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História A garota da cadeira a frente. - Capítulo 3


Escrita por: Girassol_de_saturno

Capítulo 3 - Capítulo 3


Após o intervalo às aulas pareceram ainda mais arrastadas, parece que o mundo todo ficou em câmera lenta, os ponteiros do relógio, os alunos, até o professor parecia pronunciar sílaba por sílaba separadamente.

[Nome] estava quase dormindo com o queixo apoiado em sua mão quando ouve-se o som estridente do sinal da escola ecoando um grito de liberdade para os alunos entediados.

Os alunos estavam prontos para se levantarem quando foram interrompidos pelo professor.

- Esperem! Eu ainda tenho dever de casa para passar a vocês. - depois que o professor se pronunciou pôde-se ouvir um muxoxo de decepção dos alunos que estavam ansiosos para finalmente irem para casa. - Eu quero façam uma pesquisa de como podemos ter mais acessibilidade no ambiente escola nos dias atuais! O que podemos fazer para atender as necessidades de alunos com deficiências? Vocês abordar uma deficiência  específica se quiserem, não saiam colocando qualquer achismo por favor. Procurem se informar bem, de preferência com quem enfrenta essas dificuldades.

Dito isto, vocês já podem ir!

A turma saiu às pressas da sala deixando o professor pra trás sozinho juntando seus materiais de educador para se encaminhar até a sala dos professores.

- Ei Midoriya! Eu nunca fiz um trabalho assim nas minhas antigas escolas, ele não pareciam se importar muito com as minorias. - [Nome] diz animada em poder se envolver em algo novo. - Quem sabe com essa pesquisa eu não me interesso pela causa?

- Err... [Nome] é muito legal te ver empolgada e tudo mais, só que... Você meio que tem que encontrar o Kacchan...- Midoriya diz transmitindo nervosismo.

- Ah sim, eu não vou! - [Nome] diz pegando na mão do esverdeado e puxando até a entrada/saída da escola.

O adolescente para na mesma hora.

- Como? - o garoto questiona incrédulo.

- E.u n.ã.o v.o.u - ela fala pausadamente.

- Mas você tem que ir - Ele diz com uma cara apavorada.

- Mas eu não quero, eu não tenho nada pra tratar com ele, eu nem conheço ele, eu não gosto dele, eu não quero falar com e pronto! - ela diz voltando a puxa-lo.

E eles atravessam a saída da escola, andam pelo pátio em direção aos portões que dão a rua.

Ao atravessar os portões Midoriya para.

- Você tem certeza? Ainda dá tempo de voltar. - ele fala nervoso.

- Sim, eu tenho certeza absoluta. - ela diz sorrindo - Vamos? Eu tô com fome, quero chegar em casa e almoçar o mais rápido possível!

- Okay... Só espero que o Kacchan não me mate. - ele diz suspirando.

- E por que ele faria isso? Quem o aborreceu fui eu, não você. - ela pergunta. - Vamos Izuku deixa de ser mole, você é um homem ou um rato?

- Eu sou um homem, mas um homem que não quer levar uma surra atoa. - ele diz indignado. - O Kacchan sempre desconta sua raiva e frustração em mim, sempre!

Aquilo deixou [Nome] desconcertada, ela não queria que seu novo amigo, aliás seu único amigo naquela escola apanhasse por causa dela, mais obviamente ela não deixaria que Bakugou batesse em Midoriya, e se batesse ela não deixaria barato pra ele.

- Vamos Izuku! Eu apanho com você, até apanho por você! - ela diz querendo disfarçar.

- O que? De jeito nenhum, eu não vou deixar o Kacchan bater em você! Nem que eu apanhe o dobro, não o triplo! Ou o quíntuplo! Eu não vou me perdoar se permitir isso, que tipo de homem eu seria? - ele fala tentando te fazer se sentir segura.

- Há Há Há, eu agradeço a intenção, mas eu nunca deixaria, nem jamais deixarei alguém me bater, eu sei me defender sozinha, e também não quero que apanhe por mim. - [Nome] sorri.

- Então aquele negócio de apanhar por mim era brincadeira? - ele pergunta.

- Sim e não, se algum dia eu te visse apanhando de um grupo de valentões eu não diria "Oh não bata nele, bata em mim" eu surraria todos eles.

