História A Humana e o Shinigami 2 - Revelação bombástica! E agora Toushiro?

Revelação bombástica! E agora Toushiro?

~ Toushiro povs on ~

_ Foi ela quem me feriu! _ ouvir Karin dizer e à vi perder o equilíbrio.

Rápido à amparei logo à pegando no colo e à levando pra sentar no sofá que tem em minha sala, até aquele momento ela não havia dito mais nada e foi quando percebi que à mesma havia desmaiado.

_ Tragam uma toalha e roupas secas! _ disse da porta logo retornando pro seu lado.

_ Taichou! _ um dos meus homens disse ao me entregar o que pedi.

_ Obrigado e podem se retirar.

Fechei à porta com à chave assim como à janela, me voltei até Karin e comecei à tirar à blusa molhada e calcinha foi impossível não olhar e corar, mas era necessário, ou ela pegaria um resfriado.

Vesti o kimono negro nela e depois à cobri com um cobertor que guardava na sala pra quando estava cheio de documentos e eu quisesse tirar um cochilo.

Aos poucos enquanto sua temperatura aumentava vi a cor voltar ao seu rosto e vi suas pálpebras abrirem preguiçosamente revelando suas ônix que eu tanto amava.

_ Como se sente? _ perguntei preocupado.

_ Estou bem! _ me disse de cabeça baixa enquanto se sentava segurando as pontas do cobertor.

Me sentei ao seu lado e a puxei pra mim, tomando o cuidado de mantê-la coberta, não queria que ela gripasse e com à saúde frágil que tinha agora me preocupava.

_Você me deu um susto mocinha! _ a repreende _ Nunca mais faça isso está bem?

_  Ha-ha-i! ( o mesmo que " Sim" ) _ a mesma gaguejou nervosa e de uma maneira meio fofa.

_ Espero que tenha entendido mesmo, agora quero saber o que acha da idéia de vir morar aqui comigo na Soul Society?

Não queria tocar no assunto de quem atacou porque temia que de fato Hinamori tivesse feito aquilo e também não queria colocar à saúde dela em risco.

_ Eu acho maravilhoso! _ exclamou à moça em meus braços feliz _ Mas eu vou mesmo poder? _ perguntou cruzando os braços e fazendo biquinho.

_ Já falei com o Soutaichou e ele deixou agora só falta falar com seu irmão que vai ser à parte mais difícil! _ suspirei e baguncei ainda mais meus cabelos.

_ Deixe com à Kia ela sempre consegue! _ sorriu animada o que me fez sorrir também.

_ Assim como você quase sempre consegue me convencer das coisas! _ disse e ela corou.

_ Toushiro você ouviu não é? _ ela me perguntou baixo enquanto escondia seu rosto em meu Kimono.

_ Sim eu ouvi! _ sabia exatamente do que ela estava falando _ Não consigo acreditar que ela tenha feito isso! _ e novamente passei à mão por meus cabelos com mais força dessa vez.

_ Você não acredita em mim? _ sua voz estava chorosa.

_ É claro que acredito meu amor! _ tentei acalmá-la _ É só que é muito difícil pra mim saber que alguém tão importante pra mim possa ter machucado o amor da minha vida! _ disse triste _ Mas eu jamais duvidei de você! Eu confio à minha vida à você por que duvidaria do que me diz!?

_ Obrigada! _ senti suas lágrimas molharem meu Kimono e comecei à acariciar seus cabelos numa tentativa de acalmá-la.

_ Descanse! _ disse e beijei sua testa me levantando e à ajeitando no sofá _ Vou terminar aqueles papéis e então vamos resolver esse assunto! Ok? _ perguntei.

_ Hai! _ ela disse antes de cair no sono.

Sorri com isso e à cobri melhor logo em seguida indo pra minha mesa continuando à ler aqueles documentos numerosos.

Minutos depois entrou uma Nanao na minha sala com mais documentos e quando viu Karin sorriu e me entregou os documentos sem dizer nada saindo logo depois sem fazer barulho para não acordar minha bela adormecida.

