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História A força para mudar - Por favor...


Escrita por: SilverPrincess

Notas do Autor


Oi meus amores!! Sumi não foi??
Perdão!! Estive um tempo sem criatividade para nada, fiquei empacada na história, eu sabia o que queria fazer mas não conseguia por em palavras, preferi não escrever nada até ter saber como continuar o que queria fazer, não queria passar qualquer coisa sem explicação então sinto muito pelo sumiço!
Mas agora lhes entrego esse cap feito com muito amor e dedicação para vocês!
Não desistam de mim!
Boa leitura!

Capítulo 43 - Por favor...


ANTERIORMENTE....

 

Lucy: É a primeira vez que faz isso? - Ele confirmou. Com meus dedos comecei a dar leves cutucadas por toda barriga e logo ele tomou um susto. 

Thales: Quanto chute! Diego vem ver! - Meio receoso se devia vir, ele olhava para a porta e olhava para mim, até que decidiu vir se juntando ao irmão. Os outros dois homens bufaram com raiva e começaram a cochichar entre si. 

Diego: Nossa... -  

Lucy: Tenho certeza que vocês também eram assim. - Disse sorrindo, os dois me olharam rápido, voltaram a olhar minha barriga e logo me olharam novamente.  

Diego: Como nós? Então...? - Apenas confirmei com a cabeça ainda sorrindo. 

. . .

Gajeel: Sei que está difícil, mas se continuar andando de um lado para o outro assim vai abrir um buraco no chão. - Comentou sentando em uma das poltronas da recepção. 

Natsu: E se continuar a bater o pé no chão dessa forma vai quebrar o piso. - 

. . .

Gajeel: ALZACK! - Seu grito me tirou dos pensamentos. - É pra subimos! - 

 

 Senti meu corpo se mover sozinho, minhas pernas se moviam sozinhas, quando dei por mim já estava em frente ao elevador esperando impacientemente ele chegar.  

. . .

 Por favor Lucy... Esteja bem... 

 

CAP 43 - Por favor...



 A cada segundo que se passava todo o meu corpo reclamava por não estar ao lado da Lucy, por não poder tocá-la e garantir com meus olhos que ela estava bem. A porcaria do elevador demorava mais do que o normal de chegar, talvez pelo meu nervosismo, minha ansiedade ou até mesmo minha vontade de tirar a vida daquele miserável, mas a minha prioridade é vê-la bem, a minha prioridade é garantir a segurança da Lucy. Pode parecer egoísmo ou maldade, mas mesmo tendo 4 pessoas lá em cima como reféns, a única pessoa que consigo pensar... é a minha Luce. 

 Ouvi pelo rádio de Lyon que os dois homens que haviam descido foram pegos, depois de muita resistência conseguiram desarmá-los e imobilizá-los, agora só tinha 3, mas o perigo ainda era grande. Olhei para aquela luz irritante que indicava o andar e finalmente estávamos perto... Porém assim que a porta do elevador se abriu, meu coração quase parou quando ouvimos um tiro e gritos. No mesmo instante em que coloquei os pés para fora do elevador vi Alzack saindo pela porta que dava nas escadas, acho que ele fez sinal para que eu esperasse, mas foi ignorado com sucesso.  

 Passei em sua frente e abri a porta do escritório com força, Wendy estava atrás da mesa de Lucy abraçando a pequena Emma, que chorava sem parar, a protegendo. Passei por elas e pude ver... Lucy estava no chão, um moleque, com cara de seus 16 anos, estava em sua frente abraçado a ela, Levy segurava uma arma enquanto se tremia mais que qualquer coisa, mal conseguia apontar direito para seu alvo que eu ainda não podia ver por estar atrás da grande estante que ficava na entrada, ao finalmente passar por ela me deparei com August sendo segurado por um outro pirralho, a arma na mão de August era forçada a apontar para cima pelo garoto que tentava com todas as suas forças a segurá-lo. Não sei a quem espancar primeiro... o desgraçado abraçando Lucy ou o miserável do August. 

 

 

Natsu off 

 

Lucy on 

 

 

 Tínhamos nos livrado dos dois grandalhões, agora só precisávamos fazer August se afogar nas próprias mentiras. E não podíamos demorar... Levy pegou o celular e enviou uma mensagem avisando para irem pegar os dois antes que eles voltassem, agora é o tempo contra nós. 

