditado nisso, por não ter desconfiado nem um pouco mesmo. Ele queria muito se bater.
Asim que chegou no ginásio avistou ao longe seu co-capitão, era dois anos mais novo que Já e até corria uns boatos de que eles namoravam, e mesmo que fosse verdade isso nunca influenciou nos jogos.
- Bom dia Jinyoung, animado para hoje?
- Bom dia Jae, na verdade eu estou nervoso, quer dizer, muitos olheiros e nossos pais, coisas assim.
- Não vamos nos prender a isso. Vem, daqui a pouco começa nossa reunião.
Eles entreram e foram direto 0ara o vestiário. Jinyoung arrumou sua roupa e seguiu para a quadra, para conversarem.
East ainda não tinha chego por isso o clima ainda estava bom.
Após a reunião aconteceu um treino e as nove e meia a West chegou. Claro que o clima pesou. Jarbum e Jackson se encaravam como se fossem pular um no outro. Já Jae e Bambam, os co-capitães dos times, só faziam o possível para segurar seus namorados na linha.
Jinyoung abaixou a cabeça quando Yugyeom buscou seu olhar, ele não queria ter que vê-lo mais do que o suficiente naquele dia.
Após a reunião e o treino da West os dois times estavam preparados para jogar.

Antes de todos os jogos Jinyoung tinha seu momento a sós, ele procurava um canto silencioso, onde poderia conversar consigo e esclarecer a mente. Naquele ginásio ele encontrou um armário de vassouras e acabou entrando ali mesmo. Mal sabia ele que estava sendo seguido.
Assim que se sentou no chão, começando sua meditação ele ouviu a porta abrir e fechar. Antes de abrir os olhos achou que era Jaebum, ele costumava ir atrás de si quando estavam em pré jogo.
Mas não era ele, o cabelo vermelho vivo deixou claro quem era.
- O que quer aqui?
Jin levantou correndo encostando no armário.
- Quero conversar.
Yugyeom estava com cara de cansado, mesmo assim Jinyoung continuou firme.
- Conversar para que?
- Eu sei o que aconteceu. Sei porque fez isso, não temos que conversar.
Ele fez menção de sair, mas foi barrado na porta.
- Droga. Droga. Eu não acredito.
Jinyoung chutava a porta xingando alto.
- O que foi?
- Essa merda só abre por fora.
No mesmo momento Yugyeom tentou abrir e nada. Jinyoung espumava de raiva e agora tinha um leve medo também. A partida começaria em 5 minutos.
Estava sem nada, seu celular estava na bolsa e claro que em um armário de vassouras não teria um celular.
- Era só o que me faltava, ficar preso aqui quando minha vida está toda em jogo.
Ele escorregou pela porta dando-se por vencido.
Yugyeom se abaixou em sua frente colocando as mãos em seus joelhos. Jinyoung deu um empurrão no mais alto que 9 fez cair sentado. Desde o ocorrido era a primeira vez que eles se olhavam nos olhos, Jinyoung estava decepcionado mas a raiva ja não era tão grande. E Yugyeom tinha o arrependimento estampado na testa.
Jinyoung abraçou os joelhos.
- Jinyoung, eu sinto muito.
A voz de Yugy estava embargada e isso fez Jin ter vontade de chorar também.
- Quando eu era pequeno meu primeiro presente foi uma bola de vôlei - Jinyoung não olhava para o outro, na verdade fitava os pés e um pouco da perna do outro, nunca o rosto -, eu era influenciado a gostar de vôlei. Quando entrei na escola comecei a treinar todos os dias da semana, por pelo menos 8 horas, porque o meu pai queria que eu fosse o jogador que a vida não permitiu que ele fosse - os dois ouviram o apito inicial. O jogo havia começado. - Eu quis relutar, tínhamos  brigas e mais brigas por causa disso e as brigas só cessaram, quando eu abri mão do que eu queria e da minha vida, pra seguir o caminho que meu pai não conseguiu para ele. Quando ele era jovem, era um excelente jogador, todos os seus treinadores diziam que ele seria uma estrela, que ele jogaria na seleção coreana e que até poderia ser considerado o melhor do mundo. Mas, quando estava indo para um dos jogos, o ônibus em que estava foi atingido por um caminhão. Meu pai ficou preso entre as ferragens e devido a pressão ele não conseguiria andar normalmente. Isso destruiu o sonho dele, minha mãe, namorada dele desde a época, achou que ele nunca mais seria completo. Até que eu nasci e ele depositou em mim toda a responsabilidade que depositaram nele. Yugyeom, eu não sou como você, o que eu sei não é talento, são anos de prática, eu nunca fui perguntado sobre o que eu queria, mas a essa altura do campeonato eu só quero deixá-lo feliz, pelo menos uma vez. Então, se você realmente se arrepende do que fez, deixa minha escola ganhar esse jogo.
As lágrimas caiam densas pelo rosto do mais baixo, ele nunca havia aberto seu coração assim para alguém, ele realmente gostava de Yugyeom e até queria dar outra chance a ele.
- Jinyoung. - A voz de Yugyeom não passava de um fiozinho. - Quando tudo isso aconteceu, eu queria mais era que você se explodisse, mas, quando eu te vi chorando pelo que seu pai te disse, eu me senti estranho, eu queria te abraçar e te proteger de todo o mal do mundo, eu só queria tirar sua dor. E não consegui. Naquela noite em que me pegou no telefone eu queria dizer para Jackson que não poderia mais continuar com isso, porque eu estava apaixonado, e ainda estou, e acho que vou estar para sempre.
Yugyeom estava agora de joelhos em frente Jinyoung, seus olhos se encaravam em uma enxurrada de sentimentos. Jinyoung esperava o beijo que não veio, pois o barulho na porta os trouxe de volta a realidade.
Assim que o armário de vassouras foi aberto, os primeiros pares de olhos que viram foram os dos seus capitães e os respectivos treinadores.
- Jinyoung, eu sabia que estaria aqui, como não pensei antes, o lugar mais calmo do mundo. Armário de vassouras. Vamos estamos ganhando por um ponto somente.
Jaebum arrastava Jinyoung para fora e tamanho era o nervosismo que nenhum deles percebeu o que estava acontecendo entre os jogadores presos ali.
Antes de ir para o vestiário Jinyoung pode ouvir ao longe o sermão do Jackson.
- Yugyeom eu só te pedi uma coisa...

