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História A força para mudar - Passado. Certo ou errado? Sentimentos.


Escrita por: SilverPrincess

Notas do Autor


Oiee, trago mais um cap pra enfartar vocês um pouco mais.
Ja digo de aviso, não me matem...
Boa leitura e nos vemos lá em baixo!

Capítulo 14 - Passado. Certo ou errado? Sentimentos.


Fanfic / Fanfiction A força para mudar - Passado. Certo ou errado? Sentimentos.

Lucy on 

 

 Nunca imaginei que Leo fosse me pedir em casamento, ainda mais assim na frente de todo mundo, estou em pânico, tem um monte de flashes das câmeras me cegando, quando consigo enxergar vejo Loke ajoelhado na minha frente esticando uma aliança, aí vejo Virgo atrás dele com uma cara que acho estar pior que a minha, Levy nem olhar mais para a cena quer e ver meu pai oscilando entre alegria e medo está quase me fazendo rir, mas o pior de tudo foi encontrar o olhar de Natsu. Ele estava me encarando quase que sem piscar, sua expressão... eu nem consigo decifrar. Preciso falar algo porque acho que já faz uns 5 minutos que o silêncio ganhou vida nesse salão. 

 

Lucy: Lo-loke, meu Deus... eu... - Preciso falar, mas não faço a menor ideia do que dizer. Por que ele teve que fazer isso na frente de tanta gente!? - Por favor se levante, vai sujar sua calça. - Sério Lucy?  

Loke: Não me importo com isso, sei que é repentino e nunca falamos sobre, mas acho que já passou a hora e te fiz esperar tempo demais. Te quero muito! – Quem fez alguém esperar demais aqui fui eu, sempre adiei essa conversa, a dias atrás estava planejando terminar com ele, não consegui e agora estamos assim... destino quer tanto me destruir assim? 

Virgo: Não quero ser chata, mas vocês não deviam conversar sobre isso aqui no meio de tanta gente, Loke querido por favor. – Finalmente uma boa para me ajudar. A rosada fez com que ele se levantasse e nos acompanhou até um dos quartos. Ia entrar no quarto quando vi Levy atrás de mim. 

Levy: Pensa bem no que você vai fazer. – A pequena me alerta, me fazendo lembrar da conversa que tivemos sobre a minha felicidade. Afirmei com a cabeça e fechei a porta atrás de mim. 

Loke: Desculpa eu por ter feito isso tão do nada, mas queria que fosse especial e como o dia hoje é importante pensei que seria legal. – Ele fazendo uma expressão meio triste, não quero magoá-lo, mas ele também não está me ajudando.  

Lucy: Leo, você sabe o quanto me importo com você e o quanto gosto de você. O quanto te respeito e o quanto você foi e é importante para mim. – 

Loke: Eu sei, e também sei que você não me ama como eu te amo, mas estamos nessa a muito tempo, talvez só precisemos de uma mudança. Passamos por tanto juntos e vencemos tantos obstáculos, sei que podemos passar por muito mais juntos, nós três. –  

 

 Eu simplesmente não sei mais o que fazer, nunca conversei sobre casamento com ele pois é algo que nunca me importei e parece ser algo importante demais para se fazer sem amor. Leo já deixou mais do que explícito o quanto me ama e mesmo sabendo que não o amo do mesmo jeito ele ainda quer casar comigo, isso só me deixa mais confusa e triste por não poder corresponde-lo. Desde a primeira vez que conversamos ele sempre foi sincero comigo, se tornou meu melhor amigo, alguém em quem eu podia confiar a qualquer momento... ele era o que Natsu foi para mim, nunca foi igual, mas foi o que me salvou.  

 

 “A sete anos atrás eu fugi do Japão e fiquei como a fraca que não conseguiu enfrentar meus problemas, mas eu realmente estava mal, sempre me crucifiquei por ser tão tímida, medrosa e inútil, a raiva que estava de Natsu, foi mais um pretexto para eu ter foças de ir embora, a minha maior raiva foi de mim mesma, só consegui pensar na minha mãe e o quanto ela era incrível, mexendo nas coisas dela encontrei uma foto de formatura dela adolescente em São Francisco, quando vi seu sorriso soube que queria ir para lá e ser como minha mãe. Foi complicado de ir embora sem me despedir de ninguém, me senti muito mal por isso, mas não teria coragem de falar com todos e talvez perdesse a coragem de ir embora também. Uma semana se passou desde que me mudei e estava dentro de casa, em um canto chorando como sempre, minha faculdade não tinha começado ainda e eu estava tão só, que passei a ficar com medo do silêncio da casa. Foi quando ele chegou. 