 

August: Não vou conseguir esperar o seu remedinho chegar então vamos brincando por enquanto! - Disse com aquele sorriso macabro. - Thales pegue a pequena secretária! - Meus olhos se arregalaram em surpresa. Wendy deu alguns passos para trás ao ver o garoto se aproximando de nós. 

Lucy: O que você vai fazer com ela? - Perguntei nervosa tentando ficar em sua frente. Não precisava ver para saber o quanto ela se tremia.  

August: Vamos jogar Lucy! A cada resposta certa Thales aperta o pescoço da linda Wendy, a cada resposta errada... - Ele fez uma pausa e olhou para Levy. - Diego aperta o pescoço da Levy, com o dobro de força. - Uma risada estridente e seus olhos enlouquecidos, era o que víamos em nossa frente. - Peguem logo elas. - Ordenou. Os irmãos se entreolharam e vieram em nossa direção. 

Lucy: Isso é estúpido! Por favor! Se quer me torturar por que não faz isso comigo? Deixe-as fora disso! - Exclamei tentando ficar na rente de ambas, Thales me olhou como se quisesse me dizer para apenas obedecer e eu ficaria bem. Como vou ficar bem? Ele não vê que August não vai se satisfazer com apenas isso?  

August: E como já disse. - Ele se levantou e também veio em nossa direção. Thales e Diego também vinham atrás quando Levy se encolheu com a pequena. - Eu fico com a bebê. - Ele parecia uma montanha na frente de Levy que tentava se encolher com Emma nos braços. 

Levy: Não vai tocá-la novamente... Não vai! - Disse tentando proteger a pequena. August apenas esticou os braços em sua direção. 

August: Posso pegá-la da forma fácil ou da forma difícil... Você que escolhe. - Seus olhos eram assustadores... insanos... Ele estava mil vezes pior do que da última vez que o vimos. - Ou você me entrega... - Abaixou um dos braços e esticou a mão agarrando a gola do vestido de Emma o puxando com força, Levy teve que lutar para que a pequena não fosse com o solavanco. - Ou eu pego. -  

 

 Com os olhos cheios de lágrimas e tentando controlar os soluços, Levy repetiu um ‘tá bom’ três vezes aceitando entregá-la. August esticou o outro braço novamente e ela o entregou. O pesar em seu coração devia estar tão forte que ao não ter mais a filha em seus braços seus joelhos perderam as forças e se não fosse por Diego a segurando, ela estaria no chão.  

 August se sentou na minha frente e os gêmeos ficaram atrás dele segurando as Levy e Wendy. A pequena Emma tão inocentemente dormia calma nos braços daquele crápula, Levy não conseguia tirar os olhos dos dois, parecia estar petrificada. 

 

August: Vamos começar! Lucy, qual o meu nome? - Perguntou se acomodando no sofá com Emma em seu colo. 

Lucy: Que? Como assim? -  

August: Responda! - Ordenou me encarando feio. 

Lucy: August... - 

August: Certa resposta!! Thales! - Foi quando eu entendi o que ele queria fazer. 

Lucy: Espera! Isso é injusto! Você não pode fazer isso! - Exclamei com raiva, mas ele apenas riu. 

August: Meu jogo minhas regras, Thales não estou escutando a respiração pesada da pequena Wendy. - Olhei para os gêmeos e cada um tinha uma expressão pior que a outra, mas ainda assim Thales obedeceu pude ver os olhos de Wendy se estreitando enquanto tentava soltar a mão que apertava seu pescoço, mas foi uma tentativa inútil. 

Lucy: Para com isso!! - Implorei já sentindo meus olhos arderem. 

August: Qual o nome do Diego? - Ele ria como se estivesse num show de comédia.  

Lucy: AUGUST! PARA POR FAVOR! -  

August: Resposta errada~ que pena, Diego aperta o pescoço da linda Levy! - Eles não queriam! Seus olhos tinham remorsos e dor, mas ainda obedeciam, Levy tossiu sentindo o aperto em seu pescoço e tentava se soltar igual que Wendy, mas seus esforços não surtiam efeito igual.  

