1. Spirit Fanfics >
  2. A Ilha do Lobo. >
  3. O demônio e a bruxa.

História A Ilha do Lobo. - O demônio e a bruxa.


Escrita por: akirasam946

Notas do Autor


Boa leitura dupla!

Capítulo 18 - O demônio e a bruxa.


Fanfic / Fanfiction A Ilha do Lobo. - O demônio e a bruxa.

 

O grande alfa ouviu todo o relato enquanto tomava um delicioso café com creme que seu ômega prestativo tinha lhe preparado, pois sabia que isso podia mante-lo mais focado.

No centro da sala estava o pequeno elfo, já não sentia medo algum deste bando incomum, pois sentia que cada um deles era fiel e corajoso e que não tinham intenções hostis de modo algum para com ele, até mesmo porque ele sabia agora que partilhava uma ligação única com Louis que era ( apesar de ser estranho pensar nisso) seu filho.

-Então você é um príncipe e apesar de ser mais jovem que Louis é o pai dele, porque esse demônio usou um feitiço do tempo para fazer isso acontecer. Correto? Perguntou Gael, porque ele tinha que entender essa parte perfeitamente e sinceramente ele já tinha um nó na cabeça só em pensar no assunto, essa coisa de lapso de tempo e histórias sobre linhas do tempo sempre lhe deixavam confuso.

O elfo concordou com aquele pequeno aceno de cabeça tímido que sempre usava, porque embora estivesse confiante de que ninguém ali o machucaria ainda era tímido demais para encara-los de frente, fazia parte de sua natureza gentil e medrosa, mesmo em seu reino era assim, o que lhe causava muitos embaraços.

-Esse demônio entrou em nosso mundo de que forma? Sabe algo sobre isso? Continuou o alfa.

-Ele não entrou em seu mundo, nasceu aqui, é um antigo demônio descrito pelos humanos de outros tempos em pergaminhos, ele é forte, vingativo e mal, mas muito inteligente, ele não podia entrar no meu mundo diretamente, mas entrou em meus sonhos e me chamou, me seduziu a vir até o mundo humano contrariando as ordens do meu pai e eu abri o portal para vir até este mundo, mas então o demônio me pegou, ele me arrastou até um castelo branco na beira de um abismo de frente para o mar e de lá usou magia negra para criar o feitiço do tempo e me levar ao passado.

-Ele precisava de algo, precisava de um ômega puro, criado diretamente de um elfo.

Neste ponto o pequeno elfo parou e engoliu o choro, porque ele não queria lembrar do que o demônio o abrigou a fazer.

Louis se aproximou e o abraçou afagando suas costas num carinho suave.

-Tudo bem pai, não precisa contar o resto, eu conto pra eles depois, vamos descansar agora, tá bom?

-Tá bom Lou, você fica comigo até eu dormir?

Gael sorriu, era impossível não se encantar por esse pequenino elfo, também como era impossível acreditar que ele era realmente o pai de Louis, mas esse era mesmo o caso.

-Fico sim e seguro na sua mão, tá bem?

-Tá sim. Disse Eloim mais feliz mostrando um pequeno sorriso com direito a covinhas e um rostinho mais corado, era um sorriso tímido.

Gael tinha um monte de perguntas mas sabia que o elfo estava cansado e com medo e precisava protege-lo, mas mesmo assim a cidade continuava lá com a cafeteria e a pousada de seu irmão e todo o resto, seu dever era manter tudo em ordem.

Com um olhar, tanto Lana quanto Molly, Dana e Wendy concordaram, sabendo que precisavam tomar conta de tudo até que todos estivessem a salvo de novo.

-Cuidem da cafeteria e da pousada do meu irmão, eu já falei com os funcionários, ainda estão em reformas mas algumas providências precisam ser tomadas, eu informei que Dana cuidará de tudo, quanto a cafeteria sei que podem tomar conta de tudo. Disse Gael olhando para Molly, Lana e Wendy que concordaram.

-Ninguém vai reclamar do sumiço de Louis, pois pode apostar que todos estão discutindo o que usar no casamento dos dois, vamos manter o café fresco e os bolinhos no forno, também vamos manter fofocas em dia para acalmar o apetite por notícias de todos os lobos desta cidade, apenas cuide de tudo. Disse Molly.

As mulheres foram embora e Sunan se aproximou de Gael preocupado.

-Não consigo falar com Allan desde de ontem.

Gael deu um tapinha no ombro de Sunan.

