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História A Herdeira - O novo lider


Escrita por: Eileenqueen

Capítulo 11 - O novo lider


Fanfic / Fanfiction A Herdeira - O novo lider

Kirari Momobami

Minha promessa para Ririka foi quebrada, assim como meu coração continua a se quebrar a cada segundo que ainda estou respirando.

Prometi que faria o melhor de mim para que o nome de Ririka fosse honrado. Agora por minha culpa ela — eu — estou sendo destituída do cargo de liderança. Duvido muito que consiga convencer os Herdeiros a votar em mim, não depois do meu descontrole.

Tentei argumentar com Kaede, mas ele foi irredutível, disse que meu descontrole mágico trouxe muitos transtornos e que a Legião está em conflito, que precisam de um líder que possa uni-los.

Lembrando das palavras odiosas dele aperto os punhos com mais força sentindo os raios serpenteando pelos meus braços.

“— Você não serve para esse cargo, assim como Ririka não servia, era fraca demais. Vocês são uma vergonha para o legado de Enzo.”

Como ele pode dizer tais coisas sobre ela?
Ririka diferente de mim era uma pessoa boa. Era gentil. Mas do que ninguém sabia liderar a Legião, mesmo tendo Runa e Jabami como inimigas, mesmo tendo Sayaka afastada, ela conseguiu equilibrar tudo e manter os Herdeiros juntos, até que eu destruí tudo!

Mesmo tendo sua magia roubada, ela se manteve firme. Ela era muito mais forte do que eu jamais poderia ser.

Meus raios serpenteiam pelo quarto estourando nas paredes que resistem aos ataques. Esse quarto foi feito para aguentar alguém como eu. Só então percebi que eu e Ririka não fomos as únicas ocupantes dele, Enzo, nosso pai viveu aqui antes de nós, e antes dele nosso avô…

A porta foi aberta, meus raios bateram na parede ao lado dela, muito antes deu perceber os cabelos loiros.

— Vai me atacar toda vez que eu entrar aqui? — Ela cruzou os braços me encarando com os olhos dourados.

Mary. Outro dos meus problemas que gostaria muito de não ter que lidar neste momento.

A expressão emburrada da Herdeira foi substituída por um leve sorriso hesitante.

— Seus poderes voltaram. — Apenas afirmei, era óbvio demais, não podia negar — Você está descontrolada, precisa de ajuda?

— Tô bem, posso lidar com isso sozinha. — Tentei suavizar minha expressão para passar calma a ela, porém não consegui.

Mary não deixou passar despercebido a tensão ao meu redor, ela se aproximou, mas me desvencilhei quando tentou me abraçar.

— Quero ficar sozinha.

Eu não podia de forma alguma continuar com aquele lance entre nós. Não posso continuar enganando ela.

— Amor, já passamos por isso antes, vai ficar tudo bem.

— Não tem nada bem, Mary. — Minha voz soou tão fria como meu olhar que a fez tremer e dar um passo cambaleante para trás.

— Eu sou sua parceira e você é a minha....

Rio, uma risada cruel, uma risada digna de Kirari. Um som tão frio que nunca teria saído de dentro da doce e gentil Ririka.

— Eu não sou de ninguém. — Minhas palavras foram entonadas com um trovão que ressoou entre os cristais de raios do lustre.

Os sóis dourados se apagaram, percebendo que não estou brincando.

— Que merda você tá dizendo?! — Ela rosnou fazendo o ar ficar quente.

Um ar quente não de raiva, mas de mágoa.

Não tem jeito fácil para isso. Não posso continuar enganando ela. E não posso contar a verdade. Mas tenho certeza que a verdade doeria muito mais do que estou prestes a dizer.

Tenho mais certeza ainda que ela ficaria furiosa comigo e me atacaria sem pensar. Não vai importar se tenho a mesma aparência da pessoa que ela ama, eu não sou a Ririka e a enganei, ela vai querer me matar.

Virei-me de costas.

— Estou terminando com você.

— Não. — A resposta de Mary foi grutal. — Não!

Olhei-a por cima do ombro.

— Não pode terminar comigo.

— Estou fazendo isso.

Os punhos dela se fecharam em resposta à minha frieza. O ar ficou mais quente a ponto que tive que fazer um vórtice de ventos gelados em torno de mim para me proteger do extremo calor emitido por ela.

