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História A Herança - O Dom dos Sentidos - parte 2


Escrita por: SweetLime

Notas do Autor


Oi meu amores!

Eu terminei mesmo esse capítulo?? É sério isso? Ainda nem acredito!
Aconteceram tantas coisas desde que eu comecei a escrever ele que tava achando que nunca ia conseguir terminar, mas está aqui para vocês já!!
Andei passando por um bocado de coisas e se eu dissesse que estou bem eu estaria mentindo para vocês, mas estou dando um novo rumo para a minha vida esse ano e espero dar tudo certo. Eu sou sempre muito grata por ter vocês aqui nunca desistindo de mim, vindo conversar comigo no twitter, me fazem ver que ao menos em uma coisa meus esforços valem. Obrigada <3

Vou deixar vocês com o novo capítulo de AH, espero que não contenham muitos erros por causa do meu sono ><
Boa leitura xuxus <3

Capítulo 30 - O Dom dos Sentidos - parte 2


Capítulo 30 – O Dom dos Sentidos parte 2

 

Seokjin terminava de lavar a louça e Namjoon levava uma pequena pá e uma vassoura de volta para a lavanderia. Eles faziam a limpeza do apartamento da bagunça que restou após a festa de despedida destinada ao dono da residência.

- Eu não sabia que os confetes coloridos são lindos apenas na hora que explodem, porque para limpar eles é uma bela porcaria! Ficam grudando no chão! – o acinzentado reclamou escorado no batente da porta que ligava a cozinha e a lavandeira.

- E eu já havia esquecido sobre o quão dramático você consegue ser quando precisa fazer a limpeza. – o mais velho secou as mãos com um guardanapo de pano e deu alguns passos até parar na frente de Namjoon e apertar seu nariz, vendo uma careta se formar na face dele.

- Fala isso porque não foi você que precisou catar um a um dos papeizinhos coloridos do chão. – afastou a mão alheia de seu nariz.

- Que reclamão esse meu namorado! Mas não esqueça que foi você quem se ofereceu para ficar com o chão.

- Claro! Você nunca me deixaria cuidar da louça.

- E eu preciso argumentar sobre isso? Vejamos! Se você ficasse com a louça e eu com o chão, metade das louças você provavelmente derrubaria fazendo-a se espatifar dando mais trabalho para mim, e a outra metade era capaz de rachar com a força que você exerceria enquanto esfregasse com a esponja.

- Ok! Não está mais aqui quem reclamou! – levantou os braços em sinal de rendição – Você tem total razão.

- Eu sei disso. – Seokjin selou breve os lábios do namorado e voltou para a pia com um sorriso satisfeito – Seja um bom menino e termine sua tarefa.

- Já vou! – revirou os olhos adentrando a lavanderia novamente.

- Que menino obediente! – riu ao ouvir o outro rosnar para si do cômodo ao lado.

O Kim mais novo passou pela cozinha pisando forte carregando balde, rodo e pano para terminar a limpeza do chão enquanto o mais velho secava cada uma das louças e as colocava em seus devidos lugares nos armários.

Um suspiro de alívio foi solto pelos lábios mais carnudos de Seokjin quando este guardou o último copo no armário, estava contente com o término de seu trabalho.

- AI, PORRA! – a voz grave vinda da sala soando logo após um barulho de água sendo derramada assustou o castanho.

- O que aconteceu?

- Adivinhe, espertão! – o rapaz bufava segurando forte o rodo em suas mãos com uma enorme poça de água a sua volta e um balde tombado mais a frente.

- Como você conseguiu isso?

- Não sei! Só fui torcer o pano dentro do balde e quando dei por mim já tinha derramado tudo! – bufou irritado e sentiu o toque suave em seus ombros lhe fazendo uma massagem leve quando o namorado estacionou na sua frente.

- Calma, Nam! – suspirou em compreensão – Foi só um descuido! Deixa que eu termino aqui e você vai tomar banho, ok? Você precisa relaxar e descansar porque amanhã vai sair em uma viagem importante. – tentou pegar o rodo da mão do mais novo, mas este o segurou mais firme.

- Não precisa Jin, fui eu quem fez essa bagunça... Você já fez muito para mim hoje ajudando com a festa surpresa e com parte da limpeza e amanhã começa seu estágio, você precisa de descanso mais do que eu.

- Mas-...

- Não! Por favor, me deixa ser o cara legal da história ao menos uma vez! – falou com voz manhosa vendo o outro rir.

