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História A garota da clareira - Eu encontro você - Final


Escrita por: ariiiiadiangelo

Capítulo 45 - Eu encontro você - Final


Fanfic / Fanfiction A garota da clareira - Eu encontro você - Final

No dia seguinte decidimos colocar em prática a ideia de Thomas em honrar todas as pessoas que perdemos. E nada seria melhor do que repetir o que fazíamos na clareira, com o muro. Algumas pessoas encontraram uma pedra alta e lapidaram a mesma para que ficasse no formato de um pequeno obelisco.

E, assim como fazíamos na clareira, escrevemos o nome de todas as pessoas que nos ajudaram e se foram. Era uma forma de fazer eles sempre serem lembrados e mostrar o quanto foram importantes para nós.

Com um pouco de dificuldades escrevi o nome de Teresa na pedra. Ao meu lado, Thomas escrevia o do Chuck. Meu coração estava um pouco triste por ter que lembrar de momentos tão doloridos, mas ao mesmo tempo eu senti um pouco de paz. Como se finalmente eles tivessem tido um motivo e uma razão para partirem. E apenas bons momentos seriam lembrados a partir de agora.

Escrevemos o nome do Ben, Alby, Clint... E tantos outros que se foram. A cada nome, uma lembrança. 

Mas as pessoas escreviam os nomes sorrindo, e aquilo me deixou um pouco mais feliz.

-Agora sim – Thomas disse finalizando de escrever o nome de Chuck.

-Ele iria amar esse local – eu disse suspirando.

-E o melhor que você pode fazer por ele – Thomas respondeu – É ajudar os outros e viver feliz. Tenho certeza que é o que ele desejaria.

Sorri com suas palavras.

-E eu sei bem como começar – ele continuou e ficou me olhando sorrindo.

Encarei ele de volta, confusa com suas palavras.

-Tem uma pessoa te esperando na praia – Thomas disse assim que viu minha expressão – Soyna vai te ajudar.

Olhei para trás e observei a menina loira sorrir para mim, fazendo um sinal para que eu a acompanhasse. Eu queria perguntar logo o que estava acontecendo, mas acabei gostando do clima de segredo e deixei que me levassem.

Fazia tempo que eu não tinha uma surpresa e minha mente trabalhava em mil possibilidades para o que estava acontecendo.

Thomas continuava me encarando com um sorriso estranho e sapeca e Soyna me puxou para uma das barracas, sem dizer nenhuma palavra.

Ela me fez trocar de roupa e colocar um vestido bege. Estranhei colocar aquela roupa no corpo, já que eu não me lembro a última vez que usei um vestido. Mas a sensação era boa, apenas me deixei levar.

Ela continuou a me puxar para a praia e eu não conseguia parar de pensar em Newt e em como ele deveria estar naquele momento. Ele tinha planejado aquilo? Ou era uma surpresa para ele também? Iriamos matar a saudades e ter um momento a sós? Ou nossos amigos estariam conosco? Era uma festa?

Mas assim que pisei na praia, a ficha caiu na mesma hora.

Havia várias pessoas ali, todas sorrindo e olhando para mim. Era final de tarde e o sol estava se pondo, deixando uma paisagem maravilhosa que me fez ter vontade de chorar. Observei Soyna entregar um buque de flor para mim e sair de fininho. Foi naquele momento que eu percebi que estava tremendo um pouco, já que eu não consegui segurar as flores direito.

-Quer ajuda? – Thomas disse surgindo ao meu lado.

Sorri para ele. Meu irmão se colocou ao meu lado e cruzou nossos braços, me dando apoio e me ajudando a segurar as flores direito.

-Eu vou cair – eu sussurrei agora sentindo minhas pernas tremerem.

Aquilo estava mesmo acontecendo?

-Eu estou aqui – Thomas respondeu segurando meu braço firmemente. – Vamos.