 

Loke: Pensei ter dito para você se cuidar quando te dei tchau. – Ele falou se abaixando em minha frente, deu um sorriso fraco e abriu os braços, parecia que sabia o que eu precisava, sem protestar apenas me joguei em sua direção. Antes de viajar ele foi algumas vezes na minha casa me visitar, já o conhecia por nome e sabia que era sobrinho de Virgo, mas só fui o conhecer melhor quando ele passou a ir me visitar, a pedido de Virgo. Nem imaginava que ele viesse atrás de mim. – Vou fazer um sorvete delicioso para você! - 

 

 Passei muito tempo acordando de noite sonhando com quando vi Gray e Juvia juntos, era uma mistura de lembranças com pesadelos, via todos rindo de mim e Natsu também, era o que mais me machucava, afinal sempre confiei nele para tudo, realmente virou um trauma, bem besta, mas virou. Eu não tinha ele do meu lado mais, aquele que sempre me deu forças e coragem de fazer tudo, meu pilar era o Natsu e eu simplsmente me afastei do meu pilar, doeu bastante, mas não podia apenas esperar ele me salvar como sempre, eu precisava aprender a ter confiança em mim mesma. Tinha noites que eu acordava chorando e depois Loke dizia que eu tava resmungando o nome de Natsu enquando dormia. Dois meses se passaram e eu já sorria mais frequentemente, saia pra passear e conhecer melhor a cidade com ele, mas estava perto do dia em que ele voltaria para o Japão por causa do trabalho, não estava muito confiante em ficar sozinha mas me esforcei, foi difícil no começo mais consegui, tinha que aprender a fazer as coisas por mim mesma. 

 

Lucy: Quando você volta? Minha faculdade está por começar estou juntando muita coragem para ir. – Conversava com ele pela chamada de vídeo, já fazia três meses desde sua ida. 

Loke: Eu não sei, tirei umas férias bem grandes para ficar aí, o restaurante não está muito cheio esses dias então posso ligar mais frequentemente. Se esforce aí que eu me esforço aqui, vamos ser fortes juntos. – Fala sorrindo e fazendo pose com o braço mostrando o muque. Na época ele ajudava no restaurante dos tios. Leo é 2 anos mais velho que eu e já tinha 3 anos de faculdade, então ele se dividia entre faculdade e trabalho para poder vim me ver, mas ainda assim nunca reclamou e sempre veio até mim. 

Lucy: Sim! – 

 

 Minha faculdade começou e para minha sorte logo fiz amizade com Levy, pouco tempo depois conheci Gajeel. Como prometido Loke ligava todos os dias sempre que podia, suas brincadeiras e atrapalhadas me faziam rir, isso só me lembrava cada vez mais como eu era antes e tive medo de depender dele igual dependia do Natsu, mas por algum motivo não conseguia confiar nele igual. Um ano se passou e ele veio passar o natal comigo, Levy e Gajeel. Ele me pediu em namoro no final do dia.  Ele sempre foi tão gentil, atencioso e amável comigo que aceitei, mesmo deixando claro que não o amava e nem sabia se um dia eu poderia amar, ele me aceitou assim mesmo e disse que só queria me fazer feliz e poder ser a razão dos meus sorrisos. Mais um ano passou e eu já estava bem melhor, estava me sentindo mais perto de como minha mãe era, Loke passou a vim ficar comigo mais frequentemente. Levy e Gajeel começaram a namorar, algo que pra mim já estavam a muito tempo, apenas só tinham assumido. Foi quando Luck chegou, estava com medo e confusa, tinha acabado de aprender a cuidar de mim, como que iria cuidar de um bebê? Na mesma hora Loke veio para São Francisco me ajudar, me apoiou e esteve do meu lado o tempo todo, foi uma bagunça no começo, mas Virgo e Aquarius vinham me ajudar sempre que podiam, meu pai também apareceu algumas vezes. 