O tempo foi passando e quando me assustei já eram quase três horas da tarde, nem eu e Karin havíamos comido nada. Fui até ela pra acordá-la e podermos sair pra comer alguma coisa, senão ela ficaria mais fraca.

_ Karin! _ chamei lhe sacudindo levemente _ Karin! _ chamei novamente e dessa vez surtiu mais efeito.

_ Toushiro? _ ela me chamou enquanto coçava os olhos com às mãos em forma de bola de forma fofa.

_ Nós precisamos comer alguma coisa vem! _ disse me erguendo e lhe estendendo a mão.

Mais desperta ela pegou minha mão e se levantou, caminhamos até minha casa de mãos dadas, quando chegamos vi que Matsumoto também não estava ali. Depois eu resolveria às coisas com ela.

Karin se sentou na cadeira enquanto eu preparava uma sopa leve pra nós acompanhada de arroz, logo comiamos em silêncio. Quando terminamos ela insistiu em lavar à louça e eu tive que deixar ou apanhava.

_ O que vamos fazer agora? _ me perguntou.

_ Tenho alguns documentos pra terminar ainda por isso terei que voltar ao escritório e se quiser ir comigo _ disse dando de ombros e bebericando da xícara de chá em minhas mãos.

_ Eu quero, mas tem algo como um bloco de notas e lápis que eu possa usar? _ perguntou.

_ Não, mas posso providenciar! Por quê? _ perguntei arqueando à sobrancelha surpreso.

_ É que eu gosto de desenhar! _ sorriu pra mim.

_ Se me prometer fazer um desenho que possa colocar em meu escritório o trato está feito. _ ouvi sua risada cristalina ressoar pelo cômodo.

~ Karin povs on ~

_ Trato feito! _ disse sorrindo vendo o mesmo sorrir e caminhar na minha direção.

Ele abraçou minha cintura enquanto eu passei meus braços por seu pescoço e comecei a brincar com seus fios brancos. Senti seus lábios sob os meus num leve roçar, entreabri meus lábios permitindo que aprofundasse o beijo, coisa que ele prontamente o fez.

Rangiku tinha razão. Eu realmente deveria ter contado desde o início, o clima estava mais leve, mas eu sabia que ele havia se machucado e era tudo que eu não queria. Nos separamos tentando recuperar o fôlego, ele juntou nossas testas sorrindo, sorri pra ele.

_ Eu te amo Rin! _ ele me disse sem fôlego.

_ Eu te amo Toushi! _ sorri pra ele.

E desta vez fui eu que tomei iniciativa e selei meus lábios aos seus, ele entreabriu seus lábios me permitindo aprofundar o beijo sorrindo contra seus lábios.

Puxei seus cabelos aproximando nossos corpos ainda mais querendo fundi-los em um só o fazendo sorrir contra meus lábios. Novamente nos separamos por falta de ar.

_ Não sei o que faria se não tivesse conseguido te salvar, se eu tivesse te perdido pra sempre! _ ele me apertou e abaixou à cabeça.

_ Mas não me perdeu! _ disse levantando seu rosto pra mim.

 Ele sorriu pra mim, retribui o sorriso, mas qual não foi minha surpresa ao vê-lo se ajoelhar e um anel de gelo surgir em sua mão.

_ Karin eu sei que não sou um bom partido, ou o que você merece, mas se você me aceitar eu vou cuidar de você, vou mimá-la! Karin você aceita passar o resto da sua vida comigo? Dividir seus problemas? Me deixar protegê-la de todos os perigos? _ sorriu _ Karin quer casar comigo?

Lágrimas de felicidade começaram à escorrer por meu rosto e eu me joguei em seus braços o derrubando no chão e enchendo seu rosto de beijos para logo depois gritar.

_ SIM! MIL VEZES SIM! _ o mesmo sorriu e inverteu nossas posições.

Ele me beijou sofregamente, sentia sua ânsia de matar às saudades (apesar que depois que acordei nós nos beijamos bastante ) e o medo que sentiu quando pensou que ia me perder.