 

 O desespero começou a tomar conta de mim e por mais que eu tentasse me acalmar era como se meu cérebro não processasse e meu coração se apertasse a cada segundo. Emma dormindo calma nos braços de August, Levy e Wendy com mãos em seus pescoços as apertando, seus olhos marejados, seus pulmões implorando por ar e seus rostos ficando vermelhos... E eu apenas olhando. 

 

Lucy: Parem por favor... - Sussurrei de cabeça baixa, tomei fôlego me segurando para não chorar mais do que já havia feito e olhei para os gêmeos. - Parem! Eu imploro! -  

 

 Seus olhos tremiam enquanto me encaravam, pude perceber as expressões das duas suavizarem, o que me deu a entender que eles diminuíram a força do aperto. August fechou a cara e olhou para trás encarando os dois que não sabiam o que fazer. 

 

August: O que pensam que estão fazendo? - Disse claramente com raiva. 

Lucy: Não precisam fazer isso! Ele não precisa mandar em vocês! Não tem motivo para isso! - August mudou seu olhar para mim, senti meu corpo tremer com seu olhar, mas não ia parar. - Ele não é nada para vocês e ambos sabem disso! Olhem a expressão um do outro vocês estão odiando fazer isso! Parem por favor!! - 

 

 Eles se entreolharam e abaixaram os olhares para as duas em suas frentes. August se roía de raiva quando se levantou de uma só vez nos assustando, pegou Emma e a colocou no sofá de qualquer jeito fazendo a pequena dar uns resmungos, como nessa altura da conversa o aperto em seu pescoço já estava frouxo o suficiente para ela se soltar, imediatamente Levy correu na direção da pequena. August ao notar foi se virando para trás com o punho fechado, um murro, pela posição de Levy se jogando por cima do sofá para pegar sua filha, ela receberia um murro na área do pescoço, me levantei o mais rápido que pude, como se eu pudesse fazer algo, o peso na minha barriga me fez perder o equilíbrio, eu ia cair em cima da mesa de centro, Levy ia levar um murro, nosso plano ia todo por água a baixo a cada instante. Fechei os olhos com força esperando o baque.  

 

August: MAS QUE MERDA É ESSA?? - Escutei seu grito estrondoso, sua raiva estava clara, ouvi o barulho do murro, não senti minha queda. Fui abrindo os olhos lentamente com medo do que iria ver e me surpreendi. 

 

 Diego havia jogado seu corpo por cima de Levy levando o murro por ela, protegendo as duas, Wendy estava em pé sozinha enquanto alisava seu pescoço e braços me envolviam. 

 

Lucy: Thales! - Exclamei ao vê-lo me segurando, minha barriga estava tão perto da mesa e centro que senti um frio percorrer pela espinha. Com cuidado ele me ajudou a levantar. - Obrigada. - Agradeci sorrindo e ele respondeu com outro sorriso e ficou ao meu lado. 

Diego: Vocês estão bem? - Escutamos ele perguntando para Levy. 

Levy: S-sim, obrigada. -  

 

 Levy se ajeitou com Emma em seus braços e correu para o lado de Wendy, Diego ficou na frente das duas, Thales se posicionou na minha frente e um silencio escurecedor se formou na sala. August dividia seu olhar entre os gêmeos, os encarando um por um. Ele foi indo na direção de Levy, a mesma rapidamente entregou Emma para Wendy que deu alguns passos para trás e Diego se pôs mais ainda na frente. 

 

August: Pode me explicar o que significa isso? - Perguntou em um tom calmo, mas mesmo sem ver seu rosto por estar de costas para mim tenho certeza que seu olhar é de pura raiva. 

Diego: Isso não está certo! Thales e eu- Ele foi interrompido 

August: Não interessa o que vocês pensam, o que vocês acham, eu confiei em trazer vocês para esse trabalho porque acreditei no potencial e ambos. E vocês me traem dessa forma? - Perguntou ainda com o tom calmo. 

