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História A garota e o mundo - Você e eu é amor.


Escrita por: MalloryHathaway

Notas do Autor


Olá, mundooo!
Muito obrigada ~RosalieFleur por ter favoritado a fic, espero que esteja gostando e acompanhando. Mais um capítulo, na verdade mais alguns...
Boa leitura xxx

Capítulo 36 - Você e eu é amor.


Fanfic / Fanfiction A garota e o mundo - Você e eu é amor.


"Bom dia, família", coloquei os braços em volta do pescoço do meu pai.
 "Bom dia", meu irmão fez o mesmo com a minha mãe. 
 "O que deu em vocês? Quando fizeram isso, era porque tinham outras intenções", meu pai fez que estava de olho em nós dois.
 "Foi para avisar que havia nos convocado para ir conversar com o diretor."
 "O Matheus que me pediu ajuda."
 "A Ayumi era esperta."
 "Viu, maninho? Depois fala que eu sou burra."
 "Quando é para ser inocente, você é boa", ele deu a língua e eu retribuí.
 "O que é dessa vez?", minha mãe perguntou.
 "Espero que eu não tenha que dar bronca."
 "Nada que eu saiba", dei de ombros.
 "Como foi a festa do pijama?"
 "Foi muito maluca e agora a banda tem nome."
 "Pelo menos, vocês fizeram alguma coisa que presta em uma festa de menininhas."
 "Vou ignorar o comentário, tá? Voltando... a nossa banda se chama 'Back to freedom'."
 "Nossa, gostei do nome. Ontem, eu tive que ajudar uma loja a escolher o nome e criar a logo."
 "Eu devia ter pedido sua opinião, mãe. Às vezes esqueço que tenho uma mãe publicitária."
 "E falando nisso, tem o novo projeto da Amara. Tenho que ligar para ela segunda."
 "Ela estava contando o que pretende fazer e vai ficar bem diferente. A fachada é minha."
 "Irá dar um up!"
 "Mãe, o que você colocou no bolo?"
 "Açúcar e o básico, filho. Ah, e seu pai ajudou, então nunca se sabe."
 "Eu fiz o que você mandou, Ana."
 "Você é muito imprevisível, Miguel. O que está diferente, Matheus?"
 "Sei lá... Parece salgado, está mais para torta salgada do que para bolo."
 "A receita é uma pitada de sal", e se direcionando para o meu pai, minha mãe perguntou: "Miguel, você colocou sal no lugar do açúcar?"
 "Eu coloquei o pó branco que você deixou do lado."
 "Era o sal, você não olhou para o que estava escrito no pote? Sua mãe é cozinheira de mão cheia e você um desastre culinário, Miguel."
 "Está bom o bolo de qualquer jeito", comentei para não chatear ninguém e meu irmão riu baixinho.
 "Sempre distraído", minha mãe revirou os olhos rindo. Não vou negar, o bolo estava com um sabor extremamente estranho, porém, quando meu pai quer ele supera até o dotes culinários da vovó Celeste. Frequência: 1 vez no ano.
 "Pelo menos, no dia do nosso casamento, eu não esqueci a aliança."
 "Quem esqueceu a aliança?", perguntei curiosa. 
 "O seu tio."
 "O tio Nathan?", o Matheus exclamou em tom de que não se lembrava.
 "Em minha defesa eu tinha 8 anos e tive que ficar presa em uma salinha", cruzei os braços.
 "E eu 11 anos e tinha aquela organizadora chata que ficava checando o meu terno a cada 10 minutos", meu irmão fez uma cara de tédio.
 "Vocês só se lembram da parte ruim? E das partes engraçadas?"
 "Foram as melhores", meu pai completou rindo.
 "Quero ouvir", me levantei colocando a xícara e o prato na pia.
 "Eu acho que eu tenho tempo", meu irmão fez o mesmo.
 "Então, vou pegar os álbuns", minha mãe se levantou e ajeitou a calça moletom.
 "A Ayumi era tão diferente...", meu pai sorriu e lançou um olhar nostálgico.
 "Ela era quase loira", meu irmão completou.
 "Eu lembro", peguei uma mecha do meu cabelo escuro e longo.
 "Continua maravilhosa como sempre, querida", meu pai se sentou do meu lado.
 "E você o melhor pai do mundo", dei um abraço nele.
 "Perdi a cena mais linda do ano, pelo jeito", minha mãe falou quase tombando com os álbuns.
 "Eu te ajudo, querida", meu pai se levantou e pegou parte deles e envolveu minha mãe em um abraço desajeitado.
 "Aqui é o álbum do casamento da Daiana", minha mãe se sentou e apareceu a primeira foto. Era da nossa família com os recém casados.
 "Olha como você está com o cabelo claro, querida", minha mãe apontou para mim vestida de daminha e com as madeixas castanho clarinhos. Minha teoria de ser mestiça é confirmada a cada dia. "Nem parecia que se tornaria esta japonesinha."
 "E qual é a parte engraçada?", meu irmão perguntou rindo da cara forçada dele.
