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História A Garota do Bar - Hora Errada para cantadas


Escrita por: jord73

Notas do Autor


Olá, gente! Fiquei superfeliz com os comentários que recebi no primeiro capítulo! Por isso, não podia deixar de postar esse segundo. Boa leitura para todos!

Capítulo 2 - Hora Errada para cantadas


Fanfic / Fanfiction A Garota do Bar - Hora Errada para cantadas

Jo estava curiosa a respeito daqueles Winchesters. Principalmente, sobre o mais velho e mais baixo dos irmãos. Embora não demonstrasse, ele a havia impressionado e não era só por causa da sua beleza marcante. Não. Havia algo mais em seu jeito de ser.

 

Safado. Era isso. Ela conhecia o tipo, apareciam vários deles lá no bar, todos como lobos famintos em cima dela. Porém, a jovem sabia perfeitamente como colocá-los em seus devidos lugares. Só que aquele cara... aquele tal de Dean parecia ser de outro nível.

 

Ela estava encostada no balcão de frente para eles. Dean se sentou a uma mesa e Sam num encosto qualquer. Sua mãe foi buscar um pano para o loiro limpar um filete do sangue que escorria do corte feito pelo soco de Jo entre a testa e o nariz.

 

- Me desculpe por isso – disse a moça um pouco mais receptiva.

 

- Tudo bem – disse ele com um sorriso amigável – Levar socos faz parte da minha vida.

 

E piscou daquele jeito cretino que possuía ao ver uma mulher bonita. Jo não conteve um leve sorriso. Aquele gesto parecia tão natural nele.

 

- Aqui – Ellen chegou e entregou-lhe o pano. Depois, encostou-se no balcão ao lado da filha.

 

- Obrigado – disse ele e pressionou-o na testa – Ligou pro nosso pai dizendo que poderia ajudar. Ajudar em quê?

 

- O demônio, é claro. Fiquei sabendo que ele o estava encurralando.

 

- Perdi uma matéria na revista “Caçadores de Demônios?” – ele ficou surpreso. Não compreendia como aquela mulher poderia saber de tal assunto – Quem é você? Como sabe sobre tudo isso?

 

- Apenas dirijo um bar – replicou sem se abalar com o tom sarcástico dele – Mas centenas passam por aqui de vez em quando. Incluindo o seu pai muito tempo atrás. John já foi quase da família.

 

- Por que ele nunca falou de você?

 

- Vai ter que perguntar a ele. – disse após hesitar. Não pretendia compartilhar tal informação

 

- Então por que exatamente precisamos da sua ajuda? – ele estava com uma indisfarçada má vontade

 

- Não me faz nenhum favor. Se não quer minha ajuda, beleza – ela deixou bem claro – Não deixe a porta bater na sua bunda quando sair. Mas John não enviaria vocês se... – ela se calou com expressão de surpresa. De repente, algo lhe ocorreu – Ele não enviou vocês?

 

Os dois abaixaram a cabeça sem responderem e trocaram olhares entre si. Sam apenas assentiu. Ellen engoliu em seco.

 

- Ele está bem, não é?

 

- Não – foi Sam que se pronunciou – O demônio que seguíamos o pegou antes que ele pudesse pegá-lo.

 

As duas mulheres os fitaram com pesar.

 

- Sinto muito – disse a mais velha.

 

- Está tudo bem. Estamos bem – disse Dean procurando se fazer de forte

 

- Eu sei o quão era apegado nele.

 

- Sério, madame? Estou bem! – cortou.

 

Não queria nem precisava de nenhuma palavra de consolo de ninguém, muito menos de uma pessoa que acabava de conhecer. A mulher resolveu não insistir, percebia o que ocorria no íntimo do moço. Quanto a Jo, olhou-o intrigada. E também solidária, embora não quisesse demonstrar. Ela imaginava a dor que ele estava sentindo.

 

- Se podem ajudar, toda ajuda é bem-vinda – declarou Sam para quebrar o clima

 

- Não podemos. Mas Ash pode – afirmou Ellen trocando um olhar com a filha

 

- Quem é Ash?

 

- Ash! – chamou

 

Um bêbado, que os rapazes encontraram cochilando na mesa de sinuca ao entrarem no bar, levantou-se de repente.

 

- O que foi? – gritou em resposta e balançou a longa cabeleira como se quisesse espantar os últimos resquícios de sua tonteira. Olhou para Ellen – Já é o fim do expediente?

 

Os dois moços se espantaram.

 

- Esse é o Ash? – indagou Sam incrédulo para Jo

 

- Hum-hum – ela confirmou com uma expressão de quem diz “Difícil de acreditar, mas é.” – Ele é um gênio.

 

Num primeiro momento, os moços duvidaram da veracidade de tal afirmação ao se sentarem com ele numa mesa. Dean até comentou que Ash estava mais para “o carregador de instrumentos dos Lynyrd Skynyrd”.  Contudo, nos minutos seguintes, o homem conseguiu surpreendê-los ao analisar toda a pesquisa e informações coletadas por John sobre o demônio Azazel.

 

- São resumos de paramétricas estatísticas. Espectro cruzado. Co-relações . Quero dizer, caramba! – dizia ele. Os rapazes o encaravam com estranheza – Tem sinais, presságios, se conseguir localizar eles, localiza esse demônio. Tipo falha nas colheitas, tempestades elétricas. Já foram atingidos por um raio? Não é divertido!

 

- Pode localizá-lo ou não? – indagou Sam tentando acompanhar sua linha de raciocínio para uma resposta direta.