Diego: Nos perdoe... Mas bater em uma mãe que protege seu bebê não parece certo! Em uma mulher grávida! Isso está errado! Elas não são pessoas más! Você nos disse que só dávamos o que as pessoas merecem, mas elas não merecem isso! -  

August: E quem é você para julgar isso? Quem é você para julgar algo aqui? -  

Thales: Meu irmão só qu-  

August: AINDA NÃO CHEGUEI EM VOCÊ! - Gritou sem olhar para trás. - Estou falando com o seu irmão então fique calado. - Toquei no ombro de Thales ao ver que o mesmo estava aflito pelo irmão. - Não os criei para que se virem contra mim, quem vocês acham que cuidou de vocês todo esse tempo? Se tiveram o que comer durante esses anos foi graças a mim! Então tratem de para com essa merda e me obedecerem! - 

 

 Ainda tocando no ombro de Thales dei um passo para frente ficando ao seu lado, mas sem tirar minha mão de seu ombro, ele era um pouco mais baixo que eu, quase da minha altura, ambos eram na realidade.  

 

Lucy: E por que eles estavam na sua mão? - Perguntei chamando atenção de August para mim. - Por que a mãe deles morreu repentinamente? Como você a encontrou? Por que ajudou a criar as crianças de um desconhecido? Você não é bonzinho o suficiente para isso! -  

August: O que está querendo insinuar? - Disse se virando para mim, os gêmeos também me encararam confusos.  

Lucy: Apenas essa história que não parece certa. Você não é do tipo que ajuda os outros por nada, então por que não explica para nós o que aconteceu com a mãe deles? -  

Thales: Do que está falando Lucy? -  

Lucy: Nunca acharam estranho? August é uma pessoa sem o mínimo de sentimentos, não tem empatia por ninguém, por que ele salvaria dois bebês que acabavam de nascer e agora está tentando matar o que nem nasceu ainda? Acham que a pessoa que consegue fazer isso sem sentir o mínimo de remorso iria criar os filhos de um estranho? - 

August: Já chega, você já passou dos limites com essa sua boca grande! - Ele vinha em minha direção apertando os punhos e Thales se pôs na minha frente novamente. - Saia. - Ele não se moveu. - Eu disse para sair. - Thales balançou a cabeça negando. - SAIA DA MINHA FRENTE PIRRALHO! - Gritou levantando a arma na direção do garoto que não ficou para trás e também levantou sua arma. - Tem coragem de apontar a arma para o homem que te criou? -  

Thales: Por favor responda a Lucy, quem era a nossa mãe? -  

August: Diego faça algo com- Ao olhar para trás o outro irmão também estava com sua arma apontada para August. - Mas que merda é essa? - 

Diego: Chefe, acredite não quero fazer isso, mas a Lucy está certa, porque nunca falou da nossa mãe? Mesmo quando perguntávamos você enrolava, por que nos pegou para criar? -  

August: Em vez de fazerem perguntas estúpidas deviam me agradecer por estarem vivos! -  

Lucy: Sinto que eles poderiam estar vivos e com uma família de verdade se você não tivesse se metido na vida deles! -  

August: Desgraçada... - 

 

 Ele tirou a mira de Thales e direcionou para mim, os irmãos firmaram mais ainda suas armas na direção de August. Seus olhos se estreitaram e as linhas de expressão do seu rosto se tornaram mais visíveis com sua raiva. Sem virarmos de costas para August Thales começou a me direcionar para irmos ao lado de seu irmão e das meninas. 

 

August: Eu estou decepcionado com vocês dois, onde eu errei ao criar vocês? - Os dois pareciam com raiva, mas também estavam tristes. 

Diego: Nos conte a verdade e decidiremos se estamos errados os certos. - 

August: A verdade é que sou como um pai para vocês e no momento mais precioso da minha vida vocês me dão as costas! -  

Diego: Você sempre nos disse que apenas ia atrás de pessoas más... Quando éramos pequenos achávamos isso incrível você era tipo um policial, mas com o tempo percebíamos coisas estranhas, você dava uma desculpa e acreditávamos... ou nos forçávamos a acreditar... Você foi preso e tentamos acreditar em você, fomos chamados para trabalhar com você e estava indo tudo incrível até termos que ameaçar pessoa inocentes! - 

August: Como tem certeza que são inocentes? - 

Thales: Não temos... Mas confio nelas, confio na Lucy! - 

August: Isso é falta de uma mãe? Quer que eu arranje uma para você parar com essa besteira? - Resmungou tentando se aproximar, mas ambos colocaram os dedos nos gatilhos de suas armas. - Vão atirar no seu pai? - 

Thales: Você não é nosso pai! Nunca nos deixou te chamar assim então porque agora? Loke... Tínhamos inveja do Loke... - Fiquei mais atenta na conversa ao ouvir o nome dele. - Você dava tudo que ele queria, éramos pequenos quando ele chegou e você o tratava com tanto carinho... Enquanto nós dois que crescemos nos seus pés você nem olhava. Ainda assim venerávamos você, que cuidava de todos nós... Não sei mais quem você é! - Suas mãos começaram a tremer. Toquei em suas costas tentando lhe passar algo de segurança e fui um pouco para o lado. 

