Mattos acendeu a luz e seus olhos se arregalaram. Ela avistou um caminho da porta de entrada que se seguia subindo a escada de pétalas de rosas lilás. Se recordou do dia da formatura dela e como não conseguiu ter a noite perfeita com Bruno. Um sorriso surgiu em seus lábios.
Seguiu o caminho de rosas até o quarto principal. Respirou fundo e abriu a porta vendo que a cama era outra e em formato de coração. Por cima estavam as pétalas nela e ao lado tinha um carrinho cheio de algodão doce das cores rosa e azul.
Andou até o carrinho, mas antes verificou se Norgaard estava no banheiro. A resposta foi negativa. Na hora que ia pegar um saquinho de algodão doce, avistou uma caixinha retangular fechada com um bilhete escrito “Abra e veja o futuro.”. Ela franziu o cenho e retirou a tampa curiosa.
Tinham três bombons. Um com o desenho de um bolo, o do meio com uma aliança e o terceiro eram flores. Uma lágrima desceu dos olhos dela e um sorriso bobo surgiu nos lábios.
― Então ― a voz de Bruno soou surpreso, ele achava que Macri iria demorar mais.
Macri se virou e notou que ele estava com uma roupa mais formal. Segurava uma caixinha de veludo azul na mão e seus olhos violetas estavam brilhosos.
― Eu
― Ah, não. ― A interrompeu. ― Eu quero fazer isso direito. ― Se ajoelhou a frente dela e abriu a caixinha revelando o anel mais lindo que Macri já tinha visto na vida.
Ele tinha a mistura de duas pedras. Uma roxa e outra laranja da cor do coração deles e juntas formavam uma coisa só. Assim como seria de agora em diante.
― Macri Mattos de Sousa ― ele soava seguro ―, passamos por tantas coisas separados, juntos, mas negando o que sentíamos um pelo outro.
“Podemos ter brigado muito, podemos ter sido os melhores amigos, eu posso ter sido um falso com você, mas saiba que o que eu sempre senti estava em mim. E eu sempre te amei, por isso que até hoje a árvore de Bven continuou firme e forte. Passamos por tantos problemas e finalmente nos reencontramos como deveria ter sido antes.”
“Eu não quero perder mais tempo e o que eu mais desejo nesse mundo é que passamos nossa imortalidade juntos. Eu te amo sempre e para sempre, Quiqui. Quer ser minha parceira de crime, minha 16, minha Quiqui, minha pequena, minha mor, minha princesa, minha rainha e minha Macri para sempre?”
― Claro que sim, meu parceiro de crime, meu 18, meu Nono, meu mor, meu tudo, meu Norgaard, meu rei, meu Bruno. ― Ela soou com a voz embargada e Bruno emocionado colocou o anel nela. ― Eu te amo sempre e para sempre. ― Sussurrou e selou os lábios deles num beijo lento.
Ele quebrou o beijo ofegante e com um sorriso no rosto. Mirava nos olhos rosados de Macri que tinha voltado com o brilho. E se lembrou de uma coisa.
― E nós vamos procurar um psicólogo.
― Ah, é. ― Macri se recordou do acordo. ― Psicólogo mágico.
― Deve ter algum sem ser Dédalo. ― Bruno segurou a mão dela. ― Não pense que só você vai fazer terapia, eu também vou. Porque eu quero ter certeza de que to bem mesmo e que o grego não tenha feito nada demais comigo durante as consultas.
― Você tem razão e acordo é acordo. ― Macri roubou um selinho dele. ― Agora me explica essa roupa, senhor Norgaard.
― Brandon e Moani nos chamaram para ir a Bven e é para ir assim. ― Contou roubando um selinho dela. ― E mais uma coisa, eu quero que seja perfeito e acho que devemos esperar até a lua de mel.
― Então vamos casar amanhã. ― Ela sugeriu arrancando uma risada baixa dele. ― E o senhor tem que voltar a escola.
― Vou voltar e vamos nos casar nas férias, que tal? Podemos ir de lua de mel até Belize. ― Soou sugestivo.
― Então, eu vou querer uma festança e você está falando sobre a ilha no Caribe que Madonna canta?
― Essa mesma. ― Bruno selou os lábios deles e Macri sorriu entre o beijo. ― Agora vamos ver o que Broani quer de nós.
Ele falou e Macri notou que seu vestido roxo não estava mais ali. Ele tinha trocado a roupa dela para um vestido branco longo, leve e com uma fenda. Tinha alças que ficavam próximas aos ombros. Uma sandália de brilhante surgiu nos pés dela, um colar que tinha a mesma mistura de pedras do anel de noivado, e com uma maquiagem bem marcada nos olhos.
― Quem precisa de estilista quando se tem o melhor noivo do mundo? ― Macri comentou e deu um selinho nele.
― Eu fico bastante aliviado de Brandon e você não estarem mais se amando daquela forma. ― Bruno falou ao segurar a mão dela.
― É. ― Macri afirmou incomodada e logo se teletransportaram para Bven. ― Bru, você lembra do que Moani contou para gente quando criança?
Eles andavam pelo jardim de Bven e a árvore estava verdinha lá.
― Vamos ter outros filhos e você vai ter com um outro mortal. ― Ele respondeu e depois mirou bem firme nela. ― Você tem outra pessoa?
― Não, não é isso. ― Macri soou apressada. ― É que mesmo nos casando, vai acontecer isso. Uma hora ou outra vai acontecer, Norgaard. E eu não quero que isso acabe com o que temos.
