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História A Garota de Tom Riddle -Tom Riddle- - Capítulo três


Escrita por: pandinhakk

Capítulo 5 - Capítulo três


_ Vamos voltar ao assunto, o que tem na bolsa de sua posse? - Olhei para o ministro e minha boca abria e fechava, fazendo que mais sangue fluísse dela.

Não podia contar, mesmo com uma poção forte como essa ou até mesmo se eles quiserem despejar dois frascos na minha boca, não conseguiria falar.

Mamãe colocou um feitiço em mim que nunca, em hipótese nenhuma, poderia contar certas coisas, coisas relacionadas às trevas.

Acho que esse também era um dos motivos que sempre odiei as trevas e o Lorde.

Mamãe me fazia jurar pela magia e me colocava feitiços que poderia morrer se eles continuassem me forçando a falar. Será que ela fez isso para o meu bem? Claramente não.

Porque sentia que ela nunca me amou e apenas me fez seguir seus passos como um bom cãozinho.

Nunca ouvindo as minhas opiniões sobre essa guerra, sobre não querer salvar um Lorde idiota, burro, imbecil e babaca, mas sempre me controlando em cordas apertadas e ásperas.

Não sinto raiva daquelas pessoas que mataram os meus pais, talvez um dia os agradeça.

_ Por que ela não está falando? - Perguntou para a Hermione.

_ Tem um feitiço a impedindo.

_ Isso vai ser mais difícil do que imaginei. - O ministro disse exausto. _ Você sabe o nome do feitiço colocado em você?

_ Não. - Conseguia falar certas coisas.

_ Você já ajudou ou matou alguém?

_ Sim.

_ A leve-a para Azkaban quando essa audiência terminar. - Essa voz era nova.

_ Não podemos fazer isso, ainda devemos pegar as coisas daquela bolsa, mas nem mesmo a Mione conseguiu lançar um contrafeitiço.

_ O feitiço é desconhecido para mim, preciso estudar a bolsa, mas será difícil, já que ela queima quem a toca.

_ Quem são os Comensais que continuam soltos? - Mais uma vez a minha boca se enche de sangue negro e escorre pela minha boca.

Parecia que cada pergunta que não pudesse responder, seria punida pela poção.

_ Ministro, isso não resolverá. As perguntas que queremos saber, ela não consegue falar, mas que tal invadirmos a sua cabeça? - Pensei que ele tivesse morrido de tanta merda que falava.

_ Provavelmente as suas memórias também estão protegidas. - Ela estava certa, tinha memórias que estavam tão bem protegidas que nem mesmo podia acessá-las. _ Mas tem algo que quero saber, qual é sua maldição de sangue?

_ Maldição de sangue? - As pessoas começaram a se perguntar.

_ Esse sangue negro não é pela poção? - Ministro a perguntou.

_ Se ela não tivesse falado que tinha sangue amaldiçoado, também iria pensar que esse sangue negro fosse da poção, mas não é.

_ Maldição do Tempo. - Falei.

_ Poderia explicar melhor?

_ Não sei, só nasci com essa maldição.

_ Mas como sabe que é do tempo?

_ Devido à marca em minhas costas. - O ministro parecia interessado e pediu com os olhos que dois homens viessem até mim.

Antes que me colocassem as mãos, vejo dois loiros segurando os braços dos bruxos. Todos ficaram observando as ações dos dois.

_ Não faça isso se não quiser se arrepender. - Draco disse ríspido. _ Vocês podem tentar tudo, mas tirar as roupas de uma pessoa incapacitada e que não consegue nem mesmo usar magia, já passa muito dos limites.

_ Malfoy, não se meta.

_ E quem vai me impedir? Você, Potter? Ela tem o meu sangue. - Empurrou o bruxo para o lado e ficou à minha frente, me protegendo. _ Um Malfoy salva a própria pele, mas não toque em sua família se não quiser morrer.

_ Você nem sabia que ela era alguma coisa sua, pare de chilique e os deixe verificar a marca.

_ Faria o mesmo para um estranho, diferente de certas pessoas, tenho decência e inteligência emocional e intelectual. Acho que priorizar fama, em vez de competência e inteligência, é um dos maiores erros do ministério.

_ Você deveria ter ido embora, o que faz aqui? - Apenas mudou de assunto.

_ Mudar de assunto é bastante fácil. - Disse baixinho. _ Vou leva...

_ Ela é uma prisioneira, cometeu crimes e precisa ser punida perante a lei. - O ministro não parecia confortável com o rumo dessa pequena reunião.

_ Pelo menos deixa-me continuar cuidando dela e quando tiver uma nova audiência, possa vir e defendê-la.

