1. Spirit Fanfics >
  2. A guy like me >
  3. Capítulo 4

História A guy like me - Capítulo 4


Escrita por: quedesprestigio

Notas do Autor


Cheguei!
Será que vocês lembram dessa fanfic ainda? OMG, mil perdões por demorar ANOS pra postar esse capítulo, mas chegou. AMÉM.

Mais uma vez um OBRIGADA gigante! Vocês que comentam colocam um sorriso imenso no meu rosto, vocês nem podem imaginar! Sério, quero abraçar cada um. *-* (ps: quem quiser me adiciona, pode facilitar a comunicação)

Novos leitores sejam bem vindos e se estiverem gostando - ou odiando - posta aqui. É importante saber o que vocês estão pensando, o que querem que aconteça. Isso me ajuda bastante quando vou esboçar o capítulo :)

Agradecimento especial: Minha beta mais linda, Lis Coelho, neném. Você me você, obrigada por me aguentar no chat do face te passando pedaços de fic o tempo INTEIRO.

PS: Dêem um desconto pra esse capítulo, mimimi.

Capítulo 5 - Capítulo 4


Os pés movimentavam-se rapidamente indo de encontro ao chão com brutalidade. O som dos sapatos desgastados de Frank ecoava forte pelo corredor ainda que abafado pelas vozes dos outros detentos. Finalmente havia chegado a hora. Seu corpo estava rígido, seu olhar fixo a frente de seus passos, os pensamentos tentando se organizar na cabeça, mas a verdade é que não queria pensar muito. Queria agir.

            Já havia ficado trancado tempo demais pensando. Ouvindo Gerard pedir para que não fizesse nenhuma loucura. “Vai ser pior” foi a frase mais dita pelo novo detento; parou de contar na décima vez. Iria ser pior, sim, muito pior para aquele desgraçado do Biersack. Ninguém mais ousaria encostar a mão em Way outra vez e Andy serviria de aviso para os outros.

            Frank estava fora de si e não se lembrava a última vez que estivera assim. “Por que?” Era outra coisa chata que não saía de sua cabeça – mais uma razão para não querer mexer no que rondava sua mente. Simplesmente contentou-se com a explicação mais plausível que pudera criar: estava puto porque Gerard era sua propriedade, nada além disso, tinha certeza.

            Não admitia que tocassem em nada seu – fosse roupas, comida ou detentos – e, se caso pensasse nessa insanidade (totalmente impossível – possessivo que era) jamais partilharia algo com Biersack. O que diabos aquele filho da puta estava pensando? Suas pálpebras se apertaram forçando a visão, os olhos vermelhos. Raiva. Imaginou por um segundo as mãos sujas de Andy tocando a pele pálida de Way.

            Respirou fundo algumas vezes dizendo para si próprio mentalmente que Gerard não era especial. Ele seria capaz de agir desta maneira totalmente descontrolada por qualquer outra coisa que lhe fosse roubada. Sim. Apressou o passo. Iero sabia que não era verdade, nem um pouco verdade. Nem uma faísca de verdade.

            “Princesa” sussurrou estalando os dedos das mãos, punhos fechados. Ainda bem que o havia deixado com Pete; o policial estava encarregado de levar comida à cela. Frank não achava bom Gerard presenciar a cena que estava prestes a acontecer. Não. Isso seria péssimo para sua imagem e consequentemente para suas intenções sexuais.

            Chegou ao refeitório antes da maioria. Posicionou-se ao lado da porta, perna direita e costas apoiadas na parede. Lançou olhares para três brutamontes próximos a ele que lhe cumprimentaram; abaixou cabeça. Estava concentrado, só esperando.

 

*

 

            Na cela, Gerard andava de um lado para outro lançando olhares nervosos para Pete sempre que podia. O policial por sua vez parecia altamente entediado.

            - Ordens são ordens, boneca. – Explicou Pete às palavras silenciosas de Way.

      - Por que, hein? – Gerard caminhou até a parede pela milésima vez, virou rapidamente em direção ao policial aproximando-se de forma brutal. Pete, antes largado nas grades da cela, endireitou-se imediatamente. – Por que? – Repetiu. Pete pode sentir o hálito quente do detento em seu rosto.

            - “Por que” o que? – Wentz encarou um Way nada contente que revirou os olhos com a pergunta do policial.

