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História A Herdeira dos Black - Plataforma 9¾


Escrita por: AkannyReedus

Capítulo 2 - Plataforma 9¾


Fanfic / Fanfiction A Herdeira dos Black - Plataforma 9¾

Tonks ria feito uma psicopata.

— Quando você encontrar a graça, por favor, me apresentar — disse irônica e bufando.

Aquilo já estava me deixando nervosa. E eu pensando que ela iria me ajudar, mas foi completamente ao contrário.

Depois de ter comprado tudo, Tonks e eu paramos para tomar sorvete. E então contei tudo a ela sobre o que vi no Floreiros e Borrões, mas minha querida prima não disse nada, apenas começou a rir e não parou mais. Ela apenas me olhava e ria, enquanto isso eu apenas tomava meu sorvete de abóbora com coco.

— Nymphadora! — ela parou de rir e me olhou, nervosa. Sabia disso por causa do cabelo que estava mudando de cor.

— Não me chama de Nymphadora! — exclamou nervosa.

— Então para de rir, parece até uma hiena — rebati séria.

— O que você quer que eu fale?

— Não sei, alguma coisa — digo.

— Sobre o que você quer que eu diga? Do seu suposto presságio de morte?

— É. — Aquilo era tão óbvio.

Achei que ia escutar algo inteligente, mas não, ouvi novamente a risada dela.

— Se é para eu ficar ouvindo você rir, então estou saindo. — Levanto-me nervosa e prestes a me afastar da mesa.

— Desculpe, volta. — Virei-me e ela limpava as lágrimas que saíram de tanto que riu. — Para de ser rabugenta e se senta.

— Vou me sentar quando você parar com essa palhaçada.

— Então se senta. — Ela bateu na cadeira onde eu estava sentada, revirei os olhos e me sentei. — Palhaçada é o que você me disse. Nisso que acontece por ter escolhido estudar “adivinhação”.

— E o que isso tem a ver? Eu nem sequer tive aula ainda.

— Por isso — disse colocando a colher na boca com um pouco do sorvete. — Isso de você ter visto o cachorro na madrugada não quer dizer nada, deve ser qualquer cachorro de rua. Dos seus vizinhos, talvez?

— É, mas não me lembro de algum vizinho meu ter um cachorro desses. — Tonks suspirou, comeu o resto do sorvete que tinha no pote dela e me olhou.

Novamente ela começou a me dizer para não me preocupar, que não significava nada e que o cachorro também não. Até que ela disse algo com que concordei: poderia ter sido uma alucinação minha. É, até que tinha um pouco de sentido, já que estava praticamente dormindo em pé, e antes eu tinha acordado por causa do sonho estranho.

Nem me atrevi a abrir a boca para mencionar sobre o sonho estranho, temendo seus ataques de risos. Ai sim que eu ia parecer uma completa idiota, com outra idiota que fica só rindo.

Terminamos de tomar o sorvete e fomos para casa.

 

(...)

 

Quando você menos imagina, o dia e as horas passam voando. E foi o que aconteceu naquela semana, pois no dia seguinte eu iria começar meu primeiro dia em Hogwarts. Admito que não estava tão ansiosa, como muitos ficam para o primeiro dia de aula, mas eu estava um pouco nervosa. Fiquei assim no meu primeiro dia na Beauxbatons. Sentia um frio na barriga e não conseguia me alimentar direito no café-da-manhã, nem dormi direito. Estava até um pouco ansiosa para começar a aprender mais sobre magia, mas depois que vi como era a gentinha de Beauxbatons, me decepcionei. Tinha medo de acontecer o mesmo com Hogwarts.

Passei todos os últimos meses pensando naquilo. Meu padrinho dizia que Hogwarts era a melhor escola de magia e que foi lá que se formaram os melhores bruxos. Eu não podia levar muito em consideração esses comentários, já que meu querido padrinho estudou em Hogwarts, assim como Tonks.

Era final de tarde e eu estava sentada em um dos balanços do parque que tinha perto de minha casa. Além de mim havia crianças aproveitando os últimos minutos do pôr do sol, vários grupos de amigos adolescentes e alguns casais se beijando. Todos eles trouxas. Fiquei por um bom tempo no balanço pensando sobre o amanhã, até que decidi voltar para casa, pois o tempo começou a esfriar e eu queria muito um banho quente naquele momento, comer algo e me enfiar no quarto.

