História A Garota Demônio - Quem realmente é você?

          Bakugou P.O.V

Já fazia um tempo que S/n estava dentro daquela enfermaria. Ninguém me falava nada sobre seu estado, também não me deixaram entrar naquele maldito lugar, minha paciência já estava se esgotado. Já estava a ponto de entrar naquela sala , mesmo que pra isso fosse necessário explodir aquela porta.

- Você parece preocupado._ uma mulher alta com um sorriso que me lembrava um pouco o da S/n, se sentou ao meu lado em uma das cadeiras vagas. Seu olhar ia de mim para a porta a nossa frente , era evidente sua preocupação._ Sabe, ela é forte. Mas , eu ainda me preocupo com ela.

Nem sabia quem era aquela mulher é muito menos sabia seu parentesco com a garota que vinha me perturbando a semanas. Mas eu podia sentir um pouco de simpatia para aquela mulher , talvez essa coisa estranha que eu sinto por aquela garota esquisita esteja me fazendo sentir essa simpatia.

- Vocês são amigos, não é mesmo?_ me limitei a responder sua pergunta com um sim sussurrando baixo, mas sabia que ela havia escutado pelo sorriso brilhante que abriu._ Maravilhoso! Estou tão feliz em saber disso, que podia muito bem sair por aí dançado se não estivesse tão dolorida. S/n é tão cabeça dura. Desde da morte de Akira , ela se trancou pra qualquer amizade. Nunca quis fazer amizade com ninguém e nem se importar com ninguém que não fosse da família._ sorriu como se lembrasse de algo extremamente feliz. Aquela mulher era estranha! Simplesmente falava o que vinha na cabeça sobre S/n sem ao menos saber se somos mesmo amigos. O que não somos mesmo! Ainda. Mas estava feliz por saber um pouco sobre a minha garota , ela era tão misteriosa, com aqueles olhos que pareciam tão felizes ao mesmo tempo que tinha uma tristeza profunda cravados neles. Tão sombria e fria, ao mesmos tão brilhante e quente. Era assim que eu via aquela maldita._ Os dois se conheceram quando ela morava com o pai. Ela me contou depois de muita persuasão por minha parte. Akira era o único amigo dela, é tão visível o carinho e mágoa que ela tem por tudo que passou ao lado dele. Não sei se ela te contou, provavelmente não , mas Akira foi o primeiro amor da minha pequena. Ela ficou tão arrasada com a morte dele, se culpou e ainda se culpa pela morte dele._ suspirou._ Bem. Isso é passado, não é ?! Não tem mais importância.

Não sei quem esse babaca foi , não me importava. Mas me importava o fato que ele foi o primeiro amor da minha garota, é isso me irritava profundamente. A raiva já tomava conta do meu corpo , já podia sentir adrenalina nas minhas veias. A voz da mulher me puxou daquele abismo de fúria.

- Eu não sei quem você é. Mas vi que se importar com a minha sobrinha. Então eu só lhe peço que fique do lado dela. Talvez no começo ela tente afastar você , mas ela tem um bom coração e acolherá você nele._ sorriu mais uma vez. Aquele mulher era estranha.

Uma hora falava como se fosse a mãe de S/n , mas não se passava da tia. Todo aquilo era um mistério , tudo que cercava minha garota era. Não sabia nada sobre seu passado, sobre ela. E eu queria saber tudo sobre ela , principalmente sobre esse tal de Akira . Eu estava decidido a me aproximar de S/n mesmo que pra isso eu precise amarrar ela em uma cadeira.

A porta a nossa frente se abriu. Pulei da cadeira o mais rápido possível, finalmente poderia ver ela. Aquela enfermeira baixinha saiu da sala com uma cara estanha, olhou para a mulher ao meu lado , ignorado totalmente minha presença ali. Puff. Como se eu ligasse.

- Preciso que veja algo._ a enfermeira ( desculpe esqueci o nome da velhinha 😂) entrou na sala sendo acompanhada pela tal tia, quando tentei entrar a porta foi fechada com tudo na minha cara. Puff.

Não iria ficar mais ali. Já estava cansado de esperar por notícias, se eu ficasse mais tempo ali provavelmente aquela porta não ficaria em um bom estado. É melhor eu ir atrás da minha mãe, antes que ela faça besteira. Fracamente aquela é doida.

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Depois de um tempo procurando minha mãe, finalmente a encontrei , na verdade ela me encontrou e fez o escândalo chamado a atenção pra gente. Puff. Que irritante ela! Após vários abraços e beijos constrangedores consegui provar que estava bem e não precisava daquele escândalo todo , mas como sempre bipolar, a doida me deu um tapa na cabeça e começo a gritar comigo por ter me envolvido na confusão.

- Tá' mãe. Eu tô bem._ arrastei minha mãe pra direção contrária a enfermeira, o jeito que louca vai me fazer um exame completo e só pararia ao ver os exames de do o meu corpo.

- Tem certeza docinho? Não sente , nada ? Tortura ? Dor de cabeça? Dor no corpo? Cansaço? Qualquer coisa?_ ela passava mão pelo meu rosto e isso já estavam me irritando. _ Febre? Não , não está quente. Oh, talvez VOCÊ ESTEJA MORRENDO...

Que mulher escandalosa. Deixei ela pra trás antes que ela começo mais uma série de escândalos, minha cabeça já não estava boa , a imagem de S/n descordar nos meus braços não saia mais da minha cabeça desde do momento que a tia dela entrou naquela sala. Talvez ela esteja tão machucada que fosse preciso uma autorização para uma cirurgia. Não, ela não parecia tão ferida ou algo tão grave, ela só parecia estar cansada, nada demais . Droga, essa maldita garota não sai da minha barriga cabeça.

