História A Haterful Love - Pelo menos ele se apaixonou por Katherine Nolan

Capítulo 57 - Pelo menos ele se apaixonou por Katherine Nolan.

-E aí? Como se sente depois do final das gravações? –Eddie perguntou enquanto Katherine bebia um gole do vinho.

-Sinto que vou sentir falta de vocês! –ela disse. –Poxa, vou sentir falta das crianças.

-Ah, eu também. –ele concordou. –Não dá pra deixar de sentir falta deles correndo pelo estúdio inteiro e deixando o diretor louco, não é? –ela riu.

 -A gente tem que combinar de não perder o contato, isso sim! –ela falou. –Às vezes ainda temos reuniões de reencontro de outros filmes que eu fiz, temos que ter uma reunião de A Teoria de Tudo daqui a um tempo, hein? –ele sorriu. Alguns dias atrás eu fui uma reunião de A Branca de Neve e o Caçador, já faz um ano e nem parece que passou tanto tempo!

-Como é atuar com Chris Hewsworth? O cara que é o dobro do teu tamanho? –ela mostrou a língua pra ele, que sorriu.

-Ele é só bem mais alto que eu, mas foi incrível. Claro! O cara é lindo. –ele gargalhou. –Ainda acho muito pena ele ser gay. –ela acrescentou enquanto bebia mais um gole do vinho.

-Não vou nem comentar sobre isso porque minha heterossexualidade não deixa. –ela sorriu balançando a cabeça. –Mas eu acho que ele é um dos melhores atores.

-Ele seria um dos homens que eu indicaria ao Oscar. –ela disse e ele assentiu.

-Com certeza. –concordou.

-E você também! –ele a olhou como se ela fosse louca. –Não me olha sim. Você deveria sim.

-Isso é um flerte, Katherine Nolan? –ela revirou os olhos.

-Deixa de ser idiota. Você tem namorada, esqueceu? –jogou um guardanapo amassado nele. –Mas você fez o melhor Stephen Hawking que alguém podia fazer! –ele deu os ombros. –E não é nada fácil, vamos combinar.

-Mas ainda sim eu acho que... –o telefone dela tocou, o interrompendo e ela olhou para ele. –Atende, sem problemas.

Ela pegou o telefone dentro da bolsa e olhou o identificador de chamadas.

-Merda. –falou ainda encarando o celular.

-Quem é?

-O segurança do meu ex. - ela disse e ele franziu a sobrancelha.

-O segurança do seu ex...? –e a expressão dele clareou. –Ah, do Justin, claro.

-Tenho que atender. –ele balançou a cabeça.

-Claro, sem problemas. –ela apertou o botão verde na tela e levou o celular ao ouvido.

-Mike? –o barulho era alto do outro lado da linha.

-Olá Katherine, desculpe te incomodar, mas você pediu que ligasse caso acontecesse algo mais grave com Justin.

-O que aconteceu? –perguntou já preocupada.

-Ele foi a uma daquelas festas. –ela suspirou. –Ele anda indo a muitas dessas ultimamente, porém a coisa está pior dessa vez.

-Ele voltou a fumar, não é mesmo? –perguntou só para ter certeza.

-Sim senhora. –ela bufou e pegou a carteira dentro da bolsa.

-Me passe o endereço por mensagem, chego assim que puder.

-Pode deixar.

-Obrigada Mike. –ela desligou a chamada e olhou com culpa para ele. -Desculpa, Eddie.

-Katherine, por favor, sem problemas. –falou. –Já tínhamos até terminado de comer. –ela sorriu, abrindo a carteira.

-Garçom! –ela gritou e um homem de avental logo se aproximou. –Eu queria pagar minha parte da conta, agora, por favor, preciso correr. –ele saiu assentindo.

-Katherine, deixa isso comigo, nem se preocupa.

-Que nada, não vou deixar você pagar tudo sozinho. –abriu a carteira. –Esse restaurante é tudo menos barato. –ele riu.

-Se faz tanta questão, você me paga depois. –ela negou.

-Te conheço, senhor Redmayne. Você não vai aceitar meu pagamento, agora me deixa pagar em paz ok? –falou pegando a conta das mãos do garçom, ela colocou as cédulas ali dentro, fechou e entregou ao homem. –Obrigada.

Ela pôs a bolsa no ombro e se levantou.

-Vamos combinar de sair outro dia ok? –falou beijando o rosto dele. –Me liga viu?

-Vamos nos ver em poucas semanas para a estreia mesmo. –ela deu os ombros.

-Mesmo assim. –beijou o rosto dele mais uma vez. –Até mais, Eddie.

-Até mais. –falou antes de ela sair rapidamente pelo restaurante.

. . .

Ela estacionou na frente da festa, já podia ver várias pessoas fumando, bebendo e revirou os olhos.

Justin sempre sabia o pior lugar para se enfiar.

Ela enfiou os saltos que havia tirado para dirigir, deixou tudo dentro do carro e só levou as chaves dele.

Bateu a porta do carro ao sair e caminhou até a entrada enquanto o salto dela fazia barulho contra o asfalto.

-Calma aí, bonitinha. –um homem falou. Ele usava roupas limpas embora tivesse um forte bafo de maconha. –A entrada grátis para as mulheres é só até a meia noite. –ele olhou para o relógio em seu pulso. –São meia noite e dois... –sorriu.

