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História A garota da clareira - O que isso quer dizer?


Escrita por: ariiiiadiangelo

Notas do Autor


olá! mais um capitulo para vocês!

Capítulo 19 - O que isso quer dizer?


 Demorou um pouco para entendermos o que realmente estava acontecendo. Saímos da cabana e olhamos a situação. Newt olhava em seu relógio e depois olhava para os muros. Ele fez isso umas cinco vezes e dava para ver confusão e pavor em seu olhar. Olhei para o céu, já estava escurecendo, mas nada dos portões fecharem.

-Eles vão fechar, né? – Chuck perguntou um tempo depois. Dava para sentir o medo em sua voz.

-Todo mundo para a Sede! – Newt gritou, chamando a atenção de todos os clareanos – Peguem lanças, armas, comida, água e tudo o que for útil! Para a Sede, AGORA!

 Começou uma muvuca na clareira, onde todos os clareanos corriam de um lado para o outro. Vi alguns levarem suas poucas armas para dentro da Sede. Era pequeno o lugar, mas dava para caber todo mundo. Vi Caçarola levar água e Gally me encarar com um olhar assassino. Se a situação não estivesse tão caótica, juraria que ele iria me bater.

 Thomas segurou a mão de Chuck e o puxou para a Sede.

-Eu vou buscar Alby com os socorristas – Newt disse e saiu correndo, antes que eu pudesse impedi-lo. Vi Minho correndo para o outro lado. Com isso, corri para a Sede, eu precisava manter a ordem naquele lugar.

 Os clareanos estavam amontoados nos cômodos. Pedi para fazerem silencio e para ficarem de guarda e atentos. Todos estavam armados e eu me arrepiava em imaginar no que poderíamos usar aquelas armas.

 Fui até meu quarto e encontrei Thomas, Chuck, Caçarola, Clint, Teresa, Jacob, Jeff e uns outros meninos. Fiquei surpresa na quantidade de pessoas que cabiam ali. Um tempo depois Minho apareceu e, seguido dele, Newt e Alby.

-Alby? – eu perguntei me levantando e abraçando ele.

-Ele acordou da transformação assim que entrei na enfermaria – Newt disse sorrindo – Foi muita sorte.

 Alby estava bem fisicamente, mas, em seu olhar, dava para ver um pouco de frustração e tristeza. Não sei exatamente o que a transformação faz com as pessoas, mas coisa boa não é. É só olhar para Gally e seu olhar de decepção. Alby tinha esse mesmo olhar. Tudo isso me fazia ter medo do que nos esperava do lado de fora.

-Eu estou bem – Alby disse e se agachou ao nosso lado – Eu vi o Thomas.

 Fiquei surpresa dele estar conseguindo falar sobre o que tinha visto. Todos olhavam para ele, esperando que ele continuasse, mas ele apenas ficou quieto. Queria poder saber o que ele estava pensando. Então ele negou. Ele não conseguia falar sobre isso e eu jurei ter visto algumas lagrimas em seus olhos.

-Tudo bem Alby – Thomas disse colocando uma mão em seu ombro, transmitindo confiança.

 Depois disso ficamos todos em silencio. A única coisa que se ouvia era a respiração dos outros. Por um momento pensei que nada aconteceria. Mas depois de algumas horas assim, ouvimos os barulhos.

 Aquele barulho metálico inconfundível. Como sempre, senti aquele arrepio pelo meu corpo. O som se aproximou aos poucos e eu prendi a respiração, pensando que talvez ajudaria. Vi medo no olhar de Chuck e segurança no olhar de Thomas. Segurei a mão de Newt, que estava ao meu lado e olhei para ele. Só que no olhar dele eu não vi nada. Foi assim que vi a gravidade da situação.

 E, assustando todos, uma garra de um verdugo atravessou a parede da Sede. Foi um movimento barulhento e alto, fazendo todos pularem dos seus lugares e se direcionarem para o lado oposto da tal garra.

 Vi Minho tentar lançar uma lança na direção do Verdugo, mas que não adiantou em nada. Aos poucos a parede foi caindo, revelando a aparência do verdugo inteiro. Ouvimos alguma gritaria no quarto do lado, mas, naquele momento, tínhamos que lidar com aquele bicho.

 Em um movimento rápido, a garra do verdugo avançou mais contra a gente, agarrando a primeira coisa que viu pela frente. Nesse caso, Chuck. Ele foi arrastado pela garra, mas Thomas foi mais rápido e segurou o menino.

 Entrei em desespero e tentei ajudar Thomas, mas outro verdugo apareceu, lançando mais uma vez sua garra contra a gente. Em um segundo, vi Newt sendo jogado pelo outro lado do quarto e caindo no chão desacordado.

-Vai logo! – Thomas disse gritando para mim.

Fiquei em dúvida, mas corri em direção ao Newt. Ele estava desmaiado, porem respirando. Tinha um corte profundo em sua testa.

-Acorda! – eu disse dando uns tapas de leve em seu rosto. Aos poucos pude ver ele mexer o rosto e resmungar algo. Suspirei aliviada.

 Deixei Newt deitado e pedi para que Clint ficasse de olho nele.

