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História A Fúria de um homem gentil. - HIATO - Cultivando lealdade.


Escrita por: T_Corbyn

Notas do Autor


Opa.

Primeiramente, algumas informações que eu acho importante repassar, a respeito do enredo:

- Neste universo, Mineta não existe (amém). Yuki está no lugar da uva ambulante.
- Sim, a Melissa é filha da All-Might com o David Shield.
- David era um inventor famoso, e amigo da All-Might. Mas, depois de se casarem, ela mostrou sua "verdadeira face", e ele simplesmente passou a viver preso em casa, e só pode desenvolver tecnologia para ela e para Melissa.

Segundamente, eu decidi dar uma "rushada" nessa história, justamente por ser a que eu tenho mais coisa em mente pra desenvolver. Não, eu não deixei as outras de lado, mas vou dar prioridade a esta daqui e, com o que eu tenho planejado, sapoha vai longe.

Boa leitura. =)

Capítulo 17 - Cultivando lealdade.


=== ===

 

Segundo dia de aula. Eba…

Estava seguindo pelos corredores, em direção à minha sala.

 - Bom dia. - Disse alguém.

 - Bom dia, Shinsou. - Respondi, amigavelmente. - Eu ia perguntar se você dormiu bem, mas…

 - Minhas olheiras mostram que não. - Ele riu. - Não é a primeira vez que ouço isto.

 - Na verdade… eu ia dizer que vampiros não precisam de tal coisa. Não é mesmo?

 - Muito astuto… Alpha. - Ele rebateu, com um sorriso discreto. - Fui enviado pela nossa “amiga em comum”, para facilitar a comunicação entre vocês.

 - Mande minhas saudações à Imperatriz. - Disse, formalmente.

 - Farei isso. - Ele respondeu, dando mais um gole de seu fiel copo térmico. - Ela também manda lembranças.

Caminhando mais um pouco, vimos Kirishima perto da porta da 1-H, olhando para nós e acenando, enquanto sorria animadamente.

 - Coitado. - Comentei discretamente, enquanto acenava de volta para o ruivo. - Parece que ele não faz a mínima ideia de quem é.

 - Achei que ele fosse da sua espécie. - Disse o insone ao meu lado.

 - E eu achei que ele fosse da sua. - Respondi. - Então, ele não é igual a nós…

 - Mas ele é um Filho de Gaia. - Shinsou afirmou. - Faz parte da Família.

 - O sangue dele… tem a Fúria.

 - Bom dia, pessoal! - Disse o ruivo, sem deixar de sorrir. - Do que estavam falando?

 - Nada não. - Respondi, tranquilamente. - Apenas discutindo sobre nossas escolhas na tarefa que o Power Loader nos deu.

 - Vamos entrando. - Disse o insone, já passando pela porta.

Entramos na sala e assumimos nossos lugares. Hatsume parecia um pouco mais calma hoje, mas decidi não arriscar.

 - Bom dia. - Disse Power Loader, ao entrar na sala. - Acredito que vocês tiveram tempo para decidir sobre quem da 1-A vocês irão ajudar. Shinsou?

 - A tal da Uraraka. Gostei dela.

 - Hatsume, quem você escolheu?

 - A filha da Green-Pulse, e a filha da Endeavor.

 - Kirishima?

 - Eu… - Ele hesitou. - Eu vou ajudar a Ashido…

 - E você, Izuku? 

 - Yuki Takami e Katsumi Bakugou.

 - Muito bem. - O professor suspirou. - Vamos começar a aula teórica, então.

Mais uma vez… foram quatro horas de puro tédio concentrado. Aproveitei o tempo para rabiscar algumas ideias para o traje da Yuki, me baseando em algumas informações que havia pedido para ela mais cedo. Comecei a fingir prestar atenção na aula, depois de chegar a um design que me deixou satisfeito.

 - Muito bem, isto finaliza a parte teórica de hoje. - Power Loader bufou. - No período da tarde, quero que vistam seus uniformes de ginástica e se dirijam ao laboratório, para começarmos o desenvolvimento.

Nos retiramos da sala e seguimos para o refeitório. Shinsou optou por salada mais uma vez, enquanto Kirishima pegou um pouco de sushi. Optei pelo mesmo que o Vampirinho. Um pouco de salada às vezes é bom.

Seguimos para uma mesa vazia e, para variar, Hatsume foi para o outro lado. Yuki chegou depois de alguns minutos, e então começamos a conversar sobre coisas aleatórias.

 - Kirishima. - Chamei.

 - Oi? - Ele me encarou, com um sorriso amigável.

 - O que aconteceu entre você e a tal Ashido?