Katherine pensou em mandar ele longe, mas em vez disso sorriu e jogou o cabelo para o lado.

-São somente dois minutinhos. –falou o olhando dos pés a cabeça. –Não faz mal a ninguém. –ele sorriu malicioso.

-Acho que ninguém precisa saber disso mesmo. –ele abriu passagem para Katherine, que caminhou festa adentro tendo a sensação de que o homem estava encarando a bunda dela.

Ela bufou quando saiu do corredor que dava entrada para a festa em si. Ela encarou o local de cima dos degraus que levavam para a pista.

Era uma festa grande, cheio de pessoas embora a maioria estivessem prensadas na parede agarradas com um sujeito qualquer. Katherine percebeu que havia vários menores de idade e sentiu a súbita vontade de manda-los para casa.

Ela passou os olhos pelo local inteiro. Procurando por Justin ou até Mike.

Ela ficou parada lá em cima, por um bom tempo enquanto procurava uma cabeleira loira.

Ela finalmente achou seu alvo, que estava rindo de alguma bobagem que alguma garota loira peituda falava enquanto virava um copo de uísque.

Ela saiu abrindo passagem pela multidão e se meteu na frente da garota loira.

-Que coisa feia, Justin. –falou arqueando a sobrancelha direita, ele continuou sorrindo como um idiota. –Acha mesmo que vai conseguir a garota assim? –fez um gesto se referindo a ele.

-Você não me quis. –ele retrucou. –Ela também não. –ela bufou. –Há quem queira!

-Há quem queria você por uma noite, Justin. –falou mandando uma indireta a loira que bufou e saiu dali. –Há quem te queria porque você é Justin Bieber, o garotinho famoso.

-Não sou um garotinho! –ele retrucou.

-Mas age como um! –ela gritou, algumas pessoas envolta deles a olharam. –Vamos embora daqui.

-Não vou a lugar nenhum. –ele falou, e ela o pegou pelo braço.

-Vai sim.

-Você esquece que não manda em mim, não é?

-E você esquece que eu falei que não ia deixar você! –ele ficou quieto e se deixou ser levado por Katherine até o carro.

Ele entrou no carro dela sem maiores hesitações e ela se sentou no banco do motorista embora não tenha ligado o carro.

-Por que você voltou pra isso? –ela perguntou, olhando para ele.

-Pra isso o que? –perguntou.

-Não se faça de desentendido, Justin. –ele travou o maxilar. –Quero saber por que você voltou para essas festas, para as bebidas e o pior, para as drogas. –ela olhava fixamente para ele. Katherine não estava para brincadeira.

-O que você acha? –falou irônico. –Foi você que terminou comigo! Foi você que me deixou sozinho!

-Se eu tivesse te deixado sozinho, teria de deixado cair drogado no meio daquela merda de festa! –gritou. –Justin, eu nunca te deixei sozinho. –falou se virando para olhá-lo. –Sempre falei que estaria aqui sempre que precisasse de mim.

-Mas você foi embora Katherine. –falou olhando para ela. –Você levou todas as suas roupas que estavam na minha casa, deixou sua chave do meu apartamento para trás e levou tudo que era seu.

-Mas eu falei que estaria aqui, não falei? –ela disse, olhando os olhos castanhos dele. –Justin, você tentou falar com ela? –ele travou o maxilar mais uma vez.

-Ela não vai me atender. –ela suspirou.

-Você nem tentou! –retrucou.

-Eu sei que ela não vai me atender! –ele olhou para ela. –Você não a conhece, Katherine.

-Posso não conhecê-la, mas eu vi, Jus.

-Viu o quê?

-O jeito que ela te olhou quando você tombou com ela. –Justin segurou o fôlego. –Sabe como eu sei que ela ainda sente algo por você?

-Como?

-Porque é o mesmo jeito que eu olharia para meu primeiro amor. –ele suspirou. –É o mesmo jeito que eu sei que olharia pra você.

-Por quê?

-Por que o que? –perguntou enquanto ele voltava a olhar para ela.

-Por que terminou comigo? –ela suspirou. –Por que terminou comigo se me olha como ela?

Ela mordeu o lábio inferior.

-Tem uma frase que eu li em algum lugar, e eu gosto muito dela. –ela repirou fundo e fechou os olhos enquanto falava: -“Algumas pessoas nasceram para se apaixonar, mas não para ficarem juntas.”.

Ele respirou fundo, escutando as palavras soarem nos seus ouvidos.

-Talvez tenhamos sido feitos para se apaixonar, mas não para ficarmos juntos. –ela disse e Justin fechou os olhos, sentindo as lágrimas virem.

-E se eu tiver nascido para me apaixonar por ela, mas não tenha nascido para ficar com ela? –perguntou abrindo os olhos e olhando para ela.

-Isso você só vai saber quando falar com ela. –deu os ombros. –Se você sentir que quer ficar com ela... –sorriu. –Fique.

Ele sorriu.

-Se não, pelo menos você se apaixonou.

-Bem, - ele falou limpando as lágrimas. –se nós não vamos ficar juntos... Pelo menos eu me apaixonei por você. –ela sorriu, e eles se abraçaram.

E foi como eles disseram, eles podiam não ter ficado juntos, mas pelo menos eles se apaixonaram um pelo outro.