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História A Fotografia - Dramione - O Segredo


Escrita por: faouzia

Notas do Autor


Olha quem voltou mais cedo!!!!! <3
Voltei em comemoração aos 80 favoritos e mais de 50 comentários! Obrigadão!

Espero que gostem e desculpem qualquer erro ortográfico. Tenham uma boa leitura. <3

Capítulo 5 - O Segredo


- Hermione, eu ouvi direito o que esse boi acabou de dizer do meu Momô ou estou tendo alucinações!? - a ruiva elevou o tom de voz.

 

Porra… Era o início de um sonho e estava começando a dar tudo errado! Ginevra Molly Weasley, eu vou te matar!

 

- Se eu sou o boi, você, com toda certeza, é a vaca. - o homem negro retrucou enquanto cruzava os braços e sorria cínico.

- Mas que filho da...

- Ginevra! - interrompi a Weasley. Meu Deus, que vergonha... - Você prometeu se comportar!

- Ginevra!? Que nome mais… majestoso. - debochou Zabini que estava visivelmente se divertindo com o surto de Gina.

- Ah, porque Blásio é realmente um nome muito lindo! Me poupe, boi. - eu não sei mais o que fazer com esses dois, as pessoas ao redor estavam começando a olhar para a cena e meu medo era que o Homem Quente achasse que eu sou tão louca quanto a desbocada que chamo de amiga.

- Blásio, você tem que parar com essa mania infantil de tentar implicar com uma mulher quando se sente atraído por ela. - Draco comentou de forma despreocupada enquanto apoiava seus braços no balcão do estabelecimento. E que braços, que voz, que homem... - Meninas, peço desculpas pelos modos de meu melhor amigo. Sentem-se, por favor.

 

Eu estava petrificada com a sensualidade que esse homem emanava nas mais simples coisas que fazia e conhecia Gina o suficiente para saber que ela estava da mesma forma. Nós duas nos sentamos prontamente, eu estava sentada entre o Homem Quente e a minha melhor amiga.

 

- Malfoy, você sabe que não resisto a mulheres irritadas. Elas são meu ponto fraco. - Blásio comentou divertido e piscou o olho na direção da Weasley.

- Você me conhece a menos de dez minutos, seu maníaco do caralho… - Ginevra resmungou cruzando os braços e foi aí que ouvimos uma gargalhada. Virei minha cabeça para ver quem estava rindo da situação e caramba… Draco Malfoy tinha a gargalhada mais gostosa que eu já ouvi em toda a minha vida, tive que me controlar e por pouco não o convidei para rir próximo ao meu ouvido.

- Pelo visto vocês não vão parar com a implicância nem tão cedo. - o loiro gostoso comentou risonho e me olhou. - Granger, você viria comigo para um lugar pacífico e longe desses dois?

- C-claro. - gaguejei e ele sorriu de canto. Porra, agora o Malfoy sabe que eu tô caidinha o suficiente para ir a qualquer lugar que ele sugerisse.

- Blásio, peça para Pansy levar ao Studio o de sempre, mas dessa vez em dose dupla. - pediu para o amigo que encarava nós dois com um sorriso divertido. - Foi um imenso prazer conhecê-la, Weasley.

- O prazer foi meu, Malfoy. Pena que não posso dizer o mesmo sobre certas pessoas… - a ruiva revirou os olhos.

- Era para eu ficar ofendido com isso? - Zabini se apoiou no balcão enquanto arqueava uma de suas sobrancelhas como forma de desafio. Santo Cristo, eles não têm limites…

- Vem comigo. - ouvi a voz rouca ao pé de meu ouvido e não contive o arrepio involuntário quando a mão quente do loiro se entrelaçou na minha. Sorte minha estar de jaqueta.

 

Levantei-me do banco e segui de mãos dadas com o Homem Quente até uma porta de cor amadeirada que ficava em uma parede após o longo balcão da cafeteria. Draco abriu a porta e eu pude ver a escadaria que ela escondia. Continuei o acompanhando em silêncio até ver para onde ele havia me levado. Era o seu Studio de tatuagem e o lugar era… incrível! Completamente amplo e suas paredes eram divididas entre os tons de preto e verde, cheias de espelhos e quadros pendurados com desenhos que provavelmente foram feitos pelo loiro. Mesas com vários esboços espalhados de maneira despreocupada, sofás pretos e poltronas prateadas devidamente posicionadas que davam um ar chique e moderno para o local, mas o que mais chamou minha atenção foi a enorme prateleira de livros que fica lado do único sofá prateado do local. Tudo naquele Studio me fez concluir que a combinação de luxo e rebeldia era perfeita.

 

- Seja bem vinda ao Poison Tattoo Studio, Hermione. Espero que tenha gostado de meu humilde negócio. - Malfoy sorriu minimamente e soltou minha mão.

- Esse lugar é tudo, menos humilde. - falei em um tom baixo, mas provavelmente o Homem Quente escutou já que o sorriso cresceu por entre seus lábios avermelhados. - É lindo, Draco. Eu adorei. - e caminhei lentamente em direção a estante de livros. Ora, eu estava sim bastante a fim de Malfoy, mas meu interesse por livros existe a mais tempo. Por favor, não me julguem!

