História A Flor da Folha e o Imperador do Fogo (EM REVISÃO) - - Desenlace

Reino do Fogo

........

Vale dos Seis Caminhos

Fincou na terra vermelha a lâmina de sua katana coberta pelo sangue inimigo enquanto com uma expressão assustada e lábios entreabertos via o corpo de seu alido desfalecendo lentamente diante de si. Num impulso rápido, ergueu as mãos que  o sustentaram antes que tocasse o chão frio, batendo os joelhos na terra que serviram de apoio para as costas dele. De repente, suas próprias mãos, que sempre mantinham-se firmes em diversas situações, tornaram-se trêmulas enquanto suas vestes eram manchadas, incessantemente, pelo sangue que corria através do ferimento que ele tinha.  Aquela lâmina estava cravada extamente sobre o coração.

Chamou por ele algumas vezes enquanto via a respiração dele sumir lentamente. Sua pele perdia, pouco a pouco, a tonalidade e seu corpo tornava-se mais e mais frio a cada instante. Seus lábios estavam pálidos e apenas o que dava-lhe alguma cor era o sangue que também era expelido por sua garganta através de tosses fortes que lhe diminuiam cada vez mais o pouco ar que lhe restava. Mesmo que se negasse a ver, ele estava morrendo e não haviam mais chances para que fosse salvo...

–  P-parece que eu só pude chegar até aqui. .. – ouviu-lhe dizer, ofegante e com um tom de voz frágil, aquelas palavras que ele se recusava a aceitar.

– Não fale mais, voce não deve se esforçar tanto..  Vamos levar você imediatamente ao Castelo .. –  falou com aflição enquanto permanecia no mesmo lugar, apesar de ter dito aquelas palavras.

– Você sabe que não há mais nada o que se possa fazer... – tossiu forte, manchando suas próprias vestes com ainda mais sangue. Quase não se era mais possível ver o brilho de seus olhos escuros entre suas palpebras pesadas e, levemente cerradas.

– ... Por que você foi tão longe por mim ? Por que se arriscou tanto ? – apertou levemente o corpo dele que estava em seus braços quando sentiu que seus olhos estavam se marejando aos poucos.

– Porque você é meu melhor amigo. .. – sorriu fracamente ao dizer aquelas palavras tão significativas... – Por favor, peça desculpas a minha esposa..  Eu não poderei voltar como a prometi. . .  

Estremeceu ao ouvir aquelas palavras enquanto o via expirar pela última vez. Balançou o corpo dele algumas vezes enquanto chamava alto pelo seu nome, entretanto, não receberia mais nenhuma resposta vinda dele. Quando se deu conta de que a morte havia o levado, conduziu uma das mãos até os olhos dele, fechando-os lentamente e escondendo o brilho de suas ônix para sempre. Deixou uma lágrima quente cair por sua face ao mesmo tempo que fazia uma prece silênciosa para que ele encontrasse a paz.

“ Obrigado por tudo, querido amigo...”

xxxxxxxxxxxxx-xxxxxxxxxxxx

Reino do Fogo

Desceu apressadamente as escadarias do Castelo, conduzindo-se até a sala de convivência onde ela estava esperando por eles. Sakura tentava manter-se no mesmo rítimo dos passos que o marido dava, enquanto o mesmo a puxava por uma das mãos. Assim que desceram os ultimos degraus, seus olhos rapidamente enxergaram Konan sentada sobre uma das poltronas centrais com as mãos cobrindo levemente a face enquanto segurava algo entre os dedos.

– Konan-san! – a Princesa da Folha foi a primeira  a se pronunciar, soltando-se da mão de Sasuke e correndo ao encontro da cunhada que, audivelmente, estava chorando.

– Me explique exatamente o que aconteceu ..  – Ouviu a voz do marido, logo atrás de si, enquanto segurava as mãos da mulher da Chuva, visivelmente abalada.

– Itachi ...  Ele foi sozinho atrás dos inimigos .. .–  falou entre o pranto, mesmo tentando se acalmar para esclarecer as coisas com o cunhado. – Quando acordei, ainda durante a noite, percebi que ele não estava na cama. ..  Assim que acendi as luzes, encontrei isto sobre o criado-mudo..  – Estendeu uma das mãos trêmulas, onde segurava um pergaminho atado por um laço negro. Assim que Sasuke o pegou nas mãos soube que era, realmente de Itachi.

– Tem certeza do que está dizendo ? – Sakura perguntou-lhe gentilmente enquanto sentia as mãos serem apertadas pelas dela. Konan apenas assentiu a sua pergunta enquanto Sasuke lia as palavras do irmão escritas naquele papel.

Poucos instantes depois, Sakura voltou seus olhos verdes para Sasuke que, após enrolar o pergaminho novamente, fechou os olhos suspirando pesadamente. Antes que ouvisse de seus próprios lábios, já sabia que tudo o que Konan havia dito era mesmo verdade e  Itachi havia mesmo partido em busca dos inimigos.