 

Virgo: Tem certeza que não quer que eu venha morar com você? Vai ser difícil criá-lo sozinha aqui. – Ela perguntava pela terceira vez. 

Loke: Eu não vou poder estar aqui sempre, Levy e Gajeel vão ajudar, mas eles tem a vida deles também, tem certeza disso? – Perguntou enquanto dava mamadeira para o pequeno Luck. 

Lucy: Tenho toda certeza do mundo, eu vou fazer isso, eu preciso. Agora eu sou mãe e vou me esforçar mais que tudo para criá-lo bem sem deixar meus estudos e meu trabalho de lado. – 

Loke: Estaremos sempre com você, se precisar é só chamar. – 

 

 Foram tempos complicados, Luck adoecia muito frequentemente, tive muitas noites em claro e muitos dias em hospital com ele. Eu já estava me esgotando a cada dia, tinha falado que não precisava de Virgo comigo, mas muitas vezes desejei ter ela me ajudando. Teve noites em que Luck acordava chorando e quando eu menos esperava eu estava a chorar junto com ele, me vi louca tentando acalmá-lo e saber o que estava acontecendo. Foi quando Leo pediu para sair do restaurante do tio e veio ficar um tempo comigo, eu queria ter conseguido sozinha, mas pelo bem de Luck e o meu apenas aceitei, ou então eu seria a próxima a adoecer e como ficaria meu pequeno? Depois de completar 6 meses ele parou de adoecer com frequência, aos 7 meses Leo voltou para o Japão e arranjou um novo emprego, foi quando comecei a trabalhar como caixa em um mercado 24hrs, pelo turno da noite, então contratei uma babá que revezava com Levy para ficar com Luck quando eu não estava em casa e assim que chegava do trabalho cuidava dele e estudava para o outro dia na faculdade, Levy passou a morar comigo pouco tempo depois. E é quando paro pra pensar nesses 7 anos junto de Loke e tudo que fez por mim que não consigo ser egoísta, sempre nos momentos mais difíceis ele largou tudo para ficar ao meu lado, principalmente com Luck.”  

 

Loke: Sei que deve estar bem confusa agora, mas quero que saiba que estarei sempre do seu lado e como sempre só quero o seu bem. – Ele fala me tirando dos pensamentos e segurando minha mão. – Você é meu tudo! -  

Lucy: Você esteve comigo quando eu estive mal, quando eu estive feliz ou preocupada, passou noites em claro comigo quando Luck adoeceu, largou seu emprego e veio me apoiar de todas as formas possíveis. Por que faz isso tudo mesmo sem eu te amar? – Pergunto já querendo chorar. Por que ele tem que ser tão bom para mim? Ele só devia se cansar e procurar alguém que o ame como ele merece ser amado. 

Loke: Porque eu te amo! Só quero poder estar ao seu lado e te ver feliz. – Eu realmente não o mereço... porra Lucy, você beijou o Natsu, você perde o controle dos seus sentimentos fácil e nem sabe identificar! Se você fizer o Loke sofrer eu mesma te mato! .... – Se não quiser responder agora está tudo bem, você tem o direito de pensar. –  

Lucy: Eu tive 7 anos para pensar. Vamos voltar para o salão. – Falo segurando as lágrimas que queriam descer e abri a porta onde Levy ainda estava esperando. Loke passou por mim ao ver que a pequena queria falar comigo. Fui andando lentamente até onde todos estavam. 

Levy: E então? – Ela sussurra para mim. – Qual é! O que disse para ele? – 

Lucy: Vai saber agora. – Ao nos verem chegar a atenção voltou completamente para nós, respirei fundo, não faltou um olhar que eu não devolvi, principalmente o de Natsu que permanecia com a mesma expressão de antes. Senti uma dor no peito me atingir enquanto o olhava, meu coração parecia se quebrar, mas não posso fazer isso. – Loke. – Chamo sua atenção fazendo vir em minha direção. – Pode fazer aquela pergunta de novo? – Vi um brilho meio triste se formar em seus olhos, mas no mesmo instante ele tirou a caixinha com a aliança do bolso e a esticou em minha direção se ajoelhando novamente.  

