História A garotinha da minha vida - Adormecer

[Pov’s Meliodas]

- Sate, sate, sate – digo, já não sabendo mais o que fazer para a Elizabeth dormir.

O rei Bartra, se mostrou bom e amável, pois depois que nos encontrou em Danafol, o mesmo nos ofereceu comida e abrigo, decidindo até adotar a Elizabeth, me colocando como seu cavaleiro ou como ouço dizer pelos corredores do palácio, uma babá.

No caso, já faz três semanas que estamos aqui e até então a mesma se mostrou super tranquila, exceto por hoje, no qual decidiu que dormir não era uma opção para si mesma e tampouco minha.

A albina já chorou por horas e eu não encontro o motivo, já olhei sua fralda, chequei se estava com fome ou dor, mas nada e assumo, estou começando a me desesperar por não saber ao certo o que fazer:

- Sério que você não está com nenhum pouquinho de sono Ellie? Nem mesmo agora sendo meia-noite? – questiono, balançando a pequena bebê em meus braços, bem devagar.

Olho para baixo, percebendo que a mesma se encontrava sonolenta, quase dormindo, sendo assim, me levanto e com cuidado vou até o berço que há no meu quarto.

“É impossível! ”, penso, antes da mesma voltar a chorar, “ela deve estar sonolenta e mal-humorada, afinal ela sempre foi muito determinada”, penso, sorrindo:

- Minha pequena... – chamo, a fazendo parar de chorar – eu te prometo, seu pai te ama e eu também amo a minha princesa – digo, o que a faz se acalmar e aos poucos, adormecer.

Sorrio, limpando o rastro de lágrimas do seu pequeno rostinho.

- Boa noite – sussurro, a colocando com cuidado no berço, finalmente me viro e deito na cama que há no quarto.

Olho para o berço, não podendo evitar um sorriso por vê-la ali, bem, confortável, alimentada e o mais importante de tudo, viva. Me acalmava saber e ter a certeza disso, sendo meu único consolo considerando tudo o que houve há algumas semanas atrás, penso, relembrando tudo o que houve, tudo o que eu não pude fazer...

Mas eu não vou chorar, não posso arriscar perder a Elizabeth de novo e pior, por minha causa. Respiro fundo, me acalmando e fechando os olhos, decidido a evitar olhar para o berço agora ou pra qualquer outro lugar, querendo evitar as lembranças, as quais só se tornam mais visíveis quando a escuridão do sono me alcança, não me deixando ter paz nem no meu momento de dormir.