- Pensado na sua namorada ? _ estava em frente a minha casa, estava tão iminente em meus pensamentos que não percebi que a minha mãe estava ao meu lado o tempo todo do trajeto até nossa casa.

- Ficou doida? Bateu a cabeça? Que porra de namorada ?_ essa foi uma péssima ideia. Minha mãe me bateu com toda sua força , minha cabeça ficaria com um galo enorme se ela continuasse a me bater no mesmo lugar.

- Olha como você fala comigo, garoto. E nem me olhar com essa cara. Todo mundo viu aquela ceninha de você levando aquela garota no colo._ minha mãe abriu um sorriso maliciosos. Não sabia o que me causava mais raiva , o sorriso malicioso que vinha dela ou ideia de que todos tinham visto aquela cena. Se bem, que não era de tão mal assim , se todos viram, significa que o Deku também viu . Ótimo, assim ele já sabe qual é o lugar dele. _ Tá fazendo uma cara de pervertido agora , tá pensado na bunda da garota? Quer que eu te bata?! Só pode. Ah tanto faz. Ela é bonitinha, gostei dela. Traga ela pra jantar com a gente . Agora entendi porque você andava tão estranho esses últimos dias.

- Ela não é minha namorada caralho.

- Olha boca seu imbecil.Nao foi o que pareceu. Você não gosta que encoste muito em você, e sai por aí carregado essa garota . Puff. E depois fala que não namoram. Nem ligo, quero conhecer essa garota. E aí de você se não trazer ela aqui.

Ótimo. Era só o que me faltava.

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    _ Quebra de Tempo_

             Dia seguinte.

Acordei um pouco mais cedo. Precisava ver S/n. Havia tido um sonho estranho. S/n havia sido sequestrada por um cara estranho a qual dizia ser o pai dela. Ele a torturava. Eu invadia o lugar a qual ele havia levando ela , explodir a porta e vi ela amarrada em um cadeira. Quando a via lá amarrada fiquei furioso como nunca havia ficando em minha vida. Tentei atacar, mas o cara foi mais rápido e atacou ela , depois disso acordei suado e não consegui mais pregar os olhos.

Caminhei até a escola. Os portões estavam aberto, havia uma multidão de repórteres querendo saber mais sobre o ataque de ontem. Ignorei as perguntas direcionada a mim. Continuei meu caminho, coloquei a touca do moletom sobre minha cabeça , não queria ser reconhecido por ninguém. Não estava com saco algum pra perguntas idiotas ou brincadeiras sobre S/n, já bastava a minha mãe que fez o favor de gritar pra toda a vizinhança que estava namorando.

A porta do quarto onde S/n estava, se encontrava um pouco aberta. Estava prestes a entrar , mas um voz vindo de dentro do quarto me fez parar.

- Eu sei, minha querida, que não deseja usar essa individualidade. Mas pense bem , se não usar , ela vai te matar. _ era voz de uma mulher. A voz soava calma e carinhosa. Me aproximei mais da porta e pude ver de quem pertencia. Yuuki Tanaka! A senhora super estava ali, dentro do quarto segurando a mão esquerda de S/n enquanto fazia carinho em seus cabelos. Não sabia o que era mais estranho. As duas conversarem e se tratarem como se fossem da mesma família ou por a Senhora Super está ali sentada bem ali na minha frente.

- Eu sei, tá legal? Mas tenta me entender. Eu jurei jamais, nunca , nem em milhões de anos , usar essa porcaria de individualidade.

As duas já se desmachavam em lágrimas. Não estava entendendo mais nada.

- Eu...eu não po-posso perder vo-você também.... É a u-única parte b-boa que me resta de mi-minha fi-filha m-mais n-no-nova.... E-e se vo-você não usar essa individualidade... Só lhe restará três meses de vi-vida. E-essa coisa está te destruído por de-dentro ao ponto de nós tirar você. Por favor minha neta, escute nosso súplica a você.

O choque tomou meu corpo. Me segurei na porta a minha frente, minhas pernas não eram mais confiáveis.

O ar em meus pulmões não existia mais. Milhões de pensamentos tomaram minha cabeça. Não sabia mais o que estava fazendo, não mais , só conseguia acompanhar o que meu corpo estava fazendo. Minha consciência retornou. Estava dentro do quarto sendo encarado com diferentes expressões; surpresa e medo pela parte de S/n, e curiosidade por Yuuki Tanaka.

- Bakugou?! O que faz aqui? O que você ouv...

- É verdade o que ouvir ?_ lágrimas desciam pelo belo rosto da garota na minha frente. Um ódio tomou meu corpo , e eu não sabia a quem aquele e ódio todo estava sendo direcionado._ ME RESPONDE, PORRA!

- NÃO GRITA COMIGO, SEU IMBECIL._ S/n olhou pra mulher a sua frente como se buscasse forças._ Sim, é verdade o que ouviu.

Não sabia o que era mais difícil de aceitar. Saber que a garota a qual eu nutria um sentimento estranho, a qual parecia ser a pessoa mais gentil e preocupado com as pessoas a sua volta , mesmo com seu jeito frio; era a filha da segunda pior pessoa que já pisou nessa terra. Ou saber que S/n possuía menos de três meses de vida.

     Minha cabeça estava o nó, não sabia mais o que pensar. As únicas perguntas que rodavam minha cabeça : Quem realmente é você , S/n? E de que lado realmente você está ? Você é confiável?