-Não temos sinal dentro do castelo, mas vamos para lá, acha que é seguro deixar Louis e Eloim aqui? Podemos chamar alguns betas para protege-los.

Sunan negou.

-Estamos falando de um demônio que possuiu uma bruxa de magia negra que tem sangue de lobos nas veias, acho que alguns betas não podem dar conta disso, temos que ficar juntos, ainda nem sabemos qual é o plano dela, ou dele, porque nem sei quem está no comando agora, se é a bruxa ou o demônio.

-Tem toda razão, mas creio que os dois estão no comando.

-Certo, vá pegar Louis e Eloim. Seja delicado, nosso amiguinho está assustado ainda.

Gael concordou e subiu para pegar Louis e Eloim.

Quando chegou no quarto parou para olhar os dois deitados na cama, quietinhos, eram tão parecidos que seria impossível não concordar com o parentesco, suas feições suaves e delicadas, maças do rosto redondinhas e coradas, boca pequena mas carnuda e cílios muito longos, tirando a cor dos olhos eram como gêmeos, ambos tinham os cabelos ruivos macios e levemente desalinhados, muito embora o cabelo do jovem elfo fosse longo, na altura da cintura, mas a pele de porcelana com algumas minúsculas sardas era igualzinha, ambos pequenos e indefesos, sendo que nisso o elfo era ainda mais frágil, talvez por isso não pareciam ser realmente gêmeos, seria mais como Louis sendo o irmão mais velho e o elfo o caçulinha.

O alfa parou e sorriu, podia entender como deve ter sido na época em que elfos e humanos conviviam pacificamente, o que pode ter mudado essa relação? Desde de sempre convivia com seres mágicos sem problemas, nunca entendeu porque os elfos se fecharam e sumiram, será que agora descobriria?

Eloim se sentou na cama e olhou o alfa.

-Desculpe acorda-lo, temos que ir para um lugar seguro.

-Tudo bem, quer me perguntar alguma coisa grande alfa?

Louis também se sentou, havia apenas cochilado por um momento.

-Porque os elfos foram embora? Perguntou o alfa curioso.

O elfo tremeu e abaixou os olhos.

-Quando meu povo criou os lobos tinha a intenção de criar seres fortes para proteger a raça humana justamente de seres como esse que me raptou, mas usamos magia demais, os alfas que foram os primeiros eram mais fortes do que nós, e também eram muito sedutores, naturalmente exuberantes e dominantes podiam facilmente impor sua presença marcante sobre nossa raça, foi uma devastação, os elfos se encantaram com os seres que criaram, então meu povo criou lobos mais suaves e mais parecidos com os elfos, companheiros perfeitos para os alfas, confidentes e amorosos e dedicados, criamos os ômegas, nossos mestres acreditavam que assim os elfos não seriam tão facilmente seduzidos, uma vez que os alfas teriam seus companheiros naturais.

Eloim parou para pensar um pouco mais, era difícil explicar isso.

-Mas precisa entender grande alfa que nosso povo estava apenas tentando ajudar, pegamos a história antiga de um ser que era tanto alfa como ômega como base, tentamos analisar essa antiga lenda, imaginamos que um ser assim seria mesmo como um Deus, nós não eramos capazes de criar um ser tão onipotente, pois nem mesmo nosso povo era ou é assim, mas podíamos criar seres fortes e belos com base nas lendas antigas, assim surgiram os alfas e os ômegas, para proteger e equilibrar o mundo humano que tem uma tendência muito grande a combates e todo tipo de violência, o que de certo modo chama esses seres malignos, os atraindo e deixando a raça humana em perigo constante.

Eloim suspirou e continuou tendo total atenção de Gael e Louis.

-Mas já era tarde, nosso povo estava encantado com os alfas, muitos abandonaram nosso mundo apaixonados pelos fortes e poderosos seres que nós mesmos criamos...No final a criatura ultrapassou o criador...

Louis achou isso curioso, mas ainda haviam os betas, como eles surgiram?

-Mas e o betas? Perguntou Louis.

-Bom, nosso povo decidiu tentar uma última vez, usamos menos material mágico que no seu mundo acho que chamam de outra coisa, mas que é nosso próprio sangue, menos instinto animal, mais essência humana e criamos os betas, controlados e mais dóceis eram perfeitos, mas...Descobrimos que somente os alfas podiam lidera-los, uma nova raça surgiu, humana e não humana ao mesmo tempo e ainda assim nossa raça continuava abandonando nosso mundo pelo seu, neste ponto eu devo dizer que na realidade não são mundos distintos, o meu e o de vocês, mas uma realidade distinta, veja bem, eu vivo nesta ilha assim como todos vocês, mas minha realidade fica em uma outra dimensão, assim como a das fadas e de outros seres.

