História A Hóspede (Hiatus) - Jantar em família

    Jantar em família 

Elisabeth Carter POV 

Eu estava assustada, meu coração acelerado e eu sentia o meu estômago revirar, realmente Justin havia dito que os pais dele iriam vir aqui? Sim, ele havia dito e fazia quase uma hora que eu olhava para a cara dele sem dizer algo. 

— Por favor Elisabeth diga algo — Justin suplicou. Minha voz não saia. 

- J-Justin seus pais virão aqui mesmo? - perguntei para ter certeza. 

- Sim Elisabeth vão, só que nenhum dos dois sabem que eu estou hospedando você aqui e com certeza irão perguntar quando ver você aqui.

- Não Justin, não vão, eu não vou participar desse jantar, é um jantar em família. 

- Porque não? Por favor Elisabeth fique comigo, eu me sinto desconfortado quando eu fico perto dos meus pais, ainda mais com você aqui. 

- Não Justin, é um jantar em família, eu vou ficar a noite inteira trancada no quarto..

- Não, não Elisabeth, por favor, fique comigo - Justin se sentou ao meu lado no sofá e pegou em minha mão e eu as olhei. 

- Justin - sussurrei levantando meu olhar e meus olhos se encontraram com os de Justin. Ah aqueles olhos cor mel - Não insista, por favor. 

— Então fica comigo, por favor Elisabeth — suas mãos tocaram minhas bochechas e ele começou a acaricia - las. Suas mãos eram macias e quentes. 

— Tudo bem Justin, eu vou participar desse jantar, mas não prometo nada que ficarei até seus pais irem embora. 

— Tudo bem, eu já fico feliz de pelo menos você participar desse jantar comigo — ele sorriu encantador — Quer me ajudar a preparar o jantar? Minha mãe pediu para eu preparar panquecas, mas eu quero fazer algo a mais — ele se levantou do sofá ficando em pé em minha frente. 

—  Quero, mas eu já vou avisando que não sou muito boa com comida — Justin estendeu a mão e eu a peguei, me levantando do sofá. Justin gargalhou. 

— Não tem problema, comigo na cozinha já será de bom tamanho — caminhamos até a cozinha. 

— Se você continuar querendo me humilhar por eu não saber cozinhar bem, eu me viro imediatamente e subo para o quarto. Aí você não vai ter ajudante nenhuma — parei no meio do caminho. 

— Ok. Ok. Não está mais aqui quem falou. Vamos começar com a parte das panquecas. Sabe preparar carne moída? — assenti — Ótimo, preparara ela para mim! Enquanto eu vou preparar a massa da panqueca — ele me entregou a carne moída e pegou duas panelas no armário, uma para a carne moída ser feita e a outra para preparar a massa da panqueca. Ótimo, quero só ver o que vai dar nesse jantar

      (...) 

O jantar já estava pronto. Justin e eu logo após que terminamos, subimos para os nossos quartos para nos arrumamos. Por mim, eu ficaria trancada aqui no quarto, mas eu não resisti quando Justin pediu com tanto carinho para que eu participasse do jantar com ele. O meu medo era de como os Bieber's iriam me receber, como eles iriam agir quando descobrisse que Justin estava me hospedando aqui. 

Vesti o meu vestido vermelho sangue, que eu tinha ganhado de Emma, no dia do meu aniversário, ele ia somente até o joelho e era rodado. Subi o zíper dele atrás até aonde eu conseguia, mais não consegui fechar ele por completo. Coloquei um sapato de salto alto preto, um colar dourado, duas pulseiras e um par de brincos de pérolas. Passei uma base, rímel que realçou os meus cílios nos meus olhos deixando ele mil vezes mais bonito, uma maquiagem bem simples e um batom vermelho. Eu estava pronta, apenas iria pedir ajuda de Justin para fechar o meu vestido. 

— JUSTIN. JUSTIN — gritei o seu nome na porta do quarto, ele iria conseguir ouvir meu grito melhor. Andei de um lado para o outro a espera de Justin — JUSTIN — gritei mais uma vez. E então ele apareceu na porta do quarto. 

— O que foi, o que aconteceu? — a voz de Justin estava num tom de preocupação. 

— Nada de mais. Me ajuda a fechar o meu vestido? — apontei para o zíper e parei de frente ao espelho novamente. Justin assentiu e se posicionou atrás de mim, suas mãos macias e quentes pousaram sobre minhas costas, enquanto uma delas fechava o zíper do meu vestido. O silêncio reinou sobre nós, e somente ouvimos as nossas respirações um tanto... Aceleradas? 

— Pronto! — Justin disse, assim que terminou. 