– Fiquem aqui, eu vou resolver isso do meu jeito  ... – foi o que ouviu de Sasuke, que com um olhar firme, guardava o pergaminho entre suas vestes.   

– Por favor, Sasuke. . .  Faça-o retornar a salvo ...  – voltou a derramas lágrimas de dor enquanto o coração de Sakura partia-se em dois. Não bastasse o irmão, agora também o marido ..  Por quanto mais sofrimento ela ainda teria que passar ?

Sakura desviou sua atenção de Konan por alguns segundos quando viu o marido sair, de forma apressada daquele local. Levantou-se de imadiado, dizendo a ela que lhe buscaria um chá para que se acalmasse e saiu em disparada para alcançar o Uchiha.

– Sasuke-kun . .– segurou um dos braços dele, atraindo de imediato seus olhos profundos para si. – Diga-me que você não vai atrás dele  . .

– Embora fosse minha vontade, eu não irei ... – foi direto, surpreendendo-lhe e ao mesmo tempo fazendo seu coração se aliviar. –  Mesmo se eu fosse agora, eu somente colocaria tudo a perder..  Como Imperador, eu sou o real alvo dessa Organização, então eu só estaria sendo egoísta ... Por outro lado, Itachi pediu-me que confiasse nele e é exatamente isso que eu farei... – mesmo com palavras firmes Sakura podia ver nos olhos dele que ainda estava apreensivo. – Ele me deu algumas orientações nesta carta e, mesmo que eu não vá, ainda poderei enviar alguns homens para cobrirem algumas Fronteiras... 

– Vai ficar tudo bem . . – Com uma voz doce, ela abraçou-o com delicadeza, sendo de imediato, retribuída por ele, que passou  a afagar levemente seus cabelos longos.

– Sasuke-kun, Sakura! –  Separaram-se do abraço quando ouviram uma segunda voz feminina que também descia a longa escadaria apressadamente.

– Mãe ? – a princesa da Folha recebeu de imediato a mãe que estava, visivelmente, alterada. – O que aconteceu?

– Seu pai, filha. ..  –  falou ainda ofegante enquanto seus coração batia a mil. – Minato sumiu... Não o acho em lugar algum! – exclamou, enquanto dividia seu olhar entre sua filha e o seu genro. – Eu vi que havia alguma movimentação aqui em baixo, então pensei que talvez ele pudesse estar aqui . . 

– Meu pai ?

– Sim, filha... Ele não está aqui também ?

Rapidamente a Princesa da Folha direcionou suas orbes intensamente verdes para Sasuke que, com um cenho franzido e levando uma das mãos até as têmporas, confirmou em suas expressões de que Minato provavelmente havia partido ao lado de Itachi ao encontro dos inimigos.

– Acalme-se Mãe e, apenas, venha comigo por favor ...  Eu vou explicar tudo. . .– Sakura, com palavras firmes, tomou o controle da situação, dando abertura para que o marido pudesse retomar o caminho que antes seguia, enquanto ela se encarregaria de cuidar das coisas por ali. Era esse também um dos seus deveres como Imperatriz e estava pronta a apoiar sua família e o Reino que agora também pertencia a ela. – Vá Sasuke, e faça o que tem que fazer... – transmitiu confiança a ele que, sem delongas, subiu apressadamente as escadas.

A princesa da Folha segurou a mãe pelos ombros e levou-a para a sala de convivência onde Konan também estava. Mesmo que seu coração se aflingisse por toda aquela situação, principalmente agora que seu pai também poderia estar envolvido, ela não poderia fazer nada além de confiar e pedir aos Deuses que protegessem Minato e Itachi.

Depois de tanto sofrimento, ela tinha fé de que tudo fosse terminar, daquela vez, bem...

xxxxxxxxxxxxx-xxxxxxxxxxxxx

Reino do Fogo

Vale dos Seis Caminhos

Naquela longo caminho de terra vermelha batida, o único som que se ouvia era do trotar dos cavalos que conduziam Itachi, Shisui e Minato pelo Vale dos Seis Caminhos. O corsel negro do príncipe do Fogo era quem ditava o rítimo e orientava a trilha que deveria ser seguida. Aquele lugar era de conhecimento exclusivo de pessoas que pertencessem ao clã Uchiha e, culminava no Vale do Fim, onde Madara e Hashirama travaram a luta que deu a vitória a Aliança. 

Quando Shisui havia procurado Itachi em seu escritória, ainda na noite passada, levando novas informações obtidas pelo Interrogador da Folha, foi revelado a ele que Orochimaru, antes de ser preso, havia roubado as plantas do Castelo Uchiha e entregado a Sasori e Deidara que o levaram até Obito. Sabendo que eles detinham tal informação importante, além do êxito do refugiado do Vento no sequestro de sua cunhada, da apreensão de Danzou e da retomada do Reino das Águas Claras, tudo se encaminhava para uma ação extrema vinda dos últimos membros que ainda davam sobrevida á Akatsuki.  Mesmo que o ancião ainda não houvesse abrido a boca completamente e entregado os últimos planos de Obito, Itachi tinha certeza de que o próximo ato dele seria a invasão do Palácio. Além disso, a Chuva estava cada vez mais perto de ser retomada também pela Aliança e então, para se mover até o Fogo ele precisaria de uma trilha oculta ... E segundo Itachi, não havia outro caminho a não ser aquele Vale.