            - O que leva um policial a fazer o que você faz? – Indagou Gerard pensativo voltando a caminhar pelo cubículo. Pete cerrou o maxilar, ajeitando o cinto de sua calça claramente afetado com a pergunta. Então o detento continuou. – Não me diga que você ajuda Frank porque gosta dele.

            Pete olhou para Gerard irritado.

            - Você está se metendo em coisas que não deveria. – Aconselhou o policial.

            - O que Frank sabe de tão precioso? – Gerard aproximou-se novamente.

            - Não se meta nisso ou... – Way sorriu ironicamente e, deus, como foi bom.

      - Ou o que, Pete? – Gerard ficou parado com o olhar grudado no policial, interessadíssimo esperando uma resposta decente. Nenhuma palavra saiu da boca de Wentz.

            Way finalmente, naquele momento, compreendeu a grandiosidade da situação em que estava envolvido. Entendeu a complexidade e a quantidade de fatores que se acarretavam ao simples fato de ele estar na mesma cela de Iero.

Pete irrefutavelmente tinha um segredo e tudo naquele lugar girava em torno disso. Frank era o único que sabia tudo, o tornando a pessoa mais importante do presídio. Claro que, conseguindo todas as mordomias que podia, ele mesmo tinha interesse em guardar a sete chaves o segredo do policial.

Iero conquistou respeito automaticamente atraindo pessoas que queriam usufruir um pouco dos privilégios que ele possuía e, outras como Bert, que queriam a todo custo descobrir o “por que” de toda essa situação. Obviamente McCracken não era movido por simples curiosidade; ele sabia que um segredo como aquele – capaz de tornar um policial servo de um presidiário – poderia lhe dar tudo.

E por ultimo e não menos importante, havia Gerard, abertamente taxado de propriedade de Frank Iero.

Nos primeiros momentos o rótulo lhe parecia vergonhoso e humilhante; Way seria capaz de cavar um buraco no chão e se enterrar toda vez que se lembrava dele. Porém agora, observando sob outra luz, isso somente significava uma coisa: segurança. E como seguro estava não via motivo algum para ficar em sua cela, aliás, o estômago se revirava em ansiedade só de imaginar o que estaria acontecendo no refeitório. O motivo ainda estava confuso na cabeça, mas ele não queria que Frank se metesse em problemas.

Estava estranhamente sentindo-se ligado à Iero. Talvez fosse pela proteção, pela maneira como parecia se importar; ou talvez só sentia-se agradecido por todas as vantagens que ele lhe havia proporcionado sem querer.

Com toda a nova percepção que se esclarecia naquele momento, Gerard tinha duas opções: enfrentar o policial emburrado à sua frente ou tentar enganá-lo. Way era péssimo mentindo, mas ainda pior em um confronto corpo a corpo; lembrou-se do dolorido hematoma no olho.

 Decidiu que não era hora de enrolação. Respirou fundo e encostou-se de forma tediosa no beliche cambaleando um pouco devido ao nervosismo.

- Pete, estou com fome. – Disse tentando parecer o mais natural possível.

- Não tenho permissão para deixar você sozinha, boneca. – Respondeu secamente.

- Então como funciona? Devo morrer de fome? – Levantou a sobrancelha ironizando a atitude de Pete que bufou diante da insistência.

- Eu deixei comida separada, mas você vai ter que esperar. Frank deixou bem claro. – Explicou novamente, sem olhar de fato para o rosto do detento; de repente havia ficado incômodo admitir que Frank lhe dava ordens. Ainda bem que tudo isso acabaria em breve.

- Oras... você acha mesmo que eu vou sair daqui? – Deitou-se na cama de Frank confortavelmente. – Hm. Briga é a ultima coisa que quero ver. – Balançou os ombros desajeitadamente.

Se havia uma coisa que Wentz tinha certeza era que Gerard não se atreveria a ir para o refeitório. Pouco se importava com Iero e era um covarde, com certeza preferia ficar longe dos detentos depois do incidente com Andy Biersack. Além do mais, Pete não queria que o detento se queixasse dele para Frank, era melhor trata-lo bem.

- Tudo bem, Gerard. – Balançou a cabeça positivamente, vencido – Vou buscar a sua comida, volto em um minuto.

- Não demore, por favor, estou faminto. – Respondeu Gerard sorrindo como pode.