— Obrigada — me virei para ele sorrindo. Justin engoliu em seco ao me encarar, ele observava cada detalhe de meu rosto, o que estava me deixando incomodada e corada. — O que foi? Porque está me olhando assim?. 

— Você... Você está tão... Linda! — ele sorriu e eu abaixo a minha cabeça envergonhada. Sussurro um "Obrigada" — É... Eu vou terminar de me trocar — e foi aí que eu pude perceber que ele só estava de calça social e sapato, ele estava sem camisa, deixando aquele peitoral bem definido de fora. Ah, não de novo não. 

Justin saiu do quarto, me deixando sozinha enquanto eu pensava novamente naquele peitoral bem definido, eu não podia negar que Justin era um puto de um gostoso, e eu novamente senti aquele desejo que eu senti quando eu sonhei com ele, beija - lo. Fui tirada dos meus pensamentos com o meu celular tocando, peguei o mesmo no criado - mudo e vi que Emma me ligava. 

O que será que ela queria?. 

— Fala vadia! — eu disse, assim que coloquei meu celular no meu ouvido. 

— Oi vaca. Já estou com saudades. Você faz muita falta por aqui — me sentei na cama. Aquela conversa iria durar e muito. 

— Também estou com muitas saudades Emma. Você também faz muita falta. 

— E como está a vida? Já que agora você mora com o filho do homem mais poderoso de Nova York. O gostoso do Justin Drew Bieber — Emma deu risada. 

— À a mesma de sempre, não é só porque eu estou morando com o Justin que a minha vida irá mudar. 

— Está certo. Mas com certeza teve algo de diferente, me conta tudo — Emma ficou um pouco animada. Será que eu devo contar para ela do sonho?... Acho que sim, ela é a minha melhor amiga, ela vai saber me aconselhar. 

— À, o Justin é um fofo comigo, me trata super bem, ele hoje de manhã preparou um delicioso café da manhã para mim. Justin já me contou algumas coisas da vida dele, acho que ele meio que confia em mim.

— MEU DEUS AMIGA, É ÓBVIO QUE ELE CONFIA EM VOCÊ... Mas me diz só uma coisa, você já deu uns pega nele?. 

— EMMA! —  a repreendi. 

— O que? Apenas quero saber. Me conta amiga. 

— Bom... Na realidade não.  

— Como assim na realidade não? — Emma ficou alguns minutos em silêncio — Não, pêra quer dizer que você já sonhou que estava dando uns pega nele? SUA SAFADA! 

Eu gargalhei. 

— Para Emma. Mas no sonho não teve nada de mais, foi apenas uma declaração e nós nos beijamos, foi só isso. Mas eu estou me sentindo estranha, sei lá, parece que o meu sonho foi real. O gosto dos lábios dele parece que está nos meus lábios. E eu meio que comecei a ter um desejo de beijar ele... 

— NÃO, NÃO. PARA TUDO. ELISABETH CARTER COMEÇANDO A SENTIR UMA ATRAÇÃO POR JUSTIN BIEBER? NÃO BRINCA. 

— Não grita Emma, alguém daí pode escutar e daqui também, eu não quero que o Justin escute. A porta do quarto está aberta e ele pode entrar a qualquer momento. 

— Fecha a porta — debochou e eu revirei os olhos. Fechei a porta — Pronto?. 

— Pronto! 

— Continuando então, você está sentindo uma atração por ele. Você viu ele pelado ou algo do tipo? — pelado? Deus, quem me dera. 

O que você está pensando Elisabeth?. 

— Vi ele sem camisa hoje de manhã e o sonho foi agora a tarde. Acho que isso mexeu com a minha cabeça, eu não sei. 

— Então foi isso. E ele amiga, repara em você? — eu aposto que Emma estava nesse momento sorrindo malicioso. Eu conhecia muito bem minha amiga. 

— À, ele me olha diferente, mas eu acho que ele não sente uma atração por mim, quer dizer... Hoje a tarde quando ele perguntou do que eu estava sonhando por que eu sussurrava um monte de coisa, acabei provocando ele e ele disse que eu deixava ele louco — Emma gritou animada novamente. 

— MEU DEUS AMIGA. NÃO SEGURA NÃO, PEGA ESSE BOY LOGO. ANTES QUE VOCÊ COMECE A TER UM SONHO ERÓTICO COM ELE. Eu aposto que o Justin está começando a gostar de você. 

— Eu não sei não, mas eu não quero nada de relacionamento agora. Primeiro quero ajeitar a minha vida e depois eu penso nisso. 

— Mas olha querida. Não pegue outra pessoa, pegue o Bieber. 