- Está bem, eu deixo! Eu vou tomar banho e você termina aqui então! – deixou um beijo na bochecha do mais novo antes de sumir pelo corredor.

--

Quando Seokjin terminou seu banho foi procurar por Namjoon pelo apartamento, ficando contente ao passar pela sala e ver tudo limpo, seguindo caminho pela cozinha e encontrando o namorado na lavanderia.

- Terminou?

- Finalmente! Depois de ter conseguido espirrar água em mim mesmo e ter que secar o chão pela terceira vez, deu tudo certo! – o mais novo tirava a camiseta encharcada que usava a deixando dentro da máquina de lavar.

- Que criança estabanada! Tsc tsc...

- Uma criança estabanada que você gosta!

- Talvez um pouquinho só... – sorriu travesso fazendo sinal com o polegar e o dedo indicador mostrando o quão pouco era.

- Ah é? – Namjoon se aproximou do mais velho com as mãos na cintura com expressão de falsa indignação pelo que acabara de ouvir.

- Aham! – deu o único passo que faltava para acabar com a distância entre eles.

- Vai morrer de saudades quando eu estiver fora do país! – segurou a cintura do namorado.

- Que nada! Vou é estar contente por não precisar cuidar de nenhuma criança arteira. – tinha um sorriso divertido.

- Fala isso agora, mas só quero ver quem vai ser o primeiro a ligar por sentir a falta do outro...

- Você, claro!... AI! KIM NAMJOON! – a risada aguda e escandalosa ecoou pelo apartamento – P-PARE! – as mãos ágeis do maior percorriam o corpo alheio causando cócegas nos locais que tocava.

- Você está recebendo o que merece!

- NÃO! POR FAV-F-FAVOR!

O castanho se contorcia tentando escapar dos toques ligeiros. Tentava agarrar as mãos que lhe causavam as gargalhadas sem obter qualquer êxito, estava sem forças para empurrar Namjoon para longe de si, tendo como última alternativa correr para longe dele, sendo logo perseguido.

Quando passava pela porta que ligava a cozinha a sala, fez uma parada brusca, fazendo com que o mais novo se chocasse contra si e lhe olhasse confuso, entendendo menos ainda a situação ao encarar o olhar sério de Jin, que mudou a expressão de repente lhe dando a língua enquanto piscava um olho e voltava a correr pelo apartamento.

- KIM SEOKJIN! VOCÊ NÃO OUSE! – saiu em disparada atrás do mais velho novamente, quase o alcançando no corredor que dava para os quartos, porém acabou trombando com a porta do banheiro onde Seokjin usou como refúgio – Quem é que está agindo como uma criança agora, huh? – ouviu uma risada soar de dentro do pequeno cômodo.

- Porque atacar com cócegas é super maduro, né?

- Nem um pouco! – tinha o ouvido colado à madeira para conseguir ouvir a voz abafada lá dentro – Mas ao menos eu assumo minha idade mental!

- Vai ganhar uma estrelinha na testa por isso!

- Idiota! Abre logo essa porta! – batia com os nós dos dedos sobre ela.

- Eu não!

- Por que não?

- Porque você vai me atacar de novo.

- Não vou!

- Eu sei que vai!

- Já disse que não! Não farei mais cócegas, prometo!

- Promete mesmo?

- De dedo mindinho e tudo se você quiser!... – esperou uma resposta, mas não a obteve – É sério! Abre aqui... – pediu manhoso.

Do lado de fora o dono do apartamento ouviu o click da porta sendo destrancada que o motivou a se desencostar da madeira, vendo uma pequena fresta ser aberta e uma mão aparecer com apenas o dedo mínimo esticado causando-lhe um riso fraco.

- Então prometa!

- Eu prometo, já disse... Não farei mais cócegas... – alcançou a mão alheia enlaçando os dedos semelhantes, vendo em seguida a passagem se abrir completamente tendo o namorado diante de si novamente, não perdendo a oportunidade de abraçá-lo forte mordendo o ombro dele.

- EI! Você prometeu que não me atacaria mais! – ofegou fraco sentindo os dentes sendo forçados contra si mesmo através da camiseta do pijama que usava.

- Prometi que não faria cócegas. – falou deixando alguns selos no pescoço do mais velho – Mas eu precisava me vingar. – deixou um último beijo estalado sobre os lábios do namorado.

- Já se vingou! Ok! Agora vá tomar um banho que você está fedendo e ainda precisa ir descansar para a viagem. – postava as mãos no peito do maior o afastando de si.