O policial virou as costas e caminhou pelo corredor sumindo atrás do largo portão branco logo em seguida.

“Não demore, por favor” repetiu Gerard se amaldiçoando por ser tão imbecil. O que menos sentia naquele momento era fome; estava tremendo. Levantou-se num pulo checando o corredor; nem sinal de Pete. Foi então que correu o mais rápido que pode na direção oposta.

 

*

 

            Frank estava de olhos fechados quando ouviu a voz de Andy se aproximando. Concentrou-se deixando o ar entrar nos pulmões lentamente da mesma forma como fazia quando aceitava alguma encomenda. Não podia chamar muita atenção logo de cara; era certo que se fizesse alarde outros policiais o pegariam antes de acabar com a vida daquele infeliz.

Com os ouvidos atentos e rosto direcionado para a entrada do local, Frank em poucos segundos teve o pescoço de Biersack entre os dedos. Prensou com força o corpo do rapaz contra parede arrancando-lhe um gemido de dor que transparecia em sua feição horrorizada.

- Eu juro por Deus que se você gritar eu quebro seu pescoço. – Sussurrou com a boca próxima à orelha de Andy, recebendo como resposta um abrir e fechar de olhos e mãos levantadas em sinal de rendição.

Frank soltou o pescoço do detento, mas sua vontade era de esmaga-lo. Andy contorceu-se tossindo, tentando fazer o ar chegar aos pulmões desesperadamente, as mãos na garganta marcada com os dedos do outro detento.

Havia chegado a hora de seus ‘amigos’ lhe mostrarem alguma utilidade. Novamente lançou olhares para os três homens, balançando de leve a cabeça para fazer com que se aproximassem.

- Como o combinado. – Disse com um quase imperceptível sorriso no canto da boca.

Todos estavam comendo e conversando, as vozes alteradas deixavam o momento a favor de Frank. Em poucos instantes Andy foi arrastado enquanto se debatia para o canto mais isolado e pouco vigiado do refeitório. Poucos olhares curiosos foram atraídos com a cena, mas desistiam de tentar descobrir algo quando viam que Iero estava envolvido. Ele nunca brincava em serviço e desde o ultimo incidente com a faca, ninguém ousava chegar muito perto, principalmente Bert McCracken.

Durante as refeições os policiais se sentiam mais confortáveis para relaxar, quase sempre se concentravam em um só ponto para poderem conversar e rir. Dificilmente havia brigas na hora do jantar, pois todos, cansados, queriam comer e dormir e, graças à Pete, especialmente aquela noite, o numero de vigias estava reduzido. 

            Os detentos que acompanhavam Frank formaram uma barreira tentando dificultar a visão e intervenção de outros; os três queriam se divertir com Biersack também, mas Iero foi irredutível. Talvez se fosse em outra situação, mas quando pensava em Gerard o sangue fervia nas veias. Não. Andy era só dele.

Olhou bem para o rosto do detento e os lindos olhos azuis que o adornavam, sentiu nojo.

- A primeira em homenagem à Gerard. – Disse antes de desferir um golpe com força no olho direito do detento o arrancando gemidos. – Agora vocês têm hematomas iguais. – Sorriu diante de um Andy apavorado e calado. – Só agora porque daqui uns instantes ninguém vai reconhecê-lo.

- Frank, não, por favor! – Disse Biersack com a mão no ferimento que sangrava devido à intensidade do golpe. – Eu não sabia, eu – Dessa vez o punho fechado atingiu a boca em cheio, fazendo Andy cair sob um dos homens da barreira.

- Cala essa sua boca imunda. Eu não estou aqui pra conversar. – Puxou Biersack pelos cabelos o fazendo se levantar; seu rosto pálido destacava bem os golpes já sofridos. – Achou que iria por esse seu pauzinho na minha puta? – Disse enquanto descia a mão em direção ao membro do detento ferido. – Se depender de mim, você nunca mais irá usá-lo.

Diante de um Andy choroso e suplicante, Iero, com um sorriso sinistro, levou sem dó o joelho ao meio das pernas do rapaz subjugado o fazendo curvar-se em dor. Frank aproveitou a deixa para chutá-lo o máximo que podia o deixando sem defesas atirado sob chão.

