1. Spirit Fanfics >
  2. A garota não tão perfeita. >
  3. Capítulo Dezessete

História A garota não tão perfeita. - Capítulo Dezessete


Escrita por: Mellinho

Notas do Autor


Oi gente! Mais um cap saindo do forno! Lembrem de comentar!!! Beijos até o próximo!

Capítulo 21 - Capítulo Dezessete


Ao chegarmos em casa eu e Ambre íamos em direção aos nossos quartos, quando meu pai nos chamou. Caminhei até a sala calmamente. Minha mãe parecia preocupada é desconfortável ao lado de meu pai. Ao me ver ela baixou os olhos evitando o contato visual.
-O que foi pai? -Ambre pergunta apreensiva.
-Nathaniel me ligou. -ele diz me fazendo paralisar. -Me diga que é mentira... -eu continuo em silêncio. -Me diga que aquele idiota estava mentindo! -ele grita me fazendo olhar para baixo. -Você está namorando com aquele rebelde?! -ele me faz estremecer.
-Você está namorando com Castiel?!-Ambre grita e me olha com raiva.
-Pai... -ele me interrompe.
-Você está maluca?! -meus olhos enchem de água. -Você irá terminar com esse marginal e nunca mais chegará perto dele! Entendeu?!
-Não! -digo agora olhando em seus olhos.
-Como?! -ele me olha com ódio.
-Não! Eu realmente gosto dele. -os olhos dele quase pegam fogo.
-Adélaide, pegue Ambre e suba.
-Querido... -minha mãe é interrompida.
-Faça logo  o que eu mandei!
Minha mãe sai puxando Ambre e sobe as escadas. Começo a suar frio quando meu pai se aproxima.
-Abbe você vai ficar longe do garoto e a partir de agora vai estudar em casa.
-Não! Eu não vou ficar longe dele e não vou ficar nessa prisão! Eu realmente gosto dele e...
Antes de terminar a frase levo um tapa na cara que me faz cair no chão.
-Você não entendeu menina?! Eu sou seu pai e você vai fazer o que eu mandar!
-Não! Não vou não!
Eu levo um chute na barriga ao tentar levantar. Mais um. Mais um. Então ele me pega pelos cabelos e me puxa para cima.
-Olha como fala comigo menina! -ele me da mais um tapa me fazendo gritar. Eu tento me soltar, mas ele agarra meu braço com força.
-Você não é mais minha filha! É igual a bosta do seu irmão! Apenas uma vergonha! -ele me joga no chão de novo.
-O único pedaço de bosta aqui é você! -eu grito chorando.
-Vá embora! Suma da minha casa! Suma da minha frente agora!
Eu corro até meu quarto e começo a fazer as malas sem pensar duas vezes. Comecei a ter dificuldade de encheram por conta das lágrimas. Rapidamente coloquei todas minhas roupas e sapatos em duas grandes malas. Em uma mochila coloquei meu celular, meu fone de ouvido, meus cadernos e pastas de desenhos e um porta retrato meu e da Ambre quando pequenas. Passei no banheiro para pegar as últimas coisas e acabei me vendo no espelho. Eu estava péssima. Tinha sangue por todo meu rosto... Escorria pelo meu nariz, pelo canto da minha boca e por pequenos cortes no meu rosto. Provavelmente foram feitos pelo anel do meu pai... Eu suspirei e peguei minha escova de dente.
-Abbe! -Ambre entra no quarto. -Você realmente está com Castiel?! -ela grita irritada, mas paralisa ao olhar para mim. -O -o que... -seus olhos enchem de água.
- Eu estou com Castiel... Eu sei que você gosta dele Ambre... Mas eu... Me desculpa. Eu gostou muito dele mesmo. – digo vendo minha irmã em choque.
-O que ele fez com você? -ela se aproxima tentando ver o que fazer com meu rosto ensanguentado.
-Está tudo bem. Não se preocupe. -ela me olha séria.
-Você realmente gosta dele né?
-Sim...-ela sorri.
-Você vai ficar bem?
-Vou. Não se preocupe.
-É lógico que vou me preocupar. Sou sua irmã mais velha, esse é meu trabalho.
-Você só é 9 meses mais velha! – ela ri.
-Assim que eu completar 18 vamos morar juntas bem longe daqui, certo?
-Certo. 
-Agora vamos cuidar desses machucados. 
-Senhorita Abbe. -meu mordomo diz do lado de fora do quarto. -Seu pai mandou se retirar imediatamente e eu tomei a liberdade de pedir para pedir que o motorista te espere lá na garagem.
-Obrigada. Já vou descer. -eu pego minhas malas.
-Abbe seu rosto.-Ambre diz.
-Deixa para lá. Eu vejo depois.
Ela me abraça chorando. Coloquei um casaco com gorro e óculos escuros para esconder o estrago e desci as escadas levando minhas malas até o carro. Ao entrar no carro começo a pensar para onde ir... Me recusei a ligar para Nathaniel então liguei para Castiel.
-Alô quem é? -escuto a voz rouca do ruivo do outro lado da linha.
-Castiel é a Abbe.
-Já está com saudades loira? – ele ri.
-Castiel posso ir para sua casa?-digo sem humor.
-Para minha casa?
-É. Apenas fale o endereço.
Assim que ele me falou, ainda meio confuso, desliguei e mandei o motorista ir direto para lá. Ao chegar lá toquei o interfone.
-Quem é? – Castiel pergunta.
-É a Abbe.
-Você realmente veio. Sobe aí.