 "Ah, o tio de vocês deixou a aliança em cima da geladeira e quando se deu conta, estávamos no local do casamento que era do outro lado da cidade."
 "E o pior foi que a organizadora ficou meio 
furiosa e impaciente, então foi buscar na casa sem avisar ninguém..."
 "E o Nathan como não sabia, foi também e quando foram ver, os dois se deram de cara."
 "Sério?", perguntei gargalhando.
 "E não para por aí. A Daiana chegou na igreja e quando ia entrar, o noivo não estava lá."
 "O noivo chegou atrasado e não a noiva?", o meu irmão perguntou e meus pais assentiram.
 "Eu lembro mais ou menos", me encostei na cadeira lembrando das poucas memórias que eu tinha. Eu ouvindo a tia Dai gritar com todo mundo dizendo que o tio Nathan havia a deixado na frente da igreja, enquanto a organizadora tentava explicar a história da aliança, eu e meu irmão ficávamos rindo.
 "Você e eu ficamos rindo, lembra Ayumi?"
 "Lembro, Matheus."
 "Sua tia quase desistiu do casamento."
 "Eu não sei para que tanto estresse."
 "Filho, quando for sua vez, eu te falo isso."
 "Eu também fiquei meio que suando frio", meu pai balançou a cabeça.
 "E seus tios não tiveram lua de mel, por causa que sua tia teve uma infecção feia no dia seguinte."
 "Espera. O noivo se atrasa e os dois não tem lua de mel? Por isso que agora, eles estão no maior romance", concluí olhando outra foto, onde eu tirei em frente ao bolo.
 "Eu e seu pai também nem curtimos muito a vida de casados, porque logo o Matheus..."
 "Claro, eu sou o colorido na vida das pessoas."
 "Seu convecido. Mãe, e suas fotos de casamento?"
 "Estão neste álbum", ela estendeu e eu o abri empolgada.
 "Nossa, eu queria estar nesta casamento", meu irmão apontou para a mesa de doces. 
 "Eu pensando no romance do casal e você pensando nos doces, Matheus? Fala sério."
 "Eu tenho cara de ser o sentimentalismo em pessoa?"
 "Eu sou romântica, ok? Olha que lindo esta foto", virei a página e olhando os meus pais mais novos.
 "Eu estava tão nova..."
 "Passou tanto tempo, Ana", meu pai a abraçou do mesmo jeito que estava na foto.
 "Por que será que a Ayumi parecia ter cabelos cor de neve e depois deu nisso?", ele fez um gesto de desdém para o meu lado.
 "Tem pessoas que são loiras e com o tempo o cabelo vai escurecendo", meu pai explicou.
 "Eu prefiro esta fase do meu cabelo."
 "Ainda existe alguns resquícios... Olha", minha mãe pegou uma mecha do meu cabelo. "Ele é um castanho escuro e em alguns momentos parece que foram feitas luzes nele, porém em outros parece que é preto."
 "De verdade, não me vejo loira. Nem pareço eu quando pequena", passei os dedos pelo meu rosto sorridente de 1 ano. Eu nem parecia ser japonesa... Só com o tempo, este outro lado destacou. Como se eu não fosse eu.
 "No seu aniversário de 1 ano."
 "Eu queria que tivesse sido da Bela e a Fera", me referi à minha princesa favorita.
 "Ah, e então iria aparecer o Fera no meio da festa e ia espantar as crianças?", meu irmão perguntou irônico. 
 "Ora, que ele viesse de Príncipe."
 "Ah, Ayumi... É que você era tão mágica para nós... Parecia que havia chegado nestes tapetes voadores."
 "Acho que desconjurei até o Matheus que correu atrás da cegonha imaginária."
 "Vocês me fizeram acreditar nisso."
 "Ok. Pensem na história para seus filhos. Seus avós contaram o mesmo."
 "E para nossa prima que está chegando", falei sorrindo.
 "Agora tem que vir um primo."
 "O time das mulheres é mais forte", eu e minha mãe fizemos um toque.
 "E o dos homens também."
 "Não queira competir, Miguel", minha mãe respondeu em tom de advertência e meu pai a puxou para um abraço carinhoso.
 "Ok. Fiquem no clima romântico que eu vou para o meu quarto", meu irmão se levantou.
 "E eu vou jogar com o Mário", fechei o álbum e meus pais sorriram.
 Me joguei na cama e procurei pelo Mário no chat de conversa.
Mário: Eu estou esperando para jogar. -ele já havia mandado a mensagem fazia 5 minutos. Cruzei os dedos e mandei uma resposta.
Ayumi: Hello, my friend! Let's go!!
Mário: Cadê a verdadeira Ayumi? Você é a Ayumi Inglesa? -ele respondeu logo depois.
Ayumi: Vamos jogar, Mário? E sou eu, tá? Ayumi.
Mário: Entra no Skype. Estou te esperando.
 Podia até ouvir o Mário rindo e fingindo estar sério. Fechei a janela do chat e abri o Skype. O Mário já estava solicitando chamada.