 

*

 

            Gerard ouvia de longe as vozes alteradas vindo de dentro do refeitório, não sabia ao certo se era por causa de Frank, mas só de imaginar, seu estômago se revirou. Ao se aproximar da entrada encontrou Bert do lado de fora com um cigarro entre os dedos.

            - Bert! – O detento olhou para o rosto de Way por alguns segundos sem dizer uma palavra enquanto tragava o cigarro demoradamente. Gerard estava impaciente. – O que está acontecendo? – Continuou diante do silencio do outro.

            - Vai dizer que não sabe? – McCracken estava visivelmente sem humor algum; sabia que Iero não deixaria barato, tinha certeza. Havia mantido seus olhos nele desde o corredor e não gostou nada do que viu. A coisa estava feia, preferiu ficar longe; mas obvio que nenhum lugar era longe o bastante desde que “vendeu” aquela faca para Brandon. Ossos do ofício.

            Gerard aguardava a continuação, Bert suspirou longamente.

         – Frank está alucinado e eu te avisei que isso aconteceria. Só não imaginava que em tal proporção. – Passou a mão pelo rosto de maneira irritadiça. – Você não faz ideia do ouro que tem nas mãos.

            – Tal proporção? – Repetiu Gerard em tom de pergunta. Bert bufou.

            - Nunca vi Frank Iero assim, Gerard. Mas isso não faz diferença para você, não é, macho man? – O novato desviou o olhar claramente afetado. – Gerard, por deus, você tem que foder com Frank.

            - Bert... – Foi interrompido por um McCracken desesperado.

         - Gerard, me... – Tirou o cigarro da boca rapidamente – me escuta. – Aproximou-se do novo detento, o segurando pelos dois braços. – Se ele é capaz de fazer isso por você, imagine o que não conseguirá?

            - Bert, me pede qualquer outra coisa, mas... – Foi interrompido novamente.

            - Eu – Quase gritou, recompondo o tom da voz em seguida – só não quebro seu nariz de boneca porque Iero cortaria meu pau fora. – Ameaçou teatralmente. – Maldito seja você, Gerard Way! – Sorriu descrente do ser que tinha bem a sua frente. – Okay – Ajeitou sua postura – Você pode fazer algo por mim.

            Gerard, boquiaberto, arregalou ligeiramente os olhos. Não deveria ter oferecido.

            - Você é o único que pode impedir Iero de matar o desgraçado do Andy. – Way franziu o cenho tentando compreender o que lhe era dito. Foi então que Bert levou a mão direita ao vértice de suas pernas. – Ele está me devendo dois dias de foda.

 

*

 

            Quando Gerard deu o primeiro passo para dentro do refeitório achou que iria desfalecer. A sorte é que não havia comido nada, porque se tivesse estaria a ponto de por tudo para fora.

            O local estava especialmente tumultuado; muitos detentos de pé, andando de um lado para o outro. Nunca na vida imaginaria uma prisão desta maneira, naquela faltava disciplina, sem dúvida nenhuma. Mas quem era ele para dizer algo? Não sabia se isso era vantajoso ou ruim. De certo para ele que era novato, era péssimo – tirando o fato miraculoso de ser propriedade de Iero e, talvez, única razão de ainda estar com todas as pregas no lugar. Estremeceu.

            Passou o olhar por todos os mínimos espaços do grande local, analisou cada rosto diferente, teve de caminhar por quase um minuto inteiro e achou que seu coração pularia pela boca de tanto que batia de ansiedade. Foi então que viu, no canto mais escondido, Frank sendo encoberto por três homens gigantes.

            Parou e ficou ali por mais alguns segundos. O quão íntimos aqueles caras eram de Frank para ajuda-lo? O que eles ganhariam com aquilo? Um incômodo desgraçado se instalou em si e, sério, não queria saber por que.

            O olhar finalmente se desprendeu de Iero e ousou descer até o chão. A visão foi como um soco no estômago; sentiu o corpo gelado, o sangue parando de circular, esqueceu-se de respirar, estava sufocando. Andy jogado em um chão manchado de sangue enquanto Frank desferia lhe golpes incessantemente.

            Saiu de si. Correu esbarrando em quem estava no caminho sem sequer se importar se poderia causar algum problema. Precisava parar aquilo, sentia-se culpado como o diabo.

            - Frank, para! – Falou alto o bastante para todos que estavam próximos ouvirem.

            Iero empurrou com força os homens que lhe estavam acobertando dando de cara com Gerard constrangido.