- Fedendo? – tentou inalar o próprio odor – Ah, só um pouquinho...

- Deixa de ser porco! Vá logo para o chuveiro!

- O que eu vou ganhar em troca se for logo?

- Outra estrelinha na testa!

- Só isso?

- É o máximo que você merece! – empurrou o mais novo para dentro do banheiro – Só tome o seu banho logo, não vou dividir a cama com ninguém que tomou um banho de água suja!

- Que mandão! – reclamou já arrancando a calça e boxer que vestia e entrando no box, ligando o chuveiro em seguida.

- Bom menino!

Seokjin voltou até a cozinha à procura do próprio celular e depois se sentou no sofá da sala para mandar uma mensagem a Hoseok, estava preocupado pensando na possibilidade dele e Jimin ainda não terem ido dormir mesmo que tenham aula no outro dia, não demorando muito para receber uma resposta do primo a quem tinha como um irmão de criação confirmando as suas suspeitas.

Enviou um grande sermão aos adolescentes sobre a irresponsabilidade deles avisando que olharia os cadernos de Hoseok depois para verificar se ele havia ido a aula e realmente participado delas, mas desejando, por fim, que eles dormissem bem.

Passou um tempo distraído olhando as fotos que haviam tirado naquela noite, ficando encantado com o sorriso estampado na face de todos que estiveram presentes na pequena despedida de Namjoon. Riu das fotos espontâneas que tirara onde todos foram registrados com espécies de caretas por terem sido pegos desprevenidos, considerava essas as melhores fotos, as melhores recordações, e sorria sem perceber ao ver a alegria que Namjoon olhava para a própria mãe enquanto conversavam, estava feliz com a aproximação deles.

O toque leve em seu ombro lhe causou um pequeno susto, finalmente percebendo o namorado que acabara de se sentar ao seu lado. Algumas gotas escorriam dos cabelos dele alcançando o pescoço e Seokjin observou o caminho que elas faziam até chegarem à toalha pendurada sobre os ombros.

- Não ande pelado pela casa com esse cabelo molhado assim! Pode pegar um resfriado. – pegou o pano atoalhado e começou a passar nos fios acinzentados – Como você vai saber se cuidar sozinho quando estiver longe?

- Não precisa se preocupar tanto comigo!

- Então me prometa que vai ficar bem! – parou os movimentos sobre a cabeleira alheia para focar a própria visão nos olhos que lhe miravam divertidos.

- Eu prometo... – o mais novo pegou as mãos que estavam postadas na sua cabeça e distribuiu beijos sobre elas – Eu vou ficar bem! – retribuiu o olhar sério e selou a boca de Seokjin por fim.

- E não suma, por favor.

- Eu não vou! – deixou um estalo na boca do mais velho novamente – Você vai cansar de ver meu nome brilhando na tela do seu celular com as mensagens e ligações que eu vou fazer sempre que estiver livre!

- Se você abusar demais eu desligo o celular!

- Você não ousaria!

- Testa para ver! – mostrou a língua e riu divertido.

- Ora seu!...

Namjoon atacou Seokjin com cócegas novamente, tendo o mais velho se contorcendo entre suas mãos novamente. Percebendo a tentativa de escape, forçou seu corpo contra o corpo alheio fazendo Jin se deitar no sofá encurralado pelo corpo maior sobre si.

- Você... Você prom-... – sua fala era cortada pelas gargalhadas – Promet-...

- Sim! Eu prometi não fazer mais cócegas, mas você está merecendo novamente!

- Para! Por... Por fa-... SÉR-AH!... TEMPO! TEMPO!

- Ok! – parou os movimentos com as mãos – O que tem a dizer em sua defesa?

- Eu não vou desligar meu celular! Juro!

- Mudou de ideia, é?

- Sim! Vou apenas deixar o celular no modo silencioso e bem distante de mim-... NÃO! – segurou as mãos do mais novo antes que ele lhe fizesse cócegas novamente.

- Você não tem noção do perigo mesmo!

- Não tenho motivos para ter medo de você!

- Você não disse isso! – impôs força para soltar as mãos e teve êxito, porém, quando estava pronto para atacar Seokjin novamente, foi abraçado e preso contra o corpo do mais velho – Ei! Que tipo de tática é essa agora?

- Uma que impeça seus movimentos!

- Não é tão eficaz! Sorry bae!

- Com-...?