 - N-não foi nada. - Ele abaixou a cabeça. - Você nem acreditariam, mesmo…

 - E por que diz isso? 

O ruivo respirou fundo, e então:

 - Eu… era bastante zoado na minha escola, principalmente pelas garotas. - Ele disse. - Mas acho que já devem saber o motivo.

 - Você nasceu homem. - Respondi. - Ela também fazia isso com você?

 - Não… - Ele respondeu. - A Ashido entrou no meio do último ano. Ela se aproximou de mim, fez amizade e, por um bom tempo, achei que tinha ganhado uma amiga. Mas…

Ele suspirou pesadamente.

 - Uma semana antes das aulas acabarem, a turma organizou uma festa, e a Ashido disse que poderia ser na casa dela. Eu não queria ir, mas ela acabou me convencendo, e eu fui. Durante a festa… colocaram algo na minha bebida.

Apenas encaramos o ruivo, em completo silêncio.

 - Quando eu acordei… estava nu, em um quarto que eu conhecia bem. Era o quarto dela. Eu olhei no espelho, e vi um corte sangrando no meu rosto. - Ele apontou para a pequena cicatriz em seu olho. - Me vesti novamente e, quanto saí… toda a turma estava me encarando com raiva. Ela estava abraçada em uma garota aleatória da turma, enquanto fingia chorar e dizia que eu… eu havia tentado...

Eu conseguia conter a minha Fúria, mas Yuki não parecia ter sucesso. Podia escutar seus dentes rangendo.

 - No outro dia, ela me mostrou um vídeo, onde ficava bem claro que ela tinha armado tudo. - O ruivo começou a expressar raiva.

 - Você tem o vídeo com você? - O insone se aproximou de Kirishima.

 - Não. Está com ela. 

Enquanto eles conversavam, peguei meu celular.

 - Já tentou falar a verdade para alguém? - Yuki perguntou.

 - A palavra desse idiota não vale de nada, sem o vídeo. - A rosada se manifestou, com um sorriso de escárnio.

Continuei com os olhos no celular, até que recebi a notificação que estava esperando.

 - Você está falando… desse vídeo?

Segurei o aparelho horizontalmente, e rodei o vídeo que havia acabado de receber. Cara, eu preciso dar um aumento para os hackers da Kadosh, ou pelo menos um vale-pizza...

 - C-como você…? - Ela hiperventilou, com os olhos arregalados.

 - Eu tenho contatos. - Respondi, mexendo rapidamente no celular e mandando o vídeo para o ruivo. - Ah, e eles disseram que você deveria arranjar um celular mais seguro. Você não vai querer que essas outras fotos vazem. Ou talvez queira. Sem julgamentos…

Ela tentou achar algum modo de argumentar, mas simplesmente desistiu e voltou para sua mesa, morrendo de vergonha.

 - Por que fez isso? - O ruivo questionou.

 - Porque acreditei em você. - Respondi. - E porque é meu amigo.

 - S-sério?

 - Oh, não, não… me desculpe por ter dito isso. - Disse, enquanto ele abaixava a cabeça. - Você é Família. 

Ele me encarou, com os olhos brilhando e algumas lágrimas arriscando em sair.

 - E ele fica bem irritado quando mexem com a Família. - Yuki sorriu.

 

=== ===

 

 - Tem certeza, Kirishima? - Power Loader perguntou.

 - Sim, Sensei. - O ruivo respondeu, com firmeza na voz. - Decidi que quero ajudar outra aluna. 

 - Muito bem, então. E quem você escolheu?

 - Katsumi Bakugou. Izuku e eu conversamos, e decidi ajudá-la.

 - Está realmente de acordo com isso, Midoriya?

 - Sim, Sensei. - Respondi, enquanto analisava o meu projeto. - Yuki não enviou seu traje antes das aulas começarem, então eu terei que construí-lo do zero. Preciso de tempo pra isso, e por isso deixei o traje da Bakugou aos cuidados de Kirishima.

 - Certo. - Ele assentiu. - Com exceção da Srta. Takami, todos os outros trajes estão prontos, de acordo com o que foi solicitado, mas os itens de suporte ainda não foram feitos. A 1-A fará mais um teste básico hoje, e irei chamar as alunas que vocês escolheram aqui, para que vocês conversem sobre os equipamentos.

Power Loader saiu da sala, e todos começaram a revisar os pedidos das alunas escolhidas.

 - Ei, Izuku… - O ruivo se aproximou. - Valeu por ter me ajudado com a Ashido.

 - É pra isso que serve a Família. - Eu sorri, logo retornando para os meus projetos.

