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História A garota da clareira - E nada mais importa


Escrita por: ariiiiadiangelo

Capítulo 54 - E nada mais importa


Foram as duas horas mais desesperadoras para todo mundo que estava dentro daquele carro. Thomas dirigia feito louco. Os crancks que os perseguiam já tinham ficado para trás há um bom tempo, mas mesmo assim ele continuava com o coração batendo muito rápido, com o pé no acelerador e as mãos segurando firme o volante. Seus olhos desviavam na estrada a cada 10 segundos para o espelho retrovisor, tentando ter alguma visão de sua irmã desmaiada.

Minho ainda tinha a cabeça de Emily em seu colo. Ele não sabia muito bem o que fazer naquele momento, mas observava seu peito subir e descer, com a respiração tranquila, o que o deixava um pouco mais tranquilo. A testa dela ainda sangrava e ele tentava estancar o sangue com uma blusa.

Toby estava sentado ao seu lado. Ainda havia resquícios de lagrimas que escorreram pelo seu rosto.

-Não olhe para ela amigão – Minho dizia – Olhe para a janela.

E foi isso que ele fez. Ficou olhando para a paisagem, torcendo para que a garota ficasse bem.

Já Brenda não sabia o que fazer. Tinha que acalmar Thomas, talvez até trocar de lugar com ele e assumir a direção. Tinha que ajudar Minho, cuidar de Toby e procurar ameaças na estrada. Mas ela não parava de pensar em Emily e no que fariam assim que chegassem ao refúgio seguro.

Todos ficaram em silencio absoluto o tempo todo. Ninguém tinha coragem de dizer nada.

E assim que estavam se aproximando, Brenda tentou se comunicar pelo aparelho walkie talkien que tinham.

-Aqui é a Brenda – ela dizia – Precisamos de ajuda.

-Diga – Gally respondeu em questão de segundos.

-Estamos chegando com um ferido – ela repetiu – Chame os socorristas urgente!

E nada mais foi ouvido depois daquilo.

Thomas acelerou mais (se isso era possível) e em questão de minutos já estavam nos muros que cercavam o refúgio.

Newt estava lá. Gally tinha dito que alguém tinha se machucado, mas não tinha dito quem. Seu coração começou a bater mais rápido e suas mãos tremiam só de pensar no pior. Ele correu até os muros e seus olhos buscavam freneticamente sua garota.

Assim que o carro parou a primeira coisa que ele viu foi Minho sair do carro, com Emily desmaiada em seus braços. Os socorristas logo colocaram ela em uma maca e começaram a correr até a enfermaria. A camiseta de Minho estava manchada com o sangue dela e Newt pensou que morreria ali mesmo, com aquela visão.

Emily tinha feito tudo para salvar ele e mantê-lo seguro, mas ele não tinha feito o mesmo. Devia ter ido junto, insistido. Talvez teria protegido ela. Ou deveria ter impedido que ela fosse, do mesmo modo que ela impediu que ele fosse. Estariam seguros ali dentro, juntos. Nunca deviam ter se separado.

Tentou se aproximar da enfermaria, mas foi impedido por Thomas. O olhar de seu amigo era de profundo desespero e inquietação, mas mesmo assim ele o impediu. Sabia que os socorristas tinham que trabalhar.

-O que aconteceu? – Newt finalmente conseguiu falar. Sua voz estava falhando e ele estava com vontade de chorar.

-Fomos atacados por crancks – Thomas disse – Ele caiu, bateu a cabeça.

-Caiu? – foi a única coisa que ele conseguiu digerir.

Minho se aproximou e colocou sua mão no ombro de Newt, tentando conforta-lo.

-Ela vai ficar bem – ele disse – Ela é forte demais.

Newt suspirou. Sua vontade era de dar um soco forte nos dois caras na sua frente. Mas sabia que eles não eram os responsáveis. Na verdade, se Emily tinha chegado até aqui, provavelmente foi graças a eles. Newt tinha certeza que eles tinham feito de tudo e o melhor para protege-la.

Um tempo se passou desde que tinham levado ela para a enfermaria. Minho segurava a mão de Toby e finalmente teve a oportunidade de explicar o que tinha acontecido direito. Explicou sobre o lugar que tinham ido, em como encontraram Toby e em como era a prova de que mais gente poderia ser salva.

-Vamos esperar as coisas se acalmarem – Gally disse – Vamos esperar Emily e então decidimos o que fazer. Acho melhor vocês descansarem.

-Toby ficará comigo – Minho disse – Me avisem quando Emily estiver melhor.

Quando finalmente um dos socorristas veio falar com Newt e Thomas, já estava quase escurecendo.

-Ela bateu a cabeça com muita força – ele dizia – Perdeu sangue e está muito fraca. Não temos como saber se haverá sequela da batida, agora só nos resta esperar.

-Quando ela irá acordar? – Thomas perguntou, preocupado.

-Não sabemos se ela irá acordar. Só nos resta esperar.

-Posso vê-la? – Newt perguntou sem olhar nos olhos de ninguém.

Ele sabia que se ele olhasse, começaria a chorar ali mesmo.

Newt andou até a enfermaria e observou Emily deitada na maca. Ela estava com um curativo na testa e com um soro ligado a seu braço. Sua respiração estava calma e seu rosto estava sereno e tranquilo.

Sentou ao seu lado e segurou sua mão.

Lembrou que há um tempo atrás ele mesmo estava naquela maca. Tinha ficado em coma por alguns dias por conta do fulgor e Emily tinha ficado ao seu lado todos os dias, sem desistir. Ela não tinha desistido.

E com esse pensamento, Newt se sentiu um pouco melhor. Sabia que ela sairia dessa e voltaria para ele. Porque ela era forte e ele o amava.

E nada mais importava.


Notas Finais


hihihihi


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