História A Hot And Gloomy Night. - Park Jimin. - Chapter- Thirty- Seven

Park Jimin- On 

Estava deitado na cama de s/n, esperando-a sair do banheiro quando sinto uma energia negativa se aproximando da casa.

Sento no colchão e rapidamente, fechos os olhos concentrando-me na energia que começava a emanar o lugar. 

Era ela, Zilá...

Ela se aproximava, eu podia sentir. Olho para a porta do banheiro de onde S/n saia, e penso na possibilidade da escuridão/Zilá matá-la... Enrugo a testa preocupado. 

S/n- O quê foi? - Pergunta se aproximando. 

Levanto da cama indo em direção à janela. 

- Não é nada... - Nego escorando na parede, cruzando os braços.

S/n- Como nada? Você está estranho, o quê aconteceu? - Pergunta vindo até mim. 

Suspiro pesado, passando a mão no cabelo. 

- Vem cá... - Estico os braços puxando-a para mim.  

A viro de costas passando os braços em sua volta, encaixando o meu rosto em seu pescoço. 

Sinto o seu cheiro leve adocicado.  A barreira que fiz para "esconder" o poder e aroma do grimório, estava cedendo. Logo, logo os demônios sentirão o cheiro e virão atacá-la... 

Mas, isso não me preocupava,  eles não eram uma ameaça. O quê tirava meus pensamentos do lugar, era Zilá. Ela sim, era uma grande ameaça para nós dois...

- Eu te amo... - Beijo seu pescoço. 

S/n- Eu também te amo, mas me diz, o quê aconteceu...? - Segura minha mão. 

Solto outro suspiro pesado. Eu não queria preocupá-la...  Teria que contar, não tinha outra alternativa. Ela precisava saber de qualquer jeito. 

- Temos problemas... Grandes problemas, para ser mais específico. 

S/n- Hm... É tão ruim assim? - Pergunta como se não fosse nada grave. 

Você não tem noção do quanto... 

- Zilá está vindo, e está atrás de você. - Falo de uma só vez. 

S/n- O quê...? - Solta minha mão, virando de frente para mim. - Ela, não estava morta? - Pergunta me olhando nos olhos. 

- Não, ela está viva... 

S/n- Mas... Eu achei que você tivesse a matado. - Confessa desacredita.

- Isso seria impossível. 

S/n- Impossível? Como? 

- Não consigo matar Zilá, na verdade ninguém consegue. - A encaro. 

S/n- E por que não? 

- Porquê não posso. Não sem você... 

Ela me olha confusa. 

S/n- O quê tem eu? Sabe muito bem que eu não sirvo para nada, sou inútil Jimin.

- Não, isso não é verdade. Você me ajudou e muito, nem imagina o quanto. O poder do grimório não é fácil de ser usado... Requer "treino, aperfeiçoamento, prática." Mas, você conseguiu usá-lo sem nenhum esforço. 

S/n- Do quê você está falando? 

- Zilá me falou... Disse que você estava usando o grimório sem problema algum... Como se soubesse quando usar. 

S/n- Ela te disse?

- Ela me disse que viu, algo em você que a assustou...

S/n- E o quê ela viu?

- Destruição... 

S/n- Destruição? Destruição de quê?

- Não é do "quê" e sim, de "quem." Ela viu sua própria destruição... O pior, ela viu você a destruindo. 

S/n me encara com as sobrancelhas levantadas. 

S/n- Isso não faz mais nenhum sentido, não tenho mais o grimório... E mesmo se o tivesse, não seria de grande ajuda. Nem mesmo a marca que nos ligava... - Olha para o braço e, depois a para mim.

A marca estava lá. 

S/n- Como...? Eu pensei qu... - Interrompo.

- Não é a marca que nos liga, são os nossos corações, o nosso amor... Demorei muito tempo para perceber isso.  E, sobre o grimório, eu não o tirei de você s/n, eu só... O fiz "adormecer" por um tempo. 

S/n- Quê? Mas, eu vi... Eu sentir... Quando você o tirou, aquela luz emanou. Você engoliu algo... 

- Foi apenas uma simulação s/n... Eu nunca tiraria algo que pudesse causar a sua morte. Porque é isso o quê aconteceria se eu realmente, o tivesse tirado de você, se eu tivesse consumido... Nós nunca teríamos essa conversa agora. Eu nunca mais te veria de nov... - Sou interrompido. 

S/n- Não termine essa frase... Por favor. Eu não quero me lembrar dos últimos três anos que vive longe de você... 

A culpa pesou em meu peito.

- Desculpa... 

S/n- Isso tudo continua sendo muita loucura... - Senta na cama segurando a cabeça. - Ela está perto? 

- Eu sinto a energia pesada que ela emana, o odor de coisa podre está forte... Ela está perto, muito perto. 

S/n- O quê vamos fazer? - Pergunta preocupada. 

- Nós, vamos sair... 

