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História A história de nós dois - O penúltimo dia das férias de verão


Escrita por: UranoZanette

Notas do Autor


Oi, meus dengos!

Gostaria de agradecer muito muito ao carinho todo que recebi no capitulo passado. Amo vocês!
E aí eu me atrasei rsrsrsrs

Como não sou de dar desculpas, vou dar logo três!
Primeiro eu me enfiei em entregas finais de faculdade e fiquei doida. Depois eu tive uma gripe desgraçada e fiquei ruim, por último eu me viciei em um livro muito bom e não fiz nada de escrita enquanto tava lendo :)

Deplorável, eu sei... Mas veja, o capítulo de hoje é grandinho e compensa a espera.... Segura na minha mão e confia que compensa.


Capítulo 34 - O penúltimo dia das férias de verão


No dia seguinte de sua estadia, Shoto havia dormido até depois da hora do almoço, deixando o outro rapaz preocupado sobre a má qualidade do sono na semana anterior o estar afetando ainda. No entanto, agora já no quarto e penúltimo dia, Izuku percebeu que se nada ou ninguém ativamente acordasse seu namorado de manhã, certamente ele não faria isso sozinho.

Especificamente hoje, sua mãe o tinha pedido para ir comprar algumas coisas no mercado e Izuku considerou que seria uma ótima oportunidade de mostrar a vizinhança de forma mais ampla para o namorado. Por isso, um pouco antes das 8, assim que havia terminado de se arrumar, esfregou suavemente os ombros do rapaz que dormia em sua cama. Achou que fosse ouvir algum murmúrio ou reclamação, mas Shoto apenas se virou de barriga para cima e o encarou, bagunçado. A forma com que os dois olhos de cores diferentes convergiam um pouquinho lhes dava um ar indecifrável e charmoso, mesmo naquela situação. Izuku se inclinou e beijou-o, sem pensar muito e terminou com um “bom dia” animado.

O caminho não era muito longo e, apesar de ser arriscado demais darem as mãos por aí em seu próprio bairro, ainda era legal andar juntos daquela forma descompromissada. Definitivamente na volta, o levaria para tomar sorvete. Era verão, afinal.

Estavam conversando sobre isso quando chegaram à porta automática do pequeno mercado, que ficava em uma esquina movimentada. Olhou a lista para confirmar tudo que precisava e carregou Shoto consigo pelos corredores largos, se divertindo com o fato de que era a primeira vez que ele fazia compras em um lugar como aquele. No momento em que o estava ensinando a escolher bons tomates, escutou uma voz conhecida, vindo de seu lado.

— Deku, como vai? — Izuku se virou para a figura da senhora Bakugou, que carregava um carrinho um tanto quanto cheio, e a cumprimentou um pouco surpreso com a coincidência. — Oh, até o Todoroki-kun está aqui hoje, que boa reunião. Uma pena que o folgado do meu filho está curtindo a praia e eu não pude mandar ele vir ao mercado no meu lugar, se não ele poderia sair um pouco com vocês também… Escuta, sua mãe vai estar em casa nesse final de semana?

— E-eu acho que sim. — Izuku gaguejou devido ao estranho pensamento de encontrar Kacchan naquela ocasião.

— Ótimo. — Ela continuou, sem notar o desconforto do menino. — Então eu vou dar um pulo lá no sábado para levar as ferramentas que peguei emprestado. Você pode avisar a ela, por favor?

— Claro!

Izuku sorriu com sinceridade e então se despediu da vizinha, rapidamente voltando a atenção para as próprias compras. No final, embalaram dois sacos para cada garoto carregar e não ficou tão pesado assim, o que os permitia desviar um pouco do caminho para passar na loja de conveniência que vendia o sorvete específico que Izuku queria mostrar ao namorado. Depois de comprar as casquinhas, sentaram em um banco pequeno de forma que Shoto pudesse manter os sorvetes gelados o suficiente para não derreterem. Também era uma boa desculpa para estarem bem próximos. Durante um tempo, o único som que se escutava era o chiado contínuo das cigarras.

— Eu costumava vir bastante aqui quando era pequeno. — Izuku quebrou o silêncio, prendendo a atenção do outro. — É impressionante como o gosto disso continua o mesmo… A escola fica aqui perto, então várias crianças passam para tomar sorvete no fim da tarde... Acredito que a primeira vez que falei com Kacchan foi aqui, inclusive. Não sabia que você conhecia a tia Mitsuki.