Louis soltou um longo suspiro.

-Ohh um multiverso, isso?? Várias versões de um mesmo mundo, correto? Neste caso várias versões desta ilha, só que habitada por seres diferentes, elfos ou fadas.

Eloim concordou e Gael revirou os olhos.

-Ohh céus, estou ficando com dor de cabeça, podemos parar de falar de multiversos e coisas do tipo? Volte a falar dos betas por favor.

O elfo continuou sem olhar o alfa diretamente nos olhos.

-Nosso povo é gentil, doce e frágil, ver e conviver com os humanos era deliciosamente intoxicante, muitos de nós já haviam se apaixonado perdidamente por humanos, mas com o surgimento dos alfas e betas a situação piorou muito, se continuasse como estava todos em nosso reino iriam abandonar suas vidas para se aventurar no mundo humano, existe algo neste mundo que nos encanta e nos prende, mesmo que nosso mundo seja perfeito, sem guerras, sem mentiras e sem disputas de nenhuma ordem, talvez a perfeição seja de fato meio entediante.

Louis compreendeu perfeitamente.

-O criador se apaixonou pela criatura, certo?

-Hum...Creio que sim, então meu pai decidiu fechar as portas de nosso mundo para o seu e tudo foi selado, somente os membros da realeza podem abrir os selos.

Gael compreendeu que Eloim era tão antigo como a história dos elfos.

-O que aconteceu com os elfos que não partiram?

Eloim tremeu antes de responder.

-Morreram junto aos lobos ou humanos por quem se apaixonaram, suas almas se ligaram a dos que amavam irremediavelmente, sendo assim suas almas caíram no círculo de reencarnações humanas e se tornaram em essência aquilo que mais amavam, sua gente pode viver tanto quanto a nossa, mas de uma forma diferente, porém uma vez que um elfo se torna humano ele nunca mais pode regressar, por isso é um pouco triste.

Louis suspirou.

-Nossa, é incrível tudo isso...Mas mesmo assim no momento precisamos ir, aliás para onde vamos? Perguntou olhando para seu alfa.

-Para o castelo, lá creio que estaremos mais seguros.

Eloim recebeu um casaco e seguiu os outros dois, andava devagar pois seu enorme ferimento ainda estava doendo e ele não podia fazer movimentos bruscos, embora seu corpo fosse diferente e se curasse rapidamente, ali não era seu mundo, ou sua realidade e ele estava tão sujeito as leis da natureza quanto qualquer lobo ou humano puro.

Mas ele estacou ao ver o carro luxuoso de Gael parado no portão.

-O que é isso? Perguntou achando aquilo interessante e maravilhoso.

Gael sorriu.

-Um carro, nunca viu um destes?

Eloim negou, quando seu povo selou a passagem entre as realidades o mundo humano era bem diferente, existiam carruagens e cavalos e ele neste tempo era somente uma criança, depois nunca mais teve contato com esta realidade até a pouco tempo atrás quando foi submetido a um sequestro, sofreu um feitiço do tempo e tudo o mais, ver um carro era uma novidade e tanto.

-Vamos chegar mais rápido com isso, não tenha medo pois é seguro. Disse o alfa e lhe ofereceu a mão para ajuda-lo a entrar, nisso ele deixou sua curiosidade falar mais alto e entrou.

-Cheiro gostoso. Disse farejando o ar.

Louis sorriu.

-Sunan me deu um saquinho de plantas aromáticas que está pendurado bem aqui, tá vendo? Falou o alfa apontando para o saquinho pendurado no carro.

O alfa passou o cinto no elfo tendo cuidado com seu ferimento e deixou que Louis fosse no banco de trás junto com ele para mante-lo calmo e para que se sentisse seguro e depois partiu.

Ao contrário do que pensavam o pequeno elfo gostou muito da sensação de andar de carro, sorrindo amplamente pela primeira vez. Talvez fosse verdade que a perfeição absoluta é de certo modo entediante, pois em seu mundo nunca experimentou essa sensação antes.

…................................................................................................................................................................................................................

E no castelo em uma cama macia Owen despertava, tão fraco e cansado que mal podia se mexer, lutando muito para poder ao menos abrir os olhos.

-Allan?

