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História A História de um Pequeno Seme - Quer que seja grande pra quê? Vai catar manga com uma pika?


Escrita por: FUJOSHI_P0H4

Notas do Autor


Eu pensei muito sobre escrever isso mesmo estando há dois meses sem postar na Historinha Yaoi BL gay muito Ruim, mas cheguei na conclusão de que só se vive uma vez

Boa leitura <3




Editado dia 01/06/2021

Capítulo 1 - Quer que seja grande pra quê? Vai catar manga com uma pika?


Meu nome é Yoshida Ryoichi, tenho dezoito anos e estou começando o terceiro, vulgo último, ano do ensino médio. Tenho exatamente um metro e oitenta e cinco de altura, cabelo preto que eu tento com todas as forças fazer ficar no lugar, olhos escuros que alguns dizem serem castanhos escuros mas que são pretos e sou um típico adolescente japonês a flor da idade.

Ah, e o mais importante: eu sou gay.

Descobri minha orientação sexual devido à várias experiências, tais como: vi meu primo (outro gay) se masturbando pelo cu (mas acontece que eu só estava no lugar errado e na hora errada, não é como se eu estivesse espionando ele), deixei meu amigo pegar no meu pau (e gostei (tínhamos treze na época e ele não é muito hétero não)), já ocorreu de coisas endurecerem enquanto eu trocava de roupa no vestiário depois da educação física (felizmente não fui pego) e por último, eu já tentei ficar com algumas garotas e... não foi algo muito legal. Traumas. Menos com uma, a Chika.

Chika é praticamente a amiga de infância que eu nunca tive. Eu conheci ela no final do ensino fundamental, ela se declarou e nós tentamos nos beijar e não deu certo. Foi nesse momento que ela olhou profundamente nos meus olhos e disse: "você é gay né?". Aí caiu a ficha e nós somos melhores amigos até hoje.

Acontece que a minha amizade com a Chika me trouxe algumas consequências... Além da companhia dela.

Kobayashi Chika é uma fujoshi, mas isso não seria um """"problema"""" se não fosse quase uma tradição de família pra ela.

Sua avó era roteirista de um grupo independente de escritoras nos anos 70. Elas escreviam romances mal sucedidos e histórias picantes. Bem nessa época surgiu o "shonen-ai" e um novo mundo de descoberta se abriu pra elas. Pelo menos é assim que a baa-chan (vovó) da Chika descreve.

Além dela, a mãe da Chika, o pai da Chika e a irmã de vinte anos são fujin (em neutro porque a irmã da Chika é não-binária). É muito legal ir na casa dela, a parte ruim é quando me perguntam dos "namoradinhos"... E falando neles...

Foram três, tirando as pegações independentes (modéstia a parte, eu sou um pitelzinho).

O primeiro foi um colega de classe no primeiro ano. Durou nove meses e acabou pelo mesmo motivo que sempre acaba. E só durou nove meses porque ele era muito tímido e me contagiava com a timidez dele.

O segundo foi um kohai do primeiro ano (eu estava no segundo). Esse é o que eu menos gosto de lembrar, foram dois meses só.

E o terceiro e mais recente foi um crush bem sucedido pelo balconista da padaria que tem lá perto de casa. Foram dois longos meses de flerte até conseguir quatro míseros meses de algo sério e mesmo assim...

É sempre o mesmo motivo. Sempre.

Todos sempre fazem aquela expressão confusa de "ué?" e dão um sorrisinho de "ah, tá tudo bem" antes de arrumarem uma desculpa esfarrapada e me largarem.

Pra quem ainda não entendeu, o problema aqui é que sempre, sempre, quando chega a hora e eles vêem ele, os... (pensando em como xingar eles sem ofender...) esses... interesseiros, eles fogem.

É bem vergonhoso, na verdade...

Uma vez li um mangá que o seme sofria de um problema parecido com o meu, mas só que inverso. O pau dele era gigantesco e ele não conseguia perder a virgindade porque o poste que ele tinha no meio das pernas assustava as mulheres. Aí o protagonista fez um abracadabra lá e enfiou aquela tromba no cu.

Queria eu ter metade daquela terceira perna daquele personagem, mas deus é injusto e me deu apenas... seis centímetros e meio.

A média de tamanho pra um adulto é de 12,6 centímetros, mas isso não é uma regra fixa.

Não são todas as pessoas que se importam com o tamanho do pau dos outros, na verdade, a maioria nem liga.

Mas eu sou a minoria nesse caso. Eu ligo. E pra caralho.