— Porque?

Percebi que ela só não está em lágrimas porque elas evaporam muito antes de escorrerem pelo seu rosto.

— Porque não te amo.

A gravidade pareceu puxar Mary para o chão. A Herdeira foi de joelhos ao chão com tanta força que apenas o piso resistente é motivo para não ter quebrado.

Meu coração pareceu ter se quebrado ainda mais. Odiei-me do fundo do coração por fazê-la sofrer. Em outra vida amaria ter Mary como cunhada. Mas nessa vida isso não é possível.

— Você tá deixando meu quarto quente, saia.

Ela levantou a cabeça me olhando, mágoa brilhando em seus sóis dourados. Por um longo e intenso minuto Mary apenas ficou me encarando até que ela se levantou e caminhou até a porta, mas parou se virando para mim.

— Não sei o que tá acontecendo. Mas sei que você me ama Ririka Momobami. E eu continuo te amando. Estarei te esperando.

Ela foi embora antes que eu pudesse dizer alguma coisa. Mas não tinha mais nada para dizer, não depois de ver mais uma vez como ela ama minha irmã. Um amor tão forte que a cegou e por isso ela não percebe a diferença gritante entre nós.

Mas aquele amor, mesmo não sendo para mim, faz meu coração se aquecer e ter um conforto em saber que Ririka conheceu um sentimento tão sincero e puro como esse.

Um sentimento que eu nunca irei conhecer, que nunca o mereceria.

Não, pessoas como eu não são dignas de tal felicidade.

[...]

Pela primeira vez em semanas não sonhei com Ririka, pelo simples fato de que não consegui dormir. Passei toda a noite acariciando Tempestade, pensando sem parar em tudo que já descobri até o momento, mas meu cérebro parecia indisposto a me ajudar. No fim, apenas consegui pensar na maldita votação de hoje.

Encaro meu reflexo no espelho, as olheiras são nítidas. Termino de fazer a trança única e a jogo por cima do ombro, certa vez Juraku disse que Ririka usa trança apenas quando ia para a batalha e hoje pode virar uma guerra.

Coloco a espada de raios na bainha presa ao cinto. Observo a tinta preta no pote junto com os cremes de Ririka.

“Os Momobamis tem o costume de fazer um raio negro no olho direito quando estão indo para guerra” — As palavras que Itsuki me disse certa vez ecoam na minha cabeça.

Para os outros isso pode ser apenas uma votação, mas para mim…

Pego o pote e desenho o raio, começando acima da sobrancelha e terminando com uma ponta longa e fina no queixo. Abro o olho direito vendo como a escuridão da tinta destaca o brilho de vingança em meu olho verde-água.

Dentre aqueles Herdeiros está o assassino da minha irmã…

Para mim isso é guerra.

— Se entrar lá rosnando assim não vai conseguir muitos votos ao seu favor.

Vire-me vendo Itsuki saindo de suas sombras em uma armadura negra, suas mãos estão cobertas por luvas, nunca imaginei vê-la assim, mas sei que isso não é apenas por causa de uma possível luta, mas por medo, essa armadura é sua forma de enfrentar os demônios de sua mente, aqueles que a atormentam minuto após minuto lembrando-a das torturas que lhe foram afligidas.

— Há muito tempo jurei lealdade a Ririka. — Ela se ajoelhou sobre as joelheiras de caveiras de ossos de sua armadura. — Hoje, eu juro a mesma lealdade a você, Kirari Momobami, — senti o arrepio percorrendo meu corpo ao escutar meu nome sendo dito assim em voz alta — estou do seu lado para todo o sempre até que a escuridão me reivindique.

Itsuki levantou a cabeça me encarando com aquele mar azul-celeste pude enxergar a profundidade da sinceridade ali, ela entregaria sua alma para mim, ela morreria por mim.

Em toda a minha vida nunca tive alguém que fosse tão leal a mim, até mesmo minha alma se arrepiou com o choque das emoções que me abalaram.

Abri um sorriso presunçoso.

— Você tá muito emocionada hoje, Itsuki. — Passei por ela indo até a porta — Vamos, algo me diz que o dia vai ser longo. — Olhei-a por cima do ombro e a vi sorrindo de canto.

[...]