Mas se eu fosse capturada e torturada pra dizer informações sobre você eu jamais diria, preferia morrer que trair a confiança dos meus amigos. - [Nome] diz séria.

- Isso quer dizer que somos amigos? - Ele pergunta.

- Eu pensei que isso já tava claro entre a gente. - [Nome] fala com desinteresse.

- Eu não sei se fico feliz pela sua amizade ou preocupado com o fato de você não se importar em ser torturada. - ele fala espantado.

- Ei ei, eu não disse que não me importava, é claro que me importo, eu sinto dor caralho, eu não gosto de sentir dor não! E também eu faria por amizade. Só por amizade! - [Nome] Fala exaltada.

- Tudo bem, me convenceu. Vai querer pregar alguma religião pra mim também? - ele pergunta.

- Que? Como? - ela pergunta.

- É que você é bem convincente. - Ele gargalha. - Sua casa é muito longe?

- Um pouco, eu preciso pegar ônibus pra chegar até lá. - ela responde.

- A minha é bem pertinho. - ele diz. - Você sabe chegar até o ponto de ônibus mais próximo?

- Sinceramente não, eu vim de táxi com um dinheiro que eu tinha, nem prestei atenção na rua. - [Nome] diz.

- Quer que eu te leve até lá? - ele pergunta.

- Se não for incomodo, ou atrapalhar sua volta pra casa. - [Nome] espera sua resposta.

- Imagina, é bem no caminho pra minha casa, a gente aproveita e conversa mais. Vamos! - Midoriya fala sendo seguido por [Nome].

Os dois jovem andam alguns metros e encontram uma parada.

- Bom, é aqui. Espero que você tenha aprendido onde é, pra poder vir pra escola amanhã. - Ele diz.

- Sim, é até bem simples, o jeito que você perguntou me fez pensar que era um caminho super complexo e confuso. - [Nome] ri.

- Que embaraçoso, desculpe. - O jovem fala, colocando a mão direita atrás do pescoço e esfregando- o com um sinal de vergonha.

- Imagina, bem... É aqui que a gente se despede, até amanhã Midoriya, foi um prazer. - Você mostra a sua mão direita insinuando que quer um aperto de mão.

- O prazer foi todo meu. - ele agarra sua mão apertando-a e movendo para cima e para baixo.

De repente [Nome] o puxa bruscamente para perto e o abraça, sussurrando em seu ouvido.

- Obrigado por ser meu amigo. - Ela diz abraçando-o forte.

No começo o esverdeado se assusta com a demonstração de afeto pública repentina e nada comum entre os japoneses, mas aquele abraço era muito bem-vindo, ele nos últimos anos só recebia abraços de sua mãe, fazia anos que recebera um abraço de seu pai, nem lembrava mais a sensação do abraço dele, de como ele cheirava, só lembrava de sua voz que ele ouvia quando seu pai ligava ocasionalmente perguntando como ele ou sua mãe estavam, e sabia como era seu rosto através de fotos antigas ou de algumas que ele enviava para mostrar como estava sendo seu cotidiano, Midoriya era apenas um garotinho de dois anos quando seu pai foi trabalhar no exterior, ele cresceu sem apoio, sem alguém pra lhe dar um exemplo, é claro que sua mãe fez tudo pra educa-lo e tentar consola-lo, mas ela não conseguia suprir a falta do seu pai, ele queria seu pai de volta principalmente agora em sua adolescência, com tantas mudanças pelo seu corpo, ensinando a como lidar com os valentões.

Seu pai nunca fez tanta falta como nos dois últimos anos pra cá.

E esse abraço de [Nome] foi como respirar depois de muito tempo segurando o fôlego debaixo d'água, um novo abraço, um novo apoio, um novo companheiro, alguém que pudesse lhe ajudar e ficar do seu lado, alguém que ele pudesse se apoiar nos momentos difíceis. Porque ele jamais aborreceria sua mãe, é dolorido pra ele ver o quanto ela sofreu, ele não quer ver ela se afundar mais ainda em sua depressão.

Porque independente do quanto ele sofresse, Midoriya decidiu ser um bom filho.

Um bom filho que não queria vê-la no fundo do poço, não de novo.

Mesmo que significasse sofrer em silêncio.



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