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História A Guerra (Sougo e Kagura Perdidos na Ilha) - A maior besteira está em pensar na saudade de um rodízio!


Escrita por: CandyKey

Notas do Autor


E aí, esperaram muito? Eu perco a noção do tempo, desculpa. Desejo uma boa leitura, querido leitor ^^

Capítulo 23 - A maior besteira está em pensar na saudade de um rodízio!


  Às vezes, perambulando ao redor da ilha, fico a pensar se o número treze carrega junto a si verdadeiramente o carma ruim, uma maldição, algo que eu não acreditaria com tanta facilidade na veracidade da coisa. Porém, no dia portador desse número demoníaco, eu senti a maior frustração idiota em toda a vida que eu vivi no passado, aos poucos, roubar todo o meu espírito. Já ficara transbordando de raiva e, por conseguinte, pus-me furioso a chocar o meu punho direito em um soco forte e agressivo contra o tronco arbóreo mais próximo. Estupidamente, este era o único meio de "diminuir" e 'descarregar' (parcialmente) a fúria ainda existente dentro de mim. 


  Naquela hora, eu lamentava o meu cérebro "quente", estar "perdendo a cabeça" e, a pior parte de todas, ser envolvido pelo estresse... Eu pensava e batia em minha testa, repetia comigo mesmo: "Não, não, é mentira! Não pode ser! Não! Não! Aquilo não pode estar acontecendo! NÃO!".


  Quando me dei conta, havia atingido golpes na casca bem grossa da macieira mais uma ou quatro vezes, em seguida, tomando o cuidado para não avançar a linha da estribeira - se é que não havia avançado -, fui aos poucos acalmando a respiração e o nervosismo lentamente e sem pressa. No final de tudo, o importante é que voltei a ter a serenidade, apesar de que, através da via larga de comprimento total de meus cinco dedos da mão do lado destro, escorria rústico o sangue rubro de minha veias, bem vermelho, pingando nas folhagens secas jogadas pelo chão, ao mesmo tempo onde eu observava bem a mão que tolo machuquei e pensava de uma vez pausada outra que de novo repetira, sem querer ao certo, o mesmo ato do dia em que Kagura fugiu tarde da noite e sumiu acompanhando a sua família ao treinamento, sendo aquilo inesperado para mim. 


  Toda vez é igual, mesmo eu consciente, vacilo em meio à dúvida e incerteza, logo indo a ruir ácido... Lembrar-me de Kagura distante ou pensar se ela teve novas relações com  algum outro homem, isso me afeta, faz ter sentimentos que jamais tive antes e que nunca imaginei existir, mexe comigo completamente e deixa pela pele fisgadas de dor e tortura, felizmente, não traz vestígios de ódio. Estou sofrendo, essa é a confissão que farei hoje e a única vez em que desabafo acerca das minhas emoções íntimas… Posso ser um idiota por me preocupar com isso, é o que acredito ser, bem mais dada às circunstâncias atuais e tudo mais, no entanto… Os meus nervos vão se romper e virar gosma daqui a pouco. E, além disso, amo tanto Kagura que não sou hábil para medir ou me preocupar em ser uma dose racional!


  ★★★★★


  Pelo "andar da carruagem", a linda Yato Kagura não quer saber nada de Okita Sougo e tomou sozinha a dianteira do futuro deles. Sua intenção ou não, esteve "desprezando" o loiro e consigo todo amor que ele sente pela 'dama de gelo'. Sem pensar em recomeçar o novo amanhã, a moça pálida de olhos azulinos e madeixas escarlates não ficou alegre e nem minimamente aliviada ou grata por ambos rivais serem sobreviventes de uma guerra que aniquilou milhões de sua e outras mais espécies vivas de todo um universo estelar...  Sougo e Kagura, vivos, estão ocos como a carapaça de um animal milenar, como velhas e tartarugas ou os dois juntos e, ao lado dessa realidade, o casal caminha "morto" e sem sonhos, pois, separado numa Terra detonada por bombas e explosivos, jamais voltarão a sentir a felicidade autêntica na vida real. 