A caminho de casa ouvi uma voz chamar por meu nome. Parei subitamente e olhei para ambos os lados, procurando a origem do som e avistei um grupo de trouxas rindo feito idiotas. E no meio desse grupinho apareceu quem eu menos queria ver.

Ela veio até mim com aquele sorriso idiota.

— Como está, Susana? — disse se aproximando.

— Bem — respondi com o meu melhor sorriso forçado.

— Soube que mudou de escola e amanhã começam as aulas — se aproximou mais — em Hogwarts — murmurou.

Tinha até esquecido que Amanda tinha dons de magia e, por causa disso, recebeu uma carta de Hogwarts. Filha de trouxas e com um irmão caçula que insistia também ser bruxo, mas até aquele momento ele não tinha dado nenhum indício de dons mágicos. Amanda adorava ficar no meu pé porque ela sabia que também era uma bruxa. Só que, diferente dela, eu era uma puro-sangue.

— Eu est...

— Sem querer ser chata, Amanda, mas eu preciso ir. Meu padrinho está me esperando. — Acenei e me retirei. Mas quem disse que a chiclete me deixou em paz? Ela apenas se despediu dos amigos e veio me seguindo... Merda, tinha me esquecido que éramos vizinhas.

— Que ótima notícia, vamos estar na mesma escola. Você irá amar Hogwarts! — dizia enquanto andava ao meu lado. Eu apenas revirava os olhos. — Estou na Lufa-Lufa, espero que você caia na mesma casa, assim poderemos ficar juntas. — Apenas assenti com um sorriso falso.

Amanda falava, falava e falava sobre a escola, até que ela tocou em um assunto de meninos.

— Não vejo a hora de ver o meu loiro — ela suspirava. — Ele deve continuar lindo e gostosinho como sempre foi — dizia em tom malícia. Olhei-a e ela mordia o lábio inferior.

— Namorado? — perguntei. Ela estava toda feliz, com um sorriso enorme, mas quando fiz a pergunta ele se desfez.

— Não — pigarreou. — Infelizmente. Ele é o garoto mais lindo de Hogwarts, além de ser muito rico e é de família puro-sangue — suspirou, me fazendo entender que aquilo tudo fosse importante. Será que ela se esqueceu que é filha de trouxas?

Graças a Merlin eu finalmente chego em casa. Porém, antes de entrar, Amanda disse mais algumas coisas, que apenas me fizeram revirar os olhos e rezar para que ela acabasse logo o discurso sobre o tal garoto.

— Amanda, perdão, mas eu preciso entrar. Meu padrinho deve estar preocupado e estou cansada, preciso terminar de arrumar minhas coisas e você sabe, amanhã vou precisar acordar cedo — disse impaciente.

— Tudo bem — sorriu forçado. — Amanhã nos vemos. Quem sabe não podemos ir juntas para King’s Cross?!

— É, quem sabe — falei retribuindo o sorriso. — Tchau!

Entrei logo e fechei a porta. Suspirei aliviada. Até parece que iria me encontrar com ela, aquela garota era um verdadeiro chiclete. Muito mala. Fui até a sala ver se meu padrinho já tinha chegado e lá estava ele, lendo um livro e sentado em sua poltrona.

— Cheguei! — anunciei me sentando no sofá.

Remus abaixou o livro e me fitou.

— Algum problema? — perguntou.

— Tive o grande azar de vir acompanhada da testuda — bufei.

— Testuda?

— Amanda Bisbal.

— Ah! Nunca percebi que ela é testuda…

— E nariguda — completei. Ele soltou uma risada, balançando a cabeça negativamente. — Vou tomar banho, preciso terminar de arrumar minhas coisas e as do Taran.

Subi para o quarto, peguei minha toalha juntamente com meu pijama e fui para o banho. O tempo já estava começando a esfriar e eu queria muito ficar debaixo da água quente. Tirei minha roupa, liguei o chuveiro e entrei. Delícia! Lavei meu cabelo e fiquei no banho até meus dedos ficarem enrugados. Coloquei apenas a calcinha, depois vesti a calça de moletom cinza e uma blusa de manga comprida e para finalizar coloquei uma meia. Enxuguei bastante o cabelo com a toalha e o penteei. Voltei para o quarto e comecei, na verdade terminei, de arrumar minhas coisas e as do Taran, já que ele iria comigo.

 

(...)

 

— Susana, vamos! — Pela quarta vez meu padrinho me chamava.

— Já estou indo! — gritei do meu quarto.