Retribui da mesma maneira, com à mesma intensidade, com à mesma paixão. Inverti a posição ficando por cima enquanto nos separávamos ofegantes.

_ Eu te amo! _ disse sorrindo.

_ Eu também te amo! _ ele me disse também sorrindo e apertando os braços em volta de minha cintura.

_ Que bom que os dois se amam! _ disse uma ruiva risonha escorada na porta e ao seu lado estava aquela que tentou me matar. Tenente Hinamori Momo.

_ O que vocês estão fazendo aqui? _ Toushi perguntou irritado enquanto se sentava automaticamente me fazendo sentar também.

_ Hinamori veio dizer algo não é mesmo Hinamori? _ ela se desencostou da porta e lançou um olhar ameaçador pra Tenente.

_ Eu não tenho nada à dizer pra essa aí? _ berrou à coisinha de coques apontando pra mim.

De repente o ar na cozinha se tornou mais gélido enquanto Toushiro se levantava comigo presa em seus braços, mas o mesmo me sentou e andou ameaçadoramente em direção da Tenente.

_ Pois eu espero que seja um pedido de desculpas pra Karin porque senão for terei que informar ao Soutaichou e o Kurosaki sobre sua atitude e nós não queremos isso não é Tenente Hinamori? _ o tom de Toushiro era gélido e a cada minuto à cozinha parecia congelar mais _ Não é? _ a autoridade presente em sua voz assim como à frieza me assustaram.

_ VOCÊ NÃO PERCEBI QUE ELA QUER NOS SEPARAR SHIROU-CHAN? _ ela gritava apontando pra mim _ QUE ESSA MALDITA ESTÁ ATRAPALHANDO Á GENTE? _ grossas lágrimas começaram à cair de seus olhos


_ Não Hinamori! _ o tom de meu albino ficou ainda mais gélido se é que era possível _ Foi você que nos fez afastar, que destruiu nossa amizade, e eu ainda tinha esperanças de que tudo voltaria ao normal, mas agora meus olhos finalmente estão abertos _ ele se virou de costas pra ela _ Nunca mais se aproxime de mim ou da Karin, porque se o fizer eu garanto que vai se arrepender amargamente! _ disse e deixou o cômodo.

_ Se me dê licença Rangiku-san!

_ Pode ir Karin-chan!

Subi até o quarto onde dormir e ao entrar o vi escorado na parede enquanto grossas lágrimas desciam pelo seu rosto alvo. Fechei à porta e caminhei até o puxando pra deitar à cabeça em meu colo enquanto soluços escapavam de seus lábios.

Acariciava seus cabelos tentando acalmá-lo, mas sabia que de nada adiantaria, eu estive ferida, mas foi na carne, à carne se fecha e à ferida desaparece, mas quando à ferida é no coração não à cura, à dor vai estar sempre lá.

_ Shi eu estou aqui! Shi! _ acariciei seus cabelos _ Vai ficar tudo bem!

Seu corpo era sacudido violentamente por seus soluços e ele encolhia mais o corpo contra mim, como se assim à dor fosse sumir. Ficamos assim até que à exaustão tomou conta de seu corpo e ele adormeceu, mas ainda era sacudido pelos soluços.

Aquilo me machucou tanto, vê-lo daquela forma, tão frágil, eu me arrependi de ter contado pra Rangiku porque nada disso teria acontecido, suspirei e acabei adormecendo.

Quando acordei já era noite e Toushiro ainda dormia profundamente em meu colo, seu peito subia e descia de forma calma. Não queria me mexer e acorda-lo, mas não podíamos ficar ali ou os dois adoeceriam.

_ Toushiro _ o sacudi levemente _ Toushiro _ chamei.

_ Karin? _ ele perguntou ainda com sono.

_ Sou eu meu amor! _ disse sorrindo e acariciando seus cabelos mais uma vez.

_ O que foi? _ se ajeitou em meu colo ainda de olhos fechados e soltei uma risada.

_ Deite na cama que vou preparar algo pra nós dois! _ disse.

