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História A Garota do Bar - À espera de um parto


Escrita por: jord73

Notas do Autor


Bom, mais um capítulo. Tentei postar um pouco maior, mas não deu. Gente, pra vcs não terem que esperar, vou publicar capítulos com menos palavras, embora não goste muito.

Enfim, divirtam-se!

Capítulo 21 - À espera de um parto


Fanfic / Fanfiction A Garota do Bar - À espera de um parto

No hospital de Sioux Falls, Jo foi conduzida em pouco tempo para o ambulatório. Precisava aguardar o ventre dilatar mais para ser conduzida à sala de partos. Ela suportava a espera com coragem, fazendo respirações do tipo “cachorrinho”, conforme havia sido orientada por seu obstetra.

Segurava a mão de Dean que estava a seu lado. De vez em quando, ela lhe apertava os dedos a cada contração, mas o Winchester não dava mostras de se incomodar. Contudo, ele estava nervoso por ver a esposa ainda sem poder conceber.

- Droga? Como assim? - praguejava ele – Eles não podem te deixar aqui abandonada desse jeito como um animal!

- Dean... pare de reclamar... é o procedimento... - Jo replicou com voz sôfrega – Temos... que esperar.

- Baby, esperar não é o meu sobrenome – disse e afastou-se para falar com a enfermeira que entrou no quarto – Enfermeira!

- Dean... não... - Jo tentou impedi-lo, mas fez uma careta de dor – Não incomode a enfermeira de novo... não.

- Enfermeira... por favor. - a profissional, uma senhora de cabelos grisalhos e robustas fingia ignorá-lo – Ei!

- Sim, o que senhor deseja? - ela se virou para ele com expressão feroz. O Winchester até titubeou – Fale logo que tenho muito o que fazer.

- Eu quero saber é quando vocês vão levar minha mulher para o bebê nascer.

A enfermeira não respondeu de imediato. Emulou um imperceptível sorriso, mas tão perturbador que Dean engoliu em seco e arrependeu-se de ter perguntado outra vez.

- Senhor Winchester... - disse aparentemente calma, mas começou a caminhar para ele o intimidando. O caçador dava passos para trás – É a terceira vez que o senhor me faz a mesma pergunta.

- Sim... mas...

- Se o senhor não notou ainda, tenho pelo menos mais dez parturientes aqui gemendo de dor e precisando de mim.

- Eu... eu...

- Eu vou verificar de novo se sua esposa já está com a dilatação necessária para se fazer o parto.

- Aham...

- Mas pode, por gentileza, me deixar fazer o meu trabalho? – a enfermeira parou e ele também assentindo várias vezes com a boca aberta. Ela alargou o sorriso – Obrigada.

Dean se afastou para ela passar. Jo segurou a vontade de rir, pois só pioraria suas contrações. A enfermeira se aproximou dela e apalpou o seu ventre, fez algumas anotações e, por fim, voltou-se para o Winchester (que permaneceu a bons centímetros de distância):

- Ainda não está suficientemente dilatado. Ela vai ter que esperar mais um pouco. Alguma objeção? - Dean balançou a cabeça para os lados rapidamente – Então... com licença.

Assim que a enfermeira saiu, Jo não se aguentou e caiu na gargalhada, apesar da dor que sentiu. Dean a olhou aborrecido e emulou um meio sorriso sem graça. Nenhum dos dois reparou em outra enfermeira mais jovem, de longos cabelos castanhos claros e encaracolados, que também havia entrado. Nem em seus olhos que ficaram por alguns instantes totalmente enegrecidos.

- 0 -

David Pullman e Ellen estavam lado a lado na limusine deste no banco traseiro, separados do motorista por uma vidraça. A caçadora pressionava uma pequena bolsa de gelo nas costas, uma dor que sentia pelo impacto na mesa ao ser lançada pelo demônio que havia possuído Lorenzo.

Nos primeiros minutos, não trocaram nenhuma palavra, exceto sobre o caçador lhe fornecer a bolsa, após constatar um pequeno inchaço nas costas da Harvelle. Por fim, Ellen se virou para ele:

- Você... o matou?

- Sim – respondeu David sem se voltar para ela.