- Essa estante é o meu xodó. Depois de Lúcifer, claro. - disse ele enquanto me analisava passar meus dedos de forma despreocupada por entre os vários títulos de livros. Haviam obras de William Shakespeare; Fiódor Dostoiévski; George Orwell; Virginia Woolf; dentre outros.

- Lúcifer? - perguntei parando de admirar a estante e o observei encostar-se em umas poltronas próximas. Draco parecia observar cada gesto meu.

- Meu cachorro de estimação. - e Malfoy deu mais um daqueles sorrisos, que maldito… Ele sabe que mexe comigo e está fazendo de propósito, só pode.

- Mas por que esse nome? - sorri de volta para Draco e caminhei em sua direção.

- Ninguém vai ter medo de um cachorro chamado Fofuxo, não é mesmo? - porra, ele tá olhando para a minha boca ou é impressão minha!? - Me fale sobre você, o que gosta de fazer, Granger? Além de tirar foto de Homens Quentes no metrô, é claro. - o loiro provocou.

- Minha vida não é muito interessante, senhor Malfoy. - dei ênfase em seu sobrenome. - Gosto de poucas coisas além de estudar, assistir filmes com minha amiga, cuidar de meu gato, ler livros e ouvir músicas. - disse sem quebrar o contato visual que tínhamos estabelecido. Seus olhos pareciam uma tempestade cinza que eu teria o maior prazer de desfrutar, se ele permitisse. - E foi um Homem Quente, fotografei somente um. Você.

- Sinto-me, de certa forma, lisonjeado em ser o único. - falou em um tom baixo e o senti por uma de suas mãos em minha cintura devido a proximidade. Dava para sentir a temperatura elevada que ele emanava, mesmo com a minha blusa impedindo o contato direto entre as peles. O que esse Homem Quente tem nas mãos? Lava vulcânica?

 

Hermione, você acabou de conhecê-lo, não o beije agora. Sua descontrolada. Em uma tentativa de não me precipitar, respirei fundo, olhei para o braço repousado em minha cintura e pude ver algumas tatuagens sob a pele alva do homem. Eu juro que foi um gesto automático quando meus dedos passaram a dedilhar e contornar cada uma delas, a admirar os desenhos e traços, principalmente da maior de todas, era uma cobra enroscada em uma rosa vermelha. Eu sabia que Draco estava observando atentamente cada uma de minhas ações, eu sentia o peso daquele olhar e voltei minha atenção para seu rosto. O castanho encarou o cinza-azulado, estávamos tão próximos e o olhar do Homem alternava entre meus olhos e minha boca. Não precisava dizer mais nada. Quer saber? Foda-se se estou me precipitando, já diria uma pensadora contemporânea: melhor se arrepender do que passar vontade.

 

- Desculpa atrapalhar a tensão sexual que está irradiando até na calçada de meu casto Coffee Lab, mas vim trazer pessoalmente o pedido. - uma terceira voz toma conta do lugar e me afastei do loiro rapidamente. Era Zabini. - E também trazer a vaca que quer falar contigo, Hermione.

- Eu tenho boca, boi. Não preciso de um mensageiro. - Gina revirou os olhos e se aproximou de mim. - Amiga, me desculpe por atrapalhar o clima, mas preciso de seu celular. O meu descarregou e Momô simplesmente não quer ligar! Eu juro que tentei ir embora para não cometer um homicídio.

- O prazer de ver de camarote o show de fumaça que a lata-velha amarela deu foi indescritível. - Blásio comentou enquanto depositava a bandeja com café e biscoitos em uma mesa próxima a gente. - Ela se recusou a pedir minha ajuda, então tive que interrompê-los.

- Não seja um pentelho, Zabini. Deixe a garota em paz. - Draco deu um leve tapa na nuca do amigo que riu alto do ato. Dava para perceber de longe a amizade e afeto que sentiam um pelo outro.

- Gina, eu já te disse para vendê-lo. O Potter deve não aguentar mais tentar fazer milagre no Momô! - exasperei e entreguei o celular para Weasley mais nova.

- Você sabe muito bem o valor sentimental que aquele fusca tem para mim, sua safada. Eu não vou vender. - disse e se afastou da gente para poder efetuar a ligação.

- Que valor sentimental é esse que ela tem pelo carro? - Malfoy perguntou. - Me desculpe se estiver sendo intrometido. - e colocou um dos biscoitos na boca. Eu queria que ele colocasse outra coisa...

- O Momô foi o último presente que o Senhor Weasley deu a ela antes de falecer. - suspirei.

- Agora me senti até mal por rir do fusquinha amarelo… - Blásio comentou e olhou na direção de Ginevra que falava ao celular.

- Não precisa se sentir assim, até eu fico zoando e sinto no bolso o prejuízo que esse carro dá. - sorri de canto para o homem e tomei um gole de café. - A diferença é que eu tenho licença poética e financeira para fazer piada à vontade.

