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História A garota do calendário - Clace (EM REVISÃO) - O trabalho


Escrita por: Cassie_fray e gio_gioo

Notas do Autor


Oioi <3

Capítulo 2 - O trabalho


Fanfic / Fanfiction A garota do calendário - Clace (EM REVISÃO) - O trabalho

{Clary}

— E eu irei acompanhar quem?

Estella sorriu maliciosmente, me deixando um pouco intrigada. 

— Jace Harondale.

Arregalei os olhos, engasgando mais uma vez com o líquido gelado. Aquilo era sério? Jace Harondale, o ator mais famose o da Europa?

— Ah, qual é? — ri. — Acabou a brincadeira, tia Estella, pode...

— Você acha mesmo que é algum tipo de brincadeira? — Estella arqueou as sobrancelhas. — Você realmente irá acompanhar o Sr. Harondale.

Eu já vira vários filmes de Jace, todos muito bons, e me lembro perfeitamente dos suspiros que eu e Izzy dávamos quando ele entrava em cena. Estava bom de mais para ser verdade. 

— Certo, quando começo? — tentei controlar a ansiedade no tom de voz, falhando miseravelmente. 

— Você começará depois do ensaio de fotos.

— Ensaio de fotos? — perguntei, confusa.

— Sim, o Sr. Harondale precisa saber como você é. Você será "enviada" para onde Jace estiver e ser tudo o que ele precisar durante o período que estiver com ele, tudo bem?

— Certo — respondi.

— Bom, agora vamos para o ensaio. — Disse Estella e logo acrescentou ao notar minhas sobrancelhas contraídas — Como eu já sabia que você ia aceitar o emprego, marquei o dia do ensaio. Agora vamos querida, estamos três minutos atrasadas.

Saímos do starbucks e cada uma foi para o seu carro. Como eu não sabia aonde era, apenas segui Estella. Depois do que pareceu uma eternidade chegamos ao estúdio.

— Vamos logo Clary, ainda temos que te arrumar — disse Estella impaciente e apertei o passo. 

Olhei para a frente e notei um grande prédio, com janelas escuras e de vidro. Para chegar até a porta de entrada, havia um lindo jardim nas laterais com rosas brancas e vermelhas e um caminho de pedras.

— Isso é um estúdio? — olhei encantada para o lugar. — É lindo.

— Sim, — sorriu para mim e passou a mão em meu ombro — Agora vamos deixar você linda. Bom, quero dizer, linda você já é. Só vamos te deixar mais... arrumada — deu ênfase na última palavra lançando um olhar de repúdio para minhas roupas. Revirei os olhos. 

Ao entrarmos no estúdio, um enorme hall com lustres e decoração retrô, um homem com roupas cintilantes e elegantes veio em nossa direção, o sorriso estampado no rosto. 

— Então essa é a famosa Clary Morgenstern? — perguntou gentilmente. 

— A própria — respondeu.

— Sou Magnus Bane, — esticou a mão e eu apertei —  designer particular dos Harondale, muito prazer. 

Designer particular dos Herondale? 

O prazer é todo meu — sorri. 

— Agora, me acompanhe por favor. Nós vamos comer a produção. 

Assenti e deixei Estella esperando enquanto seguia o homem pelo enorme hall, entrando no elevador em seguida. Magnus apertou o botão do sexto andar e aguardamos. 

— Você disse que é designer particular dos Harondale? — perguntei como quem não quer nada. 

— Isso mesmo, e você tem sorte de ser a acompanhante do Jace. Ah, que homem gato! Antes que você pergunte minha sexualidade, sim, eu sou gay — disse como quem não quer nada ao notar minha expressão curiosa e eu sorri. 

— Eu ainda não acredito — confessei. — Quero dizer, com tantas garotas bonitas, porque o ator mais famoso da Europa iria escolher alguém como eu? 

— Oi? — Magnus arregalou os olhos para mim com um sorriso divertido nos lábios. — Você é extremamente linda, mulher! Eu não deveria te contar isso, mas assim que ele colocou os olhos em você, disse que a queria trabalhando com ele o mais rápido possível. 

— Como assim? Como ele me viu? — arregalei os olhos. 

Magnus desbloqueou o celular e me mostrou uma foto. Uma foto minha e completamente horrorosa. Eu usava um gorro vermelho e fazia uma careta idiota e como se não bastasse meu suéter branco estava com uma mancha horrível de café. 

A porta do elevador se abriu, nos deixando em um corredor super iluminado e cheio de portas. Corri atrás de Magnus e segurei seu celular em minha mão. 

— Eu não acredito nisso — murmurei. — Quem teve a audácia de mostrar essa foto para ele?! 