— Houve algumas situações em que tive que fazer algumas coisas com Bakugou e ela estava lá… — Ele respondeu e Izuku refletiu um pouco. Não era realmente algo raro de ter acontecido, considerando que estavam todos na mesma turma. Antes que pudesse elaborar um pouco mais o pensamento, porém, ouviu o comentário do outro em uma voz distante. — Você e Bakugou costumavam brincar juntos quando pequenos, não é? Às vezes soa como se fossem bons amigos, mas ele não parece gostar muito de você...

— Bem, é mais ou menos… — A voz de Izuku foi morrendo aos poucos, enquanto ele pensava sobre isso, mas os olhos de Shoto continuaram encarando inexpressivos, em busca de uma explicação para aquela frase. — Quando nós éramos bem pequenos, costumávamos brincar juntos sim. Mas depois isso se tornou um pouco perigoso.

— Como assim?

— B-bem, eu era… D-diferente… — continuou, incerto. — E não sabia lidar muito bem com isso… De qualquer forma é minha culpa por tentar ser algo além do que eu podia. Por isso eu terminava me machucando… Você sabe bem como eu sou, não é mesmo?

Shoto franziu as sobrancelhas e Izuku mordeu o lábio, sem saber se tinha se expressado direito, mas sem vontade de dar mais detalhes. No fim das contas era vergonhoso assumir aquilo daquela forma para as pessoas que tinha conhecido na U.A. e não era como se todo mundo não já tivesse uma ideia sobre a interação dele com o colega. Quando o garoto ao lado apenas concordou com a cabeça e voltou a concentração novamente para o sorvete, suspirou um pouco aliviado.

— Q-quer ver a praia onde costumo treinar? — Arriscou mudar de assunto. — Não é um desvio muito grande de caminho até minha casa.

Shoto concordou, parecendo realmente interessado. Finalmente o clima voltou a ficar positivo depois que terminaram de comer e seguiram até pequena baía, a qual Izuku se encarregava de manter limpa desde o primeiro ano. Poucas pessoas passavam por aquele lugar, de modo que conseguiram dar as mãos por um pedaço do percurso, ouvindo as ondas quebrando com o vento fraco. Não era tão bonito quanto o balneário da semana anterior, mas era divertido estar ali de qualquer maneira. Por fim, quando subiram as escadas até seu apartamento, estavam cansados e um pouco famintos.

O almoço, em contraste com o começo do dia, foi bastante animado. Izuku estava assustado com o quanto sua mãe e seu namorado estavam se dando bem em tão pouco tempo, e também com o fato dele ser um menino não ter feito nenhuma diferença para ela. Quando Shoto prontamente se levantou, retirou todos os pratos e foi lavar a louça, porém, Izuku teve um vislumbre do que poderia ter sido o real motivo para o entrosamento dos dois, que passaram um tempo juntos na cozinha, enquanto ele limpava a sala. Assim que tudo ficou pronto, sentaram em trio na sala para assistir um filme que já estava passando na televisão.

.

Ao que a noite chegou, Izuku sentia-se com pouca energia, por isso esperou já deitado enquanto o outro se arrumava para dormir e apenas ouviu a porta se abrir e se fechar ligeira antes da luz ser apagada. Já era um pouco tarde para ficarem conversando, mas ele não queria simplesmente dormir, por isso se virou para que Shoto visse que ainda estava com os olhos abertos. Com isso, viu-o se sentar na cama e encará-lo de cima, de um jeito que quase parecia intimidador, se não fosse possível ver a ansiedade em sua expressão sob a fraca claridade vinda da janela.

Passou um tempo em que os dois se olharam em silêncio. Às vezes, a forma como sua vida havia mudado nos últimos anos parecia surreal para Izuku, mas atualmente esses momentos estavam acontecendo com mais frequência. Principalmente quando pensava na ligação romântica que tinha desenvolvido tão subitamente com alguém como ele.

— No dia que cheguei, sua mãe disse que é a primeira vez que algum colega dorme aqui. — Shoto descansava os braços sobre os joelhos. — Também é a primeira vez que eu durmo na casa de outra pessoa assim...

— Oh. — Izuku se pôs sentado ao lado dos pés do rapaz e apoiou o cotovelo em cima da cama para coçar o rosto. — Aqui é menor do que Shoto-kun está acostumado, não?