Seokjin, deitado sobre o sofá, tinha o tronco e os braços do namorado presos no seu abraço, e por certo momento até pensou que tinha tudo sob controle, até Namjoon considerar seu pescoço um bom alvo para seu próximo ataque.

O mais novo não hesitou em sugar a pele alva que estava a sua disposição. Era impossível para si perder qualquer oportunidade de provocar o dono dos fios castanhos da maneira que pudesse, e o corpo estremecendo abaixo de si como reação aos seus dentes brincando com a região sensível apenas lhe incentivava a continuar.

Os braços ao redor do corpo maior se afrouxaram, Namjoon sugou o pescoço do namorado a ponto de deixar um pequeno ponto vermelho na derme ouvindo um ofego em resposta antes de arrastar o próprio corpo mais para cima e deixar diversos selos na boca carnuda de Seokjin.

- Por que ficou tão quieto de repente? – criou uma pequena distância entre suas faces para poder mirar melhor aquele que estava abaixo de si – Cadê aquela língua afiada que está me provocando há horas?

- Você é cruel!

- Cruel?

- Sim! Sempre pensa em um jeito diferente de judiar de mim! – terminou a fala com um pequeno bico que o dono do apartamento não resistiu em morder depois de soltar um riso baixo.

- Não estou judiando de você. Eu só estou provocando suas risadas para que eu possa lembrar claramente do som agudo e cômico delas quando eu sentir saudades dos momentos divertidos contigo. Eu só me aproveito da sua pele para que eu não esqueça o quanto é bom tocar você quando eu sentir falta de um corpo junto ao meu nas noites solitárias que passarei num hotel qualquer...

As palavras foram intensas. As palavras foram imprevisíveis. Aquele foi Namjoon desconsertando Seokjin pela primeira vez naquela noite.

Não era nada esperado que o jovem herdeiro soltasse tudo aquilo no meio do que deveria ser apenas mais uma brincadeira de casal, mas talvez fossem naqueles momentos menos prováveis que ele se sentisse mais a vontade de dizer o que realmente pesava em seu coração.

- Eu vou sentir tanto a sua falta! – Seokjin proferira em sussurro apertando forte os braços ao redor do corpo que lhe cobria.

- Eu que vou sentir a sua! – retribuiu o abraço na mesma intensidade – Vou sentir falta da forma como você me repreende todas as vezes que faço alguma coisa errada, vou sentir falta da sua comida e de você almoçando comigo, vou sentir falta de ir para a faculdade e te encontrar lá, de poder te abraçar e te desejar boa noite na despedida quando eu não conseguir te arrastar para o meu apartamento, de você brigando comigo quando ando só de cueca ou de pés descalços e de te ter nos meus braços enquanto durmo, também vou-...

Foi em um rápido movimento que Seokjin colou sua boca àquela que proferia mais das palavras que não esperava ouvir. O mais velho não esperava em nada que qualquer um daqueles momentos da rotina deles tivesse tal nível de importância para Namjoon, tudo aquilo acontecia automático demais para si que sempre teve alguém ao seu lado para se preocupar e lhe fazer companhia, porém, para o rapaz dos cabelos cinza, aquilo tudo era inédito, era a primeira vez que convivia com alguém que se preocupava consigo e lhe demonstrava afeto explícito.

O castanho ficara surpreso com a forma como o mais novo se apegara a cada detalhe de seus dias e interrompeu sua fala por preferir não se atentar ao fato de que haveria um vazio em seus próximos dias, que teria de se acostumar à ausência daquele que preenchia a maior parte de seus pensamentos. Não queria que seu inconsciente lhe transportasse para o passado e lhe lembrasse da dor que é ter alguém importante longe de si, e na possibilidade da pessoa se afastar mais e mais a cada dia que passa até finalmente perdê-la.

Mentiria se dissesse que não tinha medo de que o passado voltasse a lhe atormentar, a verdade era que ao mesmo tempo em que desejava que Namjoon aproveitasse a viagem ao máximo, também queria muito pedir para ele ficar, mas tinha de afastar todos os pensamentos negativos, através do beijo que iniciara precisava confirmar que seu namorado ainda estava ali junto de si.

O choque entre as bocas fora repentino para o mais novo, teve seu raciocínio cortado e sua atenção voltada tanto para os lábios que se movimentavam junto aos seus quanto para as mãos que subiram por suas costas e lhe causaram um leve arrepio quando passaram por sua nuca e se embrenharam em seu cabelo.

