Desci do carro, e quando olhei a escola em minha frente parecia que meus olhos iam saltar do meu rosto de tão arregalados que estavam, dei um leve abraço em Harley e fui entrando, olhava para todos os lados fascinada com o que eu via, nem acretidava que estava ali, havia algumas mesas pelo pátio onde as turminhas da escola se juntavam, coloquei a minha mala perto da porta da minha sala e me sentei em um banco, eu tinha ganhado um celular, então fiquei mechendo nele já que não tinha ninguém para conversar, o sinal para entrar na sala tocou, peguei minha mala e me sentei em uma carteira no canto, as pessoas começaram a entrar e a se sentar perto de seus amigos, até que um menino entra e me chama a atenção, tinha o cabelo cor de mel penteado para o lado seus olhos num tom marrom esverdeado, seu sorriso encantador, alto e muito, muito bonito, ele se direciona até minha fileira e se senta atrás de mim.
Fiquei as três primeiras aulas quieta sem falar nada, observando os outros rirem, brincarem, conversarem e eu ali sozinha, ninguém nem se quer me deu um oi "será que o coringa tem razão?" essa pergunta martelava na minha cabeça, preferia pensar que era porque eu era nova na escola por isso ninguém falava comigo.
O sinal do recreio tocou, peguei meu dinheiro e fui comprar meu lanche, comprei um sanduíche natural é um suco, me sentei em uma mesa e fiquei por ali, de pois de um tempo percebi que havia umas meninas que ficavam cochichando e olhando para mim ao mesmo tempo " com certeza elas estão falando de mim" pensei que tivesse algo no meu rosto, então fui até o banheiro dar uma olhada, além das cicatrizes não havia mais nada no meu rosto, volto para onde eu estava sentada e fico ali
— Eu estava falando com as minhas amigas, e queríamos saber porque você tem essas cicatrizes – pergunta uma delas que tinha vindo em minha direção
— É que eu cai num arbusto de rosas quando pequena e fiquei assim - respondo com a mentira que Harley me disse
— Tadinha de você, deve ter doído muito - diz ela debochando da minha cara
— É doeu muito, mas qual o seu nome - pergunto tentando mudar de assunto
— O meu é Isadora - responde a que parecia ser a líder do grupo
— O meu é Jozer prazer - digo levantando a minha mão para comprimentar
— Prazer Jozer, nós vamos nos sentar à mesa quer vir com a gente
— Claro - digo acompanhado elas
— Bom agora vamos falar de você Jozer - diz a Isadora
— Falar de mim, não vamos falar de outra coisa mais interessante - digo começando a ficar nervosa
— Magina Jozer, queremos te conhecer melhor, conte para a gente sobre a sua família
— Minha família... - digo pensando no que dizer
— É sua família, seus pais
— Eu sou órfã - digo sem pensar
— Órfã, mais você tem pais adotivos né?
— Tenho, eles são muito legais - digo dando um sorriso de nervosismo
— Qual nome deles?
— Maria e Daniel - digo ps primeiros nomes que vieram em minha cabeça
— Entendi, agora vamos falar de algo mais legal né meninas, conte a nós quem você achou gatinho aqui na escola - a Isadora diz e todas fazem murmurinhos e risadinhas fininhas
— Pelo que eu fiquei sabendo o nome dele é Bryan - respondo ficando um pouco avermelhada nas bochechas
— BRYAN!!! - diz ela com a espreção de raiva e se levantando bruscamente da cadeira
— Ele mesmo, porque ficou brava?
— Não fiquei brava, só fiquei surpresa, me desculpe se me expressei mal - diz ela se sentando novamente na cadeira e ainda com a expressão de raiva
— Sem problemas, só não contém a ele por favor
— Claro que não vamos contar , segredo de amiga - diz levando o dedo na boca em sinal de promeça
O sinal bate, entramos novamente na sala, era aula de educação física, eu não sabia muito bem o que era mais estava empolgada, a turma toda chega em uma enorme quadra onde somos separados em dois times, o objetivo do jogo era queimar o maior número de pessoas do time adversário usando uma bola, o professor que dava a partida, então todos começaram a correr para lá e para cá desviando e peguando bolas, eu não era muito boa de desviar por conta disso acabei levando uma bolada na cara, ela veio tão forte que acabou machucando o meu nariz que começou a sangrar, o " culpado" pelo ocorrido foi o Bryan, o mesmo me ajudou a ir na enfermaria, ele me levou até lá me carregando nos braços , foi um grande cavalheiro, eu sabia que um sentimento forte por ele começou a aflorar no meu coração.
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