A poeira vermelha se levantava a medida que os três disparavam em velocidade por aqueles caminhos. O objetivo era interceptar Obito ali mesmo e dar a ele e a quem mais o acompanhasse o merecido fim. Na carta que deixou ao irmão, não pediu reforços para eles e sim, para que bloqueasse as entradas secretas do Castelo, assim, se caso Obito passasse por eles, não conseguiria se infiltar em sua casa. Por outro lado, garantiu-se de pedir ao irmão que fechasse uma passagem bem próxima àquele vale. Portanto, mesmo que não os detivessem ali mesmo, eles seriam encurralados mais a frente por suas tropas. Por isso, eles deveriam, na pior das hipóteses, ganhar tempo para que o exército Uchiha chegasse no destino indicado. Naquela perspectiva, se tudo corresse como esperava, de uma forma ou de outra, a Akatsuki teria seu fim, naquele mesmo dia.

– Me sinto, de certa forma, privilegiado por poder conhecer esses caminhos mesmo não sendo um Uchiha.. – a voz de Minato soou serena, atrás de Itachi que abria a trilha.

– Você tem razão..  Me lembre matá-lo quando acabarmos com os inimigos..  – Itachi foi despojado em seu comentário, fazendo com que um sorriso leve surgisse nos lábios de Minato .

– Você está cada vez mais parecido com o seu pai . . – recebeu apenas um gesto sutil de Itachi em menção ao comentário feito. No fundo, o Imperador da Folha estava orgulhoso pelo caminho que os filhos de seu melhor amigo haviam  escolhido.

– Onde chegaremos se continuarmos seguindo esta rota, Itachi-san ? – a voz grave de Shisui surgiu mais ao fundo, enquanto ele cobria a retaguarda .

– Ao Vale do Fim .. 

– Madara e Hashirama né ?!  – Minato refletiu sobre a última batalha travada pelos antigos rivais. 

A passadas firmes, o corsel negro de Itachi seguia a frente dos demais, enquanto um vento linear batia contra a capa negra que o mesmo usava, fazendo-a balançar conforme o rítimo que seguia. Inesperadamente, Itachi ouviu um leve som de correntes arrastando-se do alto dos morros de terra que estreitavam os caminhos que trilhavam, entretanto não houve tempo para dizer ou agir e sentiu seu corpo ser jogado com violência de cima do animal que, por pouco não caiu sobre ele.  Enquanto arrastava-se com certa velocidade depois do impacto contra a terra vermelha, ainda conseguiu olhar de relance para Minato e Shisui que vinha mais atrás.  Diferente do que havia acontecido com ele, um homem de cabelos grisalhos havia saltado sobre Minato e o shire dourado que montava e, com um dos braços, enlaçava-o pelo pescoço ainda acima do animal. Já Shisui, rolava sobre a terra, enquanto bloqueava com os braços, outro homem que também trajava as roupas daquele movimento.

Itachi agarrou-se à primeira raíz de arvore alta que brotava do chão, conseguindo, por fim, parar aquele momento. Em frações de segundos, viu uma lâmina de aço sobre si e, com um meio giro ágil conseguiu livrar-se do golpe que estava sendo desferido contra ele. Em uma jogada rápida de pés, conseguiu afastar o homem que o atacava, embora não houvesse acertado-o de fato. Logo em seguida, pôs-se de pé, lançando a capa negra que usava ao longe e, a uma distância razoável, podendo encarar o inimigo a sua frente.

– Finalmente podemos nos encontrar, Uchiha Itachi. . .– a voz grave dele chegou aos seus ouvidos, enquanto o mesmo manuseva a katana também forjada em uma material de cor negra. Definitivamente, ele era um Uchiha.

– Obito . . – falou o nome dele embora não pudesse vislumbrar sua face que estava coberta por uma máscara alaranjada com rajadas negras.

– Me sinto lisonjeado pelo Principe do Fogo saber o meu nome .. – sua voz debochada seguiu-se de uma risava oculta e abafada pelas sombras daquela máscara.

– Então você é a sombra de Uchiha Madara...

– Não, não sou . .. Me veja apenas como um idealizador de sua obra. .– a tranquilidade que esboçava diante de si, irritava Itachi profundamente. Nunca se sentiu tão determinado a matar alguém como naquele momento. – E sabe de mais uma coisa, Itachi . . Eu vejo grande potêncial em você.

– Potêncial ?

– Sim . .  Assim como eu e meu pai, você também perdeu o lugar que deveria ocupar por um mero capricho do nosso povo .. . Você era o mais apto a ser o Imperador e veja como acabou. Alguém que recebe as ordens que mesmo deveria dar aos outros...  Um mero coadjuvante em uma história onde você deveria ser o principal .. .  A vida pode ser tão cruel, não é mesmo ?