  A jovem, plástica, é incapaz até de se sentir contente (por sequer um mísero milésimo de segundo) pelos dois terem retornados sãos e salvos, isto apesar do gracioso gás que é o combustível fundamental a toda forma de vida circulando por todas as inúmeras células do seu corpo avançado… É a realidade, esse casal querido de paixão está alcançável um do outro, em relação à isso é concreto que nunca terá nada para contrapor as evidências. Podendo bem superar o que aconteceu unidos e viverem o restante de suas jornadas por eles e por todos, ainda assim, selecionam o caminho dentre os mais difíceis. É puramente egoísta, todavia não deixa de ser o tipo de argumentação e justificativa mega coerente... Por tal motivo e desculpas, a sua raiva interior, ahh, ela se dá exatamente por não saber qual solução tomar de vez… Vejo que outrora, talvez, esse rapaz loiro, o Sádico poderia voltar-se o maior dos insanos e melhor de todos revoltados, como um louco. Oh! É claro!!! É verídico que, lá no fundo da verdade, isto tudo aqui é algo mil e uma vezes mais fácil de ser dito e exigido do que feito de maneira diferente, correta.


  ★★★★★


  No momento em que menos sonhei com a paz, tivemos a última escapatória, ainda que Kagura não saiba disso. Pela primeira vez, pude sorrir com sarcasmo nessa ilha solitária. Devido o meu precaução e a autêntica prioridade máxima de segurança, instalei muitas armadilhas improvisadas por toda a praia. Só para garantir se não "fisguei um peixe por nada no anzol", toda noite é a mesma coisa: Por um tempo, sossego deitado sem dormir - de fato - e, logo após, levanto para fazer uma ronda para ter comigo a genuína afirmação que ninguém, desapercebido, passou pela minha inspeção e que por menos tentará nos fazer mal, principalmente se o caso fosse para a China.


  Apesar de que eu não tive o pressentimento grande que a gente seria caçado bem mais até esse inferno, sucedeu de sermos. Como nos dias atrás, a data nomeada como vinte e quatro aparentava ser uma a mais como qualquer outra, no entanto… Não. O meu íntimo estava afoito e os sentidos de fera ativados, logo já deduzia que eu seria bem estimulado ao abatimento de alguém, o que não sabia é quem seria a pessoa que eu cortaria com a espada pela metade a jugular (sendo que apenas residiam duas vidas aqui, contando a Kagura e eu próprio). Eu faria isso com o meu amor, então? Logicamente, jamais faria um crime desses.  


  Ao apanhar a minha jaqueta da velha farda desgastada do Shinsengumi, eu saí agitado, ademais excitado - no sentido de eufórico pela adrenalina - da área "acampamento" com pisadas 'fortes' que passaram a se tornar uma verdadeira e maníaca corrida coberta pela mais latente sede de sangue.


  A monotonia de horas antes era chata e causava tédio em mim, contudo, nessa noite de lua minguante, na "casa" em que estamos agora, Kagura e eu 'recebemos' uns visitantes de surpresa, embora apenas um de nós estivesse indo até lá recebê-los, através de uma trilha secreta perfeita para um show de emboscada inédito e magnífico.


  Detalhes à parte, na mesma noite, matei (friamente) e sem humanidade presente no meu físico cada um dos Amantos que vieram até a ilha deserta averiguar se encontravam um ou outro sobrevivente aqui e passar o relatório ao governo. 


  Pouco antes de eliminar um último verme e junto ao bicho que mais parecia com sobras de fezes de animal alienígena toda a minha sede assassina, usei-o como uma marionete e ordenei que passasse por via mensagem que todo território da ilha está limpo. Como uma das respostas do comando, o alien maldito foi informado de estarem em uma região onde o clima sempre é bastante do instável e que irá variar daqui há duas ou três horas, graças à previsão diária ser uma das mais bipolares de todo o país do Japão. Já, unilateral, para a minha total felicidade, esse Amanto também recebeu as ordens de retorno.


  Quem liga para a escória só viveu num mundinho fictício e nunca perdeu alguém amado. A seguir de sua obediência, o vulgo E.T. implorou que não o matasse. Um covarde! O meu plano anterior era meramente fatiá-lo ao fim e, obviamente, foi o que fiz com a katana em punhos; os dentes cerrando e o sadismo aceso. O seu tórax se dividiu vagarosamente em dois pedaços, enquanto parte da carne exposta caía e mais sangue ainda espirrava direto em meu perfil esquerdo. Logo mais um cadáver vítima disso tudo chamado destino gelava sobre a terra. Ora, esse alien deveria ser grato porque foi o único que assassinei bem por misericórdia, se bem que… É verdade, okay, quase tudo foi mais proveitoso do que outro termo caridoso. 


