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História A Garota dos Olhos Verdes - 22. Borboletas


Escrita por: myoidream

Notas do Autor


Eu tenho a sensação d q vcs vão gostar desse cap kkkk

Boa leitura!

Capítulo 23 - 22. Borboletas


“Eu gosto de olhos que sorriem, de gestos que se desculpam, de toques que sabem conversar e de silêncios que se declaram.”
Autor desconhecido

 

Ela gritou tanto comigo ao telefone, que nem tive tempo de me explicar depois de pedir educadamente à recepcionista do motel que me passasse o endereço. Lauren desligou na minha cara antes. Será que ela não tinha nenhum colega de faculdade que tinha virado psiquiatra? Viria bem a calhar.

Ora ela gritava comigo, ora também. Em qual intervalo de tempo eu tinha me apaixonado por ela? Foi tudo culpa daquelas mãos macias e quentinhas que ficaram perfeitas coladas nas minhas, eu tinha quase certeza.

Eu pensava nos prós e nos contras de arrancar minha mão a dentadas, quanto avistei seu carro no final da rua, inconfundível. Lauren vinha rápido o suficiente para fazer qualquer um acreditar que fora chamada para apagar um incêndio.

Ela estacionou e desceu. Quando eu estava pronta para abrir a porta do passageiro, ela me perguntou com a veia saltando no pescoço (não sei como ela não explodiu):

– Cadê ele?

– Foi embora – eu disse simplesmente, como se não fosse nada de mais, o que pareceu agravar a situação.

– Entra – mandou, abrindo a porta para mim e fechando-a em seguida com toda força. Só pela sua postura e por ela ter passado as mãos nos cabelos enquanto dava a volta no carro, deduzi que o caminho para casa seria longo. Porém eu me enganei. Ela ficou em silêncio e mal olhou na minha direção.

Assim que entramos em casa e eu conferi se estávamos sozinhas, resolvi tirar a pulga de trás da minha orelha:

– O que foi que eu fiz?

Ela já estava sumindo para dentro do corredor, mas voltou e parou na minha frente, a um palmo de distância. Se eu tropeçasse, assim sem querer, sabe, cairia com a minha boca na dela, mas a ideia desapareceu assim que ela começou a falar.

– O que foi que você fez? – rugiu. Eu me senti na frente de um leão. Tenho certeza de que se alguém tivesse filmado a cena, meu cabelo teria aparecido voando. – Você quer que eu enumere TUDO o que você já fez?

– Não – respondi. A lista seria longa. – Só quero saber o que eu fiz agora. Por que você está tão brava?

– Quer saber por que o fato de buscá-la na porta do motel, sabendo que você estava com outro cara, me tira do sério, Camila? – Do jeito que ela gritava, eu e todo o 7º andar queríamos saber. – O filho da mãe ainda a largou na rua como qualquer uma. Eu não posso acreditar que você seja tão BURRA! – berrou, andando de um lado para o outro com os punhos cerrados.

– Eu não sou burra – me defendi, magoada. Talvez só um pouquinho.

– Como não? Eu prefiro pensar nessa hipótese do que em uma pior.

– Do que você está falando, afinal? – perguntei. Ela vivia no mesmo planeta que eu? Certeza? De que diabos ela estava falando? E lá ia a mão pelo cabelo outra vez. Ela me deu as costas.

– Você é linda demais, especial demais, para que eu pense que você se rebaixou tanto – confessou por fim. – Você sabia que o cara era um babaca, sabia que ele deu em cima da Eliza e mesmo assim você foi pra cama com ele.

Engasguei. O quê? Eu? Pra cama? Com alguém? Já fazia tanto tempo, que eu nem me lembrava mais como era a sensação, minha filha!

– Eu... eu... – Não conseguia falar, dava para perceber, né? Lauren se virou novamente para mim com uma decepção aparente no olhar.

– Eu deveria ter imaginado. – E levantou a mão em direção aos meus cabelos, mas deixando-as cair antes. – Eu deveria ter percebido o quanto você estava carente e que ele se aproveitaria disso.

– Lauren, chega – interrompi de forma autoritária.

– Me desculpa, eu não tenho nada a ver com a sua vida. – E se afastou um pouco. – Eu só não quero que você se machuque mais.

– Então para de me machucar – retruquei, encarando as esmeraldas verdes e dando alguns passos em sua direção. – Pare de me desvalorizar.

– Eu? – Ela parecia confusa.

– Como você pode pensar que eu iria para a cama com um babaca daqueles? – questionei, elevando o tom de voz. Como ela ousava? – Você acha que eu não me dou valor? Você me acha tão fraca a ponto de me jogar na cama de qualquer um?

– Não eu, eu não sei, eu só...

– VOCÊ O QUÊ? – Fala, inferno, esse suspense está me matando! O que realmente estava acontecendo entre nós duas?

– Fiquei com ciúmes.

– Ciúmes? – Eu não acreditava.

– Você realmente não percebeu? – indagou. Agora quem não acreditava era ela. – Viu, foi sobre isso que eu disse quando falei que você só enxerga o que realmente quer ver.

– Talvez se você fosse um pouquinho mais preci...

– Cala a boca, Camila – interrompeu-me e me puxou para junto de si, colando os lábios nos meus...

Foi quando eu vi estrelas e senti as borboletas dançarem no meu estômago pela segunda vez na minha vida...

Uma sensação incrível invadiu todos os poros do meu corpo, Lauren agarrou meus cabelos por trás da minha nuca e forçou seus lábios contra os meus com mais força. Acabamos indo para trás e quando me dei conta, eu estava escorada na parede e podia sentir todas as partes do corpo dela coladas ao meu enquanto sua língua explorava minha boca de diversas formas diferentes. Quando enfim ela encontrou o caminho e se uniu à minha, eu gemi de prazer e felicidade. Ela estava me beijando, ela finalmente estava me beijando.