– Onde está querendo chegar ? – lançou um olhar ríspido para aquele homem de face oculta.

– Seja mais um colaborador da nossa causa..  – gesticulou para ele enquanto um anel brilhava em seu dedo – Nós seremos os transformadores desta realidade que serve apenas ao lado mais forte.. Criaremos um mundo onde o poder estará centralizado nas mãos daqueles que podereão realmente trazer a paz verdadeira as nações..  Seja um de nós... Entre para a Akatsuki. .

–  Um homem como você que quer refletir no mundo as sombras que foram plantadas em seu próprio coração não tem o direito a falar sobre paz...  – armou-se em posição de ataque, apontando sua katana na direção do líder daquele movimento. – Você morrerá aqui e agora pelas mãos daqueles que mais odeia. Apenas um Uchiha  poderia fazer a justiça e livrar as nações de você e seus conceitos errônios. ..   Lembre-se do meu nome, Uchiha Itachi, pois serei eu a acabar com sua vida de uma vez por todas!

– É uma pena, Itachi .. . Tenho certeza de que você seria uma grande promessa a nossa causa.. . – Sobre suas vestes, deixou cair algumas correntes que segurava pelas mãos, armando-se também para aquele duelo. – Eu me lembrarei de seu nome quando retomar o Império de meu pai...

Com a Katana forjada em metal escuro, Obito partiu velozmente para atacar Itachi, girando levemente uma das mãs para forçar um golpe que, foi de imeditado bloqueado pelo primogênito. Com  certa força, o príncipe dos Uchiha afastou o inimigo e com um rodopio de seu punho direito cortou o vento linearmente a frente do líder da Akatsuki que, com pequenos saltos, livrou-se de ser atingido. Em contra-ataque, voltou a desferir novos golpes com sua arma, sendo todos eles bloqueados com movimentos e recuos do príncipe Uchiha. Os olhos de Itachi eram rápidos e, simultâneamente, seus pés encontravam o rítimo que aquela batalha estabelecia. Ainda contrapondo os ataques, era possível ver que Obito detinha uma habilidade inegável em manusear a Katana. Era, indiscutivelmente, um oponente a altura.

Depois de uma sequência de investidas, Itachi conseguiu impedir mais um ataque do outro Uchiha e, encontrando uma leve abertura, segurou o punho do oponente, pressionando-o para baixo de modo que todo o corpo viesse num mesmo movimento. Rapidamente, desferiu um chute certeiro contra a máscara de Obito, rachando-a ao meio e o possibilitanto ver sua verdadeira face oculta. Não havia mais quaisquer dúvidas, aqueles olhos ônix apenas o confirmavam como um verdadeiro Uchiha. Com a outra mão livre, Itachi girou a katana para acertá-lo em cheio, entretanto, o líder da Akatsuki conseguiu ser mais rápido e, ao desviar, enlaçou a corrente na ponta da lâmina da espada de Itachi, fazendo a girar junto com o seu braço, para o lado oposto e, em seguida, aprofundou sua arma no ombro esquerdo dele sobre um sonoro urro de dor.

– Itachi! – o grito de Minato, surgiu ao longe, enquanto o mesmo desviava levemente a atenção para o filho de Fugaku que havia sido ferido. 

– Está olhando para o lado errado! – ouviu um grito do filho de Jashin, e em seguida,  viu Hidan desferir um ágil golpe com sua perigosa foice tripla.

Minato, com seus anos longos de batalha, jogou o corpo totalmente para trás, de modo que a arma do criminoso cortasse apenas o ar. Velozmente, com as mãos tocando o chão, impulsionou o corpo para frente, erguendo os pés que entrelaçaram-se totalmente à foice, tirando-a das mãos do inimgo e lançando-a a uma grande distância de onde estavam.

– Mas, o que?

Com um impressionante giro de corpo, Minato ainda conseguiu desferir dois golpes com os pés do rosto de Hidan, fazendo-o se desequilibrar totalmente. Nestes poucos segundos, o Imperador da Folha, retomou a posição de combate e, com sua própria Katana, afundou a lâmina sobre o olho do inimigo que, se não fosse pelo movimento rápido dele, teria atravessado sua cabeça. Entretanto, aquilo foi o suficiente, para que, em mais alguns golpes, o pai de Naruto e Sakura garantisse vitória.

Enquanto tudo aquilo acontecia, Itachi havia conseguido afastar-se de Obito que, rindo, contemplava o sangue inimigo sobre sua lâmina. O príncipe Uchiha, cobriu o ferimento no ombro momentaneamente com uma das mãos, enquanto preparava-se para retornar ao combate.

– Ainda está em tempo de mudar de ideia, Itachi . .– falou irônicamente, enquanto recolhia as correntes, escondendo-as novamente sobre a roupa.

– Você parece muito confiante. . – deu um leve sorriso de canto, tentando desestabilizar o inimigo. Aquela também era uma batalha de mentes.