Loke: Lucy Heartfilia, aceita se casar comigo? – Novamente os flashes atingiam meu rosto, esse povo não cansa não? Respirei fundo. Eu devo isso a ele... Esse pequeno momento.

Lucy: ... Sim, aceito.  -

 

 A felicidade dele estava bem estampada em seu rosto, Loke me abraçava e me girava enquanto ria, tentei formar um sorriso, fiz meu melhor esforço, mas certeza que isso parece tudo menos um sorriso felicidade. Ele passou o resto da festa agarrado em mim enquanto meus familiares vinham dar os parabéns pelo noivado. Por mais que meus olhos procurassem eu já não via Natsu em canto nenhum, Erza e Cana também haviam sumido, não sei porque estou surpresa, depois do que aconteceu até eu quis sumir, na realidade se as luzes se apagassem agora mesmo eu ia correr para bem longe. Finalmente a festa acabou e pude me jogar na cama, ia dormir na mansão já que não estou nem um pouco com vontade de ir para casa uma hora dessa, sem contar que Luck já está dormindo também. Mandei Loke embora ou ele iria querer dormir aqui também e ainda conversar sobre o tal casamento. Gajeel e Levy também ficaram para dormir aqui, por sinal vi um ponto azul na entrada no quarto. 

 

Levy: Posso entrar? – Ela pergunta na porta me encarando meio triste e eu sei perfeitamente o porquê. Acenei que sim, ela entrou e se sentou em meu lado. – Por que fez isso? – Perguntou séria sem me olhar. 

Lucy: Eu não tenho o direito de dizer não. –  

Levy: Oi? Amiga você tem todo o direito! É a sua vida também! Sério que vai fazer essa besteira? Não é qualquer coisa, é um casamento, com alguém que você não ama! – Ela fala com raiva me segurando pelos ombros. 

Lucy: Eu falei isso para ele, mas ainda assim ele disse não se importar, o que mais eu posso fazer? – Respondo de cabeça baixa e ele me balança mais ainda. 

Levy: Negar! Caramba Lucy! Eu adoro o Loke, mas não posso aceitar ver você fazer uma idiotice dessas! –  

Lucy: Porque é uma idiotice? Ele me ama, me trata super bem e é super educado. –  

Levy: Para de arrumar desculpa! Pense mais em você! Você por acaso olhou para o Natsu quando disse sim? – A azulada fala com um tom estremecido, ela estava querendo chorar e agora eu também. – Você olhou? – 

Lucy: Não tive coragem. – Falo levando meu rosto para encara-la. 

Levy: Ele estava esperançoso que você negasse, eu soube disso na hora em que vi seu olhar ficar opaco, nunca vi alguém tão triste assim na minha vida, doeu até em mim ver essa cena. – Meus olhos já estavam cheio de lágrimas e imaginar a dor de Natsu só me fez terminar de quebrar. -  Eu vi como vocês se olhavam lá na varanda, como pode simplesmente aceitar casar com outro depois daquilo? Você tá burra ou o que? -  

Lucy: Eu não queria faze-lo sofrer... Só de imaginar, dói tanto Levy... Dói tanto imagina-lo sofrendo... – Falo entre soluços e sentindo meu rosto quente com as lágrimas que escorriam, ela apenas me abraçou. – Mas eu não consigo ser egoísta... Não consigo pensar só em mim... Pois Loke nunca pensa nele, sempre estou na frente de tudo para ele... Não posso ser egoísta... –  

Levy: Eu odeio te ver sofrer amiga, mas você tem que saber as consequências das suas escolhas. – Fala ainda abraçada comigo. – Mas a sua dor ao imaginá-lo sofrer só prova que você o ama. -  

Lucy: Levy... O amor devia doer tanto assim? – 

Levy: Quando se faz as escolhas erradas é assim. –  

Lucy: Não sei se é a errada, se você raciocinar parecia ser a mais certa. – 

Levy: Nem sempre a certa é a melhor escolha, as vezes o coração tem que tomar controle da situação, existem coisas que precisamos sacrificar se queremos ser felizes. – 

 

 Uma noite que era pra ser incrível e inesquecível ficou só com a parte inesquecível, fazia tempo que não chorava tanto. Levy passou a noite comigo, do meu lado segurando minha mão até eu dormir. Natsu... Descobri que te quero da pior forma.. Desculpa. 