O alfa acordou subitamente, havia dormido numa poltrona de puro cansaço e logo ao ouvir o irmão correu ao seu lado.

-Owen...Como se sente?

Os olhos do beta se abriram lentamente e ele gemeu de dor, tudo em seu corpo doía terrivelmente, a voz de um alfa podia ser realmente cruel e a voz do ser que o controlava antes era igualmente terrível.

-Não consigo me levantar...estou muito dolorido.

Allan pegou uma caneca e encheu de água fresca, pegou um comprimido para dor, porque sem Sunan ali ele não sabia que ervas podia usar para ajudar o irmão.

-Tome este analgésico e beba um pouco de água e depois me conte irmãozinho desde de quando este ser maligno te controla.

Owen tremeu com essas palavras.

-Acredita em mim então? Disse baixinho aceitando a água mas como estava muito fraco foi preciso a ajuda do alfa para conseguir beber o líquido e o remédio.

-Eu acredito, sinto muito por ter usado a voz de alfa em você, sabe que te amo muito, mas eu pensei...Pensei que tinha nos traído, sinto muito por não ter entendido antes, eu devia saber que nunca faria isso.

Owen sentiu lágrimas nos olhos, fungou e devolveu a caneca ao irmão.

-Tudo bem...Mas eu não sei quando começou, acho que foi quando Louis chegou a ilha, mesmo antes de eu saber sobre ele...Essa sombra entrou em minha casa uma noite e veio direto sobre mim, era uma sombra mais mesmo assim era sólido e denso e me prendeu na cama, sua energia escura forçou-se contra mim, eu lutei muito mas no final quando pensei estar livre percebi que a coisa estava em mim, entranhada em minha alma, não sei explicar mas eu estava sob o poder dele.

-A partir daí minha vida virou um caos, a voz dentro de mim me comandava como a voz de um alfa poderoso e eu tinha que obedecer, procurar ajuda era impossível pois a voz estava ali o tempo todo e no final eu me juntei a um bando na velha pousada, fiz coisas ruins.

Neste ponto sem perceber Owen já estava chorando, chorando muito e por isso Allan o abraçou.

-Calma, estava sobre uma força maligna que te controlava, não é responsável por isso.

-Mas eu me lembro! Sequestrei turistas, vendi seus corpos como mercadoria barata, eu permiti que fossem drogados e usados, tudo isso para fortalecer o mal que habitava meu corpo, eu mesmo usei esses turistas!! E eu não podia parar!!

-Allan foi horrível! Terrível! Eu não queria isso, por favor me ajude!

O alfa parou e olhou nos olhos do irmão.

-Os homens da pousada velha, eles eram usados pelo demônio também?

Owen tentou explicar do jeito que entendia.

-Não, não como eu, mas eles são maus entende? O demônio não precisava controla-los, ele apenas sugeria e eles seguiam como se fossem cães leais e sabiam que eu estava sob controle, eles sabiam e não me ajudavam.

Allan entendia, a vida toda esses homens, mesmo sendo lobos eram um problema para a ilha, mas antes não era tão ruim, no entanto junte pessoas de má índole com um demônio e terá um grande problema, neste caso muito provavelmente o demônio precisava de dor e sofrimento para se alimentar, por isso usou os turistas incautos e sabe-se lá mais quem...Agora sabia que precisava punir esses homens e contava com Dana e a lei para ajuda-lo.

-Vamos prender todos eles, desmantelar esse bando e fechar a pousada para sempre e vamos acabar com este demônio, eu garanto.

Owen concordou.

-Preciso pedir perdão a Louis e a Gael...Preciso pedir perdão a todos.

-Eles vão entender, todos vão.

Owen não tinha certeza.

-Mas eu machuquei o ômega de Gael, não sei se ele pode me perdoar, talvez ele até queira me punir e eu mereço.

Allan negou.

-Gael é justo, ele pode entender e depois mesmo que ele surte eu nunca permitiria que ele o machucasse, sei que podemos faze-lo entender tudo.

Owen concordou mais calmo.

Um beta abriu lentamente a porta.

-Senhor? O líder está aqui, junto com o senhor Sunan, com o ômega do líder e um convidado fofo.

Owen se encolheu com medo e Allan deu um abraço nele.

-Tudo dará certo, eu prometo.

-Mande eles entrarem.

O beta obedeceu e logo os convidados entravam.

Owen nem mesmo conseguia se sentar sozinho na cama, mas Allan o ajudou, seu estado deixou a todos perplexos, pois ele parecia muito ferido, cansado e abalado.

