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História A genética não é rosa - Capítulo 6


Escrita por: MirajaneSaan

Notas do Autor


OPA! Capítulo mais cedo do que devia, motivo: Vou ficar fora até domingo de noite.
NÃO SE ACOSTUMEM!


ALERTA: Nudez e consumo exagerado de droga lícita (álcool).

Capítulo 6 - Capítulo 6


Fanfic / Fanfiction A genética não é rosa - Capítulo 6

SAKURA

 

Não demorei no bar, todos ficaram assustados com minha ação, pensavam que o motivo era o bracinho, mas a verdade é que estava tão cansada, os efeitos da ressaca ainda permaneciam em mim.

Nos poucos minutos que fiquei escutei sobre Sasuke, sobre sua reação estranha e boazinha, aquele homem surpreendia todos de todas as formas possíveis.

Hoje me surpreendeu no almoço querendo que fosse sua motorista, nunca negaria, minha habilitação era quase um enfeite, então todas as oportunidades para dirigir eu aproveitaria. Mesmo assim, fiquei mais surpresa quando amou o pastel e comeu seis, não sabia que habitava um buraco negro dentro dele.

Nossa conversa foi descontraída e senti vontade de me enfiar na terra quando falou a situação da noite anterior, ri alto, fiz diversas caretas e tive que ser carregada para o banheiro. Devia ter ido embora quando tive a chance.

Mas agora estou preocupada, quando saí do trabalho ele estava bebendo, nunca o vi beber antes, na noite anterior ele só consumiu suco, tirando sua expressão que parecia abatida, sua confirmação de não voltar para casa dirigindo me tranquilizou, mas mesmo assim, meu coração estava aflito.

De banho tomado, vesti minhas calças moletom e uma blusa de manga curta, fico tão confortável com essa roupa que dormir se torna mais fácil. Procurei pelo meu celular na bolsa, pela casa, nas roupas, nada! Meu celular não estava em lugar nenhum.

Pensei aonde ele poderia estar, e lembrei do último lugar que o coloquei, em cima da minha mesa no trabalho. Merda!

Precisava dele, como acordaria no dia seguinte? Se tivesse alguma urgência? Sem chances, minha habilitação estava lá, tudo lá.

Peguei meu crachá e cartão de transporte, não me dei ao trabalho de colocar peruca, já eram nove da noite, só ia ter segurança no prédio, conversaria direitinho e subiria, é apenas um celular. O que pode dar errado?

O trajeto que normalmente durava mais de uma hora, foi rápido, a incrível mágica da noite e horário não pico. Não tive medo de ser assaltada, não tinha o que levar, na volta pediria um uber, mesmo o valor dando um absurdo.

Chegando perto do prédio, senti alguém esbarrar em mim, cabelos ruivos e longos, os mesmos cabelos de mais cedo.

— Olha por onde anda. — gritou nervosa a mal-educada.

Não me dei ao trabalho de responder, até porque a desgraçada metida não parou. Infelizmente tive o desprazer de cruzar o caminho do capeta outra vez, quando fui ao restaurante com Sasuke, pedi para ir ao banheiro do lugar, quando estava prestes a sair a maldita me abordou, perguntando por um homem alto, bonito, de olhos e cabelos escuros. Sério? Apenas respondi que ela estava descrevendo metade dos homens ali.

A puta do caralho me chamou de sonsa. Sonsa?! Ela era sonsa! Podia ter dado uma descrição melhor, mas não, descreveu metade dos homens do mundo e queria ser a inteligente. Sai de lá cuspindo marimbondo, Sasuke teve que aguentar minha reclamação, ele escutou tudo de forma atenciosa e usou palavras para me acalmar, foi o único motivo para ficar sossegada de novo.

Entrei no prédio e logo fui abordada pelos seguranças, me fizeram perguntas de quem eu era, como subi da última vez e por onde sai, apenas mostrei meu crachá, vi a tranquilidade no rosto dos homens por descobrirem a verdade, riram uníssono, pediram desculpas pelo transtorno e eu também.

Antes de subir ao meu andar, pedi para eles manterem sigilo do meu cabelo, tive a palavra deles e aquilo deveria me bastar.

Desci do elevador, dirigir até minha mesa e peguei meu celular, maldito e desgraçado, me fez vir até aqui de novo apenas por ele. 

Olhei a porta de Sasuke, tinha uma fresta aberta, a luz acesa, ele ainda estava lá.