 

- Com isso... Acho que sim. Vai levar tempo. Me deem... cinquenta e uma horas – ele se levantou  e saiu carregando o material

 

- Ei, cara – chamou Dean

 

- Oi? – Ash se virou

 

- A propósito, gostei do corte.

 

- Seriedade pura na frente.  Só diversão atrás – apontou o cabelo e balançou-o. Depois, retomou seu trajeto até uma porta, provocando risos nos caçadores.

 

Nesse meio tempo, Jo continuava observando discretamente o mais velho dos irmãos enquanto ajeitava as coisas no balcão. Eles se aproximaram e sentaram-se à bancada. Foi nessa hora que o loiro passou a analisar melhor o perfil da jovem.

 

Jo Harvelle era uma moça muito bonita. Não era muito alta, mas era magra e possuía um corpo esguio de curvas bem acentuadas. E um belo traseiro também. Isso era algo que chamava muito a atenção de Dean em uma mulher.

 

A moça o havia impressionado não só por sua beleza, mas também por sua postura valente e firme de minutos atrás. O único problema era que parecia jovem demais. Talvez tivesse uns dezenove anos. Bom, não devia ser menor para trabalhar ali. E como ele necessitava de alguém com quem pudesse esquecer um pouco aquele buraco em seu coração pela perda do pai, valeria a pena investir na garota.

 

Jo notou os olhares nada discretos do loiro, mas fingiu-se despercebida. É claro que não podia deixar de sentir satisfação em ser alvo de análise de um homem bastante interessante e belo como aquele. Mesmo assim, não iria facilitar as coisas para ele.

 

Antes que Dean pudesse lhe dizer qualquer coisa, Ellen retornou e juntou-se a eles. Começou a conversar com Sam sobre o resultado da conversa com Ash e outros assuntos que não interessavam a Dean. Ele estava atento era à silhueta de Jo. Esta se afastou do balcão para limpar as mesas. A contragosto, desejava que o loiro viesse atrás.

 

Não deu em outra. Após meio minuto, o Winchester deu de ombros com uma expressão de quem diz “Por que não?“, saiu do balcão e sentou-se  a uma mesa próxima a que Jo limpava e ficou à espera. Analisou-a mais uma vez dos pés à cabeça. Ela vestia calça jeans com uma blusa de alças pretas que deixava à mostra o umbigo.

 

Delícia!

 

- Como sua mãe entrou nessa? – perguntou à jovem quando esta chegou à sua mesa

 

- Meu pai. Ele era um caçador – disse orgulhosa e, em seguida, uma sombra permeou seu rosto – Ele faleceu.

 

- Sinto muito – disse com sinceridade. Aquilo, infelizmente, já lhe era familiar.

 

- Faz muito tempo. Eu era só uma criança. – ele assentiu. Ela o olhou como se compreendesse o que se passava em seu íntimo – Sinto muito pelo seu pai.

 

Dean não respondeu. Não queria falar sobre sua própria perda.

 

- Então, temos cinquenta e uma horas para matar – desviou assunto e coçou a cabeça olhando-a de forma significativa – Talvez devêssemos... – a frase ficou inacabada. A atitude dela não era nada convidativa. – Quer saber? Deixa pra lá.

 

- O quê? – ela queria saber. Imaginava que ele ia acabar soltando alguma e, embora não demonstrasse, queria saber como a abordaria.

 

- Nada. Só lugar errado na hora errada.

 

- Pensei que ia me passar umas cantadas sem graça. A maioria dos caçadores que passam por aquela porta pensam que podem me comer em troca de uma pizza, seis cervejas e rapidinho já estão desfrutando. – seu tom de voz era mordaz

 

Essa é direta!, pensou ele

 

- Que bando de safados – disse como se não se incluísse no grupo

 

- Você não é. – era mais uma pergunta do que afirmação.

 

- Acho que não.

 

Jo o olhou com descrença. Ele abaixou a cabeça como se fosse um menino pego numa mentira.

 

- Dean, vem olhar isso – Sam o chamou

 

Ele se afastou ainda sem jeito pela conversa com a jovem e aproximou-se do irmão. Ellen lhes passou um estranho caso de mortes por causa de aparições de palhaços e os dois se prontificaram a averiguar.

 

Assim que eles saíram, Jo experimentou uma sensação de desapontamento. Ela esperava que Dean fosse como os outros e tentasse seduzi-la com alguma cantada barata, porém, ele não o fez.

 

Por outro lado, a moça teve duas certezas. A primeira é que voltaria a vê-lo, e não seria só por causa das informações que buscariam de Ash dali a dois dias; haveria também outras vezes. A segunda é que aquele homem teria uma importância muito grande em sua vida. Essa última certeza ela não sabia o motivo, mas intuía que era algo concreto.

 

Isso deveria assustá-la. Mal o conhecia para sentir aquilo. Mas de um modo estranho, ela desejava que fosse verdade.


Notas Finais


Bem, gente, acabaram os spoilers. Espero que tenham gostado. No próximo capítulo, já vamos dar um pulo para a Terceira Temporada na qual Dean tem um ano de vida antes de ir para o inferno e a Jo iniciou sua vida de caçadora.

Como será o reencontro entre eles? Lembrando que na série o último foi quando Sam foi possuído pela Meg e só lá na quinta temporada eles se reencontram. Mas como eu disse, aqui não haverá a trama do Apocalipse. Espero reviews.

Até lá.


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