— Eu — Magnus sorriu. — Você vai me agradecer mais tarde. 

— Você... O quê? Ei! 

Magnus abriu a primeira porta à direita e me puxou para dentro. Era uma sala enorme e organizada. Havia um espelho gigante que ocupava uma parede inteira. Tesouras, babybliss, escovas de cabelo e acessórios estavam arrumados em cima de uma bancada de madeira clara e milhares de produtos para pele e cabelo se encontravam espalhados pelas pequenas mesinhas. 

— Nossa — murmurei, observando cada detalhe daquele lugar incrível. 

— Isso é o que eu chamo de sala de glow up — ele disse, as mãos nos bolsos. 

— Clarissa Morgenstern? — ouvi uma voz feminina atrás de mim. Me virei e vi uma moça alta, loira e bem vestida entrando na sala.

— Sim?

— Sou Lydia, muito prazer, vou ajudar Magnus a produzir você.

— Muito prazer — apertei sua mão.

Começaram pelo cabelo, lavando-o com produtos que eu sequer conseguia pronunciar o nome; depois de secá-lo, escovaram e começaram a fazer minha sobrancelha e buço. Meus olhos arderam quando Lydia puxou a cera e fiz um esforço enorme para não proferir palavras de baixo calão. Depois, começaram a maquiagem, o que demorou em torno de quase uma hora para ficar pronta. 

Magnus e Lydia me olhavam com fascínio quando acabaram, orgulhosos do seu trabalho. Não me deixaram olhar no espelho, queriam que eu me vestisse primeiro. Os dois me conduziram até outra sala daquele mesmo corredor, a qual estava repleta de roupas. Vestidos longos, curtos, saias, casacos, suéteres e todos os modelos de roupas existentes no mundo, aparentemente. Havia também uma mesa com frutas e doces, um frigobar, uma janela enorme que ocupava uma parede inteira, uma televisão e um lustre pendurado no teto. No canto esquerdo e mais afastado da sala, tinham três provadores. 

— Você vai tirar várias fotos, então usará vários modelos de roupas  — explicou Magnus enquanto me entregava um vestido roxo berinjela e eu assenti. 

Depois de poucos minutos consegui colocar o vestido e saí do provador.

— Minha nossa senhora da porpurina, você está incrível! — Magnus crispou os lábios. 

— Obrigada — sorri envergonhada. 

— Agora coloque isso — disse e me entregou um par de saltos agulha dourado. 

— Então, quando vou poder me olhar no espelho? — perguntei um pouco ansiosa. 

Magnus me conduziu até um canto afastado e abriu uma espécie de porta, exibindo um enorme espelho. Meu queixo despencou. 

— Nossa, — eu ri, um pouco atrapalhada — se eu soubesse que ficaria tão... Assim, teria feito isso antes.

Eu estava realmente muito bonita, como jamais estivera antes. Meus cabelos estava enrolados e caiam sobre meus ombros, minha maquiagem combinava perfeitamente com o vestido da cor roxo berinjela com algumas rendas decorando e decotado que definiu todas as curvas do meu corpo, e com o salto alto que Magnus disse para mim colocar. Para melhorar, o batom vermelho dava o destaque final. 

Estella entrou na sala e arregalou os olhos para mim.

— Onde está minha sobrinha e o que você fez com ela? — brincou. 

Sorri.

— É sua vez a ser fotografada, querida. Me acompanhe por favor — Estella apoiou a mão em minhas costas e me acompanhou para fora da sala. 

Chegando ao oitavo andar, entramos por uma porta de vidro e vi um homem baixinho com uma câmera pendurada no pescoço. Ele me cumprimentou gentilmente e fez um comentário positivo sobre a escolha do vestido. Por fim, me posicionou e me deu dicas de poses enquanto o flash me atingia por completo. 

Depois de duas horas tirando fotos, trocando de roupa e mudando a maquiagem, o ensaio acabou, dando início ao cansaço em meu corpo. 

— As fotos ficaram maravilhosas e já foram enviadas para o Sr. Harondale — disse Magnus.

— Posso ver? — perguntei. 

Magnus virou a tela do notebook para mim e vi a primeira foto. Eu estava tão elegante e sexy, nem parecia eu, mas todas as fotos ficaram maravilhosas, principalmente uma em que eu estava com um vestido tubinho preto e scarpins combinando. 