Todos os demais dez Herdeiros estavam nos esperando quando entramos na sala de reunião da Legião. As expressões furiosa da grande marioria passou para temerosa ao verem o raio negro desenhado em meu rosto e a armadura de combate de Itsuki.

Encontrei os olhos vermelhos e inteligentes, Jabami não parece surpresa e seu leve sorriso confirma isso.

Evitei olhar na direção de Mary, embora sentisse seu olhar me penetrando, e fui para minha cadeira na cabeceira da mesa ao lado de Sayaka, também fugi de seu olhar.

Kaede já estava presente e todos pareciam cientes do que aconteceria agora. Os olhares dos Herdeiros eram pesados demais, eu não sabia se deveria dizer algo, vim preparada para uma batalha, mas talvez devesse ter vindo como uma líder.

Ao perceber que não diria nada, Kaede tomou a frente.

— Como foi explicado antes, iremos fazer uma votação para a liderança da Legião. Como é de costume apenas os três grandes Herdeiros podem assumir o cargo…

— Eu me recuso a participar disso. — Itsuki se levantou, a morte brilhando em seus olhos celestes — Meu voto é e sempre será para a Momobami.

O Sacerdote ajeitou os óculos mirando a Herdeira de Hades que não se deixou intimidar. Estava em suas palavras a ameaça a Kaede, “a Momobami”, não a Ririka, a mim, ela está deixando claro sua lealdade e não é com a Legião ou com os Deuses, é comigo.

Rin manteve sua expressão como se Itsuki simplesmente não significasse nada. Ele deseja esse cargo, seria uma honra para ele e seu clã.

— Sendo assim, os únicos candidatos para a Liderança é Ririka e Rin…

— Ririka. — Mary se levantou me encarando — Meu voto é da Ririka.

Tsuzura também se levantou em apoio, deixando claro que seu voto é meu.

Kaede deu tempo para que mais apoiadores se juntassem a elas, mas ninguém além das três se manifestaram a meu favor.

Olhei um por um tentando achar o assassino, mas nada parecia diferente.

O ar na sala foi ficando mais quente a cada minuto que se passa, Mary parece não está gostando nada disso, mas antes que ela pudesse dizer alguma palavra a voz de Rin se fez presente.

— Três contra sete, parece que eu venci. — O sorriso dele deixa claro como está contente. Um homem que tanto viveu na sombra de uma mulher e está louco para assumir o controle. Rin também parece ser um bom candidato a ser o assassino.

Levei a mão ao cabo da espada, mas Sayaka me segurou se levantando.

— Quatro contra seis, meu voto é da Ririka. — Ela se vira olhando os demais — Ririka é nossa líder há anos, vocês deveriam sentir vergonha de não confiarem nela! — Ela esperou, mas ninguém disse nada, sua magia se elevou trazendo ventos fortes fazendo os Herdeiros ficarem alarmados e sua magias se elevaram em resposta, a tensão aumentou no ar e a única que permaneceu sentada foi Jabami que parecia tranquila. — Eu declaro essa reunião ence…

— Rin. — Interrompo ela encarando o Herdeiro de Poseidon que me olha com desdém, como se eu fosse apenas uma pedra irritante em seu caminho — Você agora pode ser o Líder da Legião, mas não é o meu líder, não seguirei suas ordens. — Fiz minha magia subir a superfície enchendo meus olhos com trovoadas, virei-me para Kaede sentindo o olhar surpreso de todos em mim, até mesmo Jabami — A partir de agora estou fora da Legião.

— O que?! Você não pode fazer isso?! — Runa gritou do outro lado da sala, tive que conter meu sorriso de satisfação.

Não, realmente não posso fazer isso, mas foi por isso que vim preparada para uma guerra, porque não me curvarei para ninguém, nem mesmo para os Deuses.

— Na verdade, ela pode sim. — Yumeko se levantou com sua coruja pousando em seu ombro, aqueles olhos vermelhos insanos fixaram em mim, surpresos, ela não imaginou que eu desafiaria até mesmo os Deuses, mas estou disposta a qualquer coisa. — Ririka é a Herdeira de Zeus, quero ver quem vai impedi-la — Ela encarou Kaede, que parecia temeroso, e sorriu — Foi uma péssima decisão, acabou de dividir os Herdeiros.

Ela saiu da sala com seus passos calmos ecoando pelo corredor, como se não tivesse acabo de jogar uma bomba entre nós.