Namjoon não precisou pensar antes de retribuir os toques de Jin. Seguiu o ritmo calmo do encontro de bocas imposto pelo mais velho e já estava com seus movimentos livres para vagar as mãos pelas laterais do corpo abaixo do seu e apertar de leve a cintura magra do namorado antes observar a face rosada em timidez quando a distância se fez presente entre eles.

- Eu não gosto de ficar lembrando que amanhã eu não vou mais te ter pertinho de mim... – os olhos castanhos miravam intensos os seus semelhantes a sua frente.

- Então não falaremos mais disso... Eu quero aproveitar que estamos apenas nós dois aqui agora...

Nada mais precisou ser dito. Namjoon selou a boca carnuda do castanho algumas vezes antes de encaixá-las num beijo que demonstrasse o quanto precisavam um do outro, o quanto se saiam bem quando estavam juntos, o quanto se faziam bem. Precisavam apenas se sentir.

Beijos estalados fizeram caminho pelo pescoço de Seokjin, terminando o trajeto em uma mordida na clavícula exposta pela gola folgada da camiseta, um ofego foi deixado no ar. As mãos enroscadas nos fios acinzentados puxaram o mais novo para mais um choque entre as bocas, dentes puxaram os lábios alheios e um beijo não casto se iniciava.

Enquanto as línguas se chocavam em movimentos harmônicos, Namjoon invadiu a camiseta do namorado aquecendo cada pedaço de derme por onde seus dígitos passeavam, acariciando, apertando, sentindo os finos pelos se eriçarem, não se demorando em tirar o tecido que cobria o peito do mais velho e impedia o contato direto entre os corpos.

Em meio aos beijos e mordidas, aos carinhos que passavam sentimentos e arranhões que mostravam desejo, aos suspiros e tentativas inúteis de recuperar o oxigênio que fazia falta em seus pulmões, o calor dos corpos se complementava e, na busca pelo equilíbrio de temperatura com o ambiente, o ar em volta do casal se aquecia lentamente.

Um movimento leve do mais velho chocou seu quadril ao que estava acima de si, dois suspiros foram deixados no ar interrompendo o beijo afoito por uma fração de segundo, deixando os dois conscientes de que ambos estavam despertando a necessidade de maior contato.

As coxas de Seokjin foram marcadas temporariamente de vermelho pelas mãos que lhe apertaram quando um segundo movimento por parte dos dois rapazes causou fricção entre os membros semi-despertos, mãos que subiram adentrando a bermuda do pijama arranhando a pele até alcançarem a barra da boxer e então se aproveitarem para se encher com a carne farta do traseiro do mais velho. Um gemido fraco foi solto em resposta e Namjoon não hesitou em se aproveitar mais uma vez do pescoço do namorado enquanto tirava a última peça de pijama dele.

Depois de deslizar o tecido fino para fora do corpo de Seokjin o mais novo o jogou em um quanto qualquer do sofá enquanto se levantava e puxava consigo o corpo que esteve abaixo do seu por um tempo.

Não houve tempo para falas, avisos ou questionamentos. De pé o casal mantinha a distância nula, mantendo o ósculo em meio a alguns tropeços pelo caminho e trombadas pelas paredes até o quarto principal, no desespero de aproveitarem o contato entre si ao máximo como se fossem suas últimas horas juntos. Chupões e apertos marcavam o corpo alheio como se quisessem marcar permanentemente os toques que trocavam. Os dois desejavam manter fortes suas impressões na memória do outro para terem certeza de que tinham um ao outro, de que após aqueles dois meses ainda estariam ansiosos pelo outro.

As costas de Namjoon se chocaram com o colchão quando os dois rapazes caíram na cama, agora suas posições haviam se invertido. O mais novo puxou o quadril acima de si incitando Seokjin a se manter em movimento friccionando mais as ereções já formadas ainda dentro das boxers. Mais uma vez o beijo fora interrompido, o som agudo saiu de suas gargantas em sintonia, os dois foram atingidos pelos estímulos desejando mais.

Ambos se apressaram em se livrar da única peça de roupa que ainda adornavam seus corpos e deixaram suas vozes preencherem o quarto novamente quando seus membros se chocaram e suas mãos se entrelaçaram ao redor deles iniciando uma masturbação já acelerada pela necessidade que sentiam um do outro.

Respirações descompassadas, corpos febris, arrepios que percorriam todo o sistema nervoso, línguas que dividiam espaço na boca alheia, o prazer tomava conta do casal.