- Como? Pelo que sei, demônios não podem ser mortos.... apenas exorcizados.

- Não há muitas formas de acabar com eles de vez, mas existem. Seu genro e o irmão dele, por exemplo, possuem uma faca com uma lâmina especial que mata demônios. Não sabia? – ele se voltou para ela com expressão de desdém. Ellen negou com a cabeça – Estranho você permitir que a Jo se case com alguém que nem te compartilhou tal conhecimento.

- Assim como é estranho você não ter contado que sabia alguma coisa de magia, apesar de eu permitir suas visitas à minha casa, mesmo com tudo que minha filha me contou a seu respeito – retrucou Ellen com cenho franzido

- Touché – David emulou um sorriso cínico e voltou a olhar para a frente

- Por que simplesmente não o exorcizou? Você não precisava matá-lo. Lorenzo não tinha culpa…

- Infelizmente, precisava sim. - tornou David num tom frio – Ou o demônio para o qual este trabalhava teria se inteirado que você escapou. E acredite, teria vindo muito mais.

- Espere um momento. Como você sabe de tudo isso? - David não respondeu – Por acaso, você já sabia que o Lorenzo estava possuído?

- Não, mas desconfiávamos que algum demônio estava à espreita

- Desconfiávamos? Você está trabalhando com alguém? - de novo, Pullman não deu resposta – Estava vigiando minha filha esse tempo todo?  – David permaneceu calado. Ellen bufou frustrada – E quem é a chefa do demônio que estava no Lorenzo? Me diga. Preciso saber.

- Não estou autorizado a lhe dizer, pelo menos não agora.

- Uma ova! As vidas da minha filha e do meu neto estão em jogo!

- Sei perfeitamente. É por isso que estou aqui. Para salvar a vida dos dois… e a sua também. Quanto mais pessoas ligadas a eles para protegê-los, melhor.

- Sei. Sinto lhe dizer que não confio em você.

- Pois deveria, considerando que você ainda está respirando graças à minha intervenção.

Ellen pensou em retrucar, mas desistiu. Percebeu que David não lhe responderia nenhuma pergunta, embora seu silêncio confirmasse que havia alguém por trás dele. Restava saber se era alguém de confiança, embora duvidasse por conta do comportamento dúbio do caçador.

- Esse não é o caminho para o aeroporto. - tornou ela mudando de assunto

- Não, não é. Estamos indo para minha mansão.

- Por quê? Lá tem um jato que vai nos levar mais rápido para Sioux Falls?

- Algo bem melhor do que um jato – David se voltou para ela – Não se preocupe, estaremos lá antes mesmo do que imagina.

- 0 -

Por fim, Jo Harvelle era conduzida em uma cadeira de rodas à sala de operações para dar à luz. Dean já estava metido em trajes adequados para estar a seu lado: camisolão azul igual à dos médicos, touca, luvas e uma meia-máscara que cobria sua boca.

Assim que instalaram Jo, e Dean ficou a seu lado, segurando sua mão, o obstetra que conduzia o parto incentivava a Harvelle a forçar o útero para empurrar a criança.

- Força, senhora Winchester – dizia o médico

- Não dá! - gritou ela – Eu não consigo!

- Consegue sim, Jo! - Dean sussurrou em seu ouvido - Você já esteve em situações bem mais fortes enfrentando o perigo. Você é uma guerreira por natureza.

Era verdade, ela sabia. Porém, as palavras de seu marido lhe recordando o fato foi o que bastou para não desistir. Jo se ajeitou melhor na maca e começou a empurrar com mais frequência a criança.

- Isso! Está nascendo! - declarou o médico – Vejo a cabecinha dele.

- Boa, Jo! - Dean exclamou – Essa é a minha garota.

Apesar do cansaço e da dor, Jo sorriu.

A enfermeira de longos cabelos encaracolados e castanhos estava à espreita auxiliando os médicos. Mas todos estavam entretidos demais para reparar em sua expressão perversa e vigilante.

- 0 -

Na sala de espera, Sam andava de um lado para o outro enquanto Bobby permanecia sentado com as mãos entrecruzadas.

- Sam, por favor, pare um pouco. Está me deixando tonto – reclamou Singer – Até parece que você é o pai.

