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História A garota da clareira - Entende porque você é tão especial?


Escrita por: ariiiiadiangelo

Capítulo 40 - Entende porque você é tão especial?


Fanfic / Fanfiction A garota da clareira - Entende porque você é tão especial?

 Enquanto Teresa tirava meu sangue com uma agulha, eu desviei o olhar para uma enorme janela que tinha naquela sala. Lembrei do dia em que Gally nos levou para espionar a cidade por meio de um telescópio. Tínhamos visto Teresa bem nessa sala.

-Para quem foi socorrista eu não imaginava que você teria medo de agulhas – ela disse rindo e eu a acompanhei.

-Só não é uma sensação boa – eu disse recolhendo meu braço assim que acabou.

Teresa pegou o frasco de sangue e ficou o encarando por um tempo. Queria saber o que ela estava pensando naquele exato momento, já que ela encarava o mesmo com uma mistura de admiração e medo.

Mas ela pareceu cair na real e saiu de seu transe, correndo para trás de uma bancada com pressa e começando a fazer seja lá o que ela fazia com tudo aquilo.

-Qual é o seu plano com isso? – eu perguntei sentando em uma cadeira na sua frente.

-Durante esses meses que estive no CRUEL – ela começou a dizer sem olhar para mim – Tive a oportunidade de fazer uns experimentos. Meu objetivo era apenas me aproximar de tudo isso aqui, mas acabei me interessando muito mais.

-Com o que?

-Há uma série de pesquisa para controlar o fulgor, nenhuma delas deu certo até agora, mas houve um avanço.

-É isso que estão fazendo com Minho?

Teresa travou por um momento, entrando em um transe mais uma vez. Passou-se uns segundos e ela voltou ao normal.

-Admito que não foi a melhor forma – ela disse devagar e me encarou – Mas houve avanços.

-O que vocês fizeram com ele? – eu perguntei um tanto quanto rude.

Imaginar que ela tenha machucado meu amigo fazia uma raiva crescer dentro de mim. Há meios para conseguir o que se quer. E mesmo que isso venha a ter muitos resultados bons no futuro, não justifica machucar um amigo.

Teresa ficou calada, só confirmando o que eu imaginava.

Levantei da cadeira rápido, já indo até a porta.

-Emily, espera! – Teresa disse parando o que estava fazendo e se aproximando – Você não pode sair daqui! É perigoso.

-E deixar meus amigos lá fora não é? – eu disse brava – Preciso ir atrás deles e ajudar.

-Você está ajudando! Olha, me escuta: – ela disse segurando minha mão – Confie em mim!

Fechei meus olhos com suas palavras.

-Eu já tentei fazer isso mais de uma vez... – eu disse com a voz fraca, minha raiva estava passando.

-Então tente mais uma – ela disse me puxando para de volta da bancada – Os resultados com Minho foram surpreendentes, mas não deram certo. E depois de olhar a ficha de Thomas, eu cheguei à conclusão que com ele daria.

-Por que você pensa nisso?

-Porque há uma série de testes que fizeram conosco desde crianças. E tudo indica que Thomas é a pessoa certa.

-Você acha certo o que fizeram com Minho? O que fizeram com a gente? No labirinto? Esse tempo todo!

-Quando eu penso em mim mesma, não acho certo – ela disse voltando a mexer no sangue – Mas pensar que isso talvez venha a ajudar muito mais pessoa...

-E porque você acha que meu sangue dará certo?

-Porque vocês são irmãos! Há uma chance de seus sangues serem quase 95% iguais.

-E você ficou meses testando o Minho para agora fazer tudo isso em uns minutos? Sendo que só precisa do meu sangue?

-Entendeu porque você é tão especial?

Fiquei calada com seu comentário. Nunca me imaginei especial a esse ponto. E nem saberíamos se iria dar certo com Thomas, imagina comigo...

Fiquei observando Teresa por mais uns minutos. Eu já estava ficando impaciente com ela mexendo em várias coisas, até que ela começou a olhar em um microscópio. Seus olhos se arregalaram e jurei ver suas mãos tremerem um pouco. Sua boca se abriu em um perfeito "O". Ela conferiu a lente umas dez vezes, sem exagero.