Caminhei até a porta e abri enfiando a cabeça, ele estava sentado todo largado, chamei seu nome, não obtive resposta, chamei outra e outra vez, nada.

Terminei de abrir a porta e fui em sua direção, aos poucos ele ia se revelando, sua camisa estava aberta e podia ver seu abdômen, calor do inferno!

À medida que me aproximava mais podia ver como era bonito, o desgraçado roubou toda a beleza para ele, como pode? Não pude desviar os olhos daquela barriga, quando finalmente cheguei à sua frente atrás da mesa não contive o palavrão.

— Puta que pariu!

Desviei o olhar o máximo que pude, Sasuke estava de calças abertas com o pau para fora, não estava duro, mas estava para fora, que merda era aquela?

— Sasuke! Acorda. Sasuke! — chamei, meu olhar ia e voltava para ele na esperança de ter alguma resposta, nada, estava falando com as paredes.

Me permiti observar direito, tinha porra na sua coxa, ele estava batendo punheta no trabalho? Que merda! Da sua perna algo me chamou atenção na mesa, a garrafa de uísque que mais cedo estava cheia agora se encontrava vazia, me aproximei um pouco e pude sentir o cheiro forte de álcool, ele estava completamente bêbado e apagado.

Cutuquei ele, nada, uma aflição tomou meu corpo, sabia que não estava bem, mas não sabia que estava tão mal assim, continuei a cutucar e chamar seu nome, só tinha uma certeza, ele estava vivo. Parecia tomado por um sono profundo.

Respirei fundo, não sabia o que fazer, deixar ele ali não era uma boa opção, precisava de cuidados além de poder, chegar alguém e ver sua situação. Deveria ligar para Naruto, mas acredito que não será uma boa opção, sabe-se lá como irá reagir, tirando meu cabelo... não, essa não é uma boa opção.

O admirei de novo, Sasuke era gentil comigo, não custa nada retribuir o favor.

Fechei forte os olhos, o que estava prestes a fazer não era legal. Me aproximei, tentei não olhar, mas era necessário, coloquei o pau de Sasuke para dentro da cueca e fechei suas calças, merda! Queria pegar nesse pau, mas não nessa situação. Fechei sua blusa da melhor maneira possível.

Agora vinha o problema, como carregar um homem daquele? Antes de fazer isso, passei a mão em sua carteira e chaves do carro. Tornei a chamar, cutucar, finalmente consegui uma resposta, um resmungo, aquilo era suficiente, pedi que me ajudasse e ficasse em pé, passei seu braço direito no meu ombro e o abracei forte, sai o arrastando, seus pés tropeçavam e eu tentava segurá-lo.

Descemos o elevador, quando cheguei perto da catraca os seguranças me viram, foram minha salvação, eles carregaram Sasuke até o carro, que para minha sorte estava em frente ao prédio, nunca agradeci tanto a preguiça de guardar o automóvel na garagem.

Antes de ir embora agradeci os seguranças, informei que fechassem a sala do CEO, também pedi instruções para chegar a casa dele, os homens sabiam bem onde ficava.

Entrei no carro e verifiquei o cinto de segurança, coloquei o meu e dei partida, pelo caminho procurei alguma farmácia aberta e tive sorte encontrando uma vinte e quatro horas. Comprei um kit ressaca, nele possui remédio para dor de cabeça, estômago, para náuseas e vômitos, também vem uma pastilha efervescente que contém tudo isso. Comprei também uma água tônica e um isotônico, ele iria precisar de hidratação, após vomitar. Paguei tudo com o dinheiro na carteira do CEO, afinal, seria tudo para seu benefício.

Voltei a dirigir, quando cheguei em frente a seu apartamento, segurei o queixo para não cair, era tão alto, além de luxuoso. Quase fui barrada na entrada da garagem, era compreensível já que uma mulher de cabelo rosa dirigia o carro do CEO Sasuke Uchiha. Expliquei a situação e finalmente consegui passar.

Foi difícil tirar o homem do carro, sozinha, porém não impossível, tentava manter nós dois em pé no elevador, enquanto segurava as compras. Chegamos no último andar, o Riquinho Rico morava na porra da cobertura, quando as portas se abriram outra surpresa, o elevador era privativo, dei de cara com um hall, seguido de uma sala enorme.

Estava muito escuro, as janelas não ajudavam muito, tive sorte por achar um interruptor. 