Desde vez, quem partiu foi Itachi, entretanto, ele trazia a Katana de forma um pouco mais baixa. Obito apenas aguardou que ele desferisse os primeiro golpes para bloquea-lo novamente e usar outra vez as correntes quando fosse conveniente. Na sequência, eles voltaram a estabelecer um novo rítimo de combate, no qual o líder da Akatsuki tentava, insistentemente, usar o ombro ferido de Itachi como vantagem. Com duas passadas mais ligeiras, novamente o filho de Fugaku conseguiu tomar a dianteira, mas diferente de antes, ele inclinou-se totalmente para baixo, passando uma rasteira incisiva no filho de Madara que, desta vez, desequilibrou-se. Num jogo de corpo rápido, Itachi girou sua Katana, enlaçando parte das correntes do Uchiha e, tomando uma posição posterior ao corpo dele que ainda estava em queda, ele as transpassou sobre o pescoço do filho de Madara, pressionando-as abruptamente, em uma tentativa de enforcá-lo.

– Obito-sama ! – Kisame viu ao longe a situação de desvantagem do líder daquele movimento e fez menção de deixar o combate contra Shisui para protegê-lo.

– Eu sou seu oponente! – Tomou vantagem sobre a distração dele e desferiu uma sequência de socos fortes contra a face do foragido das Águas Claras. 

Continuou aplicando golpes, usando seu forte taijutsu, até que, em um chute certeiro, obrigou Kisame a soltar a própria arma. Em um salto firme, Shisui acertou os dois pés sobre o peito do renegado, que bateu o corpo violêntamente em uma árvore. Bastou o tempo do corpo dele tocar o troco de madeira e ser lançado levemente para frente, para Shisui apanhar a própria arma dele, ainda no chão, e cravá-la em seu peito, com força suficiente para atravessar a árvore. Kisame, o antigo líder dos Espadachins das Águas Claras, cuspiu uma quantidade considerável de sangue e deixou o corpo desfaceler sobre a planta, ainda com a lâmina atravessando-o e ferindo-o de maneira fatal. Rapidamente, Shisui sacou novamente sua arma, que estava mais ao longe, e correu para ajudar um de seus companheiros.

Itachi, que ainda sustentava as correntes nas mãos, tentava insistentemente enforçar Obito que, bloqueava tal prentensão com os antebraços. O líder da Akatsuki, achou uma pequena brecha quando percebeu que, pelo ombro ferido, o filho de Fugaku não tinha força suficiente na mão esquerda e, de imedianto, pendeu toda força e peso de seu corpo exatamente do lado fragilizado do Uchiha, fazendo-o, sobre mais um abafado som de dor, soltar parte das correntes, deixando o líder do movimento livre para atacá-lo.

Com velocidade, Obito afastou o corpo de Itachi com um meio chute e, em um giro rápido de punho e mão, desferiu um golpe perfeito contra o Uchiha. Em frações de segundos, sua lâmina já estava cravada sobre um corpo, na altura exata do coração enquanto seus olhos viam sua katana adquirir uma nova cor pelo sangue que a manchava.

– Obito! – o grito de Itachi seguiu-se de um golpe certeiro com sua espada negra, que separou de imediato a cabeça do filho de Madara do seu próprio corpo. As ônix do irmão de Sasuke, no entanto, pairavam sobre a figura de outro homem que também caía, lentamente, diante de seus olhos furioso enquanto seu sangue jorrava sobre a terra vermelha. O golpe do líder da Akatsuki havia acertado Uchiha Shisui, em cheio, em seu coração. Ele havia se sacrificado para salvar o melhor amigo.

Aquele foi o verdadeiro fim da Akatsuki...

.......

Escorou-se frente a uma janela que lhe dava uma visão ampla da área externa do Castelo. Estranhamente, durante todo o dia, o sol havia se escondido por trás das nuvens e uma garoa fina caía sobre todo o Reino do Fogo. Até  mesmo a natureza parecia conspirar a favor do verdadeiro significado daquele dia. Não eram apenas finas gotas de chuva que ele via explodir no vidro da janela e sim um reflexo das próprias lágrimas que inundavam o seu coração.

No final, as coisas não haviam saído como realmente pensou que seriam. A morte do herdeiro de Madara, o fim da Akatsuki e a retomada da Chuva e das Águas Negras deveria ser um momento a ser comemorado intensamente, mas não havia qualquer rastro de sorrisos em seus lábios. Para um homem, como ele, que sempre entendeu a morte como algo natural, era incrivelmente difícil compreender porque Shisui havia partido. A imagem dele, jogando-se a sua frente e tomando para si o desfecho que seria dele, nunca poderia sair de sua mente. Não queria morrer, é verdade, mas, muito além disso, não desejava que outros se sacrificassem para que essa vontade fosse realizada. Das várias dores que acumulou em seu peito, ver o melhor amigo morrer e participar de seu funeral, certamente já poderia ser considerada uma das maiores.

– Itachi... – De repente a voz gentil de sua esposa o tirou daqueles devaneios, chamando sua atenção para ela.