Começamos a andar na direção de todas aquelas pessoas. Eu estava descalça e mais uma vez a areia fazia cócegas em meus pés. Prometi para mim mesma que enquanto eu estivesse naquele local, teria que ter aquela sensação todos os dias. Porque me lembrava de aquilo era real e de que eu estava segura.

Continuei andando me apoiando em meu irmão. Meu olhar procurava Newt por todos os lados, mas por conta da quantidade de pessoas e da distância, não o encontrei em local algum. Mas conforme fomos nos aproximando, identifiquei ele parado atrás de todo mundo. Ele vestia uma camisa bege também, muito parecida com a que ele frequentemente usava na clareira. E por um momento parecia que eu realmente estava lá, com o mesmo Newt de um tempo atrás.

E assim que nossos olhares se encontraram, nada mais importou. Minhas pernas e mãos pararam de tremer. As pessoas ao meu redor desapareceram e a impressão que eu tinha era que o pôr do sol batia no rosto dele, fazendo tudo ficar mais bonito. Ele tinha uma expressão serena no rosto, com um sorriso tímido em seus lábios, talvez por conta da vergonha de ter tanta atenção.

Percebi que tinha parado de andar apenas para ficar apreciando aquela visão, que eu queria guardar para sempre em minhas memórias. Eu tinha tanto medo de algum dia roubarem minhas memorias de novo e eu esquecer de momentos como esse.

Thomas me puxou levemente, me fazendo cair na real e voltar a andar. Mas eu ainda não havia desviado o olhar. Aprecei os passos porque eu não estava mais aguentando andar naquele ritmo, eu precisava tocar Newt para ver se aquilo era real.

E assim que nossas mãos se tocaram, senti um arrepio percorrer meu corpo. Me posicionei na frente dele e não consegui não sorrir.

-Você fez isso? – eu sussurrei para que só ele ouvisse.

-Já perdemos tempo demais – ele respondeu entrelaçando nossos dedos.

E aquele simples, mas especial, casamento ocorreu da forma mais perfeita que poderia acontecer. Todos estavam lá, sorrindo para nós. Newt não parou de olhar para mim nem por um segundo e eu devo dizer que fiz o mesmo.

-Newt, você aceita se casar com Emily? – Jorge, que estava nos casando, perguntou.

Sorri com aquelas palavras. Nós não tínhamos sobrenomes, mas havia soado tão bem.

-Sim – ele disse de forma rápida e desesperada.

-Emily, você aceita se casar com Newt?

-Sim – eu respondi do mesmo jeito.

Trocamos as alianças que Thomas havia nos dado. Mesmo com Newt esse tempo todo em coma, eu nunca tinha tirado a mesma do meu dedo.

-Vocês estão casados! – Jorge disse – Pode beijar a noiva!

Newt se inclinou para mim e selou nossos lábios. Ouvi algumas pessoas gritarem um pouco, mas não prestei muita atenção. Apenas foquei naquela sensação maravilhosa.

Por um momento eu achei que não poderia mais viver isso. Pensei que perderia Newt mais de uma vez e não sei o que aconteceria se aquilo realmente tivesse acontecido. Eu preciso dele para viver e sinto que é reciproco.

Nos separamos e ficamos o resto da noite conversando com todas aquelas pessoas que nos desejaram felicidades. Em nenhum momento sai de perto de Newt.

-Eu chorei o tempo todo – Minho disse se aproximando limpando os olhos com o lenço – Vocês não podem fazer isso comigo.

Rimos com suas palavras.

-Vocês são muito melosos – Gally disse – Desde a clareira.

-Obrigada? – eu respondi sem entender muito bem.

-Emily – ele continuou – Me desculpa pela forma que te tratei na clareira. Eu era um idiota.

-Era mesmo – eu respondi rindo – Mas eu te perdoo.

Nunca poderia esquecer de tudo o que ele fez para nos ajudar.

-Vamos ser felizes aqui – foi a vez do Caçarola – Serei o novo cozinheiro desse local.

-Não poderia ter alguém melhor – Newt respondeu.

-Estou feliz por você – Soyna disse – Cuide bem do meu irmão.