Eu sou um seme e sim, tenho plena consciência que essa coisa de seme e uke só é fica nos mangás e que na vida real é diferente, mas eu sou totalmente seme, ativo, top, apreciador de um belo cu. E com a minha aparência, eu só chamo atenção de vários "ukes", então isso devia ser... uma vantagem. MAS NÃO É.

TENHO DEZOITO ANOS; SOU GOSTOSO; UM ALUNO QUASE EXEMPLAR; SOU APTO PRA IR PRA MELHOR UNIVERSIDADE DA CIDADE MAS. EU. AINDA. NÃO. PERDI. A. MERDA. DA VIRGINDADE.

E foi com esse pensamento que eu acordei de manhã.

Um jovem como eu, na flor da idade, cheio de energia pra gastar, não devia acordar tendo pensamentos tão depressivos. MAS EU ACORDEI.

O despertador do celular gritava mais alto do que um uke sendo fodido a todo vapor pela pika de noventa metros de um seme de um mangá dos anos 2000.

Desliguei aquele barulho maldito e me sentei na cama.

Meu quarto não era muito diferente do que se espera de um quarto de um jovem saindo da sua fase de rockeiro. Tinha uns pôsteres, uns CDs nas prateleiras e uma caixinha de som em cima da minha mesa, que tinha uma cadeira meio barata na frente. Aos poucos o meu desespero abafa minha vontade de escutar rock e as músicas pop de anime que a Chika enfia nos meus ouvidos parecem levemente interessantes.

Desci da cama e fui até a porta, direto pro banheiro, tomar um banho.

Nada muito surpreendente aconteceu, nenhuma mudança nem nada, mesma coisa de sempre.

Saí de lá e me vesti. Coloquei só a calça e a camisa do uniforme, vai fazer calor porque já é quase verão, então que se foda o uniforme completo, ninguém gosta de uniforme nessa porra. Peguei minha bolsa, meu celular, meus fones e desci as escadas.

Eu sou filho único, então não tenho irmãos pra atrapalhar minha vida, o que significa chegar na cozinha e ser culpado por cometer o crime de roubar um pedaço de tamagoyaki sem nem ter visto o maldito tamagoyaki. Spoiler: o criminoso foi meu pai.

A minha família é bem calma, o único momento que eles se alteraram um pouco foi quando eu me assumi por acidente ano passado. Foi bem assim:

~ flashback

Estávamos na casa dos meus avós no interior e meu primo arrombado duplamente tinha me dado vinho só pra me zuar porque eu tava mamando uma garrafa de suco de uva. Aí eu fiquei bêbado e reclamei pra minha mãe que eu queria voltar pra casa porque tava com saudades do meu namorado.

Foi um choque pros velhos.

— C-como assim "namorado"? – ela ficou pálida – você falou errado, não foi?

Eu não lembro o que eu falei, mas eu provavelmente falei de maneira idiota que eu não tava falando errado.

Detalhe: era reunião de família e todos os meus tios me viram declarando minha gayzisse pra todo mundo.

Minha vó quase desmaiou, coitada da velha.

Meu primo arrombado gay se encolheu e olhou pro """"""""amigo"""""""" dele com cara de quem fez merda.

Meus tios me olharam torto e minhas tias começaram a cochichar, assim como minhas primas. Os meus primos aparentemente héteros começaram a me zoar enquanto meus pais falavam coisas como "é só uma fase" e pipipipópópó.

Aí eu disse que não era apenas uma fase e disse algo sobre "meu verdadeiro eu" e baboseiras gays desse tipo.

Meu avô ficou puto e reclamou que eu não ia dar netos pra ele, aí eu fiquei puto e apontei pra minha prima de dezesseis anos grávida.

— Pelo menos eu não vou fazer filho sem querer – eu disse.

Minha mãe ficou processando o que eu tinha dito e mudou de assunto na hora.

Quando nós estávamos voltando pra casa ela virou pra mim e disse:

— Pelo menos o lado bom é que você não vai ter filhos com qualquer uma – e meu pai concordou.

Aceitei isso como o: "eu não me importo com o gênero de quem você ama" que eu queria ouvir deles.

~ fim do flashback

Enfim, meus pais fingem que nada aconteceu e eu vivo reforçando todos os dias o quão gay eu sou pra eles não terem dúvidas. Mas minha mãe ainda acha que no "fim" eu ia acabar casando com a Chika (gosto de imaginar esse "fim" que ela fala como "fim da vida" e então me imagino no meu leito de morte segurando a mão do neu marido e dizendo "minha mãe tinha razão, no fim eu ia ser hétero" e aí eu morro). Mal sabe ela que a Chika está em uma fase onde só quer relacionamento com mulheres mais maduras...