 Acordei com Luck pulando em cima de mim e rolando na cama, quanta energia meu senhor, Levy não estava mais no quarto, fiquei encarando o teto lembrando do péssimo fim de noite até um rostinho angelical aparecer em minha frente. 

 

Luck: Mamãe está estranha... - Falou fazendo uma careta enquanto me encarava. 

Lucy: O que foi? - Pergunto me sentando na cama. 

Luck: Ééé... está com o rosto meio estranho. – Não entendi muito então peguei meu celular e liguei a câmera frontal. 

Lucy: Nossa senhora! – Esqueci de tirar a maquiagem quando fui dormir, misturou o choro com o esfregar a cara no travesseiro durante a noite, eu estou um monstro. – Acho que está vendo sua mãe feia pela primeira vez. – Brinco me levantando e indo ao banheiro.  

Luck: Mamãe é sempre bonita... Mas hoje está um pouquinho feia. –  

Lucy: Óia a audácia desse garoto! – Respondo incrédula aparecendo na porta do banheiro enxugando meu rosto depois de lavar.  

Luck: O que é isso? – 

Lucy: Esquece, vamos comer? –  

 

 Não tínhamos muda de roupa então apenas ficamos com a mesma da festa, Luck no caso apenas ficou com a calça, estava calor então ele não quis por a blusa. Ainda era 7 horas então a casa estava um silêncio enorme, fomos até a cozinha onde algumas empregadas que já estavam de pé se assustaram ao nos ver e queriam preparar o café da manhã, mas estou afim de ocupar minha mente então as liberei, hoje o café da manhã será feito por Luck e eu!  

 

Luck: Mamãe onde tem geleia? - Pergunta abrindo os armários que conseguia alcançar. 

Lucy: E se eu te disser que não sei? –  

Luck: Ajudou muito! – Responde emburrado, o que me fez rir.  

Lucy: Venha cá me ajude a mexer o bolo! – O chamo entregando o bowl em suas mãos com cuidado. Ele foi mexendo devagar enquanto eu procurava a geleia.  

 

 O bolo já estava para sair do forno, fizemos torradas, panquecas, o suco favorito de Luck, maracujá, cortamos melancia e mamão. O pequeno agora me ajudava a por a mesa, ele estava tão feliz ajudando a fazer as coisas que quase tropeçava várias vezes ao levar alguma coisa para a mesa, acabei entregando só os não quebráveis para ele levar. Estávamos prontos para sentarmos a mesa quando Levy e Gajeel apareceram.  

 

Gajeel: Que bicho picou você loira? Acordada tão cedo em dia de folga. - Se aproxima e põe a mão em minha testa. - Febre não está. -  

Levy: Deixa ela amor, teve uma noite péssima. - Me defende se sentando do outro lado da mesa, em minha frente. Gajeel se sentou ao seu lado.  

Lucy: Com certeza. -  

Luck: Porque não dormiu bem? - Puxo a cadeira em meu lado e o ajudo a sentar. 

Lucy: Nada demais meu bem, só uma noite mal dormida, nada demais. Vamos comer que estou com muita fome. - Tento fugir do assunto. 

Gajeel: Já conversaram sobre o casamento? - O desgraçado pergunta quase me fazendo engasgar com o suco. 

Levy: Eles não tiveram tempo de conversar depois da festa, ela praticamente expulsou ele da casa ontem. – Dei um olhar mortal para os dois que cancelaram o assunto.  

Luck: Casamento? – Perguntou confuso me olhando. 

Lucy: O de Levy e Gajeel, é disso que estão falando. – Com raiva coloco o copo de volta na mesa fazendo um pequeno estrondo. Não sei como não quebrou. – Perdi a fome. – Começo a me levantar e direciono meu olhar para Luck. -  Preciso resolver algumas coisas então hoje você vai ficar um tempo aqui na mansão com seu avô e seus tios. Vai amar brincar aqui, tem muito espaço para correr. – Dou um beijo em sua testa e ele afirma com a cabeça. Começo a ir em direção ao quarto onde dormir e sinto uma mão em meu ombro.  