-Ela faz isso muito bem – Newt disse beijando minha testa.

-Pode deixar – eu respondi dando uma piscadela para ela.

-Parabéns Hermanos! – Jorge disse nos abraçando e sendo seguido por Brenda.

-Vocês são fofos – Brenda disse – Quero ter essa experiência um dia.

-Tenho certeza que terá -eu respondi sorrindo para ela.

Nesses últimos dias perdi totalmente o preconceito que tinha por ela. Na verdade, ela ajudou muito com todo o plano e salvou várias crianças, se arriscando para isso. 

E aos poucos todos voltaram para suas cabanas, deixando a praia mais vazia e silenciosa.

-Parabéns – Thomas disse se aproximando – Sei que serão felizes juntos. Nunca duvidei.

-Obrigado por ter permitido – Newt disse.

-Minha irmã e meu melhor amigo juntos é estranho, mas não poderia ter alguém melhor para cada um.

Sorri com suas palavras e abracei meu irmão.

-Teresa estaria muito orgulhosa de você – eu disse olhando para ele – E ela gostaria que você fosse feliz.

-Agora eu sei disso – ele disse sorrindo – Vou deixar vocês sozinho.

Thomas nos abraçou mais uma vez e começou a andar até sua cabana sozinho, mas antes se virou e gritou:

-Newt, estou de olho em você!

Rimos com suas palavras. No fundo, Thomas sempre será aquele irmão protetor.

Percebi Newt me abraçar por trás e ambos ficamos observando o mar em nossa frente, agora com o céu escuro e forrado de estrelas. Apertei os braços deles com força em torno de minha cintura.

-Achei que iria te perder – eu finalmente tive coragem de dizer.

Senti Newt suspirar atrás de mim.

-Sinto muito por ter passado por tudo aquilo. Foi realmente um milagre.

-Nem parece real.

-Mas é. E confesso que eu estava desesperado para partir. Não queria te deixar, mas te ver sofrendo foi horrível.

-Não faz muito sentido – eu disse sorrindo levemente.

-O que importa é que precisamos aprender a viver novamente – ele disse – Recomeçar e nunca nos esquecermos do que aconteceu. Teresa me salvou e eu devo tudo a ela. E a você também. Você também me salvou. Não apenas com seu sangue, mas com sua simples existência. E eu nunca duvidei disso.

-Você também me salvou – eu disse – Se eu sou quem eu sou, é por você. Por sua causa tudo mudou em mim. E olhando para o que eu me tornei, eu encontro você.

Senti Newt me virar e colar nossos lábios. Eu nunca me cansaria daquela sensação e, depois do que aconteceu, ter ele ali em meus braços se tornou algo importante e poderoso demais para mim.

Suas mãos me seguravam firmemente e as minhas deslizavam por todo o corpo dele. Minha vontade era arrancar tudo ali mesmo na praia. E ele pareceu perceber aquilo, pois riu no meio do beijo e deslizou seus lábios de minha boca para meu pescoço, distribuindo beijos ali, me causando arrepios e um suspiro profundo.

-Acho melhor irmos para a cabana – ele sussurrou em meu ouvido com um tom de voz totalmente diferente. – Temos que aproveitar nossa lua de mel.

Não consegui responder nada, estava muito atordoada com a sensação que ele tinha me proporcionado.

Puxei o mesmo para a cabana, o que demorou mais do que eu pensava. Ou eu estava muito desesperada para chegar logo, talvez.

-Eu te amo – eu consegui dizer assim que chegamos.

Newt se aproximou de mim e tocou em meu rosto, me encarando profundamente.

-Eu também te amo – ele respondeu sorrindo – E tenho muita sorte de ter você.

O beijei mais uma vez.

Eu finalmente sentia que tudo se encaixava, que estávamos bem e felizes. Eu não sabia o que me esperava daqui para frente, mas eu tinha certeza de uma coisa: eu estaria com Newt e nada mais importava. 

 

Fim

 

 

 

 

 

...Será?



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