Com explicações meio emboladas de Sasuke consegui levá-lo ao seu quarto, o joguei na cama, juntei alguns travesseiros e o posicionei de forma confortável.

Agora preciso fazer esse homem vomitar, onde vou encontrar a porra de um balde? Saí na porta e olhei o corredor, sem chances, nem fodendo que vou andar por esse lugar, sozinha, ficaria perdida com certeza.

Fui ao banheiro da suíte e peguei a lixeira, não era um balde, mas iria servir, melhor do que vomitar no chão, pois não iria limpar, aquilo estava fora de cogitação.

Abri a água tônica e forcei Sasuke a beber, ele bebeu tudo sem reclamar, notei a cara feia que fez, porém, não reclamei, já estive em seu lugar uma vez e aquilo era realmente ruim, meu coração estava um pouco apertado por ver ele naquela situação, o que o levou a ficar assim?

Fiquei do seu lado até que virou a cabeça para fora da cama, posicionei a lixeira em seu rosto, foram longos minutos ali, naquela posição desconfortável, quando seu cabelo caía sobre os olhos eu segurava. Que merda, ele estava tão acabado.

Quando Sasuke finalmente parou de vomitar e continuou acordado, o forcei a tomar os remédios com o isotônico.

— Você está com cabelo rosa. — comentou, sua voz grossa estava sexy e embargada. Como pode estar bêbado e mesmo assim seduzente?

— Sim, eu estou. — comentei de forma seca, não quero render assunto com um bêbado — Agora bebe mais.

— Eu gosto do seu cabelo rosa. — um sorriso se formou em seu rosto, sua mão segurou uma mecha do meu cabelo, em seguida a enrolou com o dedo indicador — É bonito.

Que porra! De novo ele querendo fazer piadinhas sobre meu cabelo, bati em sua mão afastando para longe.

— Já disse para não falar do meu cabelo. Não deboche de mim.

— Não tenho motivos para debochar de você, muito menos mentir. — sua voz pronunciou menos embargada, ele estava realmente falando sério.

Senti minhas bochechas esquentarem, bêbados não tem motivos para mentir, pelo contrário falam a verdade até de mais, minha insegurança gritava dentro de mim.

É difícil escutar alguém elogiar algo em mim, que por muito tempo foi criticado, soa como ironia e piada, mas talvez… talvez, dessa vez eu aceite o elogio, afinal, ninguém pode olhar para outra pessoa com a mesma intensidade que Sasuke me olha e dizer uma mentira, não quando é acompanhado desse sorriso verdadeiro.

Ele está sorrindo de verdade.

— Sakura? — eu o respondi com um resmungo — Você quer foder comigo até de manhã?

Outra vez senti vontade de me enfiar na terra, que merda de pergunta era aquela? O pior era não ter malícia, ele estava perguntando por dúvida, para saciar a dúvida da música. Ariana Grande, você me paga!

O que posso responder? Sim, você é um tremendo gostoso, adoraria fazer isso. Porém, não quero transar com um bêbado! Bêbado que bate punheta no trabalho, detalhe. Ok, meu passado me condena, já transei com caras bêbados, mas isso não faz mais meu estilo.

— Não, por favor esquece isso, foi uma brincadeira. Aí! Por que estou te respondendo? Nem vai se lembrar disso amanhã. Agora dorme, vai! Preciso ir embora e não vou enquanto não dormir.

— Preciso tomar banho. — falou se levantando da cama, ele mal conseguia ficar em pé, consegui o empurrar de volta para se sentar na cama, que homem difícil.

Discutimos por uns minutos, como eu não o aguentaria e não estava em condições de fazer isso, porém, sua teimosia era maior, o que tem de lindo tem de insuportável quando bêbado. Se você não pode contra eles, se junte a eles, era a única opção, tirei sua camisa ainda no quarto, usaria ela para dar banho nele.

— Não olhe para trás, estou de olho. — disse indo para o outro lado da cama.

Não desviei os olhos dele, enquanto tirava minha roupa, ficando apenas com sua blusa e minha calcinha, que merda eu estava me enfiando?

Passei seu braço pelo meu pescoço e fomos ao banheiro, o ajudei a tirar as calças, exceto a cueca, isso seria muito constrangedor, preferi que ele ficasse com ela, assim não teria que ver demais de novo. Confesso, olhar uma coisa tão abençoada como essa na sua frente e não poder fazer nada é triste.