  Por sorte, digamos, além de garantir a nossa segurança e tranquilidade por mais tempo, ouvi a voz doce e tristonha de Kagura ao longínquo. Ela não faz ideia disso, mas, hoje de madrugada, depois de tanto e paciente só aguardar (calado) no meu canto, pude escutá-la e ouvir todos seus pedidos de socorro, o apelo mais sincero e desesperado dela com meu próprio sistema auditivo. 


  Há menos de meia hora, ela estava dormindo, ao menos é o que comprovei com a visão antes de sair para emboscar o nosso grupo adversário. Já agora ouço-a cantar… Ahh… Só posso suspirar por agora, eu vou tentar não interferir… Novamente, engulo o orgulho e sigo com remorso pelo lado oposto ao que Kagura habita outra vez, embora seja pelo o próprio bem dela, de maneira franca, verdadeiramente não o meu bem estar. Uh, é isso... 


  Por conta da tempestade do mar que se aproxima e pelo o sucesso do meu plano, corro (literalmente) para agir veloz, preciso e estratégico. Sucede que o plano tratou-se de levar todos os Amantos mortos ao convés da embarcação que o grupo utilizou na sua viagem e depositar cada defunto por lá, abandonar o navio e nadar de volta o longo percurso do oceano à beira da praia. 


  Realizado o primeiro serviço de carregar os corpos, o que restou foi ainda mais fácil, em exceção a natação contra as correntes de uma maresia já agitada pelos efeitos naturais. O transporte marítimo estava agora abandonado, todavia o que ocorreu com a tripulação seria obra da natureza. Disso tudo, "lavei as minhas mãos". A experiência em dirigir essa embarcação fez-se lenha em fogueira aos meus sonhos de vida com Kagura. Merda! Eu fico maluco por ter precisado decidir de novo entre ajudá-la e fazer o que é o melhor para nós dois. Que a natureza seja útil e detone tudo!! Que ali na bosta de navio fique só algum destroço identificável podre!!! Tem que dar certo, deve dar, é claro! Verdade que uma ou outra possibilidade de sermos rastreados existe, entretanto, sério, é mínima demais. Pelo menos, hoje, quero continuar confiante no meu trabalho… 


  Como o previsto, o céu ficou em breu e nuvens negras por ele eram mais carregadas por torrentes densas e elétricas… É tempestade que se diz. Eu somente regressei, comigo a desgraçada da insônia… Em breve, devo entrar em ação…


  ★★★★★


  Relatório 25° dia (manhã de clima ensolarado). Condições físicas: Boa.


  Quase posterior um mês de estadia inteiro para eu "mover os pauzinhos", já não posso -  fora não devo - adiar mais as minhas obrigações. 


  Agora mesmo, sou um novo homem, um macho declarado completamente apaixonado…


  Cedo da matina, banhei-me no rio de sempre, reservei-lhe a minha total disposição, logo em seguida. Higienizado dos pés a cabeça, elas 'marcaram presença' em minha colheita: as frutas e sementes que são mais do agrado do paladar de Kagura. 


  Admito sincero que pode de longe esse não ser jamais um café da manhã dos sonhos… Mas… Mesmo assim, quero ir tentando desde o gesto mais simples ao mais complexo… É difícil encarar tal dureza, só que agora começara a guerra de verdade para mim; minha luta particular visando ganhar o prêmio final da vitória dessa batalha; meu maior tesouro; o belo coração da China. 


  Novamente, para completa decepção da minha alma, ela sequer beliscou a comida, a ruiva ignorou até mesmo toda a proteína em mesa. A gente também não trocou nenhuma palavra durante a refeição - o banquete que somente um de nós aceitou se alimentar... Foi perturbador vê-la e, mais que isso, constatar facilmente em suas pupilas o enorme desejo de fuga que ela sentia dentro de si, bem ao meu lado. Num mero segundo, eu pensava e, nisso em que me perdi ao ter os pensamentos nela - suas ações - e como eu poderia ter me 'transformado' um estorvo humano sem notar o dito nem quando ou onde ou o por quê me tornei tão inútil, enquanto isso, Kagura saiu fora e foi-se para algum lugar sozinha. Ela  é a minha paixão, contudo, é possível que ela também não suporte mais a companhia de um homem feito eu. 


  Apesar de tudo (há minutos atrás), de acordo com "aquilo que planejei", sem me ligar e menos ainda importar com ter sido ignorado, literalmente, é hoje o dia escolhido dentre os diversos dias que foram, não voltarão e aqueles outros que (ainda) hei de vir até nós...