Mas o que tem acontecido com ela é que os dois últimos namorados traíram ela com garotas mais bonitas e o terceiro terminou com ela por ela "ser esquisita e gostar desse negócio de homo". Não julgo a coitada, é mais fácil namorar uma fujoshi do que um hétero top homofóbico.

Bom, terminei meu café da manhã rapidinho enquanto trocava aquela conversa básica de início de manhã onde seus pais perguntam se você dormiu bem e depois o assunto acaba.

Saí de casa e fui todo o caminho pra escola andando e tentando ouvir alguma coisa nos fones, tô enjoando delas mais rápido do que eu pensava. Os clássicos não estão mais me satisfazendo...

Quando estava quase nos portões da escola, Chika se uniu à minha caminhada. Ela mora quase do lado da escola, mas sempre chega quase em cima da hora.

— bom dia – ela cumprimentou.

— Bom dia – respondi enquanto abaixava os fones – dormiu muito tarde? – reparei nas olheiras profundas dela. Na verdade, ela sempre tinha olheiras, já era parte permanente da aparência dela.

Ela tinha o cabelo preto preso de qualquer jeito num rabo de cavalo feito na base da força do ódio. Ela era baixinha, por volta de um metro e cinquenta e seis e tinha essa cara de mal educada por natureza.

— se eu te disser que não dormi, você acredita? – ela tinha uma cara de morta.

— Acredito – dela eu não duvido nada, essa louca.

— Escrevi a noite inteira, quando fui fechar o olho meu despertador tocou – ela bocejou.

— Já sabe que vai dormir na aula – comentei.

— Se eu não for pra primeira aula e dormir na biblioteca, não vou estar dormindo na aula – ela cambaleou pro lado mas voltou rapidamente.

Era sempre assim quando ela se empolgava pra escrever fanfic. Tenho certeza que se eu perguntar ela vai me descrever com riqueza de detalhes tudo o que aconteceu no capítulo novo, inclusive as cenas de sexo. É por isso que eu sempre pergunto.

— E como tá o capítulo?

— Fiz o Hinata comer o cu do Kageyama com um cabo de vassoura – ela falou com um sorrisinho psicopata – tudo isso porque ele pegou o Kageyama dando pro Oikawa e decidiu que ia "limpar"... – ela se distraiu com a chegada do terceiro integrante da nossa "rodinha".

Ele era uma beleza notável, sim sim, um metro e setenta de pura beleza. Sim, sou boiola por ele, mas já devo avisar que eu já tentei a sorte com e...

~ flashback

Era o desgraçado mais bonito que eu já tinha visto na minha vida, parecia que tinha saído de um mangá BL 18.

Ele tinha um cabelo liso preto que contornava seu rosto com perfeição, os olhos negros inexpressivos davam um ar misterioso pro rosto perfeito dele, seus lábios eram carnudos e...

A Chika se aproximou dele primeiro e trouxe ele pra gente conversar (ela viu que ele era totalmente meu tipo). Rapidamente viramos amigos pois ele também é gay.

Estava tudo perfeito, Chika planejou tudo com cuidado: ia ser um encontro acidental. Chamamos ele pra ir no cinema e a Chika não foi, ficamos só eu e ele.

Assistimos uma comédia romântica, depois nós saímos pra comer e por fim...

Eu estava nervoso, afinal, o que ele tinha de lindo tinha de quieto e era difícil saber o que ele tava pensando.

E então eu propus:

— Queria saber se... – me perdi por um momento, ele tava olhando diretamente pra mim – ...você gostaria de namorar comigo...

— Com você? – ele pareceu surpreso e logo depois sorriu – desculpa, mas eu não gosto de namorar com meus amigos. E você também não faz meu tipo.

Quase chorei...

~ fim do flashback

Niwenari Keshi, esse é o nome dele. Depois de uns meses a Chika vazou pra mim a informação de que ele namora um cara de vinte e cinco anos e que... bom, ele faz coisas por dinheiro em alguns bairros aí. Confesso que fiquei triste, mas NÃO TEM NENHUM MOTIVO PRA ESSE GAY SE PROSTITUIR, OS PAIS DELE SÃO RICOS!

— Bom dia – ele sorriu. Quase me derreti, mas mantive a compostura.

— Bom dia – respondi.