Terminei de passar o batom e fui atrás do Taran, que estava na cama dormindo. Estava bem nervosa e atrapalhada, com medo de esquecer alguma coisa ou algo dar errado. Acordei o Taran e o coloquei na cesta, peguei minha varinha, colocando-a no bolso da calça e desci.

— Agora podemos ir — disse.

Aparatamos até King’s Cross, e eu estava me esforçando para não colocar o leite que tomei para fora. E estava com muita pena de Taran, já que ele nunca aparatou. Coitado.

— Melhor irmos rápido, o trem sai daqui dez minutos — disse Remus terminando de colocar minhas bagagens no carrinho.

Andamos bem rápido até a passagem para a Plataforma 9¾, ao passar pude ver várias pessoas. Estava superlotado, várias famílias com alunos acompanhados de seus pais. Remus me olhou e fez um sinal para segui-lo e assim o fiz. Meu nervosismo só aumentava. Nunca senti tanto alívio por ter ele ao meu lado porque assim ao menos teria uma companhia agradável e podia sentir muito mais força para ir a nova escola.

Remus foi chamado para ser o novo professor de Defesa Contra as Artes das Trevas e ele aceitou. Além de ele ser meu padrinho, ele também seria o meu professor, e mesmo parecendo não ser bom, para mim parecia ser vantajoso. Pelo menos eu poderia vê-lo mais e a saudade não seria tanta.

Felizmente não demorou para encontrar uma cabine vazia, guardamos nossas coisas no local indicado acima dos bancos. Guardei também a cestinha de Taran, vazia, pois logo abri para ele sair. Não demorou para o trem ganhar velocidade e se afastar da estação. Da mesma forma que ele ganhava velocidade, eu comecei a ficar com fome. Precisava comer algo doce, algo para tentar me controlar. Antes de sair de casa não havia comido absolutamente nada — tirando o leite que só um gole de leite puro, foram uns três goles por insistência do meu padrinho. Até na minha vestimenta vir de qualquer jeito, só não vim de chinela e meia porque fui proibida. Por isso coloquei uma calça jeans escura e uma camiseta amassada, apenas peguei para me garantir do frio uma camisa de linha. Cabelos prendi num rabo de cavalo torto e assim fui para o expresso.

Meu padrinho já estava bem acomodado no banco e eu continuava com fome. Pelo que eu sabia havia uma tia dos doces, mas ela estava a chegar.

— Vou atrás da tia dos doces — disse, fazendo meu padrinho me olhar. — Estou com fome e parece que ela vai demorar.

— Ok — ele disse e me encarou. — E por que está parada?

— Eu não vou conseguir doce sem ouro — estiquei a palma da mão.

Remus revirou os olhos. Mexeu no bolso da calça dele e deu algumas moedas que ele tinha. Olhei aquele pouco de ouro em minhas mãos e virei-me para ele.

— Não me olha com essa cara, se vira com isso que te dei — disse sério, encostando a cabeça no vidro e tampando um pouco o rosto.

— Mão de vaca... — murmurei saindo da cabine.

O corredor ainda estava meio que lotado, não estava tanto comparado a quando entrei. A maioria estava nas cabines. Andei pelo corredor tentando achar a tia dos doces, que por muita sorte eu achei. Fui a passos rápidos até ela.

— Até que enfim te achei — disse.

Era uma senhorinha, baixinha e que tinha uma cara daquelas vovós fofas. Eu não sei o que é ter vovó fofa, mas imagino que seja assim. Ela me olhou e sorriu.

— Estava me procurando, hm — disse sorrindo. — E o que vai querer querida?

— Hum... Antes preciso ver quanto tenho aqui. — Contei o ouro. — Certo. Vou querer apenas uma caixa de feijõezinhos de todos os sabores.

— Aqui está querida. — Ela me entregou e paguei.

Já no caminho de volta para a cabine abri a caixa e fui pegando de monte. Eu amava aquilo, por mais que às vezes pegasse uns sabores nada agradáveis, eu amava de qualquer jeito. Falando em sabores nada agradáveis...

— Credo, couve de bruxelas! — Com muito esforço tentei engolir.

Odiava couve de bruxelas, não era um alimento muito agradável. E foi menos agradável quando trombei com alguém, fazendo-me derrubar todos os meus feijõezinhos no chão, ou a metade.

— Filho de uma chocadeira... Meus feijõezinhos! — gritei nervosa.

Olhei para o infeliz e era aquele idiota.