Ao vê-la se aproximar, percebeu que tinha um olhar entristecido e, apesar da ocasião triste que viviam, não pôde deixar de pensar que poderia ser algo com Nagato. Ele estava em condições desumanas quando o encontraram, após a morte de Obito e dos outros dois. Estava preso, dentro de um saco preto, onde respirava apenas por pequenos furos no tecido, além de estar completamente sujo e com uma aparência decadente. Mesmo assim, ele permanecia vivo e foi, dessa forma, que o levaram novamente ao Castelo, onde foi recebido com lágrimas de felicidade por Konan e, principalmente, por sua esposa e filho. Ele foi levado as pressas para a Unidade Médica, onde recebeu atendimento imediato já que sua situação era, nitidamente, complicada. Por isso, ao ver aquele olhar, temeu por mais uma notícia ruim..

– Aconteceu algo, Konan ?

– Não. .  – Ela se aproximou lentamente e, inesperadamente, abriu os braços envolvendo Itachi em um abraço suave. – Tem alguém que gostaria de vê-lo antes de partir.

Ouviu as palavras dela e, de imediato, teve certeza a quem ela se referia. Retribuiu o abraço, afagando suavemente os cabelos azuis dela e, ao vislumbrar sua face alva e seus olhos dourados, ele apenas confirmou que, mais do que por ele mesmo, era por ela que Itachi estava destinado, naquele momento quando estava frente a Obito, a permanecer vivo. Depois de todo o sofrimento que a viu passar, não seria justo ele causar-lhe ainda mais dor. Aquilo jamais justificaria o que acontecera com Shisui, mas sentiu-se feliz por poder estar novamente com ela, envolvendo-a em um abraço.

– Peça que entre.. – falou sobre os ouvidos dela, que apenas assentiu e se afastou. Antes que fosse novamente em direção a porta daquele escritório, ainda deslizou o dorso de sua mão sobre a face de Itachi. Ela sabia o quanto o apoio dela seria importante para ele depois de tudo o que aconteceu. Agora com o irmão de volta, ela poderia dedicar-se totalmente a curar mais aquela ferida que havia se aberto em seu coração.

– Itachi-san .. – ao ouvi-la chamar por seu nome, virou-se para caminhar até o seu encontro, enquanto a via , a passos lentos, também se aproximar dele. – Vim me despedir..

– Para onde vai agora, Naori ? – fez tal questionamento a uma mulher de longos cabelos roxos e olhos escuros. Imediatamente seus pensamentos voaram para o dia em que Shisui a apresentou como sua prometida, há anos atrás. Ela, inesperadamente, não havia mudado quase nada.

– Vou voltar a morar com meus pais, em um pequeno Reino próximo ao Fogo...  É onde eu desejo estar agora.. . – falou com serenidade,  embora sua expressão não deixava dúvidas sobre a imensa dor que sentia ao perder o marido.

– Entendo...  – Itachi colocou as mãos em um dos bolsos de suas vestes, retirando uma corrente forjada em ouro, com o símbolo Uchiha. – Eu peguei isso de Shisui, antes de seu funeral. Isso pertence a você...  – estendeu a mão, esperando que Naori pegasse o que ele lhe entregava.

– Guarde-o com você, Itachi ... – sobrepôs suas mãos sobre a do Príncipe Uchiha, fechando-as com suavidade. – Eu sei o quanto você era importante para meu marido e o quanto a amizade de vocês sempre lhe foi um bem precioso .. É por isso que, mesmo  agora, eu posso entender sua escolha em dar a vida por você... Ele o amava como um verdadeiro irmão e, portanto, o mais certo é que fique com isso . . Ele já me deixou algo muito mais valioso.. – Os olhos do primogênito se surpreenderam quando ela levou ambas as mãos até o ventre, indicando que carregava um filho de Shisui.

– Naori...  Independente do que acontecer, a partir de agora,  eu prometo sempre proteger você e essa criança que espera . .. – falou com seriedade, apertando aquela corrente firmemente entre os dedos. – Tornou-se meu dever quando Shisui confiou a mim a sua segurança e o seu futuro  ...  

– Obrigada por se preocupar comigo e com o meu filho ... – sorriu levemente para o primogênito, enquanto ainda tinha as mãos sobre o ventre –  Por favor, venha nos visitar sempre que puder, e traga sua esposa também, ela é uma pessoa maravilhosa.. .– sua voz era  serena e, de repente, tanto lhe lembrou Shisui. Como alguém digno de seu sacrifício, Itachi cuidaria de sua esposa e daquela criança até o último dia de sua vida. Era o que ele poderia fazer por ele e por sua memória heróica.

– Nos vemos outra hora, Itachi-san .. – ela estendeu-lhe a mão para um cumprimento e, de imediato, Itachi a segurou e depositou ali, gentilmente, um beijo casto em seu dorso.

De onde estava, apenas pôde observar enquanto ela se afastava lentamente dele, partindo para o novo destino que a esperava. Jamais poderia suprir a representatividade de Shisui na vida dela e daquela  criança, entretanto, ele os protegeria e garantiria que nada os faltassem em nenhum momento de suas vidas. Aquele filho que ela esperava seria a continuação dos próprio passos do Uchiha e, Itachi, tornaria-se, mesmo ao longe, a sua sombra protetora...