Levy: Desculpa Lu-chan, não sabia que queria manter segredo do Luck. –  

Lucy: Não é bem segredo. - Suspiro me sentando na cama ainda desarrumada. - Só preciso por em ordem meus pensamentos e conversar com Loke antes de tudo, se der tudo certo não preciso nem falar para ele. –  

Levy: Ele vai ser contra não é? – 

Lucy: Sim, tem isso também. Luck devia estar acostumado com Loke, mas por algum motivo o nega quando o assunto é nós dois juntos. No início Leo queria que eu fizesse o pequeno se acostumar a chamá-lo de pai, mas não achei certo, afinal ele tem um pai... mesmo não estando presente, então não aceitei. Deixei isso bem claro para Luck, que Leo não era seu pai. Talvez isso gerou essa negação dele. –  

Levy: O que vai fazer agora? – Pergunta parada em minha frente. 

Lucy: Quero falar com Natsu, antes de tudo preciso falar com ele. – Respondo sincera, estou com medo de como ele vai reagir, mas preciso falar com ele, preciso me explicar.

Levy: Faça o que seu coração mandar. No momento ele é o mais certo. – Aconselha me dando um abraço e indo em direção a porta. – Pode deixar que cuidamos do pirralhinho. – Ela sai do quarto e me jogo de costas na cama. 

 

 Tenho medo de falar com Natsu, tenho medo de olhar em seus olhos, mas preciso fazer isso antes de conversar com Loke. Nem sei se ele vai querer falar comigo... 

 

Lucy of 

 

 

Erza on 

 

 Admito que naquele momento até eu duvidei de que Lucy iria dizer sim, olhei para Natsu e ele estava travado observando tudo com calma. A cara dela demostrava mais espanto do que a de todos juntos, então no fundo tivemos aquela esperança. Natsu havia falado sobre ela não amar Loke, então realmente queríamos ouvir um não, ao invés disso eles apenas saíram do salão e nos deixaram lá sem entender nada. Cana comentou que a festa teria acabado ali e já poderíamos ir embora pois não voltariam mais, mas isso não aconteceu, algum tempo depois Loke apareceu e Lucy vinha atrás junto de Levy. “Ela vai dar o fora nele na frente na todo mundo? Vai ignorar tudo e fingir que nada aconteceu?” Eram as únicas coisas que passavam na minha cabeça porque eu queria acreditar que ela não ia aceitar. 

 Isso não aconteceu, quando ela pediu para Loke repetir a pergunta os olhos dele brilharam e senti a mão de Natsu segurar meu pulso, meu coração gelou com a situação, ela disse sim e senti a dor em meu pulso, me virei para olhá-lo e nem sei como explicar sua expressão. Enquanto Loke girava Lucy nos braços eu e Cana pegamos Natsu e saímos o mais rápido possível. Ele ficou em silêncio o caminho todo para casa e nem tentamos falar nada também. Natsu não chorou, não falou, nem mudou sua expressão, eu já estava querendo chorar por ele. Chegamos no apartamento e eu não aguentava mais ficar em silêncio. 

 

Erza: Natsu... – Chamo sua atenção o fazendo parar de andar. – Não quer conversar? – Pergunto tocando seu ombro e bruscamente ele se vira. 

Natsu: Conversar o que? – Seu olhar neutro mudou para um de puro desespero. – Sobre ela ter o escolhido? Sobre eu estar enganado todo esse tempo? Sobre eu não conhecer ela tanto assim? Que estava bom demais para ser verdade? –  

Erza: Eu não sei o que passou ou passa na cabeça da Lucy. Ela deve ter algum motivo. – Tento acalma-lo, mas foi bem inútil. 