― Macri, nosso amor existe há mais de cento e cinquenta anos. Antes aconteceu isso e continuamos juntos, nada vai mudar. Mesmo que eu ou você tenhamos filhos com outras pessoas.
― Por isso que eu te amo, 18. ― Ela soou baixinho e o abraçou.
― Também, 16. ― Ele abraçou de volta e selou os lábios deles mais uma vez ao segurar o queixo dela.
Macri quebrou o beijo e sorriu pegando na mão de Bruno novamente. Seguiram até o castelo de Bven e estranharam a movimentação toda. Tinha tantos repórteres de Magix ali e quando viram o casal correram fotografa-los.
― Macri, você voltará a Magix para a estreia do filme? ― Um perguntou fazendo com que a princesa se recordasse do filme que fez.
― Seu namorado está de bem com aquelas cenas? ― Outro questionou.
― Bruno, quando vai pedir Macri em casamento? ― Um terceiro falou.
― Ele acabou de fazer isso. ― Macri contou e mostrou o anel. ― Nós temos que ir. ― Acenou para eles e puxou Norgaard para dentro do castelo notando que alguns guardas que eram de Ashtown estavam ali.
― To entendendo nada. ― Bruno falou confuso.
― Eu trouxe algumas pessoas de Magix para cá, fiz mal? ― Brandon surgiu por trás deles bem arrumadinho.
― Acho que não, mas poderia ter nos contado. ― Macri retrucou.
― Eu ainda to testando e nós temos o dever de povoar Bven. ― Se explicou.
― Maaaacri! ― Sibele gritou voando até a filha de Afrodite.
― Bele! ― Macri abraçou a pequenina.
― Concordo, mas nos avise. Eu fiquei perdidinho lá fora. ― Bruno contou. ― E o que de tão especial vocês têm para nos contar?
― Vamos entrando. ― Brandon deu a passagem e os dois entraram no salão principal.
Tudo estava devidamente arrumado e Macri estava surpresa em ver tanta gente ali. Toda a família estava ali e seus amigos. Bruno estava de olhos arregalados ao ver Violet com Liv no colo.
― Ela ta viva? ― Soou pausadamente e Brandon assentiu.
― Algumas pessoas não morreram. ― Isabela comentou ao ficar ao lado deles.
Ela usava um vestido longo azul e recortado ao lado de Wesllen e Moani que estava com um vestido verde longo e rendado.
― Como a mãe do Daniel? ― Macri perguntou e Isabela assentiu.
― É. ― Moani começou a falar. ― Mataram ela pensando ser eu, mas agora foi revertido. E seu amigo?
― Nem sabe que eu existo. ― Macri falou sobre Tennyson.
― Estou vendo um anel? ― Isabela pegou a mão de Macri enquanto os garotos conversavam.
― Ele acabou de pedir. ― Macri contou empolgada e as duas vibraram. ― Mas também, estou vendo um anel nos dedos de vocês.
― Nando me pediu na praia, foi tão lindo! ― Isabela contou.
― Brandon foi bem tradicional, pediu a minha mão a minha mãe. Já que meu pai está cumprindo um castigo. ― Moani explicou.
― Está tudo nos eixos novamente. ― Wes comentou ao passar o braço envolta de Novak.
― E espero que fique assim para sempre. ― Brandon suspirou e depositou um beijo na boca de Moani.
― E agora Bven vai ser povoado? ― Bruno questionou e o Francesco assentiu.
― Brandon chamou algumas pessoas para morar aqui. ― Sibele contou empolgada.
― Só de Magix? ― Macri perguntou a ele.
― Chamei Khamis também. ― Ele contou.
― Podemos chamar quem quisermos? ― Isabela questionou.
― Sim e a partir de hoje eu e Moani vamos ser os governantes de Ashtown em Bven. ― Explicou.
― Meus pais também deixaram eu ser a governante de Neinths aqui. Acho que podemos povoar nosso mundinho aos poucos. Mas, eu vou terminar minha faculdade. ― Macri comentou e segurou a mão de Bruno. ― E é claro que meu amor vai governar comigo.
Ela roubou um selinho dele enquanto o mesmo estava surpreso.
― Eu não tenho reino nenhum. ― Wes falou e Isabela riu baixinho.
― Não precisa de reino, meu Nando. Bven já é nosso reino. ― Ela depositou um beijo nos lábios dele.
― Isabela tem razão. ― Moani argumentou. ― Nós somos os criadores e governantes de Bven.
― Macri e o Johnny, pai da Scalline? ― Brandon se recordou.
― Tudo normal. ― Respondeu e pegou uma taça de champanhe de um garçom.
― Ele é mortal, então ele esqueceu de tudo, certo? ― Bruno questionou um pouco firme e ela negou.
― Não podia apagar o pai da minha filha da minha vida. Johnny é meu melhor amigo desde as outras vidas iguais a vocês. ― Ela começou a se explicar. ― Eu fiz um pedido para ele não se esquecer.
― Quando você fez isso? ― Wesllen perguntou com um tom firme.
― Quando fizemos o pedido, eu fiz um bem baixinho e ninguém ouviu. ― Contou. ― Já me expliquei a ele e está tudo certo. Johnny está cuidando de Scalline hoje. ― Ela bebericou um pouco.
― Você tinha que ter nos contado. Nós mudamos tudo, podia ter algum erro
― Não teve erro. Ninguém se lembra de nada, exceto nós e o Test. ― Macri interrompeu Brandon. ― Estamos em paz e Bven vai ser povoado. Tudo está nos eixos novamente.
Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.
Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.