-- Como assim? -- questiono surpresa segurando em seu braço.
-- Lembra de quando conversamos sobre o acidente dos meus avôs? -- Confirmo com a cabeça me recordando de tal conversa -- ela estava lá.
-- Estava? -- pergunto chocada -- como isso é possível?
-- Longa história, mas resumindo bem descobriram sangue compatível nas paredes e chão... do sótão da casa deles e encontraram o mesmo sangue no porta-malas.
-- Tá me dizendo que ela estava no porta-malas do carro durante ao acidente, que estranho?
-- O que quis dizer com isso? -- perguntou confuso me olhando sem entender.
-- Escutei algo parecido recentemente -- respondi sorrindo -- é estranho que isso poderia acontecer mais de uma vez, mas tem algum indicio que ela esteja viva?
-- Faz muito tempo, então só temos pistas frias e nenhuma ideia de onde começar -- respondeu Caio -- isso tá destruindo a minha mãe e eu ainda estou tentando processar tudo, eu tenho uma irmã gêmea que eu nunca vi, que não sei como se parece, do que gosta... se está viva.
-- Eu gostaria de dizer que entendo, mas não posso -- digo vendo que ele segurava as lágrimas -- porém eu posso oferecer o meu apoio e a minha ajuda.
Clara: on
-- Oi Clara -- disse Melissa aparecendo por trás de mim enquanto eu limpava os corredores .
-- Meu Deus que susto Mel -- digo colocando a mão no peito ainda segurando o esfregão.
-- Desculpa é que eu tava com saudade -- disse ela sorrindo com as mãos cruzadas em suas costas.
-- E não poderia esperar até o meu intervalo? -- pergunto me recompondo pensando se devia ou não continuar com o meu trabalho enquanto ela estava ali.
-- Como se você está passando todos os intervalos com a sua namoradinha? -- questiona Melissa sorrindo travessa com a mão do lado do rosto fazendo drama.
-- Que namo... eu não... -- gaguejo em pânico -- ah, por que eu ainda me estresso?
-- Não me diga que não tomou nenhuma atitude? -- questiona parecendo decepcionada -- Clara pensei que tinha avançado.
-- Tô falando com ela, não estou? -- pergunto voltando aos meus afazeres por não querer continuar com aquela conversa, afinal sabia que Melissa estava tirando com a minha cara.
-- Se você quer chamar isso de avanço -- disse dando de ombros.
-- Melissa se você quer tanto fuxicar espere o meu intervalo -- a corto.
-- Hi grossa.
-- Desculpa, eu não estou com uma cabeça muito boa hoje, uma coisa aconteceu e ainda estou digerindo a informação -- começo suspirando cansada -- mas isso a gente pode conversar no meu intervalo.
-- Tudo bem, eu entendi não precisa frisar -- disse ela erguendo a mão -- te vejo daqui a pouco.
-- Valeu.
-- Mas se você não aparecer irei cobrar -- ameaça minha amiga enquanto se afastava.
A questão agora é com irei dizer o que preciso, sendo que nem mesmo eu conseguir acreditar 100% no que descobrir era tudo muito surreal e não fazia ideia de como proceder depois disso, quanto mais estenarlizar isso.
Vendo que continuar tendo esses pensamentos não me levariam muito longe volto a me doce em minha tarefa, ao terminar o meu intervalo havia começado então como tinha prometido me limpo um pouco para remover o cheiro dos materiais de limpeza, afinal comer com tá cheiro é meio desagradável apoia isso não demoro muito para chegar na enfermaria onde bato na porta não querendo atrapalhar se ela estivesse atendendo algum aluno.
-- Pode entrar.
-- Eu disse que vinha.
-- E eu só acreditei quando bateu na porta -- rebate minha amiga sentada em sua cadeira com a prancheta em mãos -- agora vai me dizer o que eu quero ou vai continuar enrolando?
-- Você está sendo bem chatinha -- digo me aproximando dela puxando uma cadeira para mim.
-- Qualquer um fica quando é ignorado -- disse Melissa.
-- Ok, entendi você é mais carente que o Alvin -- digo erguendo as mãos antes de abrir o meu almoço.
-- Engraçadinha, conta.
-- Tá, Melissa lembro quando te contei a minha história um tempo atrás? -- pergunto atenta as suas reações.
-- Que eu me lembre você não falou nem a metade -- disse ela emburrada.
-- Não estava pronta na época -- confesso comendo lentamente.
-- Está agora?
-- Não, mas preciso falar com alguém.
-- Agora está me preocupando.
-- A Sófia é a garota -- digo.
-- Que garota? -- questiona confusa.
-- A que me deu o meu nome e abriu o meu mundo.
Continua...
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