- Harry virá buscar o carro. - disse a ruiva que se aproximava da mesa onde nós três estávamos conversando. - Mione, o dinheiro que seria usado para pagar a indenização do seu processo por fotografar o Malfoy, sem permissão - enfatizou - será destinado ao conserto de Momô, espero que entenda.

- Nada de novo sob o sol, amiga. - sorri sincera e ofereci o meu copo de café para ela. Copo este que foi prontamente aceito, diga-se de passagem. Gina e eu não tínhamos frescuras uma com a outra.

- Se o conserto for muito caro, eu ficarei feliz em poder ajudar. - o loiro sugeriu me encarando. Puta merda, esse macho tem noção do quanto esse olhar matador está me afetando em partes inapropriadas? Draco Malfoy é a personificação do atentado ao pudor...

- Oh, não. - neguei com a cabeça. - Não precisa, nos conhecemos a pouquíssimo tempo e mesmo que fosse há muito, nós duas vamos nos virar. Não precisa se incomodar, de verdade. - tentei justificar sem parecer grossa.

- Hermione, Draco Malfoy é podre de rico. - Blásio comentou de forma despreocupada e seu amigo bufou em reprovação. - Quem você acha que é o dono deste prédio? Além de ser sócio do Coffee Lab junto comigo… - okay, agora eu fiquei surpresa.

- Eu só investi o dinheiro, o talento para isso é seu. - Malfoy amassou um guardanapo e jogou no amigo fofoqueiro. - Quem tem dinheiro é a minha família, não eu.

- Típica desculpa de gente rica... - a Weasley disse rindo e sua risada foi acompanhada por Zabini, mas somente uma pergunta pairava sob a minha cabeça depois dessa revelação:

- Se você é rico… Por que estava andando de metrô? - encarei o Homem Quente.

- Passear pela cidade ajuda no processo criativo de meus desenhos. - Draco me respondeu de maneira simples, porém com um contato visual intenso. Eu ainda não estava acostumada em ser olhada dessa forma. - As vezes eu  tenho a sorte de achar alguma fonte de inspiração.

- E dessa vez encontrou inspiração? - perguntei mantendo o contato visual estabelecido por ele. Esquecendo-me totalmente que tínhamos companhia.

- Sim. - e tomou mais um gole de café.

- E o que te inspirou? - a curiosidade estava me matando e eu não podia evitar. Me dêem um desconto, por favor!

- Você. - disse o loiro e sorriu sacana. Puta que me pariu… Esse cretino vai acabar comigo!

- Porra! - ouvi Ginevra exclamar ao meu lado, ela estava com os olhos arregalados e alternava o olhar espantado entre eu e Malfoy. - Boi, vamos esperar Harry lá embaixo. Esses dois vão se comer daqui a pouco e eu não tenho fetiche em ser voyeur da minha melhor amiga.

- Vamos, vaca. - o homem negro riu em nossa direção. - Não quero perder a minha inocência dessa forma…

- Aí não tem mais resquício de inocência para ser perdida, Zabini. Não minta, você não engana ninguém. - o loiro encostou-se na mesa ficando de costas para mim e olhando para o amigo que não tirava o sorriso malicioso do rosto.

 

Vimos os dois passarem pela porta e a fecharem. Eu não sabia nem o que dizer depois do tiro que havia acabado de receber. Por que provoco se depois não aguento o tranco até o fim? Durante esses breves segundos, eu me pus a observar Draco de costas, elas eram bem largas por sinal, mas devidamente proporcional a sua altura. Ao olhar para a nuca constatei que a gola de sua camisa deixava escapar parte de uma tatuagem que o loiro possuía. Fui pega no flagra quando Malfoy desencostou da mesa, voltou sua atenção para mim e sorriu de canto.

 

- Quer tirar mais uma foto, Granger? - Santo Caralho, esse filho de uma belíssima mãe me provocava sem pudor algum! Como lidar com isso!?

- Lembro-me de você dizer por mensagem que era tímido. - o desafiei.

- Eu sou tímido demais para ser modelo, mas não para dizer o que penso. - e ele seguia aproximando-se de mim, como um predador e eu estava completamente disposta a ser sua presa.

- Então é tímido demais para fazer o que pensa? - levantei meu rosto para o encarar. Nem eu estava me reconhecendo nesse momento.

- Hermione, você pode guardar um segredo meu? - Draco sussurrou e eu assenti ainda hipnotizada por suas orbes azuis-acinzentadas. - Eu quero te beijar agora.

- Então beije, porque eu também quero que você o faça.


Notas Finais


O flerte foi muito corrido? O fogo desses dois tá impossível de conter! KKKKKKKKK

Deixem opiniões, críticas ou o que quiserem! Adoro ler tudo!
Gostaria de avisar que talvez, TALVEZ eu demore um pouco para trazer o próximo capítulo. Estarei concluíndo o relatório final do meu projeto de pesquisa, mas tentatei atualizar a fanfic o mais rápido possível. <3

Ps. vai ter Gina narrando, hein. Aguardem.


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