Correspondi ao beijo agarrando seu pescoço e inclinando meu corpo para mais perto do seu, até que nos uníssemos por completo. Uma de suas mãos viajou pelas minhas costas, passando pela minha cintura, e finalmente desceu até minha coxa puxando-a em direção a ela. Me deixei levar e me entreguei ao melhor beijo da minha vida; sim, porque sem dúvidas esse tinha sido o melhor, mais intenso e apaixonante do que os beijos que inventei na minha mente. Quando dei por mim, minhas duas pernas estavam em volta da cintura dela. Ela me queria, de todas as formas, e eu podia sentir o quanto. Lauren apoiou uma das mãos nas minhas coxas e a outra ela segurava meu rosto enquanto me levava em direção ao seu quarto, sem desencostar sua boca da minha nem por um segundo. Ela fechou a porta com um chute e me deitou delicadamente na cama. Lembrei-me de todas as vezes em que ela tinha feito isso no último mês, por motivos diversos, mas nenhuma delas tinha a perfeição que esse momento tinha. Ela se deitou sobre mim e continuou a acariciar meu rosto enquanto me beijava; eu me mexi para que nossos corpos se encaixassem da maneira certa e arranquei um gemido seu quando a pressionei da maneira que eu queria.

Ela levantou o tronco o suficiente para tirar a camiseta. Embora sua boca estivesse longe, seus olhos ainda estavam nos meus. Me ergui para que ela tirasse minha blusa e quando o fez, ela parou por alguns minutos para me observar. Eu deveria me sentir envergonhada, mas estava longe disso: eu me sentia linda. Com um golpe hábil ela abriu meu sutiã e envolveu um dos meus seios com as mãos.

– Sabe quantas vezes eu sonhei com esse momento? – sussurrou enquanto eu gemia sob seu toque, com seu olhar penetrando todos os cantos da minha alma. Seus olhos tinham um brilho tão intenso, que eu poderia nadar dentro deles, me perder e me encontrar, desaparecer sem deixar vestígios e viver ali, naquela imensidão verde para sempre. Eles me convidavam a tentar, a entrar, a me deixar levar e me sufocar em tamanha beleza. Uma promessa de algo tão intenso... eu não tinha certeza se me redescobriria como mulher, ou se jamais me encontraria novamente, mas mesmo assim, a única coisa em que eu conseguia pensar é que precisava daqueles olhos, como quem precisa do ar para respirar.

– Não mais do que eu – confidenciei ao agarrá-la como se ela fosse uma boia salva-vidas e eu estivesse me afogando. Ela estava deitada de lado e suas mãos passeavam em minha barriga à procura do cós da minha calça jeans, quando alguém começou a bater na porta.

– Lauren? – chamou Zayn.

Ter irmãos já era uma merda, eles me interromperem na hora H era uma desgraça!

– O quê? – perguntou Lauren, tentando recompor a voz.

– Você viu a Camila?

Ah, se tinha visto...

Ela deu um risinho com a minha expressão divertida e colocou o indicador sobre a boca, me pedindo silêncio.

– Você não ia buscá-la? – insistiu Zayn.

– Ela me disse que sairia com Eliza – mentiu Lauren.

– Então eu vou ligar para ela, só para confirmar se correu tudo bem na conversa com aquele otário.

– Deixa que eu ligo – Lauren falou rápido demais.

– Por quê? – meu irmão perguntou desconfiado.

– Porque eu tenho que perguntar quantas gotas eu tenho que tomar do remédio de dor de cabeça que ela me emprestou de manhã – emendou. Essa era uma desculpa péssima.

– Você comprou o seu diploma ou só quer uma desculpa para falar com a minha irmã? – indagou Zayn com deboche.

Deus, se você existe arrasta esse moleque para longe antes que eu abra essa porta e encha a cara dele de porrada, pedi em pensamento.

– Nem uma coisa nem outra – respondeu Lauren e me agarrou novamente.

– Eu tô de olho em você! – ameaçou Zayn, já se afastando.

– Ah se ele soubesse... – eu disse rindo.

– Ele vai ter que saber – Lauren se sentou e me puxou para o seu peito. Ok, era isso. O momento tinha passado graças ao idiota do meu irmão.

– Ele não precisa saber, na verdade você não precisa contar – tentei explicar.

– Mais eu quero – sussurrou no meu ouvido, fazendo com que os pelos do meu braço se arrepiassem.

– E eu quero poder dormir na sua cama sem você levar uma facada do Zayn.

– Touché! – brincou. – Mas eles vão precisar saber uma hora ou outra.

– Podemos discutir isso amanhã? – pedi, virando-me e encostando meus lábios nos seus. – Ou nunca?

– Você consegue ser bem convincente quando quer – disse ao me jogar novamente na cama e investir contra minha calça. Até que enfim.

– Lauren? – chamou Dinah do outro lado da porta.

– Fala, Dinah – respondeu irritada, parando mais uma vez no meio da missão.

– Você viu a minha irmã?

De novo?

– Até você? Onde você acha que ela tá, na minha cama? – perguntou Lauren, sarcástica, e eu me acabei de dar risada. Em silêncio.

– Não se você quiser continuar vivo, só perguntei, oras. Era você quem ia buscá-la.

– Ela saiu com a Eliza.

– Mas a Eliza ligou para a Alycia dizendo que vinha para cá.

Merda.


Notas Finais


Finalmente, né? kkk

Ñ esqueçam de comentar ^^

Twitter: myouidream


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