— Você?! — falamos juntos.

Não sei se deveria ficar feliz ou se deveria ficar com raiva por saber que iria para o mesmo lugar que esse inútil do Beco Diagonal.

— Não é possível garota, você só pode estar me perseguindo! — exclamou.

— Eu quem diga — sorri sarcasticamente. — Já não basta no Beco Diagonal, agora aqui também você derruba minhas coisas! — gritei apontando para o chão e a caixa.

— A culpa não é minha. Olha para onde anda! Ou por acaso é cega? — ele retrucou. — Não vou perder meu tempo com você — disse dando de ombros.

— Onde pensa que está, loirinho. — Segurei o braço dele antes dele sair. — Antes de ir, vai comprar outro.

— O quê? — ele logo virou e me encarou incrédulo, e eu apenas dei um belo sorriso irônico.

— Vai comprar outra caixa de feijõezinhos já que você derrubou tudo! — Apontei para o chão mostrando a metade.

— Eu não vou pagar nada, a culpa não foi minha que você perdeu os seus feijõezinhos — disse fazendo careta. — E outra, tem mais na caixa.

— Não me interessa, vai comprar de qualquer jeito — sorri.

A tia dos doces apareceu perto da gente, olhei para ela e para o loiro que revirou os olhos e tentou sair, mas o segurei pelo braço.

— Vai querer algo? — perguntou a senhorinha.

— Sim, uma caixa de feijõezinhos de todos os sabores, três sapos de chocolate e duas varinhas de alcaçuz — disse.

— Eram apenas os feijõezinhos... — murmurou nervoso.

— Você disse certo “eram”. — Peguei as minhas guloseimas.

— Volta aqui, garota idiota! — gritou.

— Não deixe a tia esperando o pagamento — falei rindo e já alguns centímetros longe dele. — Foi muito bom te ver novamente. — Levantei a mão e dei acenei, rindo.

Apenas o que escutei foram alguns xingamentos, mas nem me importei, apenas fui toda contente para a cabine. Por mais que ele parecesse ser um idiota, não deixava de ser lindo. Mas o que tinha de lindo tinha de idiota, infelizmente.

Cheguei à minha cabine toda contente, ainda rindo com a cara do loiro idiota e abri a porta da cabine; meu sorriso se desfez.

Jurava que quando saí da cabine não tinha ninguém, apenas meu padrinho e o Taran do lado dele. Mas só que, além do Taran e meu padrinho, tinha três desconhecidos. Eles me olharam e vi que tinha atrapalhado uma conversa, pois olharam assustados para a porta.

Ninguém disse nada por um bom momento, ficamos nos olhando até que a garota que estava junto disse:

— Você estava nessa cabine?

— Sim e esse gato é meu. — Apontei para o Taran que estava no chão que ao me ver veio se esfregar na minha perna.

— Desculpe. É que todas as cabines estavam lotadas e só aqui estava vazio.

— Hum...

— Se quiser vamos para outro lugar.

— Não tudo bem, podem ficar. Não me importo — disse dando um sorriso forçado. — Só queria que o ruivo saísse da janela já que estava sentada aí. — Apontei para o ruivo sentado na janela, ele apenas assentiu e fez um gesto para a outra ir mais para o canto e me deu espaço.

Sentei-me. Coloquei os doces ao meu lado e depois peguei Taran no colo. Em um rápido movimento o ruivo se levantou, segurou o rato dele e se sentou no outro banco.

— Não se preocupe que Taran não come ratos — informei. 

Ele me olhava quieto e com as orelhas ficando vermelhas.

— Bom saber — murmurou.

Taran afofou minha coxa, deu uma voltinha e se deitou. Remus parece que tinha pegado no sono, sua respiração estava bem calma e tinha tapado o rosto com a sua veste. Encarei os três que se tratava de um garoto ruivo com várias sardas, sentado ao seu lado havia um garoto de cabelos pretos um tanto bagunçados, usava óculos de armação redonda e tinha belos olhos verdes; agora do meu lado tinha uma garota de cabelos castanhos e volumosos. Ao seu lado havia também um gato peludo, mas de pelagem alaranjada e cara amassada, bem diferente do Taran.

Abri a caixa dos feijõezinhos e decidi ser educada.

— Servidos? — ofereci e apenas o ruivo aceitou.

Novamente o silêncio se formou na cabine, olhei para o lado de fora e notei que já estava bem escuro e chovia forte.