Liguei o chuveiro no frio, ele resmungou assim que a água caiu sobre sua cabeça, o mimado não tomava banho com água fria, isso aqui não chega nem perto dos banhos que tive que tomar. Passei sabão nas suas costas, o virei de frente para mim, seus orbes ficaram fixos em meu rosto, passei o sabonete sobre sua clavícula, levantei o que restava do seu braço esquerdo.

— Sakura? 

— Sim. — resmunguei enquanto terminava de ensaboar uma axila trocando para outra. 

— Você é uma boa amiga.

Parei e fitei seus olhos, vi tanta sinceridade e carinho ali que senti meu coração disparar. Seu braço me envolveu pelo pescoço e me puxou para perto de si, um abraço molhado, a água gelava meu corpo, porém, Sasuke aquecia meu coração, não sei que merda ele está fazendo, mas isso está mexendo comigo, meus batimentos parecem estar desgovernados, isso tudo parece uma loucura. 

Deixei meus braços o envolver, meu espanto não saia do rosto, era difícil respirar pela sua atitude, e também pela da água que caia em meu rosto. Na ponta dos meus dedos podia sentir sua pele gelada, posso jurar que mesmo molhada minhas mãos estavam suando.

Não havia reparado o quão alto ele era, estava sempre de salto, era fácil para o encarar nos olhos, entretanto agora bato no seu ombro, se ele não tivesse toda essa água, poderia escutar seu coração bater perfeitamente.

Sasuke se afastou, junto se foi todo o calor que cresceu entre nossos corpos, senti seus lábios na minha testa. Um beijo gentil e carregado de carinho, eu senti. Ele se afastou mais e nos encaramos, havia tanta ternura em sua expressão, quando percebi eu já estava sorrindo admirada.

— Você também é um bom amigo, Sasuke.

Seus lábios se curvaram para cima, naquele instante estávamos transparentes, sei que ele via minha alma, assim como eu podia ver a dele. Tudo acabou quando sua boca abriu e jogou em meu peito o resto da bebida em seu estômago, porra!

Não contive a risada, que situação de merda! Mesmo sendo algo ruim, não contive a gargalhada, estava cuidando de um bebê maior de idade.

— Desculpa, eu não queri… — tentou falar, porém voltou a vomitar, desta vez no chão — Desculpa. — sua mão se ergueu e tentou limpar minha blusa, mas ele não parava de vomitar, eu não parava de rir.

— Está tudo bem, coloca tudo pra fora.

Enquanto ele despejava o líquido notei onde sua mão estava, ela continuava em meu peito como apoio e estaria tudo bem, porém a porra da blusa branca estava molhada e mostrava meus seios, puta que pariu! Senti minhas bochechas queimarem, que situação do caralho, agora não vou parar de xingar, perfeito!

Puxei a camisa, mas não adiantava muita coisa, já que ela voltava a grudar, fiz o que pude enquanto Sasuke vomitava, quando tornou a ficar ereto havia dado um jeito, sua blusa era enorme, a dobrei o máximo em cima dos meus bicos, ele não veria assim.

Terminei de dar banho no homem, o enrolei em uma toalha, e o expulsei de lá, depois tomei o meu, tive sorte em encontrar outra toalha por lá. Me vesti no quarto, ele ficou de costas para mim o tempo todo, aprecio todo seu respeito. Pedi informações a Sasuke onde encontraria uma cueca limpa, sem condições de o deixar dormir com uma molhada.

Ele tinha a porra de um closet enorme, agradeço por ele explicar perfeitamente onde ficava as peças de roupa que queria. No quarto, não tirei a toalha, sim, a cueca por baixo, é seguro, pois, não vejo nada à mais.

O bebê bêbado estava finalmente deitado, limpo e cheiroso, forcei ele a se hidratar após todo aquele vômito no banheiro. Seus olhos se negavam a fechar e não tinha ideia do que fazer, implorei de todas as formas e nada!

— Você pode cantar para mim?

A cada minuto com esse homem a merda fede mais, olha a ideia maluca de agora! Estou a um passo de surtar, quando falei que ele era um bebê, não pensei que fosse literalmente, puta que pariu.

— Eu não sei cantar.

— Vai! Cante qualquer música que você sabe. Se você cantar vou dormir mais rápido.