Allan deixou que Gael se aproximasse mais sussurrou em seu ouvido.

-Owen foi usado pelo demônio que enfrentamos, não o culpe irmão, ele está com medo e ferido.

Gael concordou, teve tempo para pensar em tudo e francamente não culpava o irmão caçula, mas se culpava por não ter percebido nada antes, afinal ele era o alfa líder.

-Owen...sei que Sunan pode ajuda-lo, vai melhorar logo. Disse assim que se aproximou, mas num grande esforço o beta o abraçou soluçando.

-Perdão Gael! Eu não queria machucar Louis, eu nunca quis, eu não podia me controlar!!

O alfa afagou os cabelos do irmão caçula, toda raiva se esvaiu dele neste momento, uma grande gentileza lhe tomou o coração e ele falou como se fala a uma criança pequena.

-Hey, calma...está tudo bem, Louis está bem, todos estamos...

Owen chorava, soluçava e se prendia a Gael.

-Não, não...Eu sou mal, eu não fui forte...

Louis se aproximou, ele entendia isso, sentia que aquele que estava ali não era o mesmo homem lobo que o perseguiu na campina, nem mesmo o que conheceu antes, este era o verdadeiro Owen, um beta gentil e que amava os irmãos.

-Não se culpe, eu sei que não era você, posso sentir. Disse Louis se aproximando e percebendo que Gael permitia que ele o fizesse.

Owen soltou-se de Gael e olhou Louis nos olhos, pela primeira vez o viu como ele era, sem as sombras a perturbar seus sentidos.

-Me perdoe...Pediu suave.

-Você não tem culpa, eu acho que devemos começar de novo...

E Louis estendeu a mão a Owen.

-Muito prazer Owen, eu sou Louis, um ômega, sou namorado de seu irmão Gael e é uma honra finalmente conhece-lo.

Uma nova fase começava ali, Sunan sentiu lágrimas nos olhos e logo estava nos braços de Allan que assim que sentiu que tudo estava bem podia finalmente correr para seu marido.

O pequeno elfo também se aproximou e analisou o beta ferido, ninguém os apresentou, mas ele sentia que queria muito se apresentar, um sentimento novo lhe invadiu e ele sentia seu coração mágico pulsar mais rápido.

-Oi, eu sou Eloim...Sou um elfo. Disse timidamente parado na beira da cama, logo atrás de Gael e Louis.

Owen o olhou curioso e muito espantado.

-Um elfo? Um elfo de verdade?

Gael e Louis sorriram e deixaram o elfo se aproximar mais.

-Tem elfos de mentirinha neste mundo? Perguntou Eloim se aproximando ainda mais e sentando na cama ao lado de Owen, seus olhinhos negros brilhavam de curiosidade.

-Ahh tem sim...Algumas pessoas fazem cosplay de elfos.

O elfo sorriu.

-Não sei o que é isso, mas parece divertido.

Owen sorriu e tentou enxugou as lágrimas, ele se sentia mal por estar tão ferido na presença deste pequeno tão bonito, se sentia feio e desajeitado mas se surpreendeu quando a mão pequena e quente tocou seu rosto molhado de lágrimas ainda.

-Não chore mais...Disse Eloim carinhosamente.

-Eu vou ajudar o Sunan a curar você, ele me curou sabia?

Owen negou, ele não sabia.

-O demônio também me machucou, eu também fiz algo que não queria, mas no meu caso algo bom surgiu da maldade cometida, quando estiver curado eu te conto.

Owen sentiu que seu corpo reagia ao elfo como nunca reagiu antes a ninguém, ele se sentia relaxado e calmo, como se uma onda de tranquilidade o envolvesse inteiro, devia ser assim que os alfas se sentiam na presença de um ômega, só que ele não era um alfa e o pequeno não era um ômega, na verdade era um elfo...Mas no fundo o beta pensou que talvez as designações não fossem de fato tão importantes no final das contas.

-Se ficar e me ajudar eu sei que logo estarei curado. Respondeu suavemente e se sentiu relaxar de verdade, até suas dores pareciam diminuir.

O elfo concordou com a cabeça.

Gael olhou para Louis e Allan que mantinha Sunan nos braços.

-Alguém mais notou a corrente elétrica que emana dos dois?

Mesmo no meio da crise que viviam todos sentiram, seria essa energia algo novo entre o beta e o elfo?

 


Notas Finais


O que estão achando? Estão acompanhando? Beijos de Akira.


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...