— Um pouco — o outro admitiu, e então desceu para sentar ao lado do namorado na cama de baixo. Izuku ficou surpreso por um momento, mas logo deixou que ele apoiasse a cabeça em seu ombro, aninhando-se praticamente em um abraço. Era impossível evitar de corar naquela situação, mas por mais que provavelmente pudesse ouvir seu coração acelerando, Shoto prosseguiu: — Na verdade, eu diria que é acolhedor. Lá em casa é tudo tão grande e vazio… Estou feliz por ter vindo.

— Eu também. — Izuku se virou para deixar um beijo na testa do rapaz antes de correr os dedos pelos fios lisos ainda um pouco úmidos. — Eu tenho tanta sorte…

— Sorte? — Shoto levantou o pescoço em sua direção, de modo que dava para vê-lo bem de perto. Izuku quis pegá-lo pelo queixo para beijar na boca, mas se conteve e apenas respondeu:

— De ter podido entrar na U.A., feito amigos de verdade, te conhecer…

— Izuku… — Shoto ponderou um pouco antes de continuar. — Você sempre anima todo mundo quando fala sobre capacidades individuais dos outros, e consegue bolar estratégias incríveis com elas em um piscar de olhos. Mas quando é sobre si próprio, sempre atribui as coisas à sorte... Tudo que conseguiu na escola até agora foi seu próprio poder e habilidade, não foi? Não é como se alguém tivesse aparecido e te dado a capacidade de estar lá.

Por um instante, tudo que se ouvia no quarto era o som da respiração dos meninos, conforme Izuku não soube como responder. Não tinha sido exatamente o oposto do que Shoto disse? Quer dizer, até agora, tudo que ele havia alcançado se devia totalmente ao dia que se encontrou por acaso com All Might e se comprometeu com a missão que vinha junto com aquela individualidade. E mesmo assim, ainda que estivesse se esforçando para atingir o máximo do poder que deveria mostrar, provavelmente iria se formar sem chegar aos 100%. Nesse estágio, era difícil não pensar que tinha sido a escolha errada para seu grande herói.

Mordeu o lábio, enquanto o outro rapaz se afastou um pouco a fim de nivelar seus rostos. Shoto estava genuinamente tentando colocá-lo para cima e não tinha como ele saber sobre o One for All, por isso Izuku forçou um sorriso e o segurou pelas bochechas. Beijá-lo era uma boa forma de deixar o assunto para lá. Concentrou-se na sensação quente da proximidade com o rapaz e em como ele tocava em sua cintura sem muita delicadeza, dando uma certa calma e ansiedade ao mesmo tempo.

Abriu um pouco a boca, como convite para que a língua dele entrasse, junto com o gosto fresco de pasta de dentes. Então segurou-o pelo braço com força, enquanto a mão do garoto o percorria desde a lateral da barriga até a linha do peito. Izuku então abraçou-o, colando a coxa inteira na dele, para sentir o cheiro de shampoo dos cabelos cada vez mas compridos. Era inevitável pensar que o começo do ombro de Shoto, aparecendo pela gola da camiseta larga, era totalmente erótico. Na verdade, naquelas horas onde podiam ficar sozinhos assim, era quase impossível não se deixar levar pelo quão lindo seu namorado era.

Izuku suspirou e se afastou um pouco para que pudesse começar a falar:

— Sh-Shoto-kun… — Assim que os olhos ímpares se encontraram com os seus, porém, uma súbita ardência tomou conta de todo o seu rosto e pescoço, fazendo-o abaixar a cabeça, tentando encontrar a determinação para continuar o que tinha para dizer. — E-eu andei pensando, sobre aquilo que a gente falou na floresta…

— Os 80%?

A voz de Shoto soou um pouco intrigada, levando Izuku a pensar se ele queria lhe dizer algo sobre isso, mas ao mesmo tempo, sabia que uma mudança de tópico agora o iria fazer perder uma oportunidade que imaginava se conseguiria criar outra vez. Por isso, balançou a cabeça apressado e concluiu:

— N-não… o outro assunto…

— Oh! — Shoto se afastou um pouco mais e pôs uma das mãos na frente da boca.

— E-eu sei que você me disse que não precisávamos apressar as coisas, mas eu acabei pensando um pouco demais sobre isso nos últimos dias… N-não querendo dizer que estou desesperado para fazer alguma coisa, digo, e-eu pensei em termos práticos… quer dizer… — Izuku parou, notando que tinha perdido completamente a linha de raciocínio, por isso respirou fundo e soltou o ar devagar. — Você sabe exatamente como a gente faria isso?

— Mais ou menos… — Shoto levantou os olhos com uma expressão um pouco confusa.