Eu escuto a tranca abrir. Eu tiro meus óculos para enxergar a parte de dentro e começo a subir as escadas. Assim que chego vejo Castiel sem camisa na porta.
-O que é isso? Veio para ficar? -ele ri olhando minhas malas.
-Apenas um dia... -digo séria fazendo com que ele se aproxime.
-Abbe o que está acontecendo?
Ele abaixa meu capuz e vejo no seu rosto várias expressões se passarem em questão de segundos. Primeiro surpresa, depois tristeza e logo se torna de raiva. 
-Quem fez isso com você ?-ele diz trincando os dentes.
-Meu pai... Nathaniel contou para ele... -digo quase em um sussurro.
-Aquele filho da puta! -Castiel grita cada vez mais irritado.
-Castiel por favor... Apenas me deixe entrar. -digo já deixando algumas lágrimas escaparem.
Ele me abraça sem pensar duas vezes e me leva para dentro. Eu começo a chorar compulsivamente. O ruivo me coloca no sofá e seca minhas lágrimas com o polegar.
-Precisamos cuidar dos seus machucados. -ele levanta e vai em direção ao seu quarto.
Eu aproveito para olhar ao redor. Por incrível que pareça o apartamento de Castiel é extremamente arrumado. A cozinha estilo americana da diretamente para a sala onde me encontro sentada. A tv e o PlayStation não faltam e ao lado tem uma varanda bem grande. Castiel sai do quarto e Dragon acaba escapando. Ele vem correndo em minha direção.
-Dragon! Não pula!-Castiel diz tão bravo que o cachorro apenas fica girando na minha frente.
-Oi Dragon.- faço carinho no cachorro o acalmando. 
-Vem aqui Abbe.
O ruivo coloca uma caixinha de primeiros socorros na mesinha de centro. Eu me aproximo sentando de frente para ele. Com um algodão ele vai tirando o excesso de sangue do meu rosto. Eu não reclamo da ardência, nem de nada, apenas me contento em ver o rosto preocupado do ruivo.
-Está tão ruim assim? -pergunto o fazendo me olhar com aqueles impinotizantes olhos negros.
-Você continua linda. -ele sorri fraco.
-É lógico que continuo linda. Eu sou linda e maravilhosa de qualquer jeito. -ele ri junto comigo. -Obrigada Castiel... É só por hoje. Depois vou para a casa de Nathaniel...
-Nem fudendo você vai para a casa daquele imbecil! -ele diz irritado. -Você vai ficar aqui.
-Castiel...
-Nem tente discutir. -ele coloca os últimos curativos no meu rosto. -Sei que já tá meio tarde, mas você almoçou ?
-Ainda não.
Ele sorri e vai até a cozinha. Eu liguei a tv e chamei Dragon para ficar no sofá. Mesmo Castiel indo contra o cachorro se instalou no meu colo e lá ficou. O ruivo começou a fazer tudo com perfeição. O cheirinho de batata frita encheu o lugar fazendo meu estômago roncar. Eu levantei e fui até a cozinha. Abracei o ruivo por trás.
-Tome cuidado você pode se queimar. -ele diz.
-Não vou ficar com mais dor do que já estou...
-Está doendo muito? -ele se vira para mim.
-Minhas costelas estão doendo um pouco.
-Costelas?
-É... Levei alguns chutes nessa região. -levanto minha blusa vendo que estava já bem roxa. 
-Oh merda.- Castiel larga a escumadeira e toca a região com cuidado.
-Está tudo bem. Não tem nada quebrado, eu já dei uma olhada. Continue fazendo minhas batatas. -eu sorrio e lhe dou um selinho.
Eu me sento no balcão e observo o ruivo. Logo ele coloca um prato de arroz, feijão, bife e batatas na minha frente. Eu abro um sorriso e agradeço. Enquanto como se passam imagens do meu pai na minha cabeça. O que eu faço agora?
-Loira pare de pensar tanto e coma. -Castiel diz ao me ver franzindo a testa.
-Eu preciso ligar para Nathaniel...
-Não! -ele cruza os braços.
-Eu também estou brava, mas eu não tenho para onde ir...
-Já disse que você pode ficar aqui.
-Castiel... -eu suspiro vendo que ele não vai desistir. -Ok... Só até Ambre completar 18, ok? -ele ri.
-Vai morar com a Barbie? -eu ri do seu comentário.
-Eu e ela planejamos isso dês de pequenas. Já te falei que quando éramos pequenas ela e meu irmão brigavam muito né? -ele faz que sim com a cabeça. -Nathaniel pode ser meio idiota, mas antes ele era um verdadeiro capeta. Um dia ele empurrou Ambre da escada e ela acabou quebrando uma perna. Como meus pais sempre foram ausentes, Nathaniel não levou nenhuma bronca e Ambre ficou tão irritada que quis fugir. Na cabeça de duas crianças de 5 anos isso ia dar muito certo, então peguei todas nossas coisas e ajudei Ambre a sair de casa. Nós duas andamos por duas quadras e depois fomos pegas pelos nossos seguranças. -eu solto uma risada ao lembrar disso. – Naquele dia, no quarto de castigo, decidimos que um dia fugiríamos daquele inferno e iríamos morar juntas. 
-Do jeito que você fala Ambre parece até legal.-ele diz.
-Ela é legal, apenas um pouco burrinha. -eu rio junto com ele.
Depois de terminar de comer, Castiel coloca um filme para a gente assistir, mas eu acabei adormecendo.

 



Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...