— Então, eu sou Hermione Granger — disse a tal da Hermione quebrando o silêncio. — Esses são Ronald Weasley e Harry Potter.

Encarei um tanto surpresa o garoto de óculos, então ele era o famoso Menino-Que-Sobreviveu, quem diria que no meu primeiro dia estaria na mesma cabine de Harry Potter.

— Me chamo Susana, Susana Black — falei colocando um dos feijões na boca.

Nesse momento os três me encararam assustados e o ruivo, que se chamava Ronald, olhou-me apavorado e com as orelhas bem vermelhas.

— B-bla-black? — disse o Weasley gaguejando. — Sério mesmo?

— Algum problema com meu sobrenome? — Não estava entendendo nada.

— Você por acaso é... — Antes dele terminar o trem deu uma forte freada, fazendo-me ir para frente e Rony cair no chão.

— Já chegamos? — perguntei olhando para fora.

O trem parecia ter parado. Não dava para se ver muita coisa do lado de fora, tudo estava escuro e, por termos parado, o barulho da chuva no vidro ficou mais forte, vindo junto com alguns trovões.

— Impossível, ainda é muito cedo — respondeu Hermione olhando o relógio.

— Então por que paramos? — perguntei.

Dessa vez o trem deu um tranco, e em seguida todas as luzes apagaram. Ficamos em plena escuridão. Não via nada e nem com a pequena iluminação do lado de fora adiantou alguma coisa. Aquilo estava bem assustador. Taran apenas se encolheu mais ainda em mim. Tentei olhar para fora e consegui ver algo.

— Tem uma coisa se mexendo lá fora — disse. — Parece que tem alguém embarcando...

A porta da cabine abriu de repente, antes de ver quem era ouvi alguém tropeçando nos nossos pés e Harry reclamando de dor.

— Desculpe... Você sabe o que está acontecendo?... Ai... Desculpe...

— Aí, Neville.

— Harry? É você? O que é que está acontecendo?

Pela voz do tal de Neville e pela entrada triunfal dele, nem precisei olhar para cara ou o conhecer. Devia ser um lesado, atrapalhado. Revirei os olhos, aquilo já estava me estressando e me fez estressar mais ainda quando ouvi o miado alto de Taran. O atrapalhado tinha pisado no rabo do meu gato!

— Garoto olha por onde anda... — disse nervosa. Agachei e peguei Taran do chão, fazendo carinho no rabo peludo.

— Desculpe... não consegui enxergar nada...

— Ai... Esse é meu pé caramba... — O atrapalhado tinha pisado no meu pé.

— Tem alguém novo aqui? — Ninguém o respondeu, apenas bufei.

Granger decidiu levantar-se e ir perguntar ao maquinista o que estava acontecendo. Ouvi a porta se abrir, e logo em seguida um baque e dois berros de dor. Parece que ela trombou em mais alguém que eu não conhecia.

— Entra aqui e se senta... — disse alguém, acho que Hermione, mas logo intervi.

— Caramba, aqui não é casa da mãe Joana para você deixar seus amiguinhos entrarem — resmunguei. — Se vocês não sabem, aqui só cabem seis e não mais de seis pessoas...

Já estava nervosa com esse suspense todo, aí me vem esses mocinhos convidando os amiguinhos deles para entrar. Por Merlin! Ninguém me disse nada. Apenas escutava sussurros vindo de Hermione e da tal Gina. Nem me importei de me estressar mais, respirei fundo antes o rosto no vidro gelado... E percebi que a cabine começou a ficar gelada, muito gelada. Estiquei mais a manga da minha blusa e abracei Taran.

— Silêncio! — disse uma voz de repente, deixando a cabine silenciosa e silenciando as reclamações do local.

Meu padrinho tinha acordado. Ouvi um estalinho e uma luz apareceu na cabine, iluminando pouco, mas iluminando.

— Fiquem onde estão! — ordenou. E me encolhi mais ainda no banco.

Novamente ouvi a porta se abrindo, olhei para a porta e me assustei com o que estava parado. Havia um vulto de capa, tão alto que alcançava o teto. Seu rosto estava completamente oculto por um capuz. Senti um frio na barriga naquele momento, principalmente quando a mão saiu pela capa. Deu uma olhada em todos e parou em Harry Potter por um bom tempo... Remus se levantou e lhe conjurou um feitiço, o expulsando da cabine.

Do nada vi um Potter escorrendo do assento para o chão, desacordado.


Notas Finais


E ai, o que acharam?


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