— Pois é. — Izuku engoliu e então continuou encarando-o para falar com seriedade. — Eu também acho que sei mais ou menos. Mas ouvi dizer que para esse tipo de coisa, se não tiver certeza do que se está fazendo, alguém pode se machucar… — Assim que Izuku viu-o concordar pensativo, continuou. — M-me dá um tempo para pesquisar um pouco como fazer isso com segurança… E depois a-a gente t-t-tenta…

O semblante boquiaberto de Shoto enquanto concordava com a cabeça era um tanto quanto engraçado, apesar da tensão do assunto. De fato, ele continuou encarando as próprias pernas daquele jeito pelo espaço de tempo em que os dois ficaram em silêncio. Izuku não pode deixar de observar a forma como os cílios do namorado tremiam um pouco. Mesmo naquele estado, ele era tão bonito que parecia surreal. Antes que Izuku pudesse antecipar, porém, Shoto levantou a cabeça um pouco, de forma que as bochechas coradas ficaram em evidência, mas sua voz não teve nenhuma alteração ao pedir:

— Eu posso pelo menos ver agora?

— Ver? — Izuku repetiu a palavra franzindo as sobrancelhas, mas sentindo um estranho arrepio na espinha ao mesmo tempo, que só aumentou mais ainda quando o outro respondeu de forma precisa.

— Seu pau.

Izuku piscou algumas vezes e contraiu os lábios com o som daquelas duas palavras juntas. Shoto não estava sendo um pouco mais incisivo que o normal aquela noite? Por algum motivo, não conseguia dizer nada, mesmo que o garoto na sua frente claramente aguardasse uma resposta. Era como se um sino estivesse badalando no lugar de seu crânio. Não que nunca tivessem se visto sem roupa nos vestiários da escola, mas aquela situação era completamente diferente, não? No entanto, eles já tinham combinado de fazer muito mais do que isso no futuro, há poucos minutos… Então não era como se não pudesse ou devesse…

Engoliu em seco e segurou a barra da bermuda de dormir com o dedão, puxando-a para frente, na direção do outro.

— Você é maior que eu. — Shoto disse, enquanto se inclinava um pouco para frente.

Que espécie de comparação era aquela? O que ele deveria responder para isso? Antes mesmo que pudesse pensar, contudo, Shoto levou a mão ao elástico da própria calça de forma que Izuku automaticamente esticou os olhos para ver o conteúdo. De fato, ele era um pouco menor quando estava duro...

Estava duro!

— P-p-p-por que você está… assim? — Izuku sentiu o rosto inteiro queimando, quando as palavras saíam de sua boca, ligeiras.

— Ultimamente tem sido difícil não ficar assim quando estou beijando você.

Ao levantar o olhar, Izuku encontrou o outro rapaz também completamente corado, encarando fixamente o espaço na cama entre eles. Suspirou, se sentindo um pouco bobo. Durante bastante tempo esteve lutando contra aquele “estado de espírito” nos momentos em que podiam namorar um pouco, ao ponto que às vezes ficava realmente difícil de se controlar e não passar vergonha. Mas agora saber que Shoto estava tendo o mesmo problema o fez querer pensar em um jeito de resolver essa situação.

— E se a gente se tocasse? — As palavras escaparam de sua boca tão rápido que Izuku só entendeu o que havia acabado de sugerir depois que já fora dito e Shoto lhe dirigia um dos maiores olhares surpresos que já o tinha visto fazer. — Q-quer dizer, não é como se a gente já não soubesse fazer esse tipo d-de c-coisa… então talvez fosse um bom jeito de aliviar, enquanto… você sabe…

— Tem certeza? — Shoto interrompeu, com um semblante mais suave, ainda que assustado.

— Se quiser, claro. — Izuku agitou um pouco as mãos no ar na frente do próprio corpo e depois usou uma delas para esconder parte do rosto. — é só uma sugestão…

— Eu quero.

Izuku sabia, de algum jeito, que aquela era certamente a resposta que ouviria, mas depois de escutá-la era como se seu espírito fosse deixá-lo para trás. Ainda sem coragem de tirar o braço da frente dos olhos, afastou novamente a barra da bermuda e apertou os lábios. Apenas sentiu o toque do rapaz descendo por sua barriga e precisou se segurar para não soltar uma exclamação quando dedos muito mais gelados do que o de costume o envolveram, sem jeito, começando com uma carícia suave que fez toda a energia de seu corpo de repente irradiar para aquela direção. Era estranhamente gostoso.