— Tudo bem Emma. Mas agora eu tenho que desligar, os pais de Justin estão pra chegar aqui. 

— Já vai conhecer os sogros? Já está namorando com ele e não me contou?. 

— Não e nada disso, besta. Os pais dele ligou e disse que viriam para hangar aqui, eu ia ficar no quarto, mas o Justin insistiu para que eu ficasse para o jantar. Acabei cedendo. 

— Claro. Não nega nada do boy. 

Eu gargalhei novamente. 

— Vou indo Emma. Beijos amiga, te vejo em breve. Tchau. 

Desliguei o celular. Acho que contar aquelas coisas para Emma fez bem para mim, só que conselho que eu queria não recebi nenhum, apenas " pegue ele". Emma era louca, disso eu não tinha dúvida. 

Deixei meu celular na cama e fui arrumar meu cabelo. Era a única coisa que faltava para eu estar realmente pronta. Fui para a frente do espelho, e penteei meu cabelo, fiz uma trança escama de peixe, que demorou alguns minutos para ficar pronta. Abri a porta do quarto e respirei fundo, eu tinha que estar lá em baixo antes que os pais de Justin chegassem de acordo com Justin. 

Sai do quarto e fechei a porta do mesmo, assim que me virei para andar em direção ao corredor, senti duas mãos fortes pegarem em meu braço e me prensar sobre a parede ao lado da porta. Meus olhos se encontraram com os olhos de Justin. 

O que ele estava fazendo?. 

— Justin? O que você está fazendo? — perguntei confusa. Mas eu gelei, pensando se Justin tinha ouvido minha conversa com Emma — A quanto tempo está aqui?. 

— Tempo suficiente para saber que você tinha sonhado comigo hoje a tarde. Então quer dizer que você sente uma atração por mim? — seu rosto estava muito próximo do meu. Eu engoli em seco. 

— É... Eu... — eu não sabia o que falar. 

— Sente Elisabeth. Por que eu também sinto, uma atração por você, eu sou louco por você Elisabeth, louco por você Lisa — ele me chamou de Lisa, aaaahh — Você não sabe o quanto eu desejo você, e o quanto eu quero te foder Lisa — ele falava ao pé do meu ouvido. Seus lábios estavam próximos do meu ouvido. Deus, mais um pouco e eu não vou aguentar.

Porra, esse homem vai me enlouquecer. 

Justin aproximou seus lábios de minha orelha e mordeu o lóbulo. Suas mãos que apertavam fortemente meus dois braços, se soltaram e ele levou elas até a minha cintura, aproximando cada vez nossos corpos. Levei minhas mãos até a sua nuca, um gemido saiu de minha boca quando senti Justin beijar meu pescoço. Ele aproximava cada vez mais sua boca de minha boca. 

— Por favor Justin, não me torture, por favor... Me beije logo, me beije Bieber — sussurrei em seu ouvido. 

— Você não sabe o quanto eu desejei ouvir isso da sua própria boca Carter. 

Justin aproximou sua boca da minha e quando nossos lábios iam se encostar a campainha tocou. 

— Mas acho que vai ter que ficar pra próxima — ele gargalhou no meu ouvido e saiu andando me deixando lá, encostada na parede, totalmente sem entender absolutamente nada. 

Por que não aconteceu, porque? Eu não quero esse castigo, eu não quero ficar desejando ele por muito tempo. Eu o quero. Eu quero ele me fodendo, Ò Deus. 

Ajeitei minha postura e tratei de esquecer esses meus pensamentos. Caminhei em direção as escadas, mas desci os degraus lentamente ao ver Justin cumprimentando os pais dele. Jeremy Bieber e Pattie Mallette. Justin ao me ver descendo as escadas, sorriu perverso, mas eu ignorei o olhar dele, eu estava muito irritada com que acabou de acontecer e se Justin queria me provocar, me deixar excitada, eu irei fazer a mesma coisa. 

Que os jogos comecem, Bieber. 

— Quem é a moça Justin? — observei Pattie sussurrar para Justin sorrindo, mas Jeremy me olhou sério. 

— Mãe, pai, essa daqui é a Elisabeth ... Minha amiga, eu estou hospedando ela aqui enquanto ela procura um apartamento para morar — ele sorriu para mim. 

—  Prazer Elisabeth, sou Pattie, mãe de Justin — ela sorriu, estendendo a mão, eu peguei e trocamos beijos na bochecha — Você é muito bonita. 

— Prazer e muito obrigada pelo elogio — me mostrei educada o bastante. 

— Prazer, sou Jeremy — ele estendeu a mão e eu a peguei. 

— Prazer Jeremy — sorri, mas ele não retribuiu. Ele com certeza não foi com a minha cara. 