- É como se eu fosse, Bobby. É o filho de Dean, meu sobrinho. Alguém que vou ter que proteger, caso ele… - Sam se deteve e engoliu em seco – Não quero pensar nessa possibilidade, mas você entende, não é?

- Sim, mas não pense nisso agora. Nesse momento o que importa é o nascimento do John William. Senta um pouco, já basta o Dean surtar.

- É verdade – Sam acenou com a cabeça e sentou-se ao lado de Bobby – Posso até imaginar o que meu irmão deve estar aprontando.

- Pois é. Estou com pena da Jo e até do pessoal daqui em ter que aturá-lo.

Os dois riram.

De repente, as luzes em todo o hospital começaram a falhar, piscando várias vezes.

- Será o temporal? - indagou Bobby.

- Acho pouco provável – declarou Sam e colocou-se imediatamente de pé – Bobby, estou com uma estranha sensação…. Sei que vai parecer loucura, mas...

- É a sua paranormalidade? - Bobby também se levantou – Acha que alguma coisa ruim está vindo aqui por causa do parto da Jo?

Sam apenas assentiu. Os dois caçadores correram para onde ficava a ala da sala de partos. Quando estavam próximos de alcançar a porta, dois seguranças os interceptaram.

- Ei, vocês não podem ficar por aqui!

- Vai me desculpar…  mas preciso entrar – declarou Sam – Meu irmão e a esposa dela podem estar em perigo. Por favor, sei que parece loucura, mas é a verdade.

Os dois sujeitos se entreolharam e ambos esboçaram um sorriso maldoso em seus rostos, aos quais voltaram para os dois caçadores. Seus olhos se enegreceram. Sam e Bobby ficaram surpresos, mas se colocaram em postura defensiva.

- É por isso mesmo que temos que impedir vocês.

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Se Ellen não estivesse desesperada para chegar o mais rápido possível onde se encontrava sua filha, teria apreciado a majestosa mansão de David onde adentrou, assim que a limusine deste foi estacionada. Era quase uma réplica de um dos castelos da França ou da Inglaterra, tanto por fora quanto por dentro. As pedras eram grandes e de uma estrutura que parecia quase milenar. O jardim era amplo, com árvores altas e uma mata densa e espessa.

David abriu a porta que dava para uma ampla sala, esta formava um contraste com o exterior, já que a mansão tinha um aspecto sóbrio e antigo, enquanto o interior resplandecia a novo e a um ambiente de alegria com as paredes num tom azulado, assim como as cortinas, bem como os móveis num desenho moderno.

- Bem-vinda – disse David num tom neutro sem deter os passos rápidos. Ellen o acompanhava no mesmo ritmo. - Eu lhe mostraria a casa e ofereceria uma bebida, mas devido as circunstâncias...

- Vamos logo! - cortou Harvelle – Me leve a isso que você disse que é mais rápido do que um jato.

- A isso não. A quem.

Antes que Harvelle lhe questionasse, David abriu outra porta à esquerda no meio da sala e entrou, seguido pela caçadora. O lugar era a biblioteca particular de David com várias estantes e uma escrivaninha ao centro. Ellen se surpreendeu ao vislumbrar um homem baixinho de testa larga e expressão zombeteira sentado detrás do móvel. O sujeito se levantou de imediato e estendeu a mão para ela.

- Olá, Ellen. Estava à sua espera.


Notas Finais


Bom, e agora? O que acham o que vai acontecer? Vem coisa preta aí?

Gente, sem querer cobrar, mas cobrando, não deixem de comentar, nem que seja um simples "Gostei". Embora estivesse planejando concluir essa fic em algum momento (pois não gosto de deixar nada inacabado), não pretendia que fosse agora. Só voltei com ela porque várias pessoas me pediram.

Não sei se essas mesmas pessoas ainda estão acompanhando, mas se sim, podiam ao menos dar um parecer breve como o citado. Sei que demorei e que ainda demoro a postar, mas isso porque também tenho outras fics que quero priorizar, além de outras atividades na minha vida. Vou me esforçar para publicar essa história com frequência e terminá-la o quanto antes, mas peço que também comentem. OK?

No mais, um bom carnaval e um ótimo feriado!


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