— Bom dia – Chika se pendurou no braço dele – deixa eu ficar assim pro meu ex ver, por favor?

— Tá – ele não reclamou.

E entramos na escola, cada um foi pra um lado.

* * *

Como já sabemos, se deus existe ele é um deus injusto. Então aqui estou eu sendo forçado a levar os livros do professor de volta pra biblioteca só porque sou alto. Injustiça, né?

O sinal já estava prestes a tocar pra hora do almoço, então eu ia deixar os livros lá de qualquer jeito e voltar pra sala pra pegar meu obento. Tô com fome.

Coloquei os livros de volta na prateleira e saí, silencioso. A bibliotecária me julgou por só ter largado eles e deixado pra ela o trabalho de organizar.

Saí as pressas e voltei pra sala. Logo que eu cheguei tocou o sinal.

Peguei minha comidinha e saí da sala de novo.

Achei Keshi no corredor (o que não era difícil, ele chama mais atenção que um pavão no meio dos frangos) e nós fomos caçar a Chika, que provavelmente tava no terraço ou morta na sala dela.

Chegamos na sala 3-D, onde ela estudava, e ela não tava lá. Então, depois de Keshi destroçar o coração de quatro garotas que vieram falar com ele (o que acontece mais regularmente do que deveria), seguimos nosso caminho pro terraço.

Começamos a debater sobre a saúde da nossa amiga durante o caminho, mas fomos interrompidos por dois gays incubados fazendo bullying com um kohai inocente na esperança de receber umas migalha de piroca dele. Desculpa, pra mim todo mundo que faz bullying é meio gay por dentro e só quer chamar atenção e descontar suas frustrações de estar preso no armário nos outro.

Os dois demônios empurraram ele pro chão e derrubaram todas as folhas e cadernos que ele estava carregando, o que me fez sentir vontade de pegar os pintos desses filhotes de futuros desempregados, girar, e fazer eles se auto foderem com o próprio pau.

Infelizmente eles saíram antes que eu perdesse a compostura, então eu fui ajudar o garoto.

Ele era fofo, tinha um cabelo preto escorridinho e um pouco comprido que caía na frente dos olhos dele. Fofo, mas parecia um mendigo perto do Keshi.

Me ajoelhei no chão e juntei umas folhas pra ele, era tudo escrito a mão.

Peguei uma pra ler, só de curiosidade.

“... e as mãos cálidas de Joe tocaram as frias e mortas de Alicia. Os olhos da vampira demonstravam a tristeza que ela sentia ao perceber que nunca poderiam ficar juntos...”

Antes que eu pudesse terminar a frase que estava lendo, senti ele segurando a folha.

Ele não disse nada apenas puxou a folha e a colocou junto com as outras.

Devolvi as que eu tinha recolhido e ele as abraçou como se fossem um filho. Seu rosto estava um pouco vermelho. Me pergunto o porquê.

Quando estava com todas elas recolhidas, ele rapidamente fugiu.

— Quem era? – perguntei pra Keshi.

— Não faço ideia – ele respondeu.

— será que é gay? – era a pergunta que eu sempre fazia quando olhava na cara de outro cara.

Keshi só me olhou com cara de "nem vou responder uma porra dessas" e então seguimos nosso caminho.

* * *

— A propósito, quando a gente tava vindo pra cá – falei enquanto defendia meu obento das mãos daquela zumbi – eu vi um kohai muito fofo no corredor – comentei.

— Ah, é? – Chika tentou mais uma vez pegar um pedaço do meu frango, mas não conseguiu – como ele era?

— Ele tinha um cabelo até por aqui, ó – indiquei com a mão, dando a ela a chance de roubar meu frango – e uma carinha de tímido muito fofinha – boiolei – e ele tava carregando umas folhas, acho que ele gosta de escrever.

— Ah, um escritor hm – ela fez aquela cara que sempre faz quando tá julgando algum pretendente meu.

— Acho que me apaixonei – falei brincando.

— Não é possível – Keshi me olhou um pouco desacreditado, não percebeu minhas ironias – o que que ele fez pra você se apaixonar por ele? Não é possível, nenhum ser humano com um pau pode respirar perto de você que você já se apaixona.

Chika riu, eu fechei a cara.

— Meu crime é amar demais – brinquei, mas Keshi não entendeu como brincadeira de novo.

— Pera, ele tinha um cabelinho meio gay? – a fujoshi perguntou.

— Depende, como é um cabelo gay?

— Assim quase que nem o seu.