Justin percebeu meu encomodo e cortou o clima. 

— Vamos jantar, a comida já está na mesa — caminhamos até a cozinha, a mesa estava do mesmo jeito que Justin e eu haviamos ajeitado. Nós nos sentamos na cadeira e nos servimos. 

— Está uma delícia — Pattie elogiou. 

— Obrigado mãe. Elisabeth me ajudou a preparar o jantar também. 

— Elisabeth cozinha bem também, a comida está mais gostosa do que o normal — era bom ser elogiada por ela. 

— Formamos uma bela dupla — Justin sorriu para mim e eu sorri para ele. 

— Preferia só que Justin estivesse preparado — ouvi Jeremy sussurrar para si mesmo, isso verdadeiramente me entristeceu, ele não havia ido com a minha cara, não mesmo. 

— Mas então querida, a quanto tempo está morando na cidade? — Pattie perguntou, pelo menos ela era simpática. 

— Desde que comecei a cursar a faculdade, desde o ano passado. 

— E desde o ano passado está a procura de um apartamento? — Jeremy perguntou com os olhos arregalados, não acreditando. 

— Não, eu morei já em um apartamento, mas como eu não trabalhava, acabei sendo expulsa, eu não conseguia pagar ele direto no dia certo e o dono era um velho rabugento que não perdoava os atrasos. Depois acabei indo morar em um hostel, aonde eu arranjei um emprego, mas por pouco tempo, logo depois Justin ofereceu a casa dele para mim me hospedar. 

— Está aqui desde quando? — Jeremy parecia bem interessado no assunto. 

— Desde ontem — sorri. 

— Eu não consigo acreditar nesse tipo de comportamento de meu filho, hospedar pessoas pobres que não conseguem pagar um apartamento? Eu aposto que não está ajudando ele a pagar a água, a luz, e a comida que ele compra pra casa. Tudo o que tem aqui, vem do meu dinheiro. Não é possível que meu filho seja tão tolo nessa parte — Jeremy sussurrou, mas foi o bastante para mim ouvir. Ele havia me chamado de pobre? Jeremy com certeza era uma daquelas pessoas preconceituosas que não aceita pessoas de diferentes classes, uma dor formou em meu peito, e eu senti vontade de chorar. 

— Com licença — pedi educada e me levantei da cadeira indo até as escadas. 

— Elisabeth, por favor, volta — Justin me chamou, mas era tarde demais, eu já havia subido as escadas, mas parei quando ouvi a voz de Justin novamente. 

— O que deu em você? Você é louco? Porque você disse aquilo? Elisabeth é uma mulher maravilhosa e não merece esse desrespeito e o preconceito que você tem. Você foi longe demais. 

— Não me importo Justin. Você está hospedando uma desabrigada pobre, debaixo do apartamento que eu comprei com o meu dinheiro para você morar. Você morar e mais ninguém se ela continuar morando aqui, vai ter que te ajudar a pagar o apartamento e sem mais nem menos. 

— Eu não me importo com isso. Eu ofereci o apartamento para ela se hospedar, ela é somente uma hóspede e uma grande amiga. Eu não vou deixar ela pagar as contas da casa, você tem o dinheiro suficiente para isso, não precisa de mais. 

— POR ISSO MESMO JUSTIN, VOCE DISSE CERTO O DINHEIRO É MEU, MEU DINHEIRO, EU PAGO ESSE APARTAMENTO, AS CONTAS, TUDO COM O MEU DINHEIRO DADO A VOCÊ, ENTÃO EU POSSO SIMPLESMENTE PARAR DE PAGAR ESSE APARTAMENTO E VOCE SER EXPULSO DAQUI, QUER ISSO. Se você não quizer vai ter que falar para ela ajudar você a pagar o apartamento, ou você está no olho da rua, e não irá voltar a morar na minha casa — esse homem é o capeta em pessoa. É tudo culpa minha, eu não devia ter aceitado a morar com o Justin, agora todo o peso está nas mãos dele. 

— EU TE ODEIO JEREMY, EU TE ODEIO COM TODAS A MINHAS FORCAS, VOCÊ É O PIOR PAI DESSE MUNDO. EU TE ODEIO — então eu pude ouvir um estralo. Certamente Jeremy havia dado um tapa na cara de Justin. Pattie gritou. As lagrimas começaram as escorrer pelo meu rosto, por minha culpa, Justin estava sofrendo agora, apanhando do próprio pai, eu tinha que ir embora daqui, eu tinha que sumir da vida de Justin, eu não quero que ele sofra novamente o desprezo do próprio pai. 

CONTINUA...