 "Achei que você não ia aparecer mais."
 "Oi, Mário!", respondi com sarcasmo.
 "Ah... Oi. E o que vamos jogar?"
 "Qualquer jogo que eu saiba jogar."
 "Nenhum, não é?"
 "Engraçado", revirei os olhos.
 "Ok. Que tal um de luta?"
 "É muita violência."
 "Ayumi, tão dramática."
 "Ei, eu também sou corajosa."
 "Ok. Então vamos jogar aquele jogo de clãs e se eu ganhar, escolho o próximo jogo."
 "E se eu ganhar, não jogamos nenhum com violência."
 "Fechado", ele respondeu. Minimizei a tela da chamada de vídeo e abri o jogo.
 Não vou negar, sou péssima em qualquer jogo de videogame! Sou massacrada no primeiro round; deixo a minha estratégia na cara do adversário; ou eu desisto e encerro a partida sem nem mesmo saber se eu tinha a chance. Sou péssima.
 "Mário, isso não vale!"
 "Eu ganhei!", ele pulou da cadeira. "Pode colocar o jogo, vai!"
 "Eu vou perder, como sempre."
 "Pensa rápido, é só isso."
 "Vou tentar", a adrenalina subiu quando levei um golpe. Só que com o tempo, eu me desesperei. Não sabia o que fazer, o meu avatar morria cada vez mais e o Mário concentradíssimo continuava a golpear.
 "É um mortal!", ele comemorou do outro lado. A tela do notebook com sangue espalhado e escrito: "Game over".
 "Meu deus, eu desisto", me joguei na cama.
 "Quer só conversar?"
 "Quero, por favor", fechei a tela do jogo e só deixei a do Skype.
 "Como estão as coisas por aí?"
 "Estão indo muito bem, Mário. E SP?"
 "Mais ou menos. Cadê você ou a Ananda para explicar matemática?"
 "Estamos aqui esperando você voltar. Mas se te consola, eu dou aulas via Skype."
 "Está bem. Para começar eu não entendo nada! O professor é um chato e meus colegas são mais burros que não sei o quê."
 "Você podia tentar fazer algum reforço particular", sugeri.
 "Muito obrigada, não preciso de mais estudos."
 "Bom... Então, por que você não... O que você faria se você nunca tivesse conhecido a Ananda e eu?"
 "Estaria como sempre estive. Mas, sério, eu queria poder ser livre no que estudar. É muito chato! E aí, quando o Juninho tenta me explicar é pior ainda."
 "Filha, tem uma pessoa querendo falar com você", minha mãe se deteve na porta assim que viu que eu estava conversando.
 "Quem?"
 "Desce que a pessoa está te esperando."
 "Tudo bem."
 "Oi, Mário!", minha mãe gritou.
 "Oi", ele falou no mesmo tom. "Ayumi vai lá. Conversamos depois."
 Calcei o chinelo e saí em disparada ao mesmo tempo lembrando da noite divertida no apartamento da Júlia. Parei assim que vi ele de costas e automaticamente levei a mão ao pescoço. O colar era a única coisa em que me fazia lembrar dele.
 Pensei em voltar, entretanto ele se virou e olhar naqueles olhos por um momento foi como estar mergulhada em um sonho.
 "Oi", ele parecia nervoso. "Eu vim saber como você estava, porque depois de sexta..."
 "Ah... Tudo sim. Kendy, eu tenho que falar com você", senti as mãos tremendo. "Não podemos ficar juntos. Você tem que ficar longe de mim."
 "Por quê?", ele perguntou depois de um tempo.
 Tenho uma doença e não quero ser uma granada na vida das pessoas. Não te amo mais. Porque estou com outro.
 Queria dizer qualquer coisa parecida sendo uma Hazel Grazel ou a garota do conto que eu li ou na pior hipótese como a traidora, mas só consegui me virar e sair andando.
 "Ayumi", ele pegou minha mão e me obrigou a ficar de frente. "Por quê?"
 "Eu sou um perigo, Kendy", disse olhando em seus olhos. "Na verdade, se você ficar comigo... Você irá se sair machucado", esperava que ele me soltasse, mas em vez disso ele colocou a mão no bolso e colocou um pacotinho na minha mão. Quando eu ia ver, ele me puxou para mais perto.
 "Ayumi, eu não consigo ficar longe de você", a sua respiração estava ficando curta e eu coloquei minha mão em seu coração para acalmá-lo.
 "Eu tenho tanta coisa para te dizer..."
 "Eu também."
 Mas não dissemos nada. Ele se aproximou ainda mais e não havia nada mais que eu desejava.
 Queria estar mais do que nunca estar em seus braços que me passavam toda a segurança. Queria sentir sua respiração e seu coração batendo por horas. Queria ter tudo com aquele garoto. Amor, paixão e uma vida.

Por um momento, esqueci do que eu tinha para contar e esqueci do perigo, porque com ele eu podia derrubar muralhas. Eu podia ser uma heroína. Eu podia ser o que eu quisesse.
 Com a mão que não estava entrelaçada a minha, ele acariciou minha bochecha e aproximou seu rosto do meu. Quando nossos lábios se tocaram, foi uma das mais belas sintonias.
 



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