  Iniciando o dia parece que o azar caminha junto comigo já pontual... Ainda não desisti… e nem vou! Baseado somente no horário, embora não saiba - sabendo -, sei o que Kagura fará agora. 


  Um após o outro, os hábitos se repetem diariamente, algo óbvio e sensato. Sempre que Kagura destina-se a tomar o seu banho, exibe a aparência pensativa na sua face meiga. Nada até agora passou pelas orbes castanhas que possuo sem receber mínima atenção.


  Observando-a afastado, em um silêncio absoluto, sinto os sintomas da pressão nervosa cada vez mais ardentes… Ela é perfeita sempre e estava há uns dez passos de distância, especificamente pouco longe e não tão perto assim.


  "É agora ou nunca!" - fora o que pensei me encorajando a prosseguir. Pode até ser uma atitude radical, se eu for parar para pensar melhor, todavia é lógico que também foi tudo o que consegui de raciocínio no pior cenário de pânico que já experimentei em meses. 


  Sim, por fim, tendo decidido entrar consigo no rio, de jeito maneira pude encharcar toda a roupa que tenho para ser a minha veste. Francamente, é algo que não queria ter tido a necessidade de fazer, porém, sem outra escolha, despi-me e mergulhei sob a água logo no começo, emergi de novo e nadei ao seu encontro, ainda que em condição de humano nú.


  De costas para mim, mesmo no instante em que notou que eu estava ali por Kagura, ela permaneceu muda. Então, ao me aproximar mais, só então, a China sussurrou baixíssimo sobre apenas recomendar ao invasor de sua privacidade ou seja, nesse caso, eu, a saída imediata do ambiente.


  Desde antes dos minutos da sua ameaça até segundos de som nulo, nós não tivemos o contato visual direto, nem por uma primeira vez hoje... Se a China sequer vai olhar firme - até nem mesmo enfurecida e possuída como um demônio - para a minha cara, só restava falar o que tinha de ser dito…


  Obstinado não recuei, não é algo que eu faria, portanto, à um tato, perguntei-lhe calmo, diria mais imparcial, o porquê de eu precisar acatar as suas ordens… Juro pelo código de samurai - o que, na realidade, o valor é baixo atualmente -, ter agido na paz, pois, de fato como se imaginasse (naquela situação), o que eu menos fiz o erro de desejar foi discutir e brigar com a ruiva. Ah, não fiz besteira nenhuma!


  Outra vez, ela não responde nada, sou vítima do descaso, da injustiça… Pior ainda, fico à mercê das deduções cheias de calúnia do cérebro dela. O que veio em formato pancada certeira na minha direção, sei que exalara de Kagura partes sem intenção e metade culpa de seu medo. Estava super e mega nítido que a China não aprovava manter relações de caráter sexual com Sougo, de repente assim, e bem menos após todos os massacres que a gente sofreu dia sim, noite não, dia não, noite sim com o quartel revolucionário, abrigo no qual, pouco a pouco, todo mundo foi sumindo, o número diminuindo e de nós tirado as nossas famílias...


  Fiquei decepcionado com a reação de Kagura, é claro, fui me sentindo cada vez pior ao vê-la tremendo, abraçando os próprios ombros. Quase dei a volta e saí dali, pela vergonha só desejava me enterrar vivo até o pescoço numa cova de seis palmos. 


  Tristemente, só o que minha predestinada nunca soube é que um legítimo irmão caçula de Mitsuba não é alguém tão insensível assim, ele apenas quer que tenha conhecimento sobre todo amor e a proteção que sempre terá por ela… Eu a amo muito mais do que sei explicar.


  O meu objetivo não passava de dialogar naturalmente com outra adulta através de umas simplórias - inclusive, demais importantes - palavras. Iniciar uma conversa aberta que há muito tempo foi adiada.


  É possível mesmo eu só ter vindo na hora errada? Se isto for uma questão de escolhas, então, eu fracassei de vez? 


  "O que eu farei?" gritava por diversos "fios de linhas" entre meus neurônios… O acéfalo! Enquanto isso, a natureza se agitou… Eu pude ver os seus lindos olhos de soslaio, eram melancólicos… E o seu longo cabelo macio voando… Ele já foi mais cuidado antigamente. Finalmente, tudo fez sentido.





     Continua...



Notas Finais


Sonolência 😴 Spirit não deixou eu modificar as fontes, faço isso logo que permitir. Até o próximo 👋😅

(Foi editado já)


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