Depois de talvez alguns segundos daquela sensação, ouviu seu nome sendo chamado baixinho. Certo, ele também tinha que retribuir! Abaixou o braço, ligeiro, direto para o meio das pernas de Shoto, surpreendendo até a si próprio quando encontrou a ereção do rapaz dentro da calça.

Era mais complicado do que parecia fazer esse tipo de coisa com o braço cruzado por cima de outra pessoa, por isso se virou um pouco de frente para ele, até acertarem o ritmo das mãos. De olhos fechados, franziu o cenho, incapaz de dizer se o calor que sentia era pela vergonha ou pela proximidade com o rapaz. Mal dava para acreditar que realmente estavam fazendo aquilo, mesmo enquanto seu corpo parecia arder por inteiro de desejo.

Levantou o queixo quando Shoto foi até seu pescoço, e não conseguiu conter um pequeno gemido depois que o rapaz o mordeu de leve um pouco abaixo da orelha. Com medo de fazer mais algum barulho, segurou-o pela nuca e selou os lábios nos dele, sentindo as pernas dormentes com o movimento de subir e descer rítmico, quente e gelado ao mesmo tempo. Abriu a boca e encontrou a língua do namorado, em um beijo demorado, que saiu mais forte e sem controle do que o de costume.

Não tinha jeito, seu corpo inteiro parecia fora de controle, de certa forma.

Começou a pensar que não conseguiria se segurar mais quando o rapaz parou de repente e afundou o rosto em seu ombro para abafar os sons graves que fazia, até que Izuku sentiu um líquido quente espirrar por entre seus dedos. Uau. Izuku piscou por um momento. Ele realmente tinha feito outra pessoa… bem no seu quarto, naquele tipo de ocasião estranha. Era difícil de acreditar.

No momento não sabia o que fazer, então se preparou para se afastar, mas depois de suspirar algumas vezes, Shoto voltou a mexer a mão, fazendo um arrepio de prazer subir pelas costas de Izuku até o couro cabeludo. Aquela pausa o tinha feito retroceder um pouco, por isso passaram mais alguns minutos se beijando até que o calor de seu corpo se concentrasse inteiro em seus quadris, sendo liberado de uma vez. Abafou o gemido longo sob os lábios do namorado, sentindo como se fosse desabar.

Era incrivelmente melhor quando outra pessoa fazia. Era incrível em muitos aspectos, na verdade.

Assim que conseguiu recuperar o fôlego, esticou o braço para pegar o pacote de lenços na escrivaninha sem precisar se levantar, e o estendeu para que o outro também se limpasse. Estava se sentindo leve e cansado ao mesmo tempo, como se o sono todo de antes tivesse finalmente chegado todo de uma vez. Quando Shoto lhe devolveu o papel para que jogasse no lixo, percebeu o nível de intimidade que aquele gesto significava. Era incrível.

— Eu gosto muito de você. — Arriscou, chamando a atenção do garoto. — Acho que se for com Shoto-kun ao meu lado, eu p-posso fazer qualquer coisa... mesmo…

— S-sim… — Shoto gaguejou com as bochechas ainda um pouco rosa. Uma imagem de tirar o fôlego!

— Obrigado por ter vindo aqui essa semana. — Izuku se apressou em dizer.

— Obrigado por ter me chamado. — Shoto respondeu em voz baixa e depois ficou em silêncio. Ainda estavam bastante envergonhados, no fim das contas.

Com um sorriso formado nos cantos da boca sem querer, Izuku praticamente se jogou no abraço do rapaz, derrubando-os sem jeito no futon. Permaneceram daquele modo, lado a lado e com as pernas entrelaçadas, até que resolveu puxar o travesseiro e a coberta, de forma a acomodá-los melhor. Não era como se alguém fosse se levantar dali aquela noite, de qualquer forma. Talvez no dia seguinte eles pudessem conversar sobre essa primeira experiência, mas agora era difícil até mesmo manter os olhos abertos. Sentindo o carinho da presença um do outro, se deixaram adormecer ao mesmo tempo.


Notas Finais


SEGURA AÍ O HOT SURPRESA!!
Na real, esse capítulo é um capítulo... Importante... É isso...
HOT SURPRESA!

Chegou aqui comenta "Shotinho manjador das manjarias"

Edit: MEU DEUS DO CEU AGORA QUE PERCEBI QUE ESSE É O CAPÍTULO 34 HAHAHAHAHAHAHAHHAHAHAHAHHA TOTALMENTE DE PROPÓSITO!!


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