S/n- Sair? Para onde? São 2:30 da madrugada Jimin, e o nosso problema? E a Zilá?? Você ainda não me explicou direito esse negócio não! Tá tudo muito confuso para mim... 

- Só venha comigo s/n, prometo explicar tudo com calma tudo bem? Agora, me dê a sua mão. - Estico meu braço direito para pegar a sua mão. 

Ela estava nervosa... Não parava de pensar na Zilá, na marca, no grimório. Podia vê e ouvir sua mente entrando em confusão, ela estava perdida. 

- Só confie em mim... - Falo pegando sua mão, enquanto encarava seus olhos. 

S/n- Está bem... 

Fecho os meus olhos, procurando um lugar vazio, arejado, e espaçoso. Demoro alguns segundos, finalmente encontrando. Uso meus poderes para nos teletransportar até o lugar, chegado em questão de segundos. 

S/n- O quê estamos fazendo aqui? Estamos... No meio do nada Jimin. Não tem uma uma casa, uma pessoa, nem asfaltado esse chão aqui está. - Diz cruzando os braços. 

Sorrio de lado com a impaciência da menina. Logo, o meu sorriso é desfeito ao sentir uma presença demoníaca por perto. Olho em volta tentando vê alguma coisa ou "alguém" mas, não vejo nada. 

Isso é estranho... 

Me agacho tocando no chão, criando uma barreira a nossa volta. Não uma barreira pequena, mas bem espaçosa. Até porque, iremos precisar de espaço. 

Expandi a barreira numa facha de 110m X 75m...   Isso será o suficiente. 

S/n- Jimin, estou falando com você! Me escuta! - Altera um pouco da voz. 

- Calma s/n, pode esperar um pouco? Estou terminando uma coisa. Poderia por favor, ficar aqui no centro e não sair? 

S/n- Por que? - Me pergunta confusa. 

- Só confie em mim... Tudo bem? 

Seus olhos capitam algo por cima do meu ombro. 

S/n- Jimin... O quê é aquilo ali...? Aponta com o dedo. 

Viro-me dando de "cara" com uma besta do mundo inferior. Respiro o ar do ambiente, sentindo o aroma do grimório. Dessa vez, estava mais intenso. 

A barreira está por um fio... Logo, logo esse lugar estará cheio criaturas, bestas, demônios... 

Decido reforçar a barreira do espaço em quê estávamos. 

Sinto S/n agarrar o meu braço. 

- O quê foi? Está com medo? - Pergunto um pouco sorridente. 

S/n- Não, eu só não quero ficar longe de você... 

- Entendi... Não se preocupe, eles não podem fazer nada com você. 

S/n- Você ainda não me respondeu o motivo de virmos aqui. 

- Estamos aqui para te "treinar." Você precisa aprender a usar os seus poderes. Se algo acontecer comigo, não poderei te salvar. 

S/n- O quê você quer dizer com treinar? 

- Vamos expandir sua mente. Você precisa conectar-se com os seus poderes, precisa romper o selo de uma vez, para conseguir usá-los. 

S/n- Selo? - Pergunta confusa. 

Ela parecia extremamente confusa com tudo que eu explicava, ou tentava explicar. Penso num jeito mais simples  dela compreender melhor. 

- Digamos que seria a mesma coisa de você comprar um produto e, precisar retirar a tampa ou embalagem para o consumoz. Entendeu?

S/n- Mais ou menos... 

- O quê você lembra de ter feito com eles? 

S/n- Não tenho certeza exatamente... 

- Tente lembrar de algo estranho, uma coisa surpreendente. - Tento vê no que ela estava pensando através de sua mente. 

S/n- Lembro de uma coisa estranha, antes de eu te encontrar naquele lugar com Zilá... Eu lembro de ter me machucando feio, um galho atravessou o meu braço...

Eu lembro disso... 

S/n- Drifulls também me espancou, e depois disso lembro de acordar ilesa...

Interessante... Ela se curou mesmo não tendo consciência para isso. 

- O quê mais? - Pergunto. 

S/n- Drifulls foi lançado para longe, muito longe. Apenas com um grito meu... É o que acho até agora, mas eu me pergunto as vezes se, aquilo foi realmente eu que fiz, ou a Zilá.

- Eu acredito que tenha sido você... Quando eu estava fraco, recebi energia mesmo Bezalel estando em minha mente. 

S/n- Como eu fiz isso? 

- Não tenho certeza, mas vamos descobrir aqui e agora. Vem... 

A puxo bem para o centro do local. Olho em volta e vejo um total de 20 criaturas nos encarando. 

- Não se preocupada, eles não podem fazederem nada. - Tento reconfortala. 

Ela balança a cabeça positivamente. 

- Vamos começar...

[...] 

O sol já haia nascido, o céu estava muito claro e limpo. Estava há mais de 5 horas tentando ensinar a s/n como usar sua mente para levantar uma pedra. 

Mas, todas as alternativas foram sofredorados. 