Agora Jinyoung estava em quadra, com o coração mais apertado do que quando estava no armário. Era sua vez de sacar e ele estava tremendo. Respirou fundo e olhou para a plateia, avistou seus pais, sua mãe parecia orgulhosa, seu pai nem mesmo olhava para ele, na verdade o pai estava procurando os olheiros, que por sua vez, naquele momento, tinham os olhos voltados para Jinyoung.
O apito soou e ele sacou. Respirou aliviado quando a bola passou reta para o campo adversário. Ela foi direto em Yugyeom que com uma espalmada a mandou de volta onde foi defendida por Jaebum.
A escola de Jin já estava um set na frente e o placar desse segundo eram de dois pontos, se eles ganhassem essa o jogo era deles, mas claro que não seria tão fácil.
Entre idas e vindas da bola a escola de Yugyeom empatava toda hora com a outra.
Jinyoung não estava nem preocupado em olhar para a arquibancada, ele só queria terminar logo esse jogo.
O apito final tocou, mas o set era da equipe adversária.
Assim que Jin se sentou no banco respirou fundo e tomou uma água, logo em seguida mergulhou o punho que ardia de dor dentro de um balde de gelo. Ele sabia que todo mundo ali já tinha notado que estava machucado, mas não disse nada para não alarmar.
No banco adversário Yugyeom observava tudo e tinha quase a cabeça em chamas sobre o que faria. Entre esses pensamentos ele viu que Jinyoung mergulhava o punho em gelo claramente morrendo de dor e que acima dele o senhor Park o observava com um certo julgamento no olhar e Yugyeom diria até ser nojo. E por aquela cena ele soube que devia isso para Jinyoung e que mostrar isso era uma prova de amor.
Os times estavam de volta, mas nervosos do que nunca para o último set. Jin olhava todas as horas para o pai e ele nunca estava olhando para si.
O apito soou e tudo voltou a acontecer.
Todas as vezes que Jinyoung tinha que defender uma bola seu punho doía como o inferno. Ele as vezes ficava até com a vista turva por causa da dor. Yugyeom observava tudo, mal prestou atenção quando veio uma bola para seu lado e ele quase perdeu, Jackson defendeu direcionando um olhar matador para Yugyeom.
Nenhum dos times estava aguentando, sempre que um estava perto do set point o time adversário marcava um ponto. Naquele momento estava 36 a 35. Todos estavam cansados e era a vez de Yugyeom sacar. Ele parecia olhar para a rede, mas na verdade ele estava olhando para o Jinyoung que se contorcia em silêncio de dor, olhou na arquibancada e viu o senhor Park que também sabia que o filho estava com dor. Então, quando o apito tocou ele sacou a bola no ponto cego de Jinyoung, onde ele sabia que Jinyoung usaria a esquerda e isso faria a bola ficar quase indefensável para o time deles.
Quando a bola passou do bloqueio ele olhou de novo para a arquibancada e assim que Jinyoung defendeu e a bola caiu no canto adversário dando o set para a East High School, ele viu o senhor Park sorrir e Jinyoung também viu.
Todos da escola de Yugyeom saiam da quadra mas ele ficou lá, correu toda a quadra e tirou Jinyoung dos braços dos companheiros de time. E contradizendo todos os xingamentos que ouviu ele beijou o mais baixo, tirando de todos um coro de surpresa e alguns suspiros de fofura.
As pessoas ao redor, olheiros e pais desciam para quadra, alguns iam embora e naquele momento tudo era um caos, mas Jinyoung conseguiu ouvir com todas as letras quando Yugyeom disse com lágrimas nos olhos...
- Eu amo você, Jinyoung.
E ele respondeu sorrindo.
- Eu amo você Yugyeom.

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Notas Finais


... hmmm...

Desculpe os erros.


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