Ao meio dia, fui até o banheiro para finalmente me trocar, mas minhas roupas haviam sumido. No lugar delas, havia uma caixa preta com uma fita de cetim vermelha, um bilhete pregado ao lado: 


"Um presente para você. Isso sim é roupa de verdade. Não procure suas roupas antigas, a esta altura já devem estar esmagadas no caminhão de lixo"

                                                            — E


Não acreditava que tia Estella tinha jogado fora as roupas mais confortáveis de sair que eu tinha. Revirei os olhos e abri a caixa. Havia um vestido azul marinho com um decote acentuado na frente, com alças finas e detalhadas em dourado, da mesma cor que o salto agulha que reluzia com a luz do reservado. Após me vestir, coloquei um colar fino de ouro com um pingente em formato de estrela, destacando minha clavícula. 

Me encontrei com Estella em seguida, que me recebeu com um sorriso estonteante no rosto. 

— Agora sim — disse enquanto olhava o vestido com brilho nos olhos. 

— Só para você saber, aquelas eram as roupas mais confortáveis que eu tinha — murmurei brincalhona e Estella gargalhou. 

— Chama aquilo de roupa? 

Sorri e revirei os olhos. 

Estella tirou um perfume de sua bolsa e deu quatro borrifadas em mim. 

— Agora vamos, o Sr. Herondale está a sua espera e...

— O quê? — arregalei os olhos, me virando de súbito para minha tia. 

— Ele soube que o contrato seria fechado hoje e veio buscá-la. Agora vamos, sem mais enrolação. 

Respirei fundo, as mãos suando, levemente trêmulas. O coração parecia que ia sair pela boca. A ideia de me encontrar com o ator mais famoso da Europa me deixava nervosa. 

— Clary, agora é com você. Não seja grosseira, seja simpática tudo bem? Eu vou ficar no fundo do restaurante, enquanto vocês conversaram. Caso algo dê errado, estarei lá. 

—  Que restaurante?

— Excrise's no blutyli.

— O quê?! Esse restaurante é super caro e...

— Não se esqueça de que Jace é milionário e que ela vai pagar tudo.

Claro, como eu sou idiota. 

Entrei no meu carro e segui Estella até o Excrise's no blutyli, o coração errando as batidas a cada quilômetro andado. 

Assim que estacionei o carro, notei que várias adolescentes estavam na porta do restaurante fazendo o maior furdunço enquanto três seguranças vigiavam a porta e outros dois tentavam afasta-las dali.

— Caramba, isso tudo é por causa...

— É — Estella disse — Vamos.

Nós nos aproximamos da porta e minha tia deu um papel para um dos seguranças, que nos olhava com desconfiança nítida. 

— Liberadas — o mais alto deles devolveu o papel e abriu passagem. 

— MAS O QUÊ?! — gritou uma das adolescentes incrédulas — POR QUE ELAS PODEM ENTRAR E NÓS NÃO?!

— QUEREMOS ENTRAR!

Assim que passamos pela porta, o barulho das meninas ficou para trás.

Logo vi Jace Harondale sentado em uma das mesas, mexendo em seu celular. Ele usava um terno super elegante que o deixava mais sexy e gato ainda, se é que aquilo era possível. Notei quando o loiro passou a mão pelos fios que recaíam sobre os olhos e mordeu o lábio inferior, num ato inconsciente mas muito atraente. 

— Vou me sentar bem ali — Estella apontou uma mesa super afastada — e você vai até lá e vai se comportar como uma dama. 

Revirei os olhos e Estella me deu um cutucão. 

Me aproximei da mesa onde Jace estava.

— E aí — soltei e Estella girou sobre os calcanharres, os olhos arregalados e a cabeça balançando em negativa. — Hm, quero dizer... Olá Sr. Herondale. 

Jace cravou seus lindos olhos em mim, me causando um leve arrepio pela coluna. Um sorriso divertido emoldurava seus lábios enquanto ele me olhava de cima a baixo, descaradamente. Me senti tremer por dentro. 

— Olá senhorita Morgenstern — disse ele, a voz grave enquanto se levantava e depositava um beijo doce no dorso de minha mão. 

Ele puxou a cadeira para que eu me sentasse e sorriu amigavelmente, a elegância emanava dele naturalmente. 

— Obrigada — sorri e me sentei, colocando os dois braços em cima da mesa. Lancei um olhar para tia Estella que me fuzilava, fazendo um gesto para que eu a imitasse. Coluna reta, braços ao lado do corpo. Me endireitei antes que o Sr. Herondale notasse. 

— Então, como você está? — iniciou, me olhando como se eu fosse a pessoa mais interessante que ele pudesse ter visto. Me encolhi diante do pensamento. 

— Estou bem, obrigada. E o senhor? — perguntei, tentando conter a vergonha dentro de mim. 