-Emily... – Teresa começou a dizer com um sorriso no rosto, mas foi atrapalhada por um barulho alto do lado de fora.

Corri até a janela, para tentar ver o que tinha acontecido. Três pessoas tinham pulado de algum andar e caíram com tudo em uma espécie de piscina lá em baixo. Vidros quebraram juntos e um barulho alto de alarme começou a tocar no prédio todo. Algumas luzes picaram.

-90% de chance daquelas três pessoas serem Thomas, Newt e Minho – Teresa disse olhando para baixo junto comigo.

-99% - eu corrigi sorrindo e forcei um pouco a vista, para tentar identificar as pessoas.

Estava escuro, mas consegui observar eles saírem da piscina e se abraçarem.

-São eles – eu disse – Eu preciso ir agora.

-Não tão rápido – uma voz grossa surgiu atrás da gente, me fazendo virar com tudo.

O homem cara de rato estava lá, com uma cara nada boa.

-Pensei que estava atrás dos garotos – Teresa disse mudando completamente seu tom de voz e sua postura.

-Vamos pegar eles – ele disse dando de ombros.

Percebi que Teresa tinha escondido atrás de suas costas o frasco com meu sangue, já modificado por ela. Em um movimento sutil ela colocou o mesmo no bolso de seu jaleco.

-Percebi seu plano assim que pensei um pouco – ele disse se aproximando.

-Que avanço, não é? – eu disse rindo e ele me olhou mais bravo ainda.

-Você está com a cura – James apontou um dedo para Teresa. – E eu preciso.

Encarei o homem na minha frente meio desnorteada. Ele estava infectado! Por isso tamanho desespero e loucura dele. Percebi suas mãos roxas se contraírem.

E ao mesmo tempo me fez perceber que talvez Teresa realmente tenha conseguido a cura. E aquela ideia me assombrou, me deixando totalmente desesperada por dentro. Uma dor em meu peito surgiu, provavelmente por eu estar prendendo minha respiração.

Teresa continuava a encarar o cara em nossa frente. Rezei para que ela tivesse um plano.

-Corre! – ela gritou já correndo até a porta.

Esse é seu maravilhoso plano, menina?

Corri junto, mas não foi suficiente. A porta estava trancada e não tinha saída. E eu não ia pular da janela que nem os meninos.

-Eu não tenho a cura – Teresa disse rapidamente, com os olhos arregalados.

-Tem sim – ele disse – Bem ao seu lado.

James me encarou com um sorriso malicioso em seus lábios. O lado bom é que ele não sabia do frasco.

-Você sempre foi minha favorita – ele continuou, tentando tocar em meu cabelo, mas eu afastei sua mão com um tapa.

-Não toque em mim – eu disse ríspida.

Encarei o homem em minha frente. Ele tinha um olhar diferente que eu já tinha visto antes. Um olhar de alguém consumido pelo fulgor. Tinha visto aquele olhar em Newt. Senti um pouco de medo.

-Se não vai ser por bem, vai ser por mal – ele disse entre os dentes e respirava ofegante, totalmente maluco.

Senti ele me puxar pelos braços e me jogar com tudo no chão, no sentido contrário. O impacto fez minha cabeça latejar, mas antes que eu pudesse fazer uma coisa, James se aproximou, subindo em cima de mim.

Tentei tirar as mãos deles de mim, mas ele era mais forte e estava mais louco do que já era. Eu já estava em pânico.

-Só não te mato porque preciso de você viva – ele disse e com isso pegou uma seringa, enfiando com tudo a mesma em minha coxa.

Senti uma dor aguda, mas que logo passou. E a última coisa que vi antes de apagar foi Teresa me olhando preocupada.


Notas Finais


Pessoal, criei um Twitter para conversarmos sobre minhas fics! Curiosidades, novidades, enquetes, (cof cof spoilers). Também serve para eu conhecer vocês um pouco mais e divulgarmos mais a fic (até mesmo a de vocês!).

Enfim, me sigam lá: @aria_newt

Outra coisa: O que vocês acham de eu criar uma fic imagine Maze Runner?


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