Em um movimento rápido demais, Rin me atacou, porém Sayaka foi mais ágil e bloqueou o tridente com as pontas extremamente afiadas encostando em meu pescoço, pude sentir uma gota de sangue escorrendo pela minha pele. Os ventos poderosos dela empurram o Herdeiro fazendo-o bater com violência contra parede de ouro.

O cetro apareceu na mão de Sayaka deixando claro que não está para brincadeiras, mas nem mesmo isso foi capaz de impedir a briga que se sucedeu.

Midaria, Herdeira de Ares atacou junto com Rei e Yuriko, mas Mary junto com Tsuzura as impediram de chegarem até mim, de reflexo vi que Itsuki lutava contra Yumemi e Runa, a espada de ferro negro cantava em sua mão.

Aquelas quatro não hesitaram nem por um minuto, não precisou deu dizer nada, elas apenas lutaram por mim. Mas não era hora, não agora, não sem antes eu descobrir a verdade e salvar a alma da minha irmã. Se o assassino está aqui e se for morto… Ririka poderia ficar presa para sempre.

Meu trovão explodiu fazendo todos prestarem atenção em mim, meus raios serpenteavam em volta do meu corpo.

— Chega, não quero derramamento de sangue.

— Então jure sua lealdade a mim! Acabe com isso Ririka! — A voz do Herdeiro dos mares soou pela sala e todos esperaram que eu me rendesse a ele.

— Lealdade não é dada, é conquistada. — Não pude evitar de olhar Mary de relance, ela é leal, mas não a mim e sim a Ririka e Tsuzura apenas a segue. Já Sayaka tem seus motivos em ser leal a mim, mesmo não sabendo quem sou de verdade, afinal salvei sua vida. Vire-me para Kaede — A partir de agora a Legião está dividida, entre aqueles que seguem a mim e os que seguem Rin.

Caminhei em direção à porta com as quatro Herdeiras logo atrás, mas o Sacerdote se pós no meu caminho cometendo o erro gravíssimo de colocar suas mãos nojentas em meus ombros para me segurar.

— Você não pode fazer isso!

Um sorriso mínimo entorpecido de maldade repuxou meus lábios.

— Ah, eu posso e estou fazendo. — A descarga elétrica percorreu meu corpo e se impulsionou contra Kaede que foi lançado metros longe de mim  — Sugiro que não encosta mais em mim.

Saímos da sala deixando os demais Herdeiros desesperados em cuidar do Sacerdote ferido.

[...]

Sayaka e as outras quiseram saber o que eu faria agora, mas apenas disse que falaria com elas mais tarde. Itsuki entendeu imediatamente que eu precisava de um tempo e me ajudou a me livrar delas.

A verdade é que não faço ideia do que fazer agora. Cheguei em um beco sem saída, tenho Jabami, Runa e Rin como suspeitos, mas como vou saber quem é o assassino? Poderia até mesmo colocar a louca das plantas — Yuriko — nessa lista, porém não faz sentido, o assassino cultivou a energia mágica da minha irmã por anos, e fez o mesmo com Itsuki enquanto a torturava.

Esfrego as mãos no rosto tentando clarear os pensamentos, mas não funciona, tudo parece tão nebuloso como uma manhã de inverno.

Olho para frente e vejo a entrada decrépita do cemitério, meus passos pela terra batida são tão silenciosos como a madrugada escura.

O vento bate na copa das árvores fazendo as folhas secas caírem no meu caminho forrando o chão com um tapete marrom natural, meu cabelo agora solto balança a cada passo firme. Aproximo da árvore mais horrorosa do local, totalmente seca ela tem uma aparência tão morta como os cadáveres debaixo dessa terra.

Olho para a lápide de pedra negra o meu nome — Kirari Salvaterre —  escrito sobre o nome de outra pessoa que foi raspado.

Um túmulo sem honra. O túmulo que deveria ser meu, que eu merecia. Mas que agora é o descanso eterno da minha irmã.

Ajoelhei-me ali, colocando uma mão sobre a terra como se pudesse segurar a mão de minha irmã que está sob aquela terra.

