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História A fita e a espada - Perda


Escrita por: Pertom

Capítulo 2 - Perda


Já se passaram três semanas desde a volta de Lorese, a vila está em paz, Rina estava esperando o anunciante do jornal chegar como todos os outros dias desde a volta de seu guerreiro:

-Onde ele está? Aquele vagabundo só precisa ficar gritando e vendendo jornais, é um trabalho tão simples! – Exclamou uma idosa com um ódio oriundo...

-Qual é o motivo de tanta euforia, minha senhora? – Rina abriu seu belo sorriso para a velha.- A vida é tão bela para se preocupar com poucas coisas como notícias.

-Minha preocupação não vem das notícias minha jovenzinha, o que me preocupa é a ausência do jornaleiro, dá última vez em que ele não veio, ouve um grande incêndio na vila ao lado, pelo oque minha mãe dizia, sempre que as notícias não chegam, é porque nós a somos, ela morava na vila e disse que nunca mais iria voltar para lá.

Rina colocou suas mãos em direção à sua boca, surpresa decidiu correr em direção ao mesmo rio onde encontrou a pequena ponte partida ao meio, com apenas uma bela flor de lótus aberta, segurou sua respiração por alguns segundos e liberou com ar de calma e compreensão, decidiu sentar no rio, molhando seu vestido ao entrar no rio e lá meditou até o sol se pôr.

-Lorese! Será que a previsão da senhora está correta? Acho que não temos escolha temos que nos preparar, chamarei meus irmãos e aqueles que havíamos chamado para participar da resistência!

-Humph... e pensar que a minha teoria na adolescência iria tomar proporções grandes como esta, peça para seus irmãos mais velhos ficarem a frente, pois não desconfiarão deles, se perguntarem diga que estão de guarda local assim teremos soldados para flanquear eles e alertar os nossos arqueiros. Quantos soldados nós temos além de sua família?

- 20

-Coloque 5 como arqueiros, quero um no telhado desta casa, 2 no portão de entrada e os outros dois na linha de frente. Sei que temos apenas 2 lanças, coloque seus irmãos mais novos naqueles buracos com as lanças assim teremos uma armadilha para caso entrem com cavalos já que a passagem é obrigatória para que cheguem em nossas casas. 3 irão se disfarçar de comerciantes noturnos para poderem ataca-los desprevenidos, como arma quero que usem adagas envenenadas. Os outros 10 ficaram atrás dos arqueiros da linha de frente, caso eles consigam avançar eles irão para frente e os atiradores irão para trás para conseguir disparar mais flechas sem que morram pela linha defensiva deles.

-Irei posiciona-los como você solicitou, mas afinal quantos conseguimos segurar?

-Se invadirem como invadimos na guerra conseguimos parar até 70, nossa armadilha consegue parar a cavalaria muito fácil, algo que investiram muito na guerra, porém conheço este desgraçado, nesta partida de xadrez ele não irá mandar os cavalos, mas sim sairá com o rei! Se ele vier como eu estou realmente pensando elo trará 90 homens e ele mesmo, com isso daremos um xeque mate.

-Como assim? Você falou que iremos conseguir parar até 70? Como pararemos ele e os outros 20?

-Se ele tentar formar a formação que penso, nossos guerreiros do flanco irão causar o estrago suficiente para a vitória. Nós iremos ficar observando de minha casa, assim ninguém chegará perto de Rina sem passar por nós.

-Estou indo avisar eles! Estaremos prontos assim que a lua aparecer.

-Nos encontramos no nosso posto de batalha.

-Entendido

O cavalgar dos cavalos abalam a terra, gerando ondas nas poças de água da chuva do dia anterior, refletindo o brilho da lua sobre o céu encoberto por nuvens densas, faltando pouco para se aproximarem do portão de entrada desceram do cavalo quatro arqueiros e seguiram a pé em frente dos outros cavalos e soldados. Chegando eles puxaram as flechas e seguiam com os arcos já em posição para atirar, sem perguntar ou ouvir ordens dispararam nos 2 arqueiros que estava na frente do portão.

Os soldados do telhado gritaram para alertar os guerreiros da frente para esperarem em posição, quando não conseguem ver mais nada:

-Mas que droga Nagi! Ele conseguiu entrar em contato com os chineses para terem aceso de bombas de fumaça... Espera! Mande seus irmãos se retirarem agora!

Nagi correu para gritar para eles saírem, porém tudo o que viu foi uma densa fumaça preta e chamas, a raiva interior dele começou a ferver como chaleira em rochas vulcânicas, porém se conteve e voltou para seu local de combate.

-Aquele homem, não pensei que ia utilizar armas deles, sinto me burro por ter colocado tudo em risco-Lorese se levantou e foi em direção ao quarto de Rina:

-Não importa o que houver estarei aqui para te proteger!

 Depois saiu do quarto e voltou para o hall de entrada. Enquanto isso sobre a fumaça estavam os irmãos incapacitados se mover pelo estrago gerado das bombas, cavalos morriam pelo chão irregular que suas próprias tropas causaram junto com as flechas dos arqueiros da linha de frente e daquele que estava sobre o telhado. Os guerreiros dos dois lados se encontraram e o banho de sangue começa a cair, desde as linhas da parte interior da armadura até membros dos guerreiros, gritos podiam ser ouvidos por toda a vila, os assassinos disfarçados de comerciantes conseguiram avançar em direção aos arqueiros que estavam na linha de trás da batalha, não era necessário fazer um corte, apenas os furos gerados pelas adagas eram suficientes para que o veneno pudesse correr o interior das vítimas, porém não contavam com a vinda de lanceiros atrás dos arqueiros e acabaram também morrendo em combate, com a derrota do pequeno exército de Lorese os soldados se dirigiram à sua casa , onde o mesmo esperava na frente:

-Quero duelar com Zano antes que me matem!

-Achou mesmo que o Imperador viria lutar contra ele, a única ordem que temos é de não matar você, entregue a Rina como foi mandado, temos métodos para saber se é ela!

“Então eles sabem sobre a cicatriz dela, eles não podem me matar, mas eu posso, isso seria quebrar o código de honra, porém eu já não tenho mais nada a perder, irei para cima deste exército” – Agora Nagi! Podem ser muitos, mas não importa, não temos mais nada a perder!

Os dois foram em direção aos soldados, apesar de ser parecer impossível os dois conseguiram matar dez soldados antes Lorese foi atingindo em seu peito por um cavalo desenfreado e não conseguiu mais se levantar, caído com seus olhos quase fechando viu Nagi ser perfurado por uma lança em direção ao seu estomago, viu o sangue de seu amigo cair em frente de seus olhos, imóvel apenas conseguiu ouvir Rina gritar por seu nome e depois desmaiou.

 

  



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