— Não sei nenhuma de cor, a única que sei é em inglês e meu inglês é péssimo. — mentira! Se ele pensa que vou cantar 34+35, ele está enganado, eu te culpo de novo Ariana! — Também sei umas músicas da Barbie, porém eu sou muito desafinada, você não vai querer ouvir.

— Canta, vai.

O que estou fazendo aqui mesmo? Nunca imaginei que o veria me pedindo para cantar, esse trabalho de secretária está rendendo mais vergonha do que imaginava, pensei que as humilhações acabaram, aparentemente é o início apenas, quão fundo é esse iceberg?

Preparei a garganta, já ia fazer feio, pelo menos fosse um feio bonitinho. 

— É raro achar amiga assim, você está sempre torcendo por mim, nós temos tanto pra falar, você faz tudo melhorar, minhas piadas, as palhaçadas te fazem gargalhar, — a mão dele segurou a minha e a levou para sua cabeça, aquilo era um pedido de carinho — Tudo o que eu quero pedir, é o que te faça sorrir, é que cultivemos para sempre essa união. — suspirei, encerrando a cantoria — Ok, tá bom. Chega, agora dorme!

Não percebi, mas meus dedos massageavam seus cabelos, ele conseguiu o que queria. Foi estranho pensar na letra da música e associá-la a nós, porém minhas piadas e palhaçadas faziam ele gargalhar, o mais estranho é que quero pedir para algo o fazer feliz, ele merece.

— Canta outra, vai.

Minha mente parecia um mar de interrogações, esse buraco está ficando cada vez mais embaixo. Dei início a outra música.

— Eu queria só um dia, não ter tanto pra fazer, sem trabalhar como escrava até o anoitecer…

— Essa não! Outra. — me interrompeu. 

Será que ele percebeu a ironia? Pensei em outra música que conhecia, havia uma, era de ninar, talvez essa satisfaça esse bebê.

— Quando o sol se põe e finda a tarde, vaga-lumes só piscam sem cessar, fiquei aqui que o sonho te invade, como é bom sonhar.

Continuei a cantar de forma desafinada, ele pediu e os ouvidos dele estavam recebendo. Meus dedos continuavam a massagear sua cabeça, seu cabelo continuou macio mesmo úmido. Quando cheguei ao final da música que percebi, Sasuke estava dormindo, tão sereno e bonito, nem parecia que havia o encontrado desacordado, em uma cadeira com o pau para fora.

Antes de sair depositei um beijo na sua testa, ele dormia como um anjo e eu teria sorte de conseguir descansar.

Em frente ao apartamento me dei conta que já se passava das uma da manhã, o uber era uma fortuna para minha casa, além de ter várias viagens canceladas, aquele era o fim. Dormiria na rua, acordaria dizendo para algum guarda: "não sou vagabunda, por favor, não me bata nem me prenda", no topo da humilhação.

Quando finalmente em casa, apenas capotei na cama, tinha tanto cansaço em mim, mas depois de todo o dia, seria impossível não estar morta.

Aquela deveria ser uma sexta-feira incrível e maravilhosa, contudo acordei super cansada, o trajeto até o escritório foi mais exaustivo.

Comecei meu trabalho, arrumei algumas coisas, eram quase dez da manhã e nenhum sinal de Sasuke. Entenderia se ele não aparecesse, seu estado na noite anterior era horrível, espero que ele não lembre de nada. Manteria tudo o que ocorreu em segredo, de preferência até do CEO, imagina alguém saber que cantei Barbie para ele dormir? Vexame.

Estava em pé de frente para minha mesa quando o elevador abriu, meu chefe saiu de lá, sua expressão era tão calma, não parecia o homem bêbado de ontem, como se aquele Sasuke fosse apenas fruto da minha imaginação, estava longe disso, aquele vômito no meu peito era real, a textura de seu cabelo úmido nos meus dedos era verdadeiro.

Caminhou tranquilo até sua porta, antes de chegar nela o interrompi.

— Bom dia. Você está… bem?

— Estou sim, obrigado. — seu rosto parecia estar em dúvida sobre minha pergunta.

Isso, porra! Ele não se lembra de nada, tenho paz agora, não preciso me preocupar com a vergonha que passei.

Avisei que teria reunião online em alguns minutos, também adiei a dos representantes e de novo o escutei agradecer, fechou a porta em seguida. Me atentei ao trabalho, estava quase terminando de olhar os contratos vencidos, boa parte das empresas já estavam avisadas e providenciando novos. Isso me tranquiliza tanto que não sei descrever.