— Somos tão diferentes e tão parecidas ao mesmo tempo. Mas não falo da aparência… mesmo tendo personalidades tão distintas o nosso espírito é o mesmo. — Coloquei a mão no peito sentindo aquela dor intensa e constante aumentar — E eu não me ajoelho para ninguém. — Mas estava ali de joelhos naquela terra diante do túmulo dela, porque somos iguais e para ela eu me ajoelho — Tenho certeza que você entende isso, e tenho certeza que entende porque preferi separar os Herdeiros ao invés de me ajoelhar para Kaede e Rin.

Suspirei fazendo uma pequena pausa, mas nenhuma resposta veio. O silêncio do cemitério vazio era uma espécie de conforto, mas ao mesmo tempo muito doloroso. Pensei em como deveria ser o som da voz da Ririka ou como era a sua gargalhada e me pergunto se teríamos rido muito juntas, se teríamos sido unidas, se ajudaríamos uma a outra.

 — Não esperava que aquelas quatro ficassem do meu lado, a lealdade delas é admirável, mas essa lealdade é para você, foi você quem as cativou. Até mesmo Itsuki que sabe da verdade só jurou sua lealdade a mim por sua causa. — As lágrimas encheram meus olhos deixando minha visão embaçada. — Não te conheci, mas dói tanto ter te perdido. Dói…

Aperto a mão na roupa rumo ao coração, como se pudesse arrancar aquela angústia dali. A cicatriz na palma queimava apenas para me lembrar da promessa quebrada e minhas lágrimas caíram.

— Eu… — Minha voz falhou com um soluço — Eu quebrei minha promessa… sou tão patética! Isso é minha culpa! — Abri os braços indicando o cemitério — Você foi enterrada aqui como uma bandida vagabunda qualquer, por minha causa. Minha. Culpa! — Bati as mãos fechadas no solo — Quebrei minha promessa… sou mesmo uma desgraçada que merece queimar no inferno!

Olhei para o céu em busca de algum sinal dos Deuses, mas nada apareceu. Meus soluços e lamentações eram os únicos som no cemitério. Peguei a adaga na minha coxa e cortei a palma da mão, mais profundo do que da última vez, deixei o sangue quente escorrer pela minha pele e pingar na terra.

— Mas dessa vez juro que não vou falhar, juro que mesmo que eu morra e não irei falhar. Eu irei encontrar o desgraçado que fez isso com você, irei matá-lo e juro salvar sua alma para que você possa descansar em paz nos campos elísios junto com nossos pais, eu juro Ririka que não irei falhar.

— Ririka? — A voz que conheço veio de trás de mim, virei-me lentamente me levantando e ali saindo de trás de uma árvore está Sayaka, ela olha do túmulo para mim e fixa seus olhos em mim, pela primeira vez me enxergando de verdade. Ela juntou os pontos em um segundo e seus olhos se arregalaram, suas mãos taparam a boca abafando o susto. As ametistas ficaram marejadas. — Quem é você? O que aconteceu?! — Tinha um pedido silencioso em seus olhos “diz que isso é um pesadelo”.

Mesmo com o coração na garganta ergui a cabeça deixando os ombros bem retos, a postura perfeita.

— Ririka Momobami foi assassinada, eu sou a irmã gêmea dela, Kirari Momobami. — Para minha surpresa minha voz não se abalou.

O grito que saiu de dentro dela dilacerou algo em mim. Sayaka correu passando por mim indo até o túmulo onde caiu de joelhos.  Os ventos ficaram mais fortes. Sayaka chorava e gritava com ódio, raiva,  e dor, pura dor e luto.

Aquilo que se dilacerou dentro de mim acabou por se quebrar por completo e pude entender o que era.

Era algo que pensei que não tivesse, mas ali escutando os gritos dela, vendo sua angústia e meu corpo todo tremendo com vontade de abraçá-la percebi que eu tinha aquilo.

Eu tinha uma alma…

Uma alma que agora está destruída.


Notas Finais


Eai meus queridos leitores? Vcs estão sumidos! O que tá acontecendo? No cap anterior teve uma queda significativa nos comentarios, fiquei moh depre...

Quero os comentarios de vcs hein, as teorias da conspiração e tudo mais!

Vamos falar sobre esse fora que a Kirari deu na Mary?
Ou sobre a Itsuki jurando leadade?
Ou sobre a Sayaka descobrindo tudo?
Já adianto que o proximo cap vai ser na visão da Sayaka, ansiosos?


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