_ Estou sem fome! _ ele disse se sentando e apoiando os braços sob os joelhos.

_ Eu sei! _ disse dando um selinho nele _ Mas precisa comer alguma coisa. Agora já pra cama mocinho. _ me levantei num salto.

Toushiro suspirou e se levantou, cambaleou um pouco então tive que ajudá-lo à se deitar. Quando o mesmo estava debaixo das cobertas eu desci pra cozinha e preparei um macarrão com molho e bastante tomates.

Preparei uma bandeja com dois pratos de macarrão e um de melancia pra ele, subi e logo o encontrei na mesma posição que o deixei. Seus olhos estavam opacos e tão sem vida.

_ Trouxe nosso jantar! _ ergui à bandeja em frente ao rosto e o vi dar um sorriso fraco.

_ Obrigado!

Comemos em silêncio, deixei à bandeja com à louça suja no criado mudo e me deitei puxando ele para deitar em meu peito. Abracei suas costas e com às pontas dos dedos comecei à fazer pequenos círculos em suas costas. Senti o mesmo estremecer e passar os braços por minha cintura apertando-me contra seu corpo.

Logo novas lágrimas começaram à banhar seu rosto assim como ele começou à soluçar novamente, não reclamei apenas o aconcheguei mais a mim e o acalentei como minha mãe costumava fazer.

Mesmo após termos dormido um bom tempo seu corpo ainda estava exausto, pois logo adormeceu e eu dormi logo em seguida. Acordei de manhã e vi o mesmo sentado na beira da cama olhando pro nada, o abracei por trás.

_ Bom dia! _ disse.

_ Bom dia Karin! _ sua voz mostrava mesmo que sem querer que ele ainda sofria por ontem.

_ Como está se sentindo? _ perguntei.

_ Como se um caminhão tivesse me atropelado. _ ele brincou.

_ Vejo que está um pouco melhor que tal tomarmos um banho? _ perguntei me levantando e o puxando junto comigo.

Quando chegamos no banheiro eu o despi e me despi, logo o empurrei pra que entrasse na banheira, fiz massagem e o ajudei à se lavar, relaxando seus ombros tensos.

_ O que quer fazer hoje? _ perguntei enquanto lavava seus cabelos.

_ Quero ficar em casa e descansar, não estou com cabeça pra trabalhar!

Durante uma semana foi assim até que hoje ele simplesmente se levantou se arrumou e foi trabalhar e confesso estar aliviada com isso. Não aguentava mais ver seu sofrimento por causa daquela Hinavaca. Estava na cozinha preparando o almoço quando senti ser agarrada por trás pelo mesmo.

_ O que temos hoje pro almoço? _ me perguntou.

_ Temos batatas fritas com arroz, feijão e bife e de sobremesa temos seu doce favorito. _ sorri me virando pra ele.

_ Hum! _ vi um sorriso malicioso se formar em seu rosto _ Quer dizer que terei você depois do almoço?

_ Não foi isso que quis dizer? _ disse extremamente vermelha.

_ Eu sei! _ me deu um selinho e se afastou logo se sentando na mesa _ Mas confesso que eu adoro qualquer coisa que você faça e você cozinha muito bem! _ me virei de costas pra que ele não visse o quão vermelha estava _ A propósito te trouxe um presente.

_ O que? _ perguntei me virando curiosa.

Arregalei os olhos ao ver em suas mãos um bloco e matérias de desenho, também reparei no sorriso que estava estampado em seu rosto. Caminhei até ele e segurando seu rosto lhe beijei.

_ Obrigada! _ agradeci quando nos separamos.

_ Não se esqueça do que me prometeu! _ cobrou.

_ Não vou esquecer! _ sorri e então comecei à colocar à mesa pra almoçamos.

Toushiro me contava como foi à sua manhã e o fato que contara às horas pra poder me ver, aquilo me fez sorrir principalmente ao vê-lo sorrir.  Até que tocamos no assunto de Hinamori.

_  E agora Toushiro?


To be continue . . .