Namjoon sentou sobre o colchão obrigando o mais velho a seguir seu movimento e o ajudando a se ajeitar melhor sobre seu colo. As mãos de Seokjin continuavam a estimular as ereções em movimentos firmes da base até a ponta, ora lentos e ora acelerados, esfregava o polegar nos pontos certos quando queria ouvir um som mais agudo e sempre conseguia êxito nisso, ainda aproveitava os beijos que eram deixados pelos seus ombros, suspirava às marcas deixadas na sua clavícula, não conseguindo conter a própria voz quando o mais novo mordiscou seus mamilos e as mãos grandes continuavam a lhe apertar aqui e ali.

Seokjin mantinha a masturbação acelerada apertando mais os dedos ao redor dos pênis que continuavam a ser friccionados contra o outro, os gemidos sôfregos demonstravam a ambos que estavam chegando a seus limites e Namjoon dessa vez se atreveu a se aproveitar um pouco mais de seu namorado, percorrendo com seus dedos um caminho que começava no cóccix e seguia para baixo massageando de leve até a entrada de Seokjin e fazendo o caminho de volta, repetindo o movimento em seguida.

Ao contrário do que era esperado, Seokjin apenas soltou com força todo o ar que tentava preencher seus pulmões contra o pescoço de Namjoon quando sentiu os dedos ágeis na fenda entre suas nádegas. Um arrepio lhe percorreu quando sentiu os toques naquela área acabando por soltar um ofego ainda mais forte quando um espasmo correu por sua espinha seguindo por todos os membros de seu corpo e seu líquido viscoso escorreu sobre seus dedos.

Com a mão livre Namjoon ajudou o mais velho a manter a masturbação enquanto se contorcia no seu colo. A respiração quente que lhe atingia, os gemidos mais longos que atingiam seus ouvidos e a massagem contínua lhe levaram ao orgasmo logo em seguida do namorado, sentindo todo o seu corpo estremecer em prazer.

Aos poucos os sons mais agudos deram lugar à respiração afobada, os movimentos quase desesperados entre beijos e masturbação desaceleraram e terminaram em um abraço, mas os dois corpos, agora suados e cansados, se mantinham unidos. Nenhum deles queria quebrar o contato, nenhum deles queria se afastar e por isso Namjoon se deitou mantendo Seokjin sobre si.

As respirações voltavam a sua normalidade, os olhos pesavam para se manterem fechados, o silêncio se fez presente novamente e o casal se deixava levar pelo sono.

- Jin?... – um sussurro quase inaudível chamou pelo mais velho, mas este se encontrava muito cansado para responder – Eu... Eu te amo... – e três palavras foram suficientes para que a dormência de Seokjin passasse por um instante, a surpresa em ouvir aquilo lhe manteve paralisado, sentiu o beijo no topo de sua cabeça e ainda assim não conseguiu transpassar nenhuma reação – Durma bem!

Os últimos sussurros ficaram no ar e não demorou para que uma respiração pesada demonstrasse que Namjoon caíra rapidamente no sono. Só então Seokjin conseguiu se movimentar nervoso sobre o mais novo em meio à escuridão que os envolvia.

Aquelas três palavras foram intensas. Aquelas que deveriam ser simples palavras foram imprevisíveis. Aquele foi Namjoon desconsertando Seokjin mais uma vez naquela noite. Dessa vez o mais velho se sentiu totalmente desnorteado, e uma agonia lhe preencheu por não ter conseguido responder apropriadamente.

Alguns sentimentos ainda estavam se desenvolvendo entre eles, o relacionamento ainda tinha alguns aspectos em que precisava amadurecer e o castanho tinha receio de que o mais novo estivesse se precipitando em lhe dizer aquilo assim como tinha medo de se precipitar em se sentir do mesmo jeito que o outro confessara.

Se manteria agoniado pelos próximos dois meses enquanto teria que cozinhar para estranhos durante seu estágio no restaurante, enquanto ia e voltava da faculdade sozinho, enquanto dormisse abraçado a uma alpaca de pelúcia desejando que o tempo passe mais rápido e se acostumando a ficar feliz com um nome brilhando na tela do celular e lhe lembrando da distância que estava daquele sorriso que estampava a tela de fundo.

- Desculpa Nam... Eu quero te amar também... – abraçou forte o corpo abaixo de si.

O desejo se perdeu no silêncio do quarto e apenas o baixo ressonar de dois rapazes restou.


Notas Finais


Só vou deixar esse final de capítulo aqui para vocês refletirem e sair correndo mesmo, sorry baes!
Beijo <3


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