— Muito bem — disse ele, os cantos dos lábios se erguendo em um sorriso divertido novamente. — Por favor, me chame de Jace. 

— Claro senh... Jace — pigarreei disfarçadamente, não passando despercebido pelo homem a minha frente. 

Àquela altura ele deveria ter notado o quão atrapalhada e deselegante eu era. Com certeza me trocaria por outra em menos de uma semana.

Olhei para trás e vi as adolescentes com os rostos grudados no vidro observando cada movimento meu e de Jace. 

— Desculpe a pergunta, mas por que você precisa de uma acompanhante de luxo? — me arrependi assim que perguntei. Era uma pergunta indelicada e eu havia acabado de conhecê-lo. 

— Por que você aceitou o emprego? — perguntou com um sorriso cafajeste nos lábios.

— Ah, então você responde perguntas com outras perguntas? — ergui as sobrancelhas, surpresa com tal informalidade. 

— Apenas quando quero desviar o assunto de alguma pergunta direcionada a mim — ponderou. Ele estava se deliciando com as minhas bochechas coradas tomadas pela vergonha. 

— Justo — mordi o lábio inferior e entrelacei as mãos no meu colo. 

Jace parecia ser uma pessoa legal, decente. Mas eu estava envergonhada. Ele era rico, famoso, lindo de morrer e escolheu justo a mulher mais desastrada, atrapalhada e deselegante que ele poderia conhecer na vida. 

Me remexi na cadeira. 

— Escolha algo de sua preferência — disse ele me entregando o cardápio. 

— Estou com fome, mas acho que tudo é muito caro — ponderei enquanto folheava o cardápio em minhas mãos. — Cara, essa lagosta custa o meu apartamento. Será que eles aceitam um rim como forma de paga... Hm, me desculpe.

Meu rosto imediatamente ficou quente. Eu nunca diria aquilo na frente dele se não estivesse tão distraída com o que lia. Também me esqueci completamente de que não estava em um almoço informal com Isabelle e Alec. Minhas bochechas esquentaram enquanto Jace gargalhava. 

— Você gosta de lagosta? — perguntou.

— Sim, mas não me lembro qual foi a última vez que comi uma.

— Podemos dividir uma garrafa de vinho?

— Claro — sorri.

Achei fofo da parte de Jace pedir uma lagosta com todos os acompanhamentos somente por eu ter dito que gosto. O loiro pediu também um vinho que eu sequer conseguia pronunciar o nome e sorriu para mim quando franzi o cenho ao ouví-lo pronunciar. 

Olhei para trás ao escutar o barulho das adolescentes batendo no vidro. Os seguranças ainda tentavam tirá-las dali.

— Elas gostam mesmo de você — comentei.

— É, parece que sim — sorriu. — Bom, eu adoro todos os meus fãs, adoro mesmo, mas ter que andar com seguranças à minha volta sempre não é tão legal. Estou com saudades de Paris, lá eu posso ir aonde quiser sem precisar dos seguranças. Todos me conheceram antes da fama, o que é uma coisa boa, posso ir a qualquer lugar sem pularem em cima de mim.

Dei risada, mas sabia que a vida de ator não deveria ser fácil. 

— Bom... Por que não conta mais sobre você? — perguntei.

— É mais fácil você me dizer o que sabe sobre mim — ele riu e cruzou os braços, e entendi no mesmo segundo o que ele queria dizer. 

— Sabe, eu não confio muito nessas revistas de fofoca — disse eu, apoiando os braços na mesa novamente. — Mas vi em uma delas uma vez que sua cor favorita é amarelo e que adora fazer trilha pela mata. É tudo o que eu sei, roubaram aquela revista de mim antes que eu pudesse terminar de bisbilhotar sua vida em um pedaço de papel. 

Jace riu da observação e umedeceu os lábios. 

— É, eu gosto mesmo de amarelo e de trilhas — sorriu. É claro que gostava — Mas me conte um pouco sobre você. 

— Eu gosto muito de pintar e desenhar, faço isso desde pequena na verdade, mas parei um pouco depois que cresci. Sabe, outras preocupações e deveres — ajeitei a postura. — Gosto muito de ler, mas levo isso como um hobby. Eu odiava quando a professora de literatura nos mandava ler os livros da biblioteca. 

Jace riu e pediu para que eu prosseguisse. 

— Minha for favorita é azul e eu gosto muito de fazer piquenique — falei. — Fiz cinco anos de teatro e era muito boa nisso. Acho que só. 

— Interessante — ele me avaliou. 