Quando voltei a minha atenção a Thomas, vi que Alby ajudava ele. E, do nada, Chuck não estava mais nas garras do verdugo e sim, Alby. Corri para ajudar Thomas e Minho, que tentavam puxar Alby de volta.

-Tirem eles daqui! – Alby gritou – Confio em vocês!

E assim, o verdugo ganhou a luta, levando Alby com ele. Fiquei assustada demais. Alby tinha acabado de acordar, não poderia ser levado assim. Vi Teresa jogar uma vela no outro verdugo, que saiu correndo assustado. Com isso, os dois verdugos foram embora, deixando a clareira destruída.

 Fui até Newt e vi que o mesmo já estava acordado.

-Como você está? – eu disse o abraçando.

-Com dor de cabeça, mas estou bem – ele disse tentando levantar, sem êxito.

Vi Thomas se aproximar. Ele estava bem triste por Alby. Todos estávamos. Gally apareceu na porta bravo demais, mas não fez nada.

-Os muros não vão se fechar – Thomas disse – E os verdugos vão voltar. Precisamos sair daqui o quanto antes.

-A Casa dos Mapas pegou fogo – Chuck disse e eu senti meu coração quebrar.

 Se tínhamos uma saída daquele lugar, ela estava naquela Casa dos mapas. Tanto tempo de trabalho e ela se foi desse jeito. De propósito. Como se fosse um objetivo desses tais criadores, para ver como nos viraríamos a partir disso.

-Sobre isso... – Minho disse aparecendo com vários mapas em seus braços – Eu guardei todos quando vi que a coisa estava ficando feia.

Sorri com aquilo.

-Temos muito trabalho a fazer – Thomas disse erguendo um pouco a voz e chamando a atenção dos outros clareanos – Precisamos de várias pessoas ajudando. Um grupo vai precisar tentar achar um padrão nesses mapas. Outro precisa ajudar os que se machucaram. Esses verdugos vão voltar! Precisamos fazer tudo isso rápido! E honrar Alby!

 Sorri mais uma vez. Thomas tinha voz de líder, espirito de líder. Todos estavam ouvindo ele e, quando vi, todos estavam trabalhando. Seria um longo dia.

 

 Alguns clareanos se machucaram, então eu e Clint estávamos com bastante trabalho. Chuck estava bem apesar de tudo e Thomas estava com as mãos machucadas por ter feito tanta força puxando Chuck. Porem ele não quis ser ajudado, ficou trabalhando com os outros no mapa.

 Newt estava sentado na minha frente enquanto eu fazia um curativo em sua testa. O corte tinha sido profundo, mas ele estava bem. Seu olhar estava meio perdido em algum canto.

-Você está bem? – eu perguntei.

-Já disse, dor de cabeça.

-Não! Eu quis dizer bem por dentro.

Ele demorou para entender minha pergunta, mas ficou me encarando por um tempo. É obvio que ele não estava bem. Alby tinha sido levado, o que deixava todas as responsabilidades em cima dele. Além de ter perdido um amigo, ele podia correr o risco de perder mais alguns. E ele deve estar se sentindo responsabilizado por tudo isso.

-Estou bem – ele disse, mas nem ele acreditou em suas palavras.

 Segurei sua mão e entrelacei nossos dedos.

-Vai ficar tudo bem – eu disse sorrindo.

 

Quando todos os feridos estavam bem, fui até o canto onde os clareanos estavam trabalhando nos mapas. Vários papeis estavam espalhados pelo chão e todos pareciam bem concentrados.

-Emily – Minho disse se aproximando – Estamos muito perto de acharmos algo. Teresa percebeu que quando colocamos os mapas de cada setor do labirinto um em cima do outro, aparece uma letra!

 Fiquei confusa com tudo aquilo. Até que ele mostrou. Ao se colocar quatro mapas de um setor, formava-se a letra A.

-Se continuarmos rápido poderemos achar uma palavra – ele disse e eu pude ver um pouco de esperança em seu olhar.

 Me juntei em uma pilha de mapas e comecei a fazer a mesma coisa, para agilizar o processo. Confesso que estava surpresa em como conseguiram decifrar aquilo, mas no momento aquilo não importava muito.

 Um tempo depois já tínhamos algumas letras e, ao junta-las, formavam a palavra “FLUTUA”.

-Flutua? O que isso quer dizer? – Minho perguntou impaciente.

-Eu não sei – Thomas respondeu – Mas precisamos continuar, ainda temos muitos mapas para fazer.

 E com isso, ficamos o resto do dia fazendo isso. Eu estava morrendo de medo de algum outro verdugo aparecer e estava com sono também, já que não tínhamos dormido a noite anterior. Mas ver aquelas palavras aparecerem me trazia uma espécie de esperança e vontade de continuar. Aos poucos mais palavras foram aparecendo: PEGA, SANGRA, MORTE, RÍGIDO, APERTA.

-Terminamos – Minho disse e eu senti meus ombros relaxarem – Mas o que tudo isso quer dizer?

-Eu não sei – Thomas disse – Mas eu acho que está na hora de sairmos da clareira.


Notas Finais


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