.......

( Um mês depois )

Sakura caminhava levemente naqueles longos corredores que a levariam até o destino pelo o qual buscava. Mesmo em tão pouco tempo, muitas coisas já havia acontecido, desde que a guerra havia finalmente acabado. Os Reinos estavam se reconstruindo aos poucos com a ajuda da Aliança e a paz e tranqulidade parecia retornar calmamente á todas as nações. Todos os Imperadores que estavam no Fogo, já haviam retornado aos seus respectivos domínios, com a excessão de Minato e Nagato, que ainda permanecia ali em recuperação.  Por outro lado, naquele meio tempo, ela pôde trocar algumas correspondencias com sua amiga Ino, que apesar de abalada pela triste morte do pai, dizia ter encontrado a força necessária em Sai, com que, em uma cerimônia simples e apenas entre os famíliares, já havia se casado, passando a governar o Reino das Águas Negras ao seu lado.

Passou por algumas portas e, antes que encontrasse a que procurava, surpreendeu-se ao se deparar com a figura de Suigetsu, andando por aqueles mesmo corredores.

– Oujou-san .. . – ele  reverenciou-lhe, com um semblante leve, enquanto ela podia ver que ele ainda tinha parte do corpo enfaixado.

– Suigetsu-san  ...  Já está se sentindo melhor ?

– Estou sim, Oujou-san.. .  É bem mais difícil me matar do que se imagina. . –  Ele falou de maneira despojada, enquanto Sakura sorria levemente. No final das contas, ele havia conseguido aquele ferimento enquanto tentava salvá-la. Ele merecia toda a sua gratidão.

– Jamais poderei agradecer-lhe pelo o que fez por mim .. .– Segurou levemente os tecidos de seu vestido amarelo, reverênciando-o graciosamente.

– Apenas continue deixando o Ouji-san de bom humor, assim ele não pega tanto no meu pé... – Foi totalmente informal em seu comentário, deixando a Imperatriz com as bochechas totalmente coradas. –  ... Não há o que agradecer. Proteger a Oujou-san também é meu dever.. – curvou-se respeitosamente diante dela, retomando a rumo pelo o qual antes seguia. Sakura, ainda sem jeito pelo comentário dele, o observou se afastar com um leve sorriso nos lábios. Ele era mesmo um homem em quem se podia confiar.

Voltou a se mover, até finalmente parar diante da porta que procurava. Assim que ouviu a voz doce de Hinata pedir que entrasse em resposta as suas batidas, girou a maçaneta e caminhou até seu encontro.

– Hina-chan .. – falou gentilmente, enquanto desviava de algumas bagagens que estavam próximas a entrada do quarto. Assim que voltou seus olhos para a cunhada, viu que ela analisava-se frente ao espelho enquanto esticava as roupas na altura de seu ventre. – Uaaaal! Já da até pra ver o meu sobrinho!

–Você também acha, Sakura-chan ? – ela falou suavemente com um leve sorriso nos lábios. – Konan-sama disse que provavelmente o bebê deve nascer em 4 ou 5 meses. ..

– Que incrível Hinata! Mal posso esperar para segurar meu sobrinho ou sobrinha nos braços.. – falou animada enquanto recebia um olhar suave da cunhada. – Na verdade, eu também estou muito ansiosa para segurar o meu próprio bebê nas mãos..  – Caminhou até o espelho e tentou fazer o mesmo que a esposa de seu irmão em frente ao espelho, entretanto, ainda não pode ver nada tão nítido quanto ela.

– Como você acha que seu bebê vai ser ? – a Princesa dos Hyuuga questionou-lhe curiosa enquanto se afastava dali para terminar de arrumar suas coisas.

– Hmm.. . Eu não sei muito bem .. – falou pensativa, com uma das mãos sobre o queixo – As vezes acho que vai ser um menino com os mesmo traços de Sasuke.. Mas depois penso em uma menina bem parecida comigo . . É difícil dizer. . .

– Eu tenho certeza de que meu filho vai ser igual ao Naruto-kun . ..– As afirmações sempre tão convictas de Hinata deixavam Sakura frustrada por nunca ter certeza de nada sobre seu próprio bebê.

– Mais um Naruto no mundo .. O que será de nós. . .– cobriu os lábios com uma das mãos, tentando segurar o riso, enquanto Hinata também se rendia áquele comentário, deixando uma leve gargalhada escapar.. – Gostaria que vocês ficassem mais tempo aqui ..

– Seria muito bom, mas já estamos muito tempo longe da Folha.. . – cruzou os braços enquanto dizia tais palavras. – Mesmo assim, apesar dos momentos de tensão que vivemos, foi muito bom estar aqui com você, Sakura-chan.. É ótimo ver que você realmente encontrou a felicidade nos braços de Sasuke.. – sorriu, lembrando-se das conversas que tiveram antes do casamento, quando a amiga estava insegura em relação ao amor que sentia e a vida que levaria depois de se unir ao príncipe do Fogo.