- Não é assim s/n, respire fundo e deixe fluir... - Concentro-me e movi a pedra levantando a mesma. - Deixe os seus pensamentos claros, se eles estiverem confusos não irá conseguir. 

S/n- Isso é muito difícil! - Fala cansada de tantas tentativas falhas. 

- Se concentre s/n... Você consegue. 

A menina fecha os seus olhos, respira bem fundo e os abre encarando a pedra intensamente. Diferente das outras tentativas, dessa vez dava para vê que ela estava bem concentrada.

Olho para a pedra e vejo-a tremer. Ela vai conseguir! Depois de alguns minutos, ela finalmente consegue levantar a pedra numa altura de meio metro. Para um começo, estava muito bom. 

S/n- Jimin! Eu conseguir, você viu?! - Pula de felicidade. 

Sorrio de lado vendo a feliz. 

- Agora, tente me acertar... 

S/n- Quê? Te acertar? 

- Faça algo comigo, me ataque. 

S/n- Não. Eu não vou fazer isso Jimin, e se eu te machucar? 

- Você não vai me machucar S/n, confie em mim. Agora, me ataque. 

S/n- Eu já disse que eu não quero Jimin. Não me obrigue a fazer algo assim... 

- Mesmo se você quiser, não conseguirá me machucar. 

Tentava convencê-la mas ela não aceitava de jeito nenhum. Precisarei "apelar." 

- S/n, vai mesmo querer que Zilá nos separe de novo? Porque será isso a primeira coisa que ela fará conosco. 

Vejo suas expressões mudarem. 

- Você pode nunca mais me vê S/n. 

Sinto algo em mim, um formigamento. Sou levantado com cuidado, ela estava sendo carinhosa. 

- isso, continua s/n. Deixa fluir, não faça muita força na mente, precisa ser espontâneo. 

Sou levantado bem mais alto. Acho que tinham 3 ou 4 metros do chão.

- Isso, consegue levantar mais? 

S/n- Eu... Não sei... - Fala com dificuldade.

- Vamos s/n, me ataque. 

S/n- Eu não consigo... - Confessa tentando me colocar no chão. 

De repente, sou levantado para cima atravessando a barreira. Estava alto demais, chutaria uns 80 metros... 

Sinto algo falhar, ela estava cansada. Precis... - Saio dos meus pensamentos ao despencar das alturas. 

Vamos vê como ela se sai agora... 

Cruzo as pernas, e os braços. Fico na espera dela voltar ao controle. Passaram-se alguns minutos mas ninguém aparecia. 

Ela vai me pegar no último segundo certo? Com certeza. Ela não me machucaria feio assim... Ou sim? 

Estava perto do chão, ela vai me pegar... Com certeza vai. Ou eu deveria fazer algo? Não, vou confiar nela. 

2 metros antes de cair...

S/n- Jimin! Eu não consigo parar, e agora? 

- Você consegue! Seja rápida, antes que eu caia. Ah!! - Sou jogado em direção a uma árvore, batendo a cabeça  em cheio. 

Sinto minha cabeça latejar. Pegou em cheio...

 Massageio com a mão o local onde doía. 

S/n- Jimin?! - Corre em minha direção. -  Você está bem?!

Balanço a cabeça fazendo sinal positivo. 

S/n- Tem certeza? Você parece meio... 

- Acabado? Com certeza, você é um desastre no quesito concentração s/n. Mas, pelo menos está conseguindo os usar. 

S/n- Desculpa, eu não queria. Deixei bem claro desde o começo, você que insistiu. 

Pior que ela estava certa... 

Maldita hora quando falei que ela não poderia me machucar... 

- Vamos continuar, já, já você pega o jeito. Vem... 

Meu coração dispara ao sentir a presença. 

Não... Não podia ser, não agora. 

A claridade que se formava no céu, foi apagada por uma imensa escuridão que invadiu todo o céu. O odor era horrível, parecia que algo podre estava há meses por ali, em algum lugar. 

S/n- Jimin, o quê está acontecendo? Agora à pouco estava claro, agora parece que está á noite. Nossa! - Coloca a mão no nariz, para não senti o odor. - Que cheiro ruim é esse? 

Ela havia chegado... Zilá finalmente a achou... Não! Agora não, ela não está pronta... Não está! 

Por que agora??? Não poderia esperar mais alguns dias?  

- Vem, precisamos sair daqui agora. A puxo para mim correndo para fora da barreira. 

S/n- Do nada? O quê foi? Por que tudo ficou escuro de repente? 

- Ela está aqui, s/n, precisamos ir. 

S/n- Zila está aqui?! - Arregala os olhos. 

- Sim! Precisamos ir, ela não pode te encontrar, você ainda não está pronta. 

Assim que saímos da barreira, me surpreendo com a quantidade de demônios e bestas presentes ali... Parecia que algo grande estava por vir. 

Seguro as mãos de s/n, e quando penso que tudo iria dar certo ouço a sua voz. 

" Onde vocês pensam que vão?"