Faltando alguns minutos para a reunião com os representantes, o elevador se abriu, saindo de lá um Naruto furioso, pisando forte no chão, tentei o impedir de entrar na sala de Sasuke, mas ele não parou, o CEO estava terminando a outra reunião e depois dela iríamos em encontro aos meus amigos.

— O que ela veio fazer aqui ontem? — gritou Naruto assim que abriu a porta.

— Desculpa Sr. Sasuke, eu tentei impedir ele de entrar, mas não consegui. — falei desesperada.

Ele manteve a expressão séria e serena, seu olhar foi de nós dois para a câmera no computador.

— Acredito que terminamos por aqui, obrigado a todos. — fez algo no computador com naturalidade e tornou a nos encarar — Você pode ir Sakura, obrigado.

Não sabia se devia mesmo deixar os dois, o clima parecia tão pesado, algo em mim gritava desesperadamente dizendo que deveria proteger Sasuke, não sei o que ocorreu na noite de ontem no período em que estive fora, mas nos minutos em que estávamos juntos ele foi gentil, me negava a aceitar que ele escutasse coisas ruins.

— Nós conversamos mil vezes, você continua agindo de forma idiota, Sasuke! — Naruto tornou a gritar com o CEO — Pensou que eu não saberia, porra?!

Senti meu sangue ferver, quem ele pensa que é para gritar com o Sasuke assim? Depois da noite turbulenta que teve?

— Ei! Não grite com ele! Pare de agir como um babaca. — retruquei gritando também.

— O único babaca é ele. — o loiro argumentou apontando para o amigo.

— Chega! Sakura, você pode ir, fique tranquila. — pediu Sasuke.

Encarei ele, sentindo confiança em seu olhar. Fitei Naruto nervosa e sai da sala.

Do lado de fora pude escutar o loiro gritar, sua voz saia como um resmungo pelas paredes, parecia ser o único a falar. Não consegui escutar a conversa lá dentro, meu espírito de fofoqueira estava em pânico. Haku não pode ficar ciente dessa briga, caso contrário eu também estaria frita, pois, me encheria de perguntas.

Alguns minutos passaram, a reunião com os representantes de costume na sexta estava prestes a começar, mas ainda podia escutar Naruto irritado. Estava tão aflita com a discussão. Afinal, quem estava aqui para deixar o homem tão bravo? Tinha a ver com o estado dele ontem?

Invadi a sala falando da reunião, estranhamente o loiro estava mais calmo, aquilo deu um basta a discussão, mas algo gelou meu coração, foi quando Naruto perguntou por mim.

— Quem era aquela de cabelo rosa? Procurei no sistema, porém os seguranças apagaram o registro dela, só a vi pelas câmeras.

— Cabelo rosa? — questionou Sasuke unindo o cenho, ele me fitou rápido e tornou a olhar o amigo — Que cabelo rosa?

— Quer saber, não ligo, ela parece ter cuidado muito bem de você, é isso o que importa.

Estava aliviada, mas não tanto, os seguranças foram uns fofos, porém, o emprego deles estava em risco, que merda! Fomos para a reunião juntos, ninguém falou nada até a sala.

Quando terminou já era quase almoço, Tenten e Temari me chamaram para comer com elas, não recusei, seria divertido e realmente foi. Elas eram um amor.

O resto do dia no trabalho foi tranquilo, às vezes admirava Sasuke e notava o quão pensativo estava, isso era preocupante. Quando o expediente acabou, fui ao bar com o pessoal, o CEO também apareceu, tivemos uma conversa amigável e descontraída, dessa vez me senti mais tranquila e não exagerei na bebida.

Sasuke me levou para casa e depois foi embora, aquela foi uma semana e tanto, mal pude processar tudo o que ocorreu.


Notas Finais


OPA! O que acharam da Sakura cantora? Minha cena favorita é dele vomitando nela heheh.
Para quem viu spoiler quarta no IG, eai? Condizia com o que pensavam? heheheh

OBRIGADA A @Juvialoc @Shiro-ch4n e @Gaebbzy por betarem sempre que peço, amo vocês <3

ALERTA: Não escrevi ainda o próximo capítulo, então pode ser que tenha atraso, mas é isso aí! AMO TODOS VOCÊS!


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