            - Gerard, sai daqui. – Falou nervosamente sem entender como ele podia estar ali. Pete estava encrencado, muito encrencado. – Volte para a cela agora. – Avisou autoritariamente e a essa altura a cena já tinha plateia; alguns cochichos eram ouvidos – Eu vou acabar com essa vadia e ninguém pode me impedir. – Virou-se voltando para Andy que mal se mexia.

            - Não! – Gerard em poucos passos se colocou entre Biersack e Iero. Estava ofegante; maldita impulsividade.

            - Gerard, não me faça te – Way aproximou-se perigosamente fazendo Frank interromper sua fala, assim era difícil pensar, os impulsos nervosos simplesmente não chegavam onde deveriam. Estava perto demais. Os corpos grudados em brasa formavam uma corrente elétrica e o cheiro de Iero entrando pelas narinas deixavam Way em êxtase. Isso havia sido uma péssima ideia.

Os olhares se cruzaram criando uma tensão palpável. Iero não tentava esconder nem por um segundo que estava duro, fosse pelo volume em sua calça ou pela expressão descompensada no rosto. Rolavam apostas entre os prisioneiros de que ambos se atracariam ali mesmo.

Os cochichos aumentaram e alguém assoviou fazendo Gerard corar automaticamente. Mas agora que havia começado, não poderia simplesmente parar.

            - Não faz isso, Frank. – Disse Gerard sem tirar os olhos da boca de Iero que já não prestava mais atenção em nada a não ser no detento à sua frente. – Você já descontou o que devia.

            - Não. – Disse Frank secamente, as pálpebras apertadas, virando o rosto para tentar pensar em outra coisa.  

            - Olha pra mim – Gerard puxou seu rosto para si com delicadeza. A distância era quase nula, mal podiam um olhar para o outro. – Por favor... por mim. – Sussurrou fazendo aquilo soar altamente sexual para Iero.

            O poderoso Frank Iero iria deixar-se levar mais uma vez por esses sentimentos? Queria matar Gerard por fazer isso na frente dos outros detentos que agora faziam piadas sexuais. Claro que isso não o incomodava, afinal, metade deles queria ser o novato e a outra metade queria fodê-lo, mas mesmo assim o desgraçado havia usado seu ponto fraco. Golpe baixíssimo! E ainda se comportando daquela maneira, implorando a seu macho como uma vadia.

            Sentiu-se fervilhar.

  - Foda-se tudo! – Frank levantou as mãos para cima balançando a cabeça negativamente. Olhou para Andy caído no chão e percebeu que já havia feito um bom estrago no rapaz ensanguentado. Não sabia se o pinto estava inutilizado, mas o nariz com certeza estava quebrado. – Se alguém ajudar esse desgraçado, vai ser o próximo.

Lançou um olhar para Gerard antes de caminhar em direção à saída do refeitório. O maior enfim respirou aliviado indo atrás de Iero em seguida.

- Obrigado – Falou o maior assim que passaram pela porta.

Frank continuou pisando duro em ritmo acelerado sem dizer uma palavra o caminho inteiro; Way mal conseguia o acompanhar, mas sentia-se extremamente leve, como se o peso do mundo que tinha nas costas tivesse desaparecido.

Ao chegarem viram Pete com uma expressão preocupada no rosto.

- Frank! – Gritou – Frank, eu... eu não tive culpa, eu. – Tentou explicar-se entre gaguejos antes de ser interrompido.

- Sai, Wentz, me acerto com você depois! Sai, antes que eu te mate. – Avisou alterado. Gerard engoliu seco.

O policial tropeçou em seu próprio pé antes de retirar-se.

- Obrigado. – Repetiu Gerard timidamente.  

- Obrigado? – Sorriu Frank, incrédulo por estar ouvindo aquilo novamente. – Te dei uma chance pra mudar esse papo de ‘obrigado’ e você repetiu. – Deitou-se divertido na cama, perdendo totalmente a postura séria de segundos atrás. – Está de verdade agradecido?

Gerard balançou a cabeça em afirmação. Os olhares de Iero o queimavam, mal podia se mexer.

- Por que então você não me mostra toda sua gratidão vindo aqui me fazer um carinho, princesa?


Notas Finais


Sinto que coisa boa está vindo aí... só isso. :X


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...