– É verdade.. . Eu nunca imaginei que seria tão feliz quanto sou agora.. . Valeu a pena passar por todas as difículdades... Eu finalmente, encontrei a felicidade verdadeira que tanto busquei. .  – mostrou todos os dentes em um sorriso largo, uma marca certa dos Uzumakis.

– Hinata! Você já está pronta ? – A voz de Naruto surgiu repentinamente, quando ele abriu a porta do quarto onde ambas estavam. – Oh, Sakura-chan...  É aqui que você está.. .

– Aconteceu algo ? – fez uma expressão confusa ao ouvir as palavras de Naruto.

– Na verdade não, é só que nossa mãe está la em baixo, reclamando que você ainda não apareceu para se despedir dela.. – riu divertido enquanto Sakura balançava a cabeça negativamente. Depois que tudo voltou ao normal, Kushina também recuperou toda a vitalidade e manias pelas quais seus filhos sempre a reconheceram.

– Melhor descer na frente, para acalmar a mamãe.. – acenou para os dois e saiu do quarto em busca de Kushina. Mesmo com todo aquele drama de sempre, Sakura estava, realmente, sentida por ver sua mãe partir..

Desceu a longa escadaria que dava para entrada principal do Castelo, avistando em poucos minutos, uma cabeleira imensa e intensamente vermelha da mulher que estava escorada sobre os braços de seu pai, que aparentemente, se despedia de Itachi e Konan.

– Aí está você ! – a voz animada da mãe atingiu os seus ouvidos enquanto ela se jogava nos braços dela. – Não acredito que demorou tanto para vir se despedir de sua mãe !

– Você é sempre tão dramática.. – riu baixinho, enquanto apertava-a naquele abraço. – Queria que ficasse mais tempo. .

– Eu também querida, mas precisamos voltar.. – falou meio cabisbaixa, mostrando que seu enorme coração de mãe se dividia em dois.

– Nós voltaremos logo, quando remarcarem a nova data para a Posse de Sasuke.. – ouviu a voz de Minato que apenas afagou os cabelos da filha, atraíndo para si um par de esmeraldas intensamente brilhantes.

–    Vocês tem que estar aqui quando meu filho nascer.. – inflou as bochechas como se fosse uma criança que não poderia ser contrariada.

– Claro! Nós não perderiamos esse momento por nada.. – o sorriso doce de Kushina, aqueceu o coração de Sakura que, abrindo um pouco mais os braços, também abriu espaço para que seu pai se juntasse aquele abraço.

– Já está tudo pronto para a partida.. – Itachi se aproximou um pouco mais, ao lado de Konan, enquanto ao longe, Sakura pode vislumbrar a chegada de Sasuke ao lado de Nagato, Yugito e o pequeno Yahiko.

– Nós aproveitaremos para sair no mesmo instante que sua comitiva, Minato-sama ... – O Imperador da Chuva falou com serenidade, enquanto carregava o filho nos braços.

– Enviarei alguns homens para que façam a segurança de ambos durante a viagem. – A voz de Sasuke surgiu mais ao fundo, enquanto ele se aproximava dos demais.

– Obrigado, Sasuke-sama. .. Não apenas pela hospitalidade, mas também por todo o apoio que deu a minha esposa e ao meu filho enquanto passavamos por tais atribulações.. – Nagato estendeu uma das mãos para o Imperador do Fogo que, de imediato, segurou-a em um cumprimento formal.  – Itachi-san, Minato-sama, eu também devo-lhes agradecer por terem salvo minha vida.. Graças a vocês, eu posso estar novamente com a minha família e retornar ao meu Império. – Extendeu o cumprimento também para o primogênito de Fugaku e o líder da Folha, trocando palavras serenas sobre um futuro próspero.

– Acho que está na hora de irmos. – A voz de Naruto, que carregava uma pequena maleta em uma das mãos, com Hinata apoiada sobre seu braço esquerdo, alertou a todos de que era hora de partir.

Caminharam  até a área externa do Castelo onde as respectivas carruagem os aguardavam.  Através de apertos de mão, abraços e promessas de um breve regresso, despediram-se todos antes de iniciarem suas viagens de volta a seus Reinos. Da pequena janela de ambas as carruagens, podia-se ver mãos acenando para os quatro que ficavam para trás a medida que as veículos se afastavam. Sasuke apenas acenava levemente com a cabeça, enquanto depositava um dos braços sobre os ombros da esposa, que chorava intensamente. Itachi, por sua vez, segurava uma das mãos de Konan que tentava esconder os olhos marejados.  Ali de onde estavam, era possível ver como as coisas haviam realmente mudado. De repente, os altos muros daquele castelo não eram mais tão sombrios nem cheios de desconfianças como antes. Eles haviam fortalecido todos os seus laços e vínculos, enquanto trilhavam o mesmo caminho que os trouxesse paz e tranquilidade.

Definitivamente, os Uchiha,  haviam se convertido em uma família unida e feliz.