Acho que se fosse antigamente, ele nem perguntaria se poderia fazer isso, apenas tiraria a pessoa dali sem comentar uma palavra.

Isso era quando a família Malfoy ainda era agraciada e aclamada, agora era apenas a família que tentou destruir o mundo.

_ Ok. - O ministro concordou tão rápido. _ Leve-a para a sala e a reunião de hoje está encerrada. - Bateu o martelinho e se levantou.

Tiraram as algemas de contenção mágica e Draco me levitou, era muito melhor que ser arrastada.

Eles não falaram nada enquanto íamos para a sala, escoltados por quatro aurores e dois inomináveis.

Limpei minha boca com a manga da blusa e retiro o coldre do pulso e o levo na mão. Iria guardá-lo na bolsa.

Todos nos olhavam e alguns já espalhavam os acontecimentos da reunião, mas não ligava, não me importava de ser o centro das atenções, a única coisa que me importava era com os olhares de pena.

O que a pessoa dizia, fazia e demonstrava não me fazia sentir nada. Mas os olhares de pena me faziam sentir um nada, uma inútil que só veio ao mundo para ser usada.

Um dia teria o meu próprio tabuleiro?

Chegamos na minha nova moradia e sou colocada no colchão, que acabou se tornando mais uma vez em uma cama confortável.

Lucius fez lumos e pude finalmente observar a sala em que estava. Tinha azulejos negros até o teto e isso dava a impressão de que o lugar era maior, mas só conseguia conter pelo menos cinco pessoas.

_ Saiam e esperem ao lado de fora. - Lucius ordenou e mesmo não sendo o superior desses bruxos, conseguia o que queria. _ Não sabia de sua existência até alguns minutos atrás. - Ficou me analisando. _ Ainda quero uma comprovação de suas palavras e por causa disso, vou pegar um pouco do seu sangue para fazermos um teste de herança.

_ Não ligue para ele, ele ainda acha que está em seu pequeno reinado de sonhos e crenças idiotas. - Draco se sentou na cama,

Começou a limpar o meu rosto com um pano úmido, talvez não tenha limpado muito bem o sangue.

_ Eu só quero confirmar.

_ Então fique sem confirmar. - Pegou alguma coisa do bolso e me fez engolir. _ Isso vai melhorar as dores de suas pernas e costelas.

_ Você voltou para me entregar isso? - Perguntei confusa, o que ele queria em troca disso?

_ Pensei que seria desconfortável para você pernoitar e como eu sabia que você tinha ido para a sala de audiência, fui até lá.

Tirou mais alguma coisa do bolso e me fez beber o conteúdo que tinha gosto de chocolate.

_ Isso é para amenizar os efeitos colaterais do Veritaserum, foi uma coisa boa trazer isso.

_ Obrigada.

_ Família faz isso. - Sorriu. _ Vejo você quando conseguir as poções para os seus ossos, quando cheguei no meu consultório não tinha mais nada. Tenho que preparar mais. - Levantou-se e ficou ao lado do seu pai. _ Não posso fazer muito...

_ Entendo.

_ Você não parece nada conosco, mas sua personalidade me faz enxergar a nossa família em você. - Deu uma batidinha na minha testa. _ Na próxima vez, me fale o seu apelido, te chamar de Leesa me faz ter preguiça.

_ Chame ele de Dragãozinho. - Lucius zombou e Draco revirou os olhos.

_ Chame ele de Barbie Loira. - Apelido estranho. _ É um desenho trouxa. - Deu de ombros.

Ele apenas me olhou mais uma vez e saíram me deixando sozinha. Ninguém entrou e o lumos foi ficando cada vez mais fraco.

A porta se fechou e a escuridão tomou conta do cômodo.

Puxei minhas pernas para cima, para que ficasse em uma posição confortável. Coloquei o coldre na bolsa e abracei novamente a única coisa que poderia me trazer um pouco de paz, a bolsa.

Eu só queria que tudo fosse um pesadelo, um daqueles que você só percebe que estava tendo quando acordava.

Fechei os meus olhos e organizei minhas memórias em pastas. Tinha pasta para tudo e algumas delas estavam tão cheias, que tinham que ser divididas, mas tinha uma que nunca foi preenchida. Era aquela com nome "Felicidade".

Não tinha nenhuma memória com essa essência, não que me lembre, já que algumas memórias estavam bloqueadas.

Bom, não sabia o motivo dessas memórias estarem bloqueadas, era um mistério para mim.

_ Desejo que tudo isso seja um sonho e quando acordar, isso tudo desapareça. - Sussurrei apenas para o nada. 


Notas Finais


Revisado.

Fim do antigo capítulo um.


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