— Não, era mais comprido.

— Ele tava sofrendo bullying?

— Sim. De dois retardado.

— Então eu sei quem ele é – ela sorriu – mas o custo por essa informação é um pouco alto...

Não é que eu tenha me apaixonado de verdade por ele. Só achei fofo mesmo e estava curioso pela informação.

— Toma – dei meu obento pra ela.

— Ele é o Saitō Yoshiaki da 1-B – ela disse e começou a comer a minha comida – as fujoshi shippam ele com o professor Kaname por um motivo que eu não me importo – se o shipp é com pessoas reais ou adolescente x pessoa com mais de dez anos de diferença, ela não gosta.

— Hmm – me interessei.

— Mas ele é um gatinho arisco, sabe – ela disse enquanto devorava meus franguinhos fritos – ninguém consegue falar com ele.

— Quer ir stalkear ele comigo? – perguntei.

— Bora – ela se levantou.

— Vocês tão brincando né? – Keshi perguntou enquanto comia a comidinha dele.

— Não – me levantei – vamo, vai ver você acha algum kohai rico pra você – isso era mais um pedaço da minha vingança eterna pela rejeição que sofri.

Keshi suspirou irritado e se levantou também.

Saímos do terraço e fomos pro primeiro andar, onde estavam as salas do primeiro ano.

Chegamos na do 1-B e paramos perto da janela, como quem não quer nada.

Mas ele não estava lá.

— se eu fosse um uke escritor tímido sofrendo bullying, onde eu iria me esconder? – eu murmurei.

Chika e eu trocamos olhares de "hmmmmmm" e chegamos na mesma conclusão.

— Biblioteca? – Keshi falou.

— Biblioteca – eu e ela falamos ao mesmo tempo.

E lá fomos nós. Com alguns atrasos, mais algumas kohais pararam Keshi no corredor pra falar com ele.

A biblioteca era só paz e calmaria, tirando a bibliotecária que tava com uma cara de cu, então seria um pouco difícil achar alguém ali. Mas não foi não.

— ele é o assistente, ele – Chika apontou discretamente pra onde ele estava, do outro lado de onde entramos.

Era realmente uma fofura arrumando os livros que eu tinha deixado bagunçado antes. Me senti um pouco mal por isso, dei trabalho pra ele.

— pronto, já achamos ele – Keshi falou um pouco estressado – e agora o que?

— Vai falar com ele – Chika falou um pouco alto.

— que? – eu não quero fazer isso, não tenho assunto pra falar com ele.

— vai ver você dá sorte com ele – ela cochichou – vamos torcer pra ele não se importar com a sua baby carrot.

Agora é que eu não vou mesmo. Fechei a cara e só deixei os meus dois "amigos" rirem baixinho.

Traidores.

— Vocês são dois traidores – eu falei com mais raiva do que queria. Chika só riu mais alto – principalmente você, seu merda – falei pra Keshi.

Já tinha ocorrido de eu ter visto a rola dele. Esse maldito desgraçado acima da média.

— desculpa, amigo – ele tocou no meu ombro – deve ser difícil pra você...

— é, imagina ir no banheiro e não achar o pin... – meti a mão na cara dessa vagabunda mesmo, não mereço ouvir essas mal criações. Em contrapartida ela lambeu minha mão e eu tive que tirar da boca dela.

— falou a que não tem pinto.

— graças a deus – ela riu – agora que se soltou, vai lá falar com ele.

— Não quero – e tentei sair, mas eles me seguraram.

— eu não vim aqui pra você sair sem fazer nada – Keshi estava irritado. Desgraçado, até com essa carinha de puto ele fica gostoso.

— É caralho – falou alto mais uma vez – você disse que achou ele fofo, vai lá ver se ele confirma a informação.

— Tá – cedi e, quando olhei pra onde ele estava antes, não havia ninguém lá.

— Ele sumiu – Chika observou – eu disse que ele era um gatinho arisco, e eu acho que o seu salmão não vai atrair ele não – menina desagradável, nem sei porque eu ando com ela.

Melhor pra mim, nem queria falar com ele.

Não queria mesmo.

Merda, agora me deu vontade de ir falar com ele.


Notas Finais


E ae? Gostaram?

Desculpa por não postar as outras fic, eu juro que tô me esforçando

Obrigada por ler, amo vocês <3

Boa noite <3


Editei porque tava com dificuldade de prosseguir a história por alguns conflitos meus com os gostos do protagonista (minha época de roqueira passou) e também porque eu planejei melhor a história <3


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