O pedido chegou e enquanto comiamos, conversávamos sobre meus desenhos e sobre as aulas de arte na época do colégio. Jace me fez rir várias vezes ao soltar comentários engraçados sobre o assunto e quando me mostrou seus desenhos — todos eles com bonecos de palito. Meia hora depois o loiro pagava a conta e me ajudava a se levantar, mesmo que sem necessidade, uma demonstração do grande cavalheiro que ele aparentava ser. 

Saímos do Excrise's no blutyli e fomos até a limousine de Jace, acompanhados pelos seguranças. As meninas, antes grudadas ao vidro do restaurante, agora mexiam em seus celulares, não notando quando eu e o loiro saímos pelas portas de vidro. Para a nossa sorte. Aposto que depois ficariam chateadas e indignadas por perderem um momento como aquele, o ator mais famoso da Europa andando a menos de meio quilômetro delas enquanto mexiam em seus telefones. Sorri. 

— Para onde vamos? — perguntei assim que Herondale se sentou ao meu lado. 

— Para o aeroporto — respondeu. 

— Mas eu não fiz as malas, não tenho nenhuma roupa lá e...

— Você não precisa se vestir, sabe, eu não me importo — mordiscou o lábio inferior.

— Que? — arregalei os olhos, as mãos suando novamente. 

Jace riu e me fuzilou com o olhar.

— É brincadeira, Clarissa. Magnus já cuidou de tudo —  piscou.

Ri de nervoso e assenti.

Meu celular tocou, era Izzy. 

— Alô? — atendi, ainda atordoada com o que Jace acabara de dizer. 

— Amiga, me conta, você aceitou o emprego? — perguntou ela, a empolgação fluindo pela linha. 

— Sim — respondi na mesma intensidade.

— Quem você vai acompanhar? — perguntou ela sem esconder a curiosidade em seu tom de voz.

— Mais tarde conversamos sobre isso, pode ser? É que eu estou um pouco ocupada agora  — dei ênfase na última palavra.

Izzy pareceu ter entendido, pois logo respondeu:

— Então você já está com ele? Ah, mais tarde eu ligo para você e você vai me contar tudo. 

— Tudo bem, pode deixar, — sorri — até mais.

— Até mais.

Desliguei o telefone e me voltei para Jace.

— Bom, temos que ir, ou podemos nos atrasar — disse ele ao motorista que logo deu partida na limousine. 

Vinte minutos depois, estávamos no aeroporto e Jace conversava com um homem baixinho enquanto eu o esperava logo atrás. O homem nos levou para a parte de fora do aeroporto, onde os aviões faziam a decolagem e vi um jatinho branco.

— Pronta? — perguntou ele. 

Assenti. 

O jatinho particular era de Jace, como eu deveria ter adivinhado. Subimos e nos sentamos nos bancos macios do fundo, nos acomodando perfeitamente. 

— Ninguém mais vem? — perguntei.

— Não, só eu e você — ele mirou seus olhos nos meus e senti um arrepio percorrer meu corpo todo — E o piloto e co-piloto, é claro. 

Ri da observação do loiro. 

O fato de eu não saber aonde estávamos indo, me deixava inquieta e empolgada.

— Você está cansada, não é? — Herondale me cutucou com o dedo e voltei minha atenção para ele. 

— Um pouco, sim. 

— Vem, deita aqui  — indicou uma poltrona com a cabeça — É super confortável e dá para dormir.

Fui até a poltrona e me deitei, ajustando-a para me deitar. 

O avião começou a decolar e eu estava mais ansiosa que nunca.

Jace apareceu com uma coberta vermelha e a colocou sobre mim, já que estava um pouco frio.

— Obrigada — murmurei.

Jace apenas sorriu amigavelmente e se deitou na poltrona do lado.

Fechei os olhos e o cansaço me atingiu mais rápido do que imaginei que atingiria. 


                                  ***


— Ei Clary, acorde —  ouvi a voz grave de Jace e abri os olhos.

— Já chegamos? — perguntei, um pouco sonolenta.

— Ainda não, mas daqui a alguns minutinhos vamos pousar. 

Me levantei e passei as mãos pelo vestido, indo até o banheiro no fundo do jatinho. Lá tinha uma escova de dentes com meu nome escrito, um perfume e um pequeno estojo de maquiagem.

Escovei os dentes, lavei o rosto, retoquei um pouco a maquiagem e por fim passei o perfume, que por sinal era ótimo. 

Saí do banheiro e olhei pela janela, a torre de Paris despontava ao longe. Arregalei os olhos e um sorriso surgiu pela minha face. Fui uma grande idiota por não ter ao menos cogitado que estávamos indo para lá. 

— Bem-vinda a Paris, Clary  — disse Jace atrás de mim. 


Notas Finais


É isso <3


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