Natsu: Sabe o pior de tudo Erza? – Ele dá um sorriso fraco de lado e passa a mão nos cabelos. – Eu achei que hoje a tinha para mim, ela se abriu para mim, praticamente se declarou, éramos só nós dois e mais nada. – 

Erza: Natsu... – 

Natsu: Mas acho que fui feito de besta... 7 anos muda qualquer um não é? –  

 

 Sem falar mais nada ele apenas foi para seu quarto com uma cara nada boa, minha vontade de dizer ‘eu te avisei’ foi engolida pela nossa amizade, estou vendo o quão magoado ele está e por mais que ame a Lucy, não consigo evitar ficar com raiva. Fomos dormir com um clima bem pesado na casa.  

 

Cana: Ele não vai sair do quarto hoje não? – Pergunta sentando em minha frente e preparando um sanduíche. 

Erza: Não seja exigente. Ele estava nas nuvens e tomou um tiro. Deve estar caindo até agora. – Falo olhando para o corredor pela quinta vez desde que acordei, mas nem sinal dele sair do quarto.  

Cana: Não é mais fácil falar que ele tomou um toco? – Ela dá uma mordida no sanduíche e volta a falar. – Já são 10 horas, eu sei que não está sendo o melhor dia do mundo, mas ele não pode passar o resto da vida trancado no quarto. – 

Erza: Primeiro, dá um tempo para ele, o dia ainda mal começou e nem chegou na fase faltar o trabalho para não vê-la. Segundo, não tem como ficar trancado no quarto, está sem porta ainda. – 

 

 Mudamos de assunto, afinal não tinha muito o que fazer. Ficamos na sala assistindo um filme qualquer que estava passando, nem sei o nome, quando o interfone tocou. Cana se levantou para atender.  

 

Erza: O que foi? - Pergunto ao vê-la voltando da cozinha.  

Cana: Nada demais, só a Lucy que está subindo. - Essa bêbada do caralho! 

Erza: Como assim nada demais?? Quer terminar de destruir o Natsu? O que ela veio fazer aqui? - Agora sou eu que estou em pânico, isso não vai dar certo.  

Cana: Eu sei lá, só sei que nenhum dos dois são crianças mais, eles precisam resolver seus problemas. - Ela se levanta indo em direção ao quarto de Natsu. - Sei que está acordado e já ouviu, sua princesa está subindo a torre. Então se quiser resolver essa merda é melhor sai daí. -  

  

 Não demorou muito a campainha tocou, não sei se meu coração quer bater ou parar, parece até que foi eu que tomei um fora, imagina como Natsu deve estar. Cana ficou me encarando esperando eu abrir a porta, logo eu que tive a esperança que ela fosse abrir. Ao passa pelo corredor pude ver a sombra de Natsu, ele devia estar se decidindo se saia ou não porque só vi a sombra mesmo. E lá estava ela, o motivo da aura de depressão dentro da minha casa, pela primeira vez estava com raiva da Lucy, tenho tantas vontades passando pela minha mente e sei qual delas aceitar. 

 

Lucy: Pela sua cara deve estar com raiva de mim também, mas por favor me deixe falar com Natsu. – Ela pede com um olhar decaído, nem consegue olhar nos meus olhos, só prova que sabe perfeitamente a burrice que fez, mas por quê?  

Erza: Para que? Iludir ele novamente? -  

Lucy: Eu sempre deixei claro a ele que isso não daria certo. – Tenta se justificar ainda sem me olhar. 

Erza: E o que foi aquilo na festa então? Estava brincando com ele? – No mesmo instante ela levantou o olhar em desespero. 

Lucy: Nunca! Nunca brincaria com ele em relação a meus sentimentos! – Ela responde com firmeza finalmente me olhando nos olhos. 

Erza: Eu realmente não estou entendendo mais nada que venha de vocês dois. – Dei as costas e passei por Cana que assistia tudo calada. Assim que passei pela porta de Natsu ele me parou. 

Natsu: Achei que tinha dito que se um dia eu e Lucy brigássemos você ficaria do lado dela. – Ele ri e dá um toque em meu ombro passando por mim. – Obrigado. -  

 

 Ao me virar só vi suas costas e seu andar descompassado indo em direção a loira que o encarava docemente. Eu realmente não vou entender eles nunca... Só quero que evitem se machucar mais do que isso.  

 

Erza of 


Notas Finais


Já disse, não me agridam.
Espero que tenham gostado do cap de hoje!
Ate mais!!


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