Comecei a fazer algumas anotações e calcular a resistência de alguns materiais, até que a porta se abriu, com Power Loader retornando. Atrás dele, entraram Yuki, Naomi e Katsumi, além da menina de cabelos castanhos que conheci durante o teste de admissão, e uma outra garota com cabelos bicolores e olhar esnobe.

 - Oi, Izuku. - Disse a loira, amigavelmente.

 - Oi, Katsumi. - Respondi. - Ei, Kirishima!

 - Sim? - O ruivo se aproximou.

 - Sua cobaia. - Brinquei, apontando para a loira.

 - Ah, sim. - Ele chegou mais perto de Katsumi e estendeu sua mão. - Eijirou Kirishima. Prazer!

 - O-oi. - A loira ficou sem jeito. - E-então você é quem vai criar meus itens de suporte?

 - Eu mesmo! - Kirishima estufou o peito, apontando para si mesmo. - Vem comigo! Eu tive umas ideias bem legais para as suas manoplas!

 - O-ok… - Katsumi suspirou, seguindo o ruivo.

 - Vem comigo, Marrenta. - Chamei. - Quero te mostrar o projeto do seu traje.

 - Eba… - Ela esfregou as mãos em ansiedade, enquanto me seguia até a minha bancada de trabalho.

 - Bom, como o Kailindô, junto com a sua “individualidade”, já são poderosos o suficiente, eu imaginei que poderíamos usar uma base bem simples. - Expliquei, enquanto mostrava o desenho inicial que eu havia feito.

 - Tem razão. Além do mais… - Ela lançou um sorriso brincalhão. - Não tenho certeza se vou completar os meus estudos… Vai que acontece algo, né?

 - Eu pensei em um traje atlético simples, e que não deixe de lado a essência do Kailindô. - Falei, percebendo que uma certa esverdeada havia prestado atenção. - Eu fiz uns cálculos, e consegui criar uma fórmula para um polímero especial. Leve o suficiente para facilitar a movimentação, mas forte o suficiente para aguentar os danos e aumentar o impacto dos ataques.

 - Mas, isso é…?

 - Sim. É cem por cento natural. - Afirmei. - Além disso, também pensei em uma espécie de cinto, equipado com calmante e analgésico, não só pra que você não perca o controle, mas também para ajudar em resgates.

 - Perfeito. - Ela sorriu, indo até mim e me abraçando. - Você é um gênio, Cabelo-de-Árvore.

 - Eu sei, eu sou o máximo. - Brinquei, arrancando risos da garota. - Agora vaza, Marrenta. Preciso de um ambiente calmo pra trabalhar.

 - Sim, Capitão! - Ela zombou, fingindo uma continência.

Eu ri, e então me afundei no trabalho.

 

=== ===

 

 - Terminei.

 - Incrível… - Kirishima suspirou, com os olhos brilhando. - Ficou o máximo, Izuku.

 - Devo admitir. - Hatsume se aproximou, com os braços cruzados. - Eu estava errada. Talvez vocês tenham um pouco de potencial.

 - Agradeço o elogio. - Respondi, enquanto organizava o traje pronto em uma maleta. - E você, Kirishima? Como se saiu com a Bakugou.

 - Ah, eu… gostei dela. - Ele esfregou a nuca, corando um pouco. - Ela é meio cabeça-quente, mas me tratou bem e ouviu as minhas ideias. Terminei a primeira versão das manoplas que ela pediu.

 - Acho que me saí bem com o traje da tal Uraraka. - Disse Shinsou, depois de beber de seu copo térmico. - Fiz algumas mudanças no traje, que ela não havia especificado direito. Também anotei algumas melhorias, mas isso fica pra outra hora.

 - Muito bem. - Power Loader se aproximou. - Vocês se saíram muito bem, para uma primeira aula. Hatsume, Kirishima e Shinsou… vocês cumpriram bem seu papel como desenvolvedores, escutando as necessidades das heroínas e executando suas tarefas com maestria. Izuku… também devo te dar os parabéns. Você não apenas conseguiu criar um ótimo traje, praticamente do zero e em poucas horas, como também se mostrou extremamente criativo, desenvolvendo novas tecnologias.

 - Obrigado, Sensei. - Dissemos em uníssono.

 - Estão dispensados. - Ele disse, exibindo um sorriso discreto. - Eu arrumo as coisas por aqui.

Arrumamos nossas mochilas, e seguimos para a porta.

 - Izuku? - O professor chamou.

 - Precisa de algo, Sensei? - Parei em frente à porta.

Power Loader abaixou a cabeça, respirou fundo, e…

 - A Diretora quer falar com você. Agora.

 

=== ===


Notas Finais


Pergunta aleatória e sem sentido nenhum para as histórias (será?):

Quem aí assiste o RPG do Zerbit?


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