Lucy: Você parece saber muito sobre gravidez, diz ter “feito” o parto deles, então parece que você foi amigo da mãe deles, mas eu tenho certeza que não foi assim... O que você fez... August? -  

 

 Ele estava cada vez mais estressado, os gêmeos não deixavam de apontar a arma para ele, suas expressões confusas começaram a mudar para unicamente raiva, provavelmente em suas cabeças as peças estavam se juntando eu sentia pena por eles, mais que Loke eles viam August como um pai, mesmo não recebendo amor do mesmo. 

 

August: Cansei dessa palhaçada toda! Vou dar uma última chance de vocês voltarem par ao meu lado. - Ele abaixou a arma e estendeu a mão na direção dos dois. - Venham para mim... - Disse dando um sorriso. - Eu sou eu pai. -  

 

 

Lucy off 

 

Narrador on 

 

 

 A palavras que aqueles dois tanto queriam ouvir, o sorriso que eles tanto esperaram receber, o carinho e atenção que desde pequenos ambos ansiavam, a atenção excessiva que Loke recebia mesmo aparecendo raramente, o amor do pai deles... Seus corações se remoíam ao ouvirem “Eu sou seu pai”, a vontade de chorar e de correr para o seu lado era imensa... Até ambos sentirem um calor em suas costas. 

 Lucy estava no meio de ambos, atrás deles, tocava a palma de sua mão nas costas dos irmãos, como se desse força para eles, ambos olharam para trás e viram aquela loira com seu barrigão sorrindo para eles, aquele calor gentil que nunca sentiram antes, era diferente de tudo que já haviam sentido, o calor de uma mãe, os instruindo a seguir seus corações, era como se os três tivessem sido rodeados por uma luz branca que os protegia de tudo. Aquele calor... eles não sentiam nas palavras de August, aquela frase era a mais desejada deles, mas o sentimento que ela transmitia não era verdadeiro.  

 

August: Venham! - Disse em um tom autoritário já perdendo a paciência novamente, mas com a mão ainda estirada em sua direção. 

Diego: Não! - Disse sem tremer, sem gaguejar, com força e coragem. Pela primeira vez ele dizia não para August. 

August: Não? -  

Diego: Não! Você está mentindo... Posso ver nos seus olhos. -  

August: Vocês nunca se importaram em ler os meus olhos, agora se importam? -  

Diego: Sim, nos importamos, agora conhecemos o verdadeiro significado da família... E você... - Ele se segurava para não gaguejar, Lucy sentia a tristeza deles. - Você não está nela. -  

August: E acham que essa mulher é sua família? Que hilário. -  

Thales: Não... Infelizmente ela não é nossa família, mas podemos sentir... o que é realmente uma família vindo dela e de suas amigas. -  

August: Andam sentindo muita coisa hoje. Para mim chega! - 

 

 Em um piscar de olhos August voltou a levantar sua arma e disparou na direção de Thales, foi tudo tão rápido que ele não teve tempo de agir, o projétil passou de raspão em sua mão direita, assim deixando sua arma cair, Wendy e Levy gritaram com o susto e Emma acordou se pondo a chorar, ambas se abaixaram tentando se proteger, Thales se pôs mais à frente de Lucy mesmo sentindo o ardor em sua mão, Diego não sabia se ajudava seu irmão ou atirava em August, mas não teve tempo para escolher, pois o homem começava a andar lentamente na direção deles enquanto resmungava algo e se preparava para atira novamente, no susto Diego atirou na direção de August, mas errou. 

 

August: Criei dois retardados! Seus idiotas! - Xingava já apontando a arma para atirar dessa vez em Diego que conseguiu se esquivar por pouco do projétil. 

 

 Enquanto eles fossem o alvo de August quem estava atrás dele poderiam ser atingidos.  

 

 Mais um disparo, esse na arma que Diego segurava a fazendo cair, sem pensar mais Diego se jogou na direção de August tentando tirar a arma de sua mão. Um simples adolescente de 17 anos tentava usar a força para empurrar o pulso de August, tentando desestabilizar a sua mira. 

 

Lucy: W-wendy! - Chamou com pouca força. - Vá para minha mesa com Emma! - Ela não precisou dizer duas vezes, enquanto Diego usava toda sua força para impedir August. Wendy correu para trás da estante com Emma, era o local mais protegido dos tiros que August dava no momento.  

 

 Thales recuperava as forças procurando sua arma para ajudar o irmão, mas ao olhar pro lado se deparou com Levy segurando uma das armas dos gêmeos, ela tremia mais que tudo, era a primeira vez que segurava uma arma e torcia para que fosse a última. 

 

Levy: Tire! Tire a Lucy daqui! - Falou nervosa sem tirar os olhos de August e Diego, queria atirar no homem, mas não tinha habilidade poderia acertar o garoto, ela nunca havia feito isso em toda sua vida.  

 

Thales tentava tirar Lucy da mira da briga de forças que ocorria entre seu irmão e seu antigo chefe, quando notou a falta de força da loira, que deu poucos passos e se sentou no chão com ajuda do mesmo.  

 

August: ME SOLTA CARALHO!! - Gritou pondo mais força no braço. - VOU TE MATAR VADIA! - Diego já não tinha tanta força para impedir que ele acertasse a mira na Lucy. Thales abraçou a loira ficando em sua frente, tentando cobrir a mesma. - VOU ME LIVRAR DE VOCÊ E DA PORCARIA DA SUA CRIANÇA! EU DEVIA TER FEITO ISSO COM VOCÊ DOIS TAMBÉM! - 

 

 Mais um tiro foi escutado, Levy estava petrificada ainda apontando para os dois que brigavam em sua frente, mas nem seu dedo estava perto do gatilho, Wendy gritou assustada, estava encolhida na estante protegendo Emma que chorava em seus braços, Lucy nada podia ver, Thales a protegia com tudo que tinha. 

 

Diego: Você matou nossa mãe? - Perguntou quase em um sussurro.  

 

 A porta se abriu em um baque, mostrando um Natsu aflito passando por ela, olhando para todos os lados e não sabendo para qual ir.  

Lucy virou um pouco a cabeça para olhar para trás de Thales e viu Natsu, uma paz surgiu em seu peito. 

 

Lucy: Ajude Diego! Natsu! - 

 

 Ele apenas obedeceu, sem pestanejar, entendeu que Diego era o garoto magro que já não tinha mais forças para segurar August, Lyon passou junto de Natsu e foram na direção de August, Natsu o desarmou no mesmo instante e segurou seu pulso o forçando para traz, Lyon fez o mesmo com o outro braço, imobilizando completamente o August e Diego pode finalmente soltar o ex chefe. 

 Mais alguns homens fardados entraram junto de Alzack e seguraram August no lugar de Natsu e Lyon. Com calma Lyon foi desarmando Levy que ainda estava em completo choque e suas mão geladas estavam travadas segurando a arma, mas assim que viu Gajeel passando pela porta ela se desmontou em lágrimas perdendo as forças das pernas e caindo sentada no chão. Wendy estava com Emma nos braços sendo cuidada por um dos policias quando apareceu na frente do casal, Levy estendeu seus braços trêmulos para a pequena Emma que quando a viu diminuiu o choro e esticou os bracinhos na direção da mãe. Gajeel puxou Wendy para mais perto e abraçou as três agradecendo a todos os seres superiores por sua família estar bem. 

 

Alzack: Dessa vez você vai apodrecer na cadeia da pior forma possível seu miserável. - Disse enquanto algemava o homem

 

 Os policias ainda estavam confusos se prendiam os gêmeos também ou não, Diego estava indo na direção do irmão que ainda estava abraçado a Lucy.  

 

Natsu: Lucy! - Falou tirando o colete e indo na direção de sua amada que ainda estava no chão. Thales não soltava Lucy por nada, Diego tentou chamar seu irmão, mas ele apenas chorava abraçado a loira. Natsu tentava entender o que se passava, mal podia ver o rosto de sua noiva. Quando ouviu sua voz. 

Lucy: Está tudo bem... - Sussurrou para Thales, mas foi ouvido por metade das pessoas ao redor deles. - August! - Chamou. Natsu ficou confuso igual a todos ali. Ela levantou seu rosto, sua mão esquerda estava apoiada no ombro direto de Thales que ainda estava em sua frente em forma de proteção, seu rosto passou pelo ombro esquerdo do garoto olhando para o homem prestes a ser levado da sala. - Responda à pergunta do Diego! -  

August: Sério isso? - Ele riu histericamente. - Está preocupada com isso agora? - 

Lucy: Responda!! -  

August: Sim! Eu matei aquela puta! Era minha refém, mulher de um homem que me devia muito dinheiro, ele havia pego muito dinheiro para cuidar da esposa grávida, mas não me pagou, então era uma troca o dinheiro pela esposa, ele não arrumou o dinheiro a tempo e a vadia deu à luz na minha frente de tanto medo que sentia, a matei depois de ver os lindos filhinhos dela!! - 

Gajeel: Seu monstro... -  

 

 Diego estava caído de joelhos no chão, seu rosto inexpressivo, lágrimas caindo sem parar, Thales soluçava mais que antes e isso deu toda a força que Lucy precisava.  

 

Lucy: Desgraçado... - 

August: É ISSO MESMO! E VOCÊ NÃO PO-

 

BANG 

 

 Inesperado, rápido e certeiro. 

 Ninguém havia entendido o que tinha acabado de acontecer, estavam olhando para August enquanto ele falava quando o som do tiro veio e do nada uma marca foi feita na testa do mesmo, ainda de olhos e boca aberta, foi assim que August caiu duro no chão, morto. 

 

Lucy: Filho... da puta. - Todos mudaram seus olhares para Lucy, ainda apoiada em Thales, mas agora com seu braço estirado na direção de onde estava August, a arma em sua mão, era a de um dos gêmeos. - A apodreça no inferno. - 

Alzack: Heartfilia! - Falou com raiva. - Era para ele pagar com os pecados dele na cadeia! - 

Lucy: Para fugir de novo... daqui a uns anos? Foda-se. - Disse soltando a arma e tentando se recompor. - O diabo vai cuidar melhor dele... De lá não tem como escapar. - 

Natsu: Lucy, meu amor. - Ele se abaixou ao lado da loira e deu um beijo em sua testa e encarou feito o garoto que ainda não havia a soltado.  

Lucy: Está tudo bem, Thales já acabou... pode me soltar. - Disse tentando respirar normalmente.  

Diego: Irmão. - Chamou se pondo do lado dos dois. Os policias já estavam tirando o corpo de August da sala, Gajeel e sua família se aproximava deles tentando ver o que acontecia, apenas Lyon, Alzack e dois policiais ficaram na sala. - Thales solte-a, o marido dela chegou. Está tudo bem. - Mas ainda nada. 

Lyon: Moleques vocês sabem que serão presos também, não é? - Resmungou encostado na parede enquanto observava tudo. 

Levy: Eles... Eles não são maus! Mesmo depois de tudo... Nos protegeram! - Disse enxugando as lágrimas. 

Diego: Isso não apaga o fato de termos obedecido quase todas as ordens do August... - Alzack apenas confirmou com a cabeça e ficou encarando os irmãos. - Vamos Thales, precisamos ir com eles. - 

Thales: Des... Descul-pa. - Finalmente falou algo, ainda soluçando e chorando. Levantou sua cabeça olhando com desespero para Natsu. - Era pra mim! PARA MIM! - 

Natsu: Calma, não estou entendendo nada... respira e fala o que foi. -  

 

 Ninguém estava entendendo nada, Thales não parava de pedir desculpa, foi quando uma luz se acendeu na cabeça de Diego e aparentemente na de Wendy e Levy também, pois todos tiveram a mesma expressão. 

 

Wendy: O tiro na mão de Thales... - Disse já com lágrimas nos olhos, mesmo sem ter a certeza de nada. 

Levy: Não... - Sussurrou entrando em desespero novamente e pondo as mãos na frente da boca, sentindo as lágrimas escorrerem novamente. 

Diego: Lucy? - A mão que antes estava nos ombros do irmão tentando acalma-lo agora estavam caídas do lado de seu corpo enquanto seu corpo começava a tremer. 

Thales: Levem ela! RÁPIDO! - Gritou se afastando um pouco e puxando a gola da camisa de Natsu. - Ela... não é uma pessoa ruim... para sofrer mais... por favor! -  

 

 Vendo o desespero do garoto ele o puxou para trás, pois não conseguia analisar Lucy. E o pavor tomou o rosto de todos assim que Thales foi afastado da loira.  

Sangue. 

 Era o que se podia ver do lado esquerdo da barriga de Lucy. 

 O tiro que Thales havia tomado de raspão na mão mais cedo desviou de direção passando por ele e acertando a loira que estava no meio dele e do seu irmão. 

 

Natsu: LUCY! - Gritou segurando o rosto da mulher que já não tinha tanto calor. Pressionou a mão na barriga da mesma e podia sentir a pulsação do sangue saindo como louco. - Não.. Não não não! -  

Lucy: Aquele desgraçado... Fez vocês sofrerem tanto... - Disse ainda olhando para os gêmeos que agora se desmanchavam em lágrimas, a única pessoa que havia demostrado carinho verdadeiro por eles estava agora morrendo em sua frente. - Não se culpem por isso... Vocês são... bons meninos. - 

Natsu: Para! Para de falar! Chamem uma ambulância droga! - Ordenou olhando para Alzack que já estava com o celular na orelha a um certo tempo. - Meu amor... - As lágrimas não paravam de descer no rosto de Natsu. 

Lucy: Desculpa... Eu te causo tanto... pro..blema. - Disse com dificuldade, seus olhos estavam fundos, pareciam perder o foco. - Eu te a...mo tá? - 

Natsu: Por favor... para de falar.. Vai ficar tudo bem! Foi só um arranhão. - Falava tentando acalmá-la, mas no fundo tentava enganar a si mesmo.  

Lucy: Luck... queria tanto... ser irmão mais... velho. - 

Natsu: PARA! ELE VAI SER! ELE VAI SER IRMÃO MAIS VELHO! - Gritava sentindo a cabeça de Lucy pesar mais em suas mãos. 

Alzack: Não a deite! - Alertou ainda no telefone. - Pode abrir mais o ferimento e ela perderá mais sangue! -  

Lucy: Eles estão... sufocados... Natsu! - Seus olhos agora estavam completamente opacos, lágrimas a cegavam completamente. - Dói... dói Natsu... - 

 

 Levy não conseguia olhar, estava com a cabeça apoiada no peitoral de Gajeel enquanto segurava sua filha, Wendy fazia o mesmo para não olhar. Diego abraçava Thales com toda força que podia, ele sempre foi o mais emotivo e Diego sabia que ele havia criado uma conexão muito estranha com Lucy, ele estava a vendo como mãe, mesmo provavelmente sendo muito mais nova que a mãe verdadeira deles. 

 Natsu já havia perdido todo o controle, estava em pânico completo pânico, ouvir Lucy chorar, sentindo dor, gelando em seus braços estava acabando com ele. 

 

Lucy: Natsu... - O chamou e ele a olhou em desespero. - Eu não... consigo... - 

Alzack: Não a deixa dormir! - Disse se aproximando. - Onde está a merda da ambulância? - Exclamou para o telefone, mas nem precisou de respostas um grupo de médicos começou a passar pela porta.  

Natsu: Vai ficar tudo bem! - Disse esperançoso ao ver os socorristas. - Veja Lucy, você vai-  

 

Os olhos chocolates da sua amada já estavam fechados. Sem reação. Foi como Natsu ficou. Travado no lugar olhando para Lucy desacordada. Logo ela já não estava mais em seus braços. Mas ele ainda sentia como se ela estivesse ali, o calor de seu sangue ainda estava em suas mãos, as lágrimas já haviam secado, mas ele ainda as sentia em seu rosto, Gajeel o chamava sem parar, só se ouvia choro pela sala, Alzack o tirou do chão o levando para o hospital, se era tarde, eles não sabiam. 

 


Notas Finais


Ai gente meu coração ta